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1- Identificação:
Escola: Colégio Estadual do Campo Jorgina Batista de Paula – EFM.
Área de conhecimento: Ciências da Natureza.
Disciplina: Biologia.
Tema: Genética: Clonagem Humana.
Turma: 3˚ ano do Ensino Médio.
Tempo estimado: 4 h/a.
2- Objetivos:
Geral:
a) Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas
ligados à clonagem humana.
Específicos:
a) Demonstrar conhecimento sobre a clonagem.
b) Entender o mecanismo da clonagem.
c) Perceber que a clonagem tem diferentes finalidades.
d) Refletir sobre as questões éticas que cercam a clonagem.
3- Conteúdos:
3.1- Conceitual:
3.2- Procedimental:
3.3- Atitudinal:
4- Procedimentos metodológicos:
4.1- 1ª etapa:
“Nos últimos anos, temos sido bombardeados com novidades biológicas que
parecem destinadas a mudar o curso da história. Em julho de 2000, as
notícias sobre o sequenciamento das bases nitrogenadas do genoma
humano e, em novembro de 2001, os relatos sobre o primeiro clone humano
nos deixaram perplexos, curiosos e preocupados. Até uma telenovela
abordando o tema clonagem foi produzida. O que existe de verdade em tudo
isso? O que sabemos e o que não sabemos? Qual a interferência da mídia e
quais os significados de cada descoberta?
Se refletirmos um pouco sobre a ideia de clone, vamos perceber que obter
uma cópia idêntica de um mesmo organismo ocorre naturalmente nos
gêmeos idênticos e na partenogenia (desenvolvimento de um ser vivo de um
óvulo não fecundado, como em algumas plantas e invertebrados,
especialmente em artrópodes). O uso de clones se faz há muito tempo!
Reprodução por estaquia (em que se estimula a reprodução da planta a partir
de pedaços do próprio caule) não é exatamente isso?
Obter clones por meio de embriões também não é técnica tão nova. Se o
embrião tiver cerca de 200 células, é possível separar o material e obter
outros embriões idênticos geneticamente.
Em 1996, uma nova técnica foi apresentada, aquela que deu origem à ovelha
Dolly. O fato gerou um grande impacto na comunidade científica, pois
ocorrera a transferência de um núcleo de uma célula adulta para um óvulo
cujo núcleo fora previamente retirado. Com estímulos químicos, foram
ocorrendo sucessivas divisões nesse óvulo até chegar a um embrião,
implantado em outra ovelha, para gestação.
Muitas expressões têm surgido na mídia, causando confusões e incertezas.
Biotecnologia, biologia molecular, alimentos transgênicos, organismos
geneticamente modificados. Isso diz respeito a todos nós? A resposta é
sim!”(http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula)
Após a leitura do texto será explicado sucintamente o projeto Genoma
Humano, que foi oficialmente iniciado em 1990 e consistia em mapear os
cromossomos e determinar a sequência de bases nitrogenadas de todos os
genes humanos. Estava previsto para durar 15 anos e contava com um
orçamento de 3 bilhões de dólares.
James Watson, um dos pais do modelo da dupla hélice do DNA, foi convidado
para dirigir o projeto e intermediar os conflitos do que já foi chamado de "o
maior projeto civil desde a conquista da Lua". Em 1992, Watson deixou a
direção do projeto, por ser contra o pedido do Instituto Nacional de Saúde,
dos EUA, para patentear três mil genes humanos. Afinal, o projeto não era
mundial? Ou seria norte-americano? Um dos argumentos que justificam a
demora dos resultados é justamente a competição e a não colaboração entre
as várias equipes dos diferentes países. Estariam todos esperando o
momento de também tentar uma patente? A quem pertencem os genes
humanos?
Hoje, especula-se que o projeto tende a priorizar as pesquisas dos genes que
envolvem doenças, não só pelos benefícios imediatos dos tratamentos, mas
por serem mais comerciais, principalmente quanto aos diagnósticos.
Outro ponto merece destaque: o projeto afastou a participação de países
pobres e em desenvolvimento das pesquisas e de qualquer fórum de
discussão, inclusive sobre o repasse dos conhecimentos gerados.
