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ÁREAS ESCOLARES
Edição Departamento Nacional de Trânsito - Denatran
Ministério da Justiça - anexo II - 5º andar
Esplanada dos Ministérios
70064-900 - Brasília - DF
SINALIZAÇÃO DE
ÁREAS ESCOLARES
DENATRAN
Setembro de 2000
Presidente da República
Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Justiça e
Presidente do Conselho Nacional de Trânsito - Contran
José Gregori
Secretário-Executivo
Antonio Augusto Junho Anastasia
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Apresentação
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Agradecimentos
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Sumário
8 Estrutura
9 1. Porque sinalizar áreas escolares
12 2. Os usuários, as escolas e a vizinhança
12 2.1 Os escolares
13 2.2 Os condutores
14 2.3 As escolas
15 2.4 A vizinhança das escolas
16 3. Para fazer o diagnóstico
16 3.1 Abordagem do técnico
16 3.2 Estudo da escola e da vizinhança
20 3.3 Elaboração do diagnóstico
23 4. Para formular alternativas
23 4.1 Instrumentos de ação
24 4.2 Escolha da alternativa de procedimento
25 5. Para elaborar projetos
25 5.1 Elementos do projeto
25 5.2 Exemplos de projetos
40 6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
41 6.1 Sinalização
52 6.2 Adequação do trânsito
57 6.3 Intervenções físicas
81 6.4 Medidas envolvendo a comunidade escolar
91 Bibliografia
93 Índice geral
96 Ficha técnica
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Estrutura
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
1. Porque sinalizar áreas escolares
Existe uma gama de medidas e dispositivos que podem ser utilizados, permitindo
diferentes resultados, e que podem ser os melhores se forem acertadamente
escolhidos para a situação. Uma medida adotada sem uma avaliação detalhada
pode não surtir os efeitos esperados e pode até gerar novas situações de risco. Por
exemplo, um semáforo para travessia de escolares pode induzi-los a atravessar a
via com desatenção ao movimento dos veículos, por confiarem que os condutores
sempre respeitarão o sinal. Nesse caso, se o comportamento dos condutores não
for adequado, porque a colocação do semáforo não era a medida mais indicada,
justamente pela existência de travessia de escolares concentrada apenas nos
períodos de entrada e saída de alunos, a quantidade de atropelamentos nesse local
pode aumentar. Assim, dispositivos eficazes para determinadas situações podem
não surtir o mesmo efeito para outras. Muitas vezes, medidas simples e de baixo
custo podem solucionar um problema com melhores resultados do que medidas
complexas e de alto custo.
Esta publicação é uma ferramenta de análise e de auxílio à tomada de decisões.
Apresenta vantagens, desvantagens e recomendações relativas às alternativas
comentadas. Entretanto, o técnico deve decidir sobre as medidas a serem adotadas
e os dispositivos a serem utilizados, após diagnóstico preciso da particularidade de
cada situação.
Na busca da solução adequada para cada caso e, portanto, das medidas a serem
adotadas, os técnicos devem, preliminarmente, se conscientizar sobre os princípios da
sinalização de trânsito e como aplicá-los com eficácia, principalmente no tratamento de
áreas escolares. Para atingir essa eficácia, o técnico não pode esquecer a
vulnerabilidade dos escolares (por suas características físicas ou psicológicas) e, por
isso, sua participação preocupante nos índices de acidentes.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que as crianças entre 5 e 14 anos,
apesar de representarem 14% da população, foram vítimas em 27% dos
atropelamentos em 1988. Jovens com menos de 15 anos têm uma taxa de
envolvimento em acidentes duas vezes maior que o restante dos pedestres. No Brasil,
ainda não existem estatísticas de acidentes específicas com escolares. No entanto,
sabe-se que, na cidade de São Paulo, ocorreram em 1998, 199.216 acidentes de
trânsito. Desses, 14.776 foram atropelamentos que representam 7,4% do total de
acidentes. Os dados de vítimas fatais em relação à frota de veículos (mortos / 10.000
veículos) de algumas capitais do país, em 1998, são elevados: em Manaus esse índice
é de 18,1; em Salvador, 8,3; em Belo Horizonte, 6,2; e em São Paulo, 4,3.
Pesquisa realizada na Grã-Bretanha mostra que 40% dos atropelamentos de crianças
ocorrem quando elas atravessam entre veículos. Outra pesquisa (realizada em
Hampshire) mostra que em 18% dos atropelamentos as crianças estavam brincando.
Dados do EUA mostram que 70% das crianças atropeladas não viram o veículo.
