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Educação
Cristã
dos Filhos
Pe. Lucas Prados
Adelante la Fe
http://www.adelantelafe.com/
Tradução:
Sensus fidei
http://www.sensusfidei.com.br/
Educação cristã dos filhos. Como lidar com
ela no mundo atual
Frequentemente, pais que mal conheço, porque não vêm à igreja
com frequência, aproximam-se de mim realmente sobrecarregados
solicitando recomendações para resolver os graves problemas que
estão tendo com seus filhos adolescentes
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Outro fato também muito comum é que dos pais católicos realmente preocu-
pados na formação cristã de seus filhos, sentirem-se angustiados e sem fer-
ramentas para lutar ao verem seus filhos — filhos que haviam sido formados
em um ambiente verdadeiramente cristão e de fé — serem absorvidos, tor-
nando-se encantados e envenenados pelo mundo conforme vão chegando à
adolescência. Há um determinado momento em que estes jovens não querem
saber mais ada sobre a Igreja, sobre a sua religião e nem mesmo de seus pró-
prios pais. Como pode acontecer que esses jovens, todos eles educados se-
gundo os princípios cristãos, de repente são destruídos tão facilmente em um
curto período de dois ou três anos? Que podem fazer os pais para que o
mundo não destrua o que lhes custou tanto trabalho? Que podem fazer os pais
para que as crianças realmente sejam preenchidas com Deus e, depois, te-
nham armas suficientes para lutar contra este mundo?
Anos atrás, conversando com minha mãe, ela me dizia: “Uma das missões
mais difíceis que nós, pais, temos que realizar é a educação dos filhos. Os
filhos, dizia minha mãe, são como um pássaro que você tem entre as suas
mãos, se você os apertar demais você os afoga, e se você abrir demais sua
mão também, eles escapam. É realmente um milagre, que nós, pais, temos
que pedir continuamente a Deus”.
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Gravidade da situação atual
O primeiro problema que devemos enfrentar é o fato de que os pais sejam
conscientes da gravidade da situação atual, para que desde a infância come-
cem a educar cristãmente os seus filhos seguindo as orientações corretas.
Um fato comum que deparo todos os dias, é que quando eu aconselho os pais
para que se preocupem com a educação cristã de seus filhos a partir da mais
tenra idade, eles sorriem e dizem inocentemente: “Meus filhos são bons e não
vai acontecer com eles nada disso do que você está falando”. Mas a triste
realidade é que quando estas crianças têm quinze ou dezesseis anos, se per-
guntamos de novo por seus filhos, já dizem muito preocupados”, nossos fi-
lhos são bons, mas …”. Nesta resposta, ninguém é capaz de adivinhar a sua
angústia e preocupação, porque eles já não podem controlá-los. Em suma, “o
mundo já os devorou”.
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Um trabalho urgente e sem demora
Embora os pais sejam pais durante toda a sua vida, eles dispõem apenas dos
primeiros quinze ou vinte anos de seus filhos para realizar esta tarefa de
forma eficaz. Passados esses anos, os filhos ocasionalmente ouvirão algum
conselho de seus pais. Na maioria dos casos eles já estarão com suficiente
autonomia para tomar suas próprias decisões e escolher os caminhos, bons
ou maus, que prefiram. E se me apertarem um pouco, e dada a situação atual
de nossa sociedade, digo que os pais só dispõem realmente dos dez primeiros
ou doze anos de seus filhos; após os quais, na maioria dos casos, os filhos se
fecharão em grupos e ouvirão antes seus amigos do que seus pais.
Vou contar-lhes uma história verdadeira que aconteceu comigo este ano. Co-
mecei há dois anos em uma das minhas paróquias catequeses de Confirmação
com um grupo de cerca de vinte jovens entre 10 e 12 anos. No primeiro dia
apresentei-lhes um plano geral e lhes disse que a primeira coisa que tinham
a fazer era confessar o quanto antes para que a catequese desse frutos e, ao
mesmo tempo, pudessem receber a comunhão. Nesse mesmo dia, pratica-
mente todos eles confessaram. Fiquei tremendamente contente. Assim conti-
nuaram fazendo durante a maioria do primeiro ano de catequese.