A partir daí, será iniciada a reflexão com os alunos sobre o projeto genoma
humano e a clonagem. Através de perguntas diretas descartando as
explicações fantasiosas e trabalhando com as coerentes
4.2- 2ª etapa:
4.3- 3ª etapa:
O júri simulado:
O júri simulado é uma ótima estratégia de ensino a ser adotada quando se
trata de um assunto polêmico ou que, perceptivelmente, divide opiniões. Isso
porque permite que sejam discutidos vários pontos de um mesmo tema,
auxiliando no processo de construção e desconstrução de conceitos. Além
disso, instiga o senso crítico, a participação e a reflexão.
Um júri é composto pelas seguintes pessoas:
- Juiz: responsável pelo andamento do júri, fazendo as intervenções
necessárias para que tudo ocorra da forma mais organizada possível. É ele,
também, quem estipula a pena, caso o réu seja culpado;
- Jurados: responsáveis por analisar os fatos expostos e, ao final, dar o
veredicto (Culpado? Inocente? Vencedor?);
- Advogados de defesa: como o nome sugere, eles defendem o acusado
(réu), com base em argumentos coerentes, provas e apresentação de
testemunhas;
- Promotores: também chamados de advogados de acusação, buscam
condenar o réu, por meio de argumentos coerentes, provas e apresentação
de testemunhas;
- Testemunhas: fornecem argumentos que podem reforçar a suposta
inocência do acusado, ou sua responsabilidade no caso em questão;
- Réu: o acusado, cujo ato específico é o objeto de discussão do júri. Em um
júri existe também a possibilidade de não existir réu. Assim, trata-se da
acusação ou da defesa de um assunto específico.
A possibilidade de se fazer clones, principalmente da espécie humana, gera
controvérsias na população de forma geral e até mesmo na comunidade
científica. Assim, é um bom tema a ser trabalhado em uma simulação de júri.
A sugestão é que, nessa atividade, não haja réu. No entanto, uma questão
que deve ser definida é se haverá testemunhas; e também a forma com que
os componentes do júri serão distribuídos entre os alunos. Considerando as
atribuições do juiz, o ideal é que ele seja representado por um professor da
escola.
Uma forma de realizar o réu é utilizando o tema “clonagem” como o assunto
a ser discutido, uma vez que permitirá que questões mais abrangentes sejam
pontuadas. Assim, os advogados de defesa apresentariam os aspectos
favoráveis a ela; e os promotores, os aspectos negativos.
Como os jurados não farão esse exercício de oratória, e como, também, não
há como considerar, de forma unânime e taxativa, se a clonagem é positiva
ou negativa; fica a cargo desse grupo redigir um texto ou esquema sucinto,
apresentando os principais pontos da discussão. Para casa, cada um,
individualmente, deverá redigir o seu ponto de vista, baseado na atividade da
qual participou.
As informações fornecidas pelos jurados deverão ser discutidas em sala e,
ao final, a turma deverá entrar em um consenso, determinando até que ponto
a clonagem pode ser um procedimento seguro, positivo; e até que ponto ela
pode ser negativa e deveria ser proibida.
5- Recursos didáticos:
Quadro negro; Giz; Livro didático; Textos Complementares;
Computador; Data show; Biblioteca; Internet; DVD; TV Multimídia.
6- Metodologias de avaliação:
Os alunos poderão ser avaliados pelas reflexões, pelo roteiro do filme, com
perguntas do contexto do filme e que tenha ligação com o tema da aula.
Também poderão ser avaliados durante a participação de cada um no júri
simulado.
7- Referências:
http://www.cinepop.com.br/filmes/ilha.htm
http://www.jairolima.com/plano-de-aula/
http://livre.escolabr.com/ferramentas/wq/webquest/soporte_tablon_w.php?id
_actividad=4971&id_pagina=1
http://www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone02.htm
http://www.aprendebrasil.com.br/projetos/clone/tema1.
http://veja.abril.com.br/idade/saladeaula/aula_da_semana/p_02.html
http://www.youtube.com/watch?v=AeMFc7Hw_3Y&NR=1