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
1. Porque sinalizar áreas escolares
Além de evitar que estes índices alarmantes continuem sendo observados nas
estatísticas, cabe destacar que o papel e a responsabilidade de cada técnico foi
legalmente instituída com o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, conforme se
apresenta no artigo 90, notadamente no seu parágrafo 1º: O órgão de trânsito com
circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização,
Princípios da respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
sinalização de trânsito
Legalidade • estar de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e resoluções do Contran
+
Suficiência • não confundir quantidade com qualidade, pois o excesso dilui a importância dos sinais
• permitir fácil percepção do que realmente é importante
+
• seguir, sempre, um padrão preestabelecido, ou seja, situações iguais são
Padronização sinalizadas da mesma forma
+
+
Precisão e • ser precisa, confiável, pois o conteúdo corresponde às situações existentes
confiabilidade • ter credibilidade, pois as restrições são justificáveis
+
Visibilidade • poder ser vista à distância necessária, bem como poder ser lida em tempo hábil
e legibilidade para a tomada de decisão, sem manobras bruscas
+
Atualidade • acompanhar a dinâmica do trânsito, sendo adequada a cada nova realidade
+
Manutenção • estar permanentemente limpa, bem fixada e visível, sob quaisquer condições
e conservação meteorológicas e de iluminação
=
Eficácia
compreensão, aceitação e respeito por parte do usuário
da sinalização
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2. Os usuários,
as escolas e a vizinhança
2.1 As estatísticas de trânsito mostram, como já foi dito, que, embora existam menos
Os escolares crianças do que adultos circulando nas vias, proporcionalmente elas se envolvem
em mais acidentes.
As características a seguir são inerentes à faixa etária dos escolares de até 14 anos,
que são grandes motivos de preocupação em relação à segurança escolar.
Percepção visual As crianças possuem uma visão periférica não totalmente desenvolvida e não
avaliam corretamente a velocidade dos veículos e, principalmente, das motos.
Estatura A altura das crianças dificulta sua visão da via, principalmente entre veículos
estacionados, e, também, é maior a dificuldade de serem vistas pelos condutores.
Percepção audiomotora As crianças têm maior dificuldade de identificar a origem dos sons e de avaliar o
tempo e a distância, além de se desequilibrarem com maior facilidade, pois seu
centro de gravidade encontra-se mais próximo da cabeça.
Desatenção É natural, nas crianças, estarem brincando todo o tempo (ainda mais quando em
grupo). Muitas vezes a travessia é realizada simultaneamente a brincadeiras, sem
haver, dessa forma, a devida atenção ao trânsito.
É, também, comum os escolares serem usuários de bicicletas, utilizando-as para irem às
aulas. Entretanto, nessa faixa etária, eles encaram as bicicletas mais como brinquedos do
que como meio de transporte, o que causa maior desatenção em relação ao trânsito.
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2. Os usuários, as escolas e a vizinhança
Travessia inadequada Muitas crianças, uma vez iniciada a travessia, correm para o outro lado, sem olhar
novamente para a via e assegurar a situação dos veículos que se aproximam.
Também, por falta de compreensão do perigo, não observam a faixa de segurança e
atravessam a via em locais inadequados.
Desatenção Em geral, passam diariamente pelo local da escola e, pelo hábito, acabam não
percebendo a necessidade de circular com maior atenção.
Dificuldade de Não percebem a sinalização vertical quando esta não tem qualquer destaque dentro
percepção da sinalização do meio urbano, por exemplo, o sinal de área escolar (A-33) inserida num meio
visualmente poluído.
Velocidade incompatível A maioria dos motoristas não reduz a velocidade na porta das escolas, a não ser
com a segurança que esta se apresente com um claro potencial de risco como, por exemplo,
pedestres caminhando na rua.
Desrespeito em Na maior parte das cidades brasileiras, o veículo tem prioridade sobre o pedestre.
relação aos pedestres Raramente um motorista pára o seu carro “somente” para a travessia de uma
de forma geral pessoa, embora o CTB tenha estabelecido a prioridade do pedestre na travessia
sinalizada e tenha criado um capítulo específico para o mesmo.
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2. Os usuários, as escolas e a vizinhança
2.3 Muitos dos problemas que são detectados junto às escolas são decorrentes da falta
As escolas de planejamento urbano, processo fundamental para o controle das transformações
que as cidades vivenciam.
Toda escola deve ser encarada e tratada como um micro-pólo gerador de tráfego, pois
são inúmeros os problemas verificados. Citam-se, principalmente, os que se referem à
demanda expressiva de escolares que chegam ao estabelecimento caminhando ou de
bicicleta e o acúmulo, em períodos de entrada e saída dos escolares, de veículos
estacionados (pais de alunos e veículos de transporte escolar), comprometendo a
operação do trânsito no local, com freqüência inclusive de paradas em fila dupla.
Em muitas situações, o entorno das escolas não oferece as condições adequadas para
o acesso dos alunos. Um dos motivos prováveis deve ser a aprovação e autorização de
funcionamento desses estabelecimentos, quando não havia a preocupação com as
tendências de crescimento urbano e os possíveis impactos que poderiam causar na
segurança e fluidez do trânsito. Atualmente, faltam estudos específicos (com
observância às leis de uso e ocupação do solo) que orientem a instalação desse tipo de
pólo gerador, em imóveis já existentes, ou na aprovação de novos projetos.
Para a análise da instalação de escolas em áreas urbanas devem ser observados
como principais objetivos:
- reduzir os possíveis impactos ocasionados pela escola no tráfego de passagem;
- viabilizar os espaços necessários para o estacionamento de professores e funcionários
e de veículos destinados à operação de carga e descarga de mercadorias;
- destinar, sempre que possível, espaço interno à escola para o embarque/
desembarque de escolares (para veículos escolares e para pais de alunos);
- viabilizar espaços internos às escolas, adequados e seguros, para a permanência
e circulação dos alunos quando fora das salas de aula.