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Passara apenas um ano; mas nesse ano muitas coisas aconteceram; coisas que
contaminaram o seu coração e, consequentemente, já não se atrevem a con-
fessar.
É difícil dizer, mas uma vez que se confirmem, provavelmente já não verei
muitos deles até… até o enterro.
Com bastante frequência os pais queixam-se dos maus hábitos de seus filhos
e não percebem que, em muitos casos, esses maus hábitos de seus filhos fo-
ram aprendidos no lar familiar. Se os pais não são honestos, virtuosos, ver-
dadeiros, ordeiros, piedosos… dificilmente poderão esperar que seus filhos
o sejam.
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Quando uma criança de sete anos solta uma blasfêmia, se investigarmos po-
deremos comprovar que ela aprendeu de outra criança ou de seus pais. E se
ela aprendeu de outra criança, é porque esta, por sua vez, aprendeu de seus
pais. Os pais são os primeiros educadores de seus filhos, tanto para o bem
quanto para o mal.
“Era uma vez uma família de caranguejos que vivia no fundo do mar. Um
belo dia o pai caranguejo, preocupado com a formação de seus filhos disse à
sua querida esposa:
Papai caranguejo, muito orgulhoso da lição ensinada, deu o braço para sua
mulher e foram os dois caminhando visitar outra família de caranguejos que
vivia próxima dali; mas não perceberam que iam caminhando de lado.
Quando os caranguejinhos viram seus pais andar, olharam uns para os outros
e disseram:
Não é suficiente dar boas lições; se os pais não são os primeiros a colocá-las
em prática, dificilmente os filhos as seguirão.
http://adelantelafe.com/la-educacion-cristiana-de-los-hijos/
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A educação cristã dos filhos (II): pais, escolas
e Igreja
Educar os filhos é algo tremendamente difícil. Há inimigos por to-
dos os lugares. É por isso que todos: pais, escolas, sacerdotes …
temos que rezar muito, levar a nossa vocação mais a sério e perce-
ber que o que está em jogo é a felicidade de muitas pessoas, e o
mais importante, a sua salvação e também a nossa
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(Nota preliminar: A fim de aproveitar o que é dito nestes artigos, e uma vez
que eles formam uma série continua, é aconselhável lê-los em ordem. Caso
não tenha lido, comece pelo primeiro: Educação cristã dos filhos. Como lidar
com ela no mundo atual).
Para formar filhos cristãos a primeira coisa necessária é que os pais tam-
bém o sejam. E quando dizemos pais realmente cristãos, refiro-me a que es-
tejam casados sacramentalmente, vivam sua fé, pratiquem a religião, levam
uma vida séria de piedade pessoal e familiar, aproximem-se dos sacramentos,
aceitem a vontade de Deus, estejam abertos a uma paternidade generosa, le-
vem a sério a educação a educação de seus filhos, não tenham medo de rea-
lizar os sacrifícios que forem necessários para que estes possam ser educados
adequadamente, dediquem tempo suficiente a eles, sejam capazes de renun-
ciar, total ou parcialmente ao menos um deles ao trabalho, se for necessário
para o bem das crianças, etc… se aqueles que devem ser modelos para os
seus filhos já têm defeitos graves, o mais provável é que esses mesmo defei-
tos, porém ainda mais acentuados, apresentem-se também nos filhos.
Desde o início dissemos que a situação ideal para educar os filhos é a que nos
referimos anteriormente. Infelizmente, sabemos que esta situação ideal não é
ideal em muitos casos.
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se eles se amam, mesmo sem a bênção de Deus e vivendo em pecado
grave.
o Há casos de pais que simplesmente vivem juntos sem nem mesmo um
casamento civil.
o Todos estes casos, e muitos outros semelhantes e até mesmo mais gra-
ves já são em si mesmos uma grave desvantagem para a boa educação
dos filhos.