Para o atendimento às exigências do CTB quanto a pólos geradores, é necessário que
sejam criados mecanismos legais, através de legislação municipal específica,
estabelecendo os parâmetros de análise, dentre os quais destacam-se: área construída;
área de aproveitamento; acessos; recuos; taxa de ocupação e coeficiente de
aproveitamento do lote; espaço para estacionamento e carga e descarga de mercadorias;
e vias internas de circulação. São necessárias também as definições quanto aos
indicadores para a análise, tais como, largura das vias de acesso, intensidade do tráfego
de pedestres e veículos existente e sua projeção para o futuro, sinalização existente no
entorno, existência de transporte coletivo e identificação de pontos críticos.
Uma vez estabelecida a legislação municipal própria e a partir do CTB, o técnico terá
formas legais de controle do processo de transformação urbana, podendo interferir
para a melhor qualidade de vida e menor interferência do trânsito, conseqüentemente
com resultados mais positivos em relação aos problemas existentes e futuros.
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2. Os usuários, as escolas e a vizinhança
2.4 O desempenho do sistema viário no entorno das escolas, assim como a qualidade
A vizinhança da acessibilidade dos escolares, são influenciados pelo meio onde elas estão
inseridas e pela sua localização propriamente dita. Da mesma forma, a escola causa
das escolas diferentes impactos sobre o meio urbano ou rural e suas diferentes ocupações.
Na área urbana A localização da escola dentro da malha viária urbana é de fundamental importância
para a segurança dos escolares. Assim, no planejamento de um novo prédio
escolar, deve-se tentar localizá-lo em via com baixo volume de tráfego e que
permita o acesso sem a necessidade de travessias em vias perigosas.
Cabe ao técnico responsável pela aprovação do empreendimento avaliar o sistema viário
do entorno segundo a função de cada via, definida pelo papel que desempenha no
sistema de circulação da cidade: via de trânsito rápido, via arterial, via coletora e via local.
Este sistema deve ser objeto de legislação específica por parte do órgão de trânsito.
Igualmente, deve ser observado o uso do solo nas proximidades das escolas com a
finalidade de se detectar os conflitos já existentes e os que podem ser criados a
partir da instalação desse novo pólo gerador que é a unidade escolar. Na análise,
quando possível, o técnico deve estar atento ou procurar conhecer as últimas
transformações ocorridas no espaço urbano onde se pretende implantar a escola,
visando com isso estimar os prováveis impactos que podem vir a ser verificados.
Com relação ao projeto da edificação, deve ser previsto o espaço suficiente para o
pátio de recreio e de espera na saída da escola, evitando, dessa forma, que os
alunos utilizem a via pública para essas finalidades.
Da mesma forma, a matrícula dos alunos (no caso de escolas públicas) deve ser
dividida por zonas geográficas de diferentes escolas, que minimizem o
deslocamento perigoso dos escolares, principalmente para evitar a travessia de vias
urbanas com alto volume de trânsito ou de rodovias.
Na área rural Geralmente, nas áreas rurais, as escolas localizam-se próximas às rodovias ou
estradas que dão acesso às glebas rurais e vilarejos onde moram os escolares e sua
área de influência abrange distâncias muito maiores que em zonas urbanas.
Muitas vezes, as vias de acesso a essas escolas não possuem calçadas ou mesmo
acostamento, colocando em risco a segurança dos escolares que, em geral, vão às
aulas a pé ou de bicicleta e utilizam a pista de rolamento.
Nesses casos, além da implantação da sinalização de trânsito, com atenção especial
para as travessias e transposições de rodovias com alto volume de tráfego, é importante
que a entidade responsável efetue manutenção permanente da faixa de domínio dessas
vias rurais, a fim de criar espaço apropriado e seguro para a circulação de escolares.
Recomenda-se que, sempre que possível, sejam criados caminhos seguros para
pedestres e ciclistas, paralelos à pista existente, ou com um traçado que melhor
atenda às necessidades dos escolares.
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
3. Para fazer o diagnóstico
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3. Para fazer o diagnóstico
Elaboração de croquis Todos os elementos físicos e operacionais devem ser desenhados em planta de forma a
representar a situação existente, devendo-se destacar os seguintes elementos:
- desenho em planta do sistema viário de influência;
- localização da escola;
- localização dos portões que são utilizados nos acessos às escolas;
- geometria aproximada das vias, calçadas, canteiros centrais etc.;
- larguras das vias (inclusive calçadas e canteiros centrais, quando existentes);
- indicação dos sentidos dos aclives e declives;
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3. Para fazer o diagnóstico
Exemplo de
croquis no campo
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3. Para fazer o diagnóstico
3.3 Para a execução de um projeto de segurança viária nas áreas escolares é necessário
Elaboração o prévio conhecimento das causas e conseqüências dos acidentes de trânsito que
nela ocorreram. Nessa fase, o técnico deve analisar os dados levantados, as
do diagnóstico vistorias, conversas e observações, e tentar determinar como foram as ocorrências.