A educação cristã das crianças é impossível quando os “pais” são homos-
sexuais ou lésbicas. A deformidade da qual se parte, além de ser um pecado
muito sério e contra a natureza, faz com que, de maneira nenhuma esses pais
possam desempenhar a função que Deus espera deles. Estes pais sempre ten-
tarão justificar perante os seus filhos sua situação como algo normal que, por
si só, não é apenas pecado gravíssimo, mas que também lhes incapa-
cita — humana e cristãmente — o papel de modelos para os seus filhos.
Se criar os filhos hoje já é extremamente difícil, mesmo partindo de condi-
ções ideais, se além disso, o primeiro passo na educação de seus filhos não
atende as condições ideais, o resultado final já está mais do que comprome-
tido.
Até cinquenta anos atrás era relativamente fácil encontrar boas escolas/colé-
gios religiosos que tinham até mesmo regime de internato, em alguns casos,
e realizavam um louvável trabalho de formação. Mas, nos últimos cinquenta
anos, como consequência da gravíssima crise que sofre a Igreja e todas as
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instituições que dela dependem, encontrar um “colégio católico” que honra
o seu nome é realmente difícil.
Nos últimos dias tenho recebido e-mails de pais pedindo orientações sobre
colégios católicos de confiança em Espanha. Infelizmente eu tenho que dizer
que, embora possa haver algum isolado, não conheço nenhum que possa
aconselhar. Antigamente, enviar seus filhos para um colégio jesuíta, escolá-
pios, salesianos … era garantia de boa formação. Hoje (exceto no caso de
alguma exceção isolada que possa existir e que eu desconheça), enviar seus
filhos para colégios “religiosos” é a mesma coisa e, às vezes, até pior do que
enviá-los para uma escola pública.
Pelo fato de enviar seus filhos para uma escola religiosa, os pais, ingenua-
mente, esperam que a formação seja realmente boa, tanto em nível humano
como cristão; mas hoje, talvez as maiores “loucuras” que tenho ouvido vêm
de colégios religiosos.
Digo-lhes que pode haver alguma escola religiosa isolada ainda comuni-
cando um bom ensino humano e cristão, mas não me atrevo a aconselhar
alguém. Até há poucos anos as escolas ligadas, de uma forma ou de outra
com a Opus Dei tinha uma reputação de dar boa formação acadêmica e sal-
var os valores morais cristãos elevados. No momento eu não tenho nenhuma
informação detalhada sobre elas.
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De um modo geral, é preciso analisar cada caso particular; e isso não está ao
meu alcance. É o trabalho de vocês examinar o programa de cada colégio,
professores, livros didáticos usados aplicados em salas de aula …, antes de
enviar os seus filhos para lá.
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eles era completamente desconhecido e passam a falar que existem ami-
gos, que há professores que ensinam melhor do que seus pais, que o
mundo não são as quatro paredes de sua casa … Pouco a pouco eles vão
mergulhando neste novo mundo, até que começam a descobrir coisas
que os atraem, mas que os seus pais sempre lhes disseram que são pe-
caminosas. Nesse momento, inicia-se uma luta, e na maioria dos casos,
por não haver defesas suficientes, caem em maus hábitos e fracassam
como homens e como cristãos. Seria algo como uma criança que sempre
cresceu dentro de uma “bolha” e nunca recebeu “contaminação” do ex-
terior. Quando essa criança entra em contato com os “germes deste
mundo”, ela não terá as defesas preparadas e sua vida correrá perigo.
Assim, embora inicialmente homeschooling possa ser bom, não é uma pana-
ceia, pois tem muitas limitações que também devem ser levadas em conta.
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Virgem e lhes dizem: “Mande um beijo para o Mãezinha do céu”. A fé rece-
bida no batismo; agora depende dos pais ajudar a Deus para que essa fé
vá se formando; inicialmente mandando beijos à Virgem, em seguida, ensi-
nando-lhes sobre o “meu anjo da guarda”, a Ave Maria e o resto das orações.
De tal modo que quando cheguem à catequese de Primeira Comunhão aos
seis ou sete anos já saibam as orações mais elementares, estejam acostuma-
dos a rezar, saibam quem é Deus, como Jesus morreu, o que é a Eucaristia,
tenham aprendido a se comportar na Igreja e muitos outros ensinamentos
simples, mas extremamente necessários, e que são o início da “piedade
cristã” dessas crianças.
Infelizmente, a realidade está bem longe destes “sonhos”. A maioria das cri-
anças que vêm para a catequese de Primeira Comunhão não sabem quem é
Jesus, porque é preciso ajoelhar ou porque é preciso ficar em silêncio no tem-
plo; em uma palavra, não tem mesmo o menor sinal de piedade, porque nunca
aprenderam de seus pais (e às vezes, tampouco, dos sacerdotes).
Por outro lado, se os pais não se preocupam em levar as crianças para a igreja
semanalmente, enquanto elas estão sob a sua proteção, provavelmente esta
será a última vez que veremos estas crianças em muitos anos, porque o papel
que deveria desempenhar a Igreja ficará completamente truncada. E eu digo
isso por experiência própria depois de mais de trinta anos de sacerdócio.
É um fato que:
Apenas alguns dias atrás, uma mãe (que não pertence a nenhuma das minhas
paróquias) disse-me que flagrara seu filho de 15 anos vendo pornografia em
seu quarto e cometendo um ato impuro. Quando a mãe o viu procurou dis-
farçar, mas horas mais tarde se aproximou com muito carinho de seu filho e
mostrou-lhe que o que fizera estava errado. Aconselhou-o que fosse o quanto
antes confessar o que tinha feito para que Deus o perdoasse. No domingo
seguinte, o jovem, mais por uma questão de obediência do que por amor a
Deus, confessou. Contou ao sacerdote o que tinha feito e a resposta foi, se-
gundo me contou a mãe, a seguinte: Tente não fazer mais; mas de qualquer
maneira, não se preocupe muito, porque na sua idade isso é algo comum. De
algum modo é preciso liberar essa tensão.
Vocês me dirão agora, que ensinamento tirou esse jovem. Por outro lado, isso
me faz pensar, e eu não estou pensando mal, que tipo de castidade levará este
sacerdote quando dá esses conselhos; o que ele, pessoalmente, fará quando,
pessoalmente, ver-se acometido por essa “tensão”.
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Como podem ver, educar os filhos é algo tremendamente difícil. Há inimigos
por todos os lugares. É por isso que todos: pais, escolas, sacerdotes … temos
que rezar muito, levar a nossa vocação mais a sério e perceber que o que está
em jogo é a felicidade de muitas pessoas, e o mais importante, a sua salvação
e também a nossa.
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A educação cristã dos filhos (III) – As novas
tecnologias
Os pais, como primeiros educadores de seus filhos, haverão de cuidar de
cada um destes elementos enquanto as crianças estão ainda sob sua tu-
tela; e de modo especial, durante os primeiros 18 anos de sua vida, pois
será então quando os filhos serão mais propensos a receber qualquer in-
fluência externa, tanto para o bem como para o mal
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tutela; e de modo especial, durante os primeiros 18 anos de sua vida, pois
será então quando os filhos serão mais propensos a receber qualquer influên-
cia externa, tanto para o bem como para o mal.
Lembro-me de ter assistido em filmes antigos uma fábrica comunista onde
trabalhavam uma multidão de pessoas, o rádio estava constantemente a trans-
mitir propaganda partidária e fazendo lavagem cerebral. Se isto acontecesse
hoje, em qualquer local de trabalho, imagino que rapidamente os sindicatos
levantariam um escandaloso protesto; mas tudo isso e muito mais, está acon-
tecendo em suas casas e não vejo muitos pais preocupados com a lavagem
cerebral que estão fazendo em seus filhos.