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3. Para fazer o diagnóstico
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3. Para fazer o diagnóstico
Modelo de
relatório técnico
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4.1 O quadro a seguir é um indicativo das ações que podem ser implementadas,
Instrumentos segundo cada objetivo. A consulta a este quadro não dispensa o técnico de todas
as etapas da elaboração de um projeto.
de ação
O técnico poderá Objetivo Ação
utilizá-lo para assinalar as Alertar o condutor de existência sinalização vertical de advertência
intervenções necessárias de área escolar sinalização horizontal
operação de trânsito
para sinalização de cada
área escolar. Reduzir a velocidade nas sinalização vertical de regulamentação
proximidades da escola sinalização vertical de advertência
sinalização horizontal
medidas para reduzir a velocidade
alterações na geometria
operação de trânsito
Indicar ao pedestre o sinalização horizontal
melhor local para travessia sinalização de orientação ao pedestre
canalização de pedestres
sinalização de rotas seguras para escolares
Indicar ao ciclista o melhor lugar sinalização específica para ciclistas e circulação de bicicletas
para circular e para atravessar criação de ciclofaixas e ciclovias
o fluxo de veículos implantação de travessias cicloviárias
implantação de rotas seguras para escolares
Melhorar a percepção alternativas de melhor visualização
da sinalização vertical eliminação de interferências
Definir localização de nova escola localização que evite travessia de vias perigosas
localização longe de avenidas ou rodovias movimentadas
Definir localização dos portões da escola localização distante da via movimentada
Melhorar a percepção dos semáforos sinalização vertical de advertência
sinalização horizontal
alternativas de melhor visualização
melhoria da luminosidade das lâmpadas
remoção de interferências visuais
Destacar os dispositivos melhoria da iluminação
de segurança à noite material refletivo
material iluminado
Travessia de pedestres em vias com sinalização semafórica
volumes de tráfego elevados travessia em desnível
Continua
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4. Para formular alternativas
4.2 Não existe uma “formula mágica” que permita a solução dos problemas de
segurança em todas as escolas. Cada caso é específico e diferente de qualquer
Escolha da outro e, como tal, deve ser analisado individualmente. Este manual é uma
alternativa de importante “ferramenta” no auxílio à tomada de decisões, mas fundamentalmente é
procedimento o técnico que deve decidir sobre os dispositivos e medidas a serem utilizadas.
É importante que o técnico tenha cumprido cada uma das etapas caracterizadas
anteriormente, que são determinantes para a elaboração de projetos:
- contato com a escola;
- vistoria de campo;
- levantamento de dados;
- caracterização dos acidentes;
- elaboração do diagnóstico;
- formulação de alternativas.
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5.2 São apresentados a seguir sete exemplos de projetos, com algumas soluções
Exemplos de possíveis para a segurança do tráfego em área escolar. São exemplos de aplicação
e, portanto, não cobrem todas as situações existentes. Cabe aos técnicos a
projetos adaptação desses projetos de acordo com as condições e necessidades de cada
escola, para garantir a segurança de circulação dos alunos e o desempenho
operacional do sistema viário lindeiro:
Em meio urbano Via com pista simples e sentido único de circulação; via com pista simples e sentido
duplo de circulação; via arterial e sentido duplo de circulação; via coletora e sentido
único de circulação; e via local com baixo volume de tráfego.
Em meio rural Rodovia com pista dupla e alto volume de tráfego; rodovia e estrada com pistas
simples e baixo volume de tráfego.
Os exemplos de projetos foram desenvolvidos para as situações hipotéticas descritas
em cada exemplo. Deve-se considerar que cada situação tem suas peculiaridades e,
portanto, é necessária a elaboração de um projeto específico. Antes de adotar
quaisquer soluções, os técnicos devem ponderar e analisar todas as alternativas de
sinalização e dispositivos existentes, as verbas disponíveis e os investimentos
prioritários.
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5. Para elaborar projetos
Meio urbano
Via com pista simples
Sentido único de circulação
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio urbano
Via com pista simples
Sentido duplo de circulação
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio urbano
Via arterial
Sentido duplo de circulação
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio urbano
Via coletora
Sentido único de circulação
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio urbano
Via local
Baixo volume de tráfego
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio rural
Rodovia com pista dupla
Alto volume de tráfego
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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5. Para elaborar projetos
Meio rural
Rodovia e estrada com pistas simples
Baixo volume de tráfego
sem escalas, medida em metros
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5. Para elaborar projetos
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
6.1.1 A sinalização vertical constitui-se de sinais apostos sobre placas e devem sempre
Sinalização vertical ser implantadas na lateral da via, sobre as calçadas, ao lado dos acostamentos, ou
suspensos sobre a pista quando a visibilidade estiver prejudicada.
É importante que a visibilidade dos sinais esteja garantida, pois normalmente as
placas são implantadas na calçada e sofrem uma série de interferências visuais, que
fazem com que elas fiquem “perdidas” na paisagem visualmente poluída do meio
urbano. Como nem sempre é possível a retirada de todas as interferências visuais,
uma opção é colocá-las em braço projetado. Geralmente, 1,5 m de projeção é
suficiente para torná-las visíveis. Cabe destacar que este deve ser um último recurso
a ser utilizado. E só deve ser utilizado se realmente for uma alternativa melhor.