A fim de ver a influência que alguns desses fatores exercem na educação das
crianças examinamos alguns deles mais detalhadamente.
Quando em alguma ocasião tenho sido convidado para jantar em uma casa,
chama-me atenção o fato de que, juntamente com talheres, guardanapos e
copos, lá está o telefone celular. O objetivo é não perder nada do que está
acontecendo no Facebook, Twitter ou WhatsApp. Tem-se a impressão de que
isso é mais importante do que desfrutar deste maravilhoso momento em fa-
mília. A mesa, que sempre foi um centro de reunião da família e o momento
em que se trocavam opiniões sobre o dia, tornou-se agora um centro de co-
municações (telefônicas), onde todo mundo está falando com pessoas de fora
mas nenhuma com as que estão diante de si.
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É impressionante ver os jovens de catequese de confirmação (12-14 anos)
frequentar o templo com celular na mão ou “incorporado” no bolso de trás
da calça. O telefone móvel tornou-se para eles um instrumento essencial para
… para quê?
Os benefícios que podem oferecer possuir um celular antes dos 18 anos não
superam os perigos aos quais se submeterá esse jovem. Quais são?:
o Mau uso das redes sociais (onde eles têm milhares de coisas íntimas e
pessoais, onde enviam fotos, supostamente privadas, mas que estão dis-
poníveis para todos).
o Fácil acesso a conteúdo imoral.
o Risco de assédio por parte de outras pessoas.
o Perda de concentração e atenção para realizar seus próprios trabalhos,
uma vez que eles estão recebendo ou enviando mensagens continua-
mente.
o Cair no “materialismo” (possuir coisas materiais sem haver uma real
necessidade que as justifique). Sentem a urgência de se manterem sem-
pre atualizados e não menos do que os seus amigos.
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o Enorme desperdício de tempo: Foi demonstrado que um jovem gasta
mais de duas horas diárias manejando o seu dispositivo móvel.
o Ansiedade, se o telefone for perdido, danificado ou removido.
o Sem falar do dano espiritual que pode causar por permanecerem bas-
tante incapacitados para um possível diálogo com Deus.
Partindo do fato de que um jovem não deveria ter um dispositivo móvel antes
dos 18 anos, é possível que em uma ocasião concreta realmente seja neces-
sário. O que fazer? Meu conselho é que se tenha em casa um telefone móvel
extra, que seja apenas telefone, sem internet, sem tela de 5 polegadas, e que
se possa dar ao jovem para esse momento particular. Sim, todas as noites e/ou
uma vez que a necessidade tenha sido atendida, o telefone móvel voltará
para que os pais o guardem até a próxima ocasião de necessidade.
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Acesso à Internet por parte dos jovens
Embora o uso da internet seja de grande ajuda quando se busca conteúdos e
se faz pesquisas, seu uso deve ser controlado quando são os jovens os que
têm acesso a ela.
Nós todos sabemos que, juntamente com muitas coisas boas que podem ser
encontradas na rede, há também muitas páginas de conteúdo pernicioso que
se destina a prejudicar, corromper, manipular mentes, modificar valores mo-
rais, e assim por diante. O demônio e muitos homens que estão a seu ser-
viço, têm percebido a poderosa arma de destruição e manipulação gra-
tuita que muitos pais põem ao alcance de seus filhos.
É por isso que, como a Internet tornou-se uma ferramenta necessária para o
estudo e a pesquisa a partir de uma certa idade, o seu uso deve ser perfeita-
mente controlado pelos pais. Estes devem limitar o tempo de acesso e o
conteúdo das páginas que seus filhos visitam. O mercado tem muitos pro-
dutos que podem executar esta função. Se você deixar ao seu filho o acesso
total ao conteúdo da Internet, e também não limitar o tempo de uso, não se
surpreenda com o que você poderá encontrar ao verificar o “histórico” do
navegador. Por outro lado, dada a atração que este meio exerce, pode chegar
um momento em que o seu filho não saiba fazer nada se não for através da
Internet.