Nas escolas com funcionamento noturno ou quando o período da tarde se estende até o
anoitecer, pode-se iluminar as placas, frontalmente ou com sistema tipo back-ligth.
Sinal A-33a Estes sinais são de utilização obrigatória em todos os projetos de sinalização de
Área escolar áreas escolares:
- o sinal A-33a adverte os condutores da existência de escolares circulando nas
proximidades e, portanto, devem ficar atentos para sua travessia;
- o sinal A-33b adverte os condutores da existência de faixa de travessia de
pedestres - tipo zebrada - destinada a escolares;
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Sinal A-14 Alerta o motorista quanto à existência de semáforo adiante, quando o mesmo não
Semáforo adiante for visível.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Sinal A-18 Adverte o condutor do veículo sobre a existência, adiante, de saliência, lombada ou
Saliência ou lombada ondulação transversal (redutores de velocidade) sobre a pista.
Aplicação Sempre que houver ondulação transversal sobre a pista.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
6.1.2 A seguir está apresentada a sinalização horizontal mais importante para áreas
Sinalização escolares, como faixas de travessia de pedestres e legendas. Assim, o técnico deve
consultar o Manual Brasileiro de Sinalização Horizontal para elaborar os projetos.
horizontal
Faixas de travessia Indica aos motoristas a localização de travessia de pedestres e que, portanto, deverão
de pedestres tomar mais cuidado, reduzir a velocidade e parar quando houver pedestres
atravessando a pista de rolamento, além de ser proibido estacionar e parar sobre elas.
Aos pedestres, indica o local mais seguro para fazer a travessia da via.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Iluminação diferenciada
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Legendas São marcas no pavimento com mensagens de advertência tipo ESCOLA, SINAL etc.
que reforçam a sinalização vertical.
6.1.3 O semáforo é um grande auxiliar na segurança dos pedestres para a travessia da pista.
Sinalização Entretanto, sua implantação deve ser precedida de uma rigorosa avaliação sobre a
conveniência de seu uso como controlador dos direitos de passagem pelo local, pois a
semafórica implantação indevida de um semáforo pode comprometer a segurança dos usuários da
via. Deve-se, portanto, obedecer a alguns critérios para implantação dessa sinalização.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Favorece a
intervisibilidade
gradil
gradil
Favorece a
intervisibilidade
gradil
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Exemplo de
localização de semáforo
Tempo de verde
Tv = 2 + (L / v) + 2
onde: Tv = tempo de verde (s)
L = largura da via (m)
v = velocidade (m/s) adotada = 1,0 m/s
Por exemplo, via com largura de 10 metros com grande
número de pedestres:
Tv = 2 + 10 / 1,0 + 2,0 = 14,0 s
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Alteração da Nas vias com sentido duplo de circulação o pedestre tem que se preocupar com os
circulação de vias de fluxos de tráfegos nos dois sentidos. Isso é de avaliação muito mais difícil que no
sentido duplo caso de sentido único, principalmente para crianças. É comum as pessoas
atravessarem somente meia pista e ficarem aguardando sobre a linha divisória de
fluxos opostos, o momento de completar a travessia.
Uma maneira de resolver esse problema é a implantação de sentido único de
circulação, junto às travessias de escolares, o que além de facilitar a percepção dos
veículos, produz também mais “brechas” para essa travessia.
Evidentemente deve ser efetuado um estudo de circulação da área escolar e da
acessibilidade para se verificar a possibilidade dessa alteração. Deve-se verificar
também se não ocorrerá um aumento da velocidade com o sentido único, sendo
então adotadas as medidas cabíveis.
Ordenamento Nas escolas freqüentadas por alunos que pertencem às classes sociais média e alta,
do estacionamento maiores usuárias potenciais de transporte individual, ocorrem muitas vezes grande
e embarque/ conturbação no trânsito, causado pela espera da saída de alunos e pela operação
de embarque/desembarque dos mesmos. Os horários mais críticos são aqueles de
desembarque saída dos alunos. Nesses momentos são cometidas inúmeras infrações, como
estacionamento em local proibido, parada em fila dupla, tripla etc.
São problemas de difícil solução que demandam um conjunto de medidas de
operação e de fiscalização pelos agentes do órgão de trânsito, juntamente com a
diretoria da escola e pais dos alunos.
Algumas medidas para redução dos problemas são:
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Exemplos de placas
de sinalização de
regulamentação
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Controle do Grande parte dos atropelamentos ocorre porque o condutor não vê a criança (são
estacionamento baixas) e/ou a criança não vê o carro (por serem baixas enxergam menos entre os
e parada veículos estacionados). É comum então ouvir-se a triste frase: “a criança surgiu
correndo entre os carros estacionados...”.
Uma medida consiste na proibição do estacionamento e parada ao longo de alguns
metros antes da faixa (pelo menos 8,0 m). É barata e de grande eficácia para a segurança
da travessia. Ela deve ser aplicada em toda situação em que haja faixa para travessia de
escolares nas proximidades e a restrição deve ser válida para os horários em que essas
travessias ocorrem com maior freqüência. Para tanto, devem ser utilizadas mensagens
complementares aos sinais R-6a ou R-6c com horário para o qual a restrição é válida.
Para inibir esse estacionamento, pode-se colocar cavaletes nos horários de
funcionamento da escola, como reforço da sinalização, tomando-se os devidos
cuidados para não interferirem na visibilidade.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Interferências visuais
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Alargamento de Esse recurso deve ser adotado junto às esquinas ou às faixas de travessia de
calçadas (avanço pedestre, ocupando a largura que normalmente é destinada ao estacionamento de
das calçadas / veículos (2,0 a 2,5 m), nas esquinas ou no meio do quarteirão.
acréscimo de
Vantagens - reduz a distância de percurso do pedestre no leito
passeio) carroçável, no momento da travessia, diminuindo o
trecho de conflito pedestre x veículo;
- exerce atratividade sobre o pedestre, para realizar a
travessia em local seguro;
- aumenta a área para a acumulação de pedestres;
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Construção O refúgio para pedestres é uma solução de baixo custo que, quando
de refúgios convenientemente implantado, produz ótimos resultados em relação à segurança.
para pedestres É a parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada a uso pelos
pedestres durante a travessia, permitindo que aguardem, com segurança, as
brechas para concluí-la.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Padrões de
sinalização de refúgio
para pedestres
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
6.3.2 Para reduzir as velocidades desenvolvidas nas áreas escolares, podem ser adotadas
Implantação de medidas de fiscalização, através de agentes da autoridade de trânsito ou através da
fiscalização eletrônica. Outra alternativa é a implantação de alterações da superfície
medidas para do pavimento que coibam ou mesmo impeçam o desenvolvimento de velocidades
reduzir velocidade elevadas, como as ondulações transversais, de uso restrito definido pelo CTB e
sujeito às condições regulamentadas pelo Contran.
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Barreira eletrônica
em área escolar
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Padrões de
ondulações transversais
Ondulação transversal
Tipo I
Ondulação transversal
Tipo II
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Ondulações transversais
em área escolar
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6.3.3 A canalização de pedestres é uma medida importante que deve ser adotada quando
Canalização de for necessário indicar ao escolar o local seguro para travessia. A forma mais usual é
a implantação de gradis. Podem ser utilizados outros recursos, como barreira de
pedestres concreto, tela (estas, principalmente no meio rural), muros ou jardineiras, mas é
fundamental que o elemento tenha as mesmas características dos gradis.
Gradis de Os gradis de pedestres são elementos contínuos instalados nas calçadas ou canteiros
canalização centrais para direcionar o pedestre para o local de travessia considerado mais seguro,
de pedestres impedindo acesso ao leito viário em pontos indesejados. Deve sempre ser
acompanhado de outro dispositivo que sinalize esse local, tipo faixa de travessia,
semáforo, passarela etc. Podem ser utilizados também para contenção dos escolares
ao sairem pelo portão da escola.
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Colocação de gradis
em esquinas
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
6.4.1 As situações de risco para os escolares não ocorrem apenas nas travessias defronte
Criação de às escolas, mas ao longo de todo o caminho percorrido pelos escolares, a pé ou em
bicicletas.
rotas seguras
para escolares É recomendável, portanto, que o órgão de trânsito, em conjunto com a comunidade
escolar, formule e implante um plano de rotas seguras de escolares, que consiste
numa rede de rotas dotadas de sinalização e outras intervenções físicas,
operacionais e educativas para proporcionar segurança aos escolares em seus
percursos a pé ou de bicicleta.
O plano de rotas seguras para escolares será mais eficiente se for elaborado,
implantado, divulgado e monitorado em conjunto com a comunidade escolar. Esse
trabalho pode ser iniciado já na fase de identificação dos caminhos percorridos
pelas escolares, através de atividades desenvolvidas pelos professores na sala de
aula, solicitando aos alunos que desenhem o caminho percorrido entre a casa e a
escola em mapa fornecido pelo órgão de trânsito. Nessa atividade pode-se
identificar os principais caminhos percorridos, os pontos críticos de segurança e
conhecer a percepção que os escolares têm das condições de segurança do
trânsito ao longo de seu percurso. Essas informações são muito importantes para
auxiliar na definição de medidas a serem implantadas.
Após a identificação dos percursos e suas condições de segurança, são
definidas as rotas, a partir de várias origens possíveis. Ao longo de todas as rotas
devem ser implantadas as medidas necessárias para aumentar a segurança dos
percursos a pé e em bicicletas, que preferencialmente devem ser coincidentes,
para concentrar os escolares em um número menor de rotas, assim enfatizando-as.
Deve-se evitar os locais mais perigosos onde não seja possível implantar
medidas corretivas.
Para a elaboração do plano de rotas seguras para escolares devem ser
desenvolvidas as atividades previstas nos capítulos anteriores. As medidas a serem
adotadas são as descritas a seguir e a necessidade de cada uma deve ser
criteriosamente avaliada.
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6.4.2 Essa operação pode ser efetuada pelo pessoal da própria escola (funcionários e/ou
Implementação de pais / alunos mais velhos) e tem como objetivo a implantação de dispositivos
móveis que alertem e controlem os veículos nos horários de travessia de escolares.
“Operação travessia Esta operação deve ser precedida de uma avaliação obrigatória da situação e
de escolares” compatibilidade da sinalização existente, junto à escola e no percurso, para dar
suporte à orientação da travessia. Ou seja, só deve ser realizada se houver
sinalização adequada.
A operação consiste na ação de equipes devidamente treinadas para auxiliar a
travessia dos escolares, colocando material de sinalização e canalização, e
operando o tráfego com bandeiras de alerta.
Elementos - bonecos sinalizando proximidade de escola;
da sinalização - cones de borracha para canalização;
- coletes de alta visibilidade para orientadores;
- sinais de regulamentação e advertência;
- bandeiras com sinal PARE.
Como proceder para - entrar em contato com a diretoria da escola e obter o
implantação do programa apoio para a efetivação do projeto, sem o que será
impossível a sua implantação;
- elaborar e implantar projeto de sinalização fixa;
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Operação
“Travessia de escolares”
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
6.4.3 Além das medidas operacionais anteriormente descritas, poderão ser estudadas e
Outras medidas implantadas adequações da disposição dos portões de acesso, do estacionamento
e parada irregular nos horários de entrada / saída e o incentivo ao uso do transporte
escolar. Entre essas medidas estão também aquelas que constituem o papel dos
pais e o papel da escola na educação para o trânsito.
Remanejamento de Conforme já explicado, os escolares têm uma tendência a sair distraídos da escola
portões de acesso para a rua. Por outro lado, nos horários de entrada / saída forma-se uma
aglomeração de alunos e pessoas que os aguardam, além de vendedores
ambulantes, que muitas vezes ocupam toda a calçada e obrigam os pedestres a
caminhar pela pista de rolamento de veículos.
Uma medida importante nesse sentido é a correta localização dos portões utilizados
pelos alunos. Deve-se fazer, em conjunto com a diretoria da escola, um estudo
específico e verificar qual a melhor posição para a localização desses portões.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Incentivo ao uso do O uso do transporte coletivo escolar contribui muito para a organização do trânsito
transporte escolar nas portas das escolas, nos horários de entrada e saída dos alunos por possibilitar a
redução do volume de veículos particulares, além de dar condições para implantar
uma programação de horários escalonados de chegada / saída dos veículos
coletivos, a fim de garantir a segurança da operação de embarque / desembarque
dos escolares e a fluidez do trânsito lindeiro.
Um sistema de transporte escolar deve ter qualidade:
- seguro, garantindo segurança pessoal dos alunos que deverão ser transportados em
veículos com mecânica e equipamentos de segurança em perfeito estado, e
conduzidos por motoristas devidamente treinados para essa finalidade;
- confiável, garantindo a assiduidade e pontualidade dos serviços;
- confortável, ofertando veículos limpos, com espaço suficiente para todos os
escolares, com tempos de viagem e de espera baixos;
- econômico, com itinerários racionalizados de forma que os custos sejam baixos.
Este sistema de transporte de escolares é invariavelmente uma alternativa mais
racional para o trânsito, principalmente nas grandes cidades, e pode ser:
- mais amparado, pois as vagas para estacionamento de veículos dessa modalidade
de transporte em geral são mais próximas do portão da escola;
- mais prático, pois não há necessidade dos pais submeterem-se aos
congestionamentos que se formam em torno das escolas;
- mais barato, pois não ocupa o tempo dos pais.
Pela sua importância e pela responsabilidade que envolve, o transporte escolar é
regulamentado no CTB e deve possuir regulamento próprio em cada município.
Para incentivar o uso do transporte escolar, o órgão de trânsito, em conjunto com as
escolas, deve adotar as seguintes medidas:
- reservar vagas internas ao terreno da escola para os veículos desse transporte e/ou
regulamentar na via as vagas próximas ao portão da escola, de forma que os alunos
embarquem / desembarquem sempre pelo lado da calçada. Deve-se utilizar o sinal R-6b
(Estacionamento regulamentado) complementado com mensagem Ônibus ou perua
escolar, acrescida dos períodos de entrada e saída de escolares (ver projeto-tipo);
- fiscalizar a qualidade e segurança do transporte, nos aspectos:
- das condições mecânicas dos veículos, estabelecendo idade máxima para a
frota e vistoriando periodicamente os itens relativos à segurança;
- da existência e uso de equipamentos de segurança;
- do comportamento dos condutores, verificando o prontuário, oferecendo
treinamento e fazendo cumprir as exigências existentes no CTB;
- orientar a definição dos itinerários, de forma que seja seguro, eficiente e econômico.
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6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
Participação dos É importante a realização de trabalho junto aos pais dos alunos para que aprendam
pais na educação como orientar os filhos sobre a forma correta de se comportar nas ruas. Muitas
para o trânsito vezes, os próprios pais não conhecem ou não adotam comportamentos adequados,
dando maus exemplos que são seguidos pelos filhos.
Os pais e responsáveis precisam adicionalmente:
- saber da importância de dar bons exemplos;
- entender as características físicas e psicológicas das crianças que interferem no
seu comportamento no trânsito; e
- saber qual a melhor forma de ensinar seus filhos a serem bons pedestres, de
acordo com a idade de cada um deles.
Essa tarefa é das Coordenadorias de Educação para o Trânsito, que devem existir
em cada órgão de trânsito, conforme estabelecido pelo CTB (art. 74, parágrafo 1º).
Participação da As escolas devem incluir nas suas atividades didáticas conteúdo relativo ao trânsito,
escola na educação não apenas no que se refere à utilização das vias e compreensão da sinalização,
para o trânsito mas também quanto ao comportamento responsável, à adoção de posturas éticas.
O tema Trânsito deve ser inserido nas disciplinas tradicionais, como conteúdo
“transversal”, como por exemplo:
- o professor de Geografia pode inserir a questão da circulação de pessoas e
mercadorias e da disputa pelo espaço viário;
- o professor de Ciências, ao ensinar princípios da física, pode utilizar-se de
exemplos ligados a trânsito e à segurança dos alunos;
- o professor de Educação Artística pode solicitar a elaboração de desenhos ou
maquetes que representem o entorno da escola e as características do trânsito;
- o professor de Matemática, ao trabalhar conceitos de “grande” e “pequeno”, de
“longe” e “perto”, pode utilizar exemplos da visibilidade e da proximidade de
veículos;
- o professor de Educação Física pode desenvolver atividades que auxiliem alunos a
atravessar as ruas com segurança.
Os técnicos do órgão de trânsito devem orientar as diretorias das escolas a solicitar
o material existente no Denatran, especialmente desenvolvido para educação de
escolares, no projeto Rumo à Escola.
90
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Bibliografia
Órgãos federais, BRASIL. Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
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92
COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Índice geral
5 Apresentação
6 Agradecimentos
7 Sumário
8 Estrutura
9 1. Porque sinalizar áreas escolares
12 2. Os usuários, as escolas e a vizinhança
12 2.1 Os escolares
12 Percepção visual
12 Estatura
12 Percepção audiomotora
12 Desatenção
12 Desconhecimento e falta de entendimento dos sinais de trânsito
13 Travessia inadequada
13 2.2 Os condutores
13 Desatenção
13 Dificuldade de percepção da sinalização
13 Velocidade incompatível com a segurança
13 Desrespeito em relação aos pedestres de forma geral
13 Desconhecimento do CTB pelos ciclistas
14 2.3 As escolas
15 2.4 A vizinhança das escolas
15 Na área urbana
15 Na área rural
16 3. Para fazer o diagnóstico
16 3.1 Abordagem do técnico
16 3.2 Estudo da escola e da vizinhança
16 Contato com a diretoria da escola
17 Vistoria de campo
18 Elaboração de croquis
20 Levantamento de dados
20 3.3 Elaboração do diagnóstico
23 4. Para formular alternativas
23 4.1 Instrumentos de ação
24 4.2 Escolha da alternativa de procedimento
25 5. Para elaborar projetos
25 5.1 Elementos do projeto
25 Situação existente
25 Situação proposta
25 5.2 Exemplos de projetos
25 Em meio urbano
25 Em meio rural
40 6. Recursos para aumentar a segurança dos escolares
41 6.1 Sinalização
93
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Índice geral
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COLETÂNEA DE APLICAÇÃO EM SITUAÇÕES-TIPO Sinalização de Áreas Escolares
Índice geral
57 Vantagens
59 Desvantagens
59 Fique atento
61 Construção de refúgios para pedestres
61 Vantagens
61 Desvantagens
61 Fique atento
65 Construção de travessias elevadas
65 Características
65 Dimensões aproximadas
66 Aplicação
66 Relacionamento com outros sinais ou dispositivos
66 Fique atento
67 6.3.2 Implantação de medidas para reduzir velocidade
67 Registrador de velocidade (“radares”) e Barreira eletrônica (Lombada eletrônica)
67 Vantagens
67 Desvantagens
69 Fique atento
69 Ondulações Transversais (lombada/quebra mola)
69 Características
70 Aplicação
70 Vantagens
70 Desvantagens
72 Fique atento
74 6.3.3 Canalização de pedestres
74 Gradis de canalização de pedestres
74 Características
74 Aplicação
76 Colocação
77 Fique atento
78 6.3.4 Construção de travessias em desnível
78 Vantagens
78 Desvantagens
79 Critérios de implantação
79 Características
80 Deve-se evitar
81 6.4 Medidas envolvendo a comunidade escolar
81 6.4.1 Criação de rotas seguras para escolares
82 Medidas recomendas
85 Fique atento
85 6.4.2 Implementação de “Operação travessia de escolares”
85 Elementos da sinalização
85 Como proceder para implantação do programa
87 Como proceder para implantação da sinalização móvel
87 6.4.3 Outras medidas
87 Remanejamento de portões de acesso
88 Medidas para redução dos problemas
89 Incentivo ao uso do transporte escolar
90 Participação dos pais na educação para o trânsito
90 Participação da escola na educação para o trânsito
91 Bibliografia
91 Órgãos federais, estaduais e municipais
91 Autores nacionais
92 Órgãos estrangeiros
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