Um erro muito comum quando se acede à informação que a internet nos for-
nece é acreditar que tudo o que ali aparece é verdadeiro. Na Internet há de
tudo, o importante é saber pesquisar, e para isso é preciso critério. Uma
criança ou um jovem ainda não têm o critério formado, por isso, se lhe é dada
a permissão para acessar qualquer página da web, certamente encontrará o
que não é certo, esteja manipulado, o seja falso.
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outro lado, uma vez que a leitura de livros é essencial para a formação dos
jovens, se você der um tablet ao seu filho, esqueça que ele desenvolvará o
hábito da leitura. Amanhã ele será um especialista em tablets, mas não terá
lido praticamente nada e, como consequência, a sua formação humana e in-
telectual será totalmente inadequada.
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Menção especial deve ser feita às novelas atuais. Eu nunca segui nem tenho
visto nenhuma; mas em alguma ocasião, quando eu visito alguma casa para
levar a comunhão a um doente, como sacerdote sinto-me constrangido ao
falar enquanto desenrola-se a cena de um beijo apaixonado dos atores, en-
quanto a família, ali presente, vê isso como a coisa mais natural do mundo.
A verdade é que o chefe tinha mais razão do que um santo; mas se quisermos
ser coerentes em nosso comportamento, já pararam para pensar no que
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podem fazer essas ondas no local onde dormimos, se no quarto existem
todos esses aparatos?
Consoles de jogos
Uma das tecnologias que bem utilizadas podem ajudar na distração das cri-
anças é a utilização prudente e controlada dos videogames.
É necessário fazer um controle tanto dos seus conteúdos como do tempo que
as crianças dedicam a ales. Se um uso prudente pode ser benéfico, ao contrá-
rio, gastar a maior parte do fim de semana e as horas livres depois da escola
jogando videogames pode criar dependência, distração de seus trabalhos es-
colares, fazer com que não consigam ter o hábito da leitura, e, ao mesmo
tempo, deixá-los “viver” em um mundo virtual com o perigo de confundi-lo
com o mundo real.
Conclusão
O bom uso da tecnologia é muito importante para a formação dos filhos. Esta
é uma área em que a maioria dos pais nem teriam levantado o pro-
blema. Mas depois não se queixem, se passado o tempo comprovarem por si
mesmos, a má influência que essas tecnologias tiveram sobre seus filhos se
não foram devidamente controladas.
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Publicação original: Adelante la Fe – La educación cristiana de los hijos (III)
– Las nuevas tecnologías.
http://adelantelafe.com/la-educacion-cristiana-los-hijos-iii-las-nuevas-tec-
nologias/
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A Educação Cristã dos Filhos (IV): Os doze
anos mais importantes na vida de uma pes-
soa
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autoridade dos pais entra em questão, a influência exterior será realmente vi-
rulenta e a atração de novas experiências da idade lhes fará, em muitos casos,
fechar-se em grupos e não querer ouvir nenhum conselho que venha de qual-
quer pessoa que para eles suponha uma limitação à sua liberdade.
O homem é um ser com uma dimensão social; é uma função dos pais tempe-
rar e corrigir a influência negativa que a sociedade possa ter sobre seus filhos.
Enquanto os filhos são menores de 18 anos, é obrigação grave dos pais vigiar
este afluxo e corrigir os desvios que possam aparecer. Tão mal é despreocu-
par-se do problema e dar aos filhos plena liberdade sem controle, como isolá-
los do mundo exterior. Uma dose prudente de ambos será necessária para o
seu correto crescimento.
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Antigamente, quando os partos não tinham as facilidades médicas e hospita-
lares que existem hoje, os filhos eram batizados durante a primeira semana
de vida, pois os pais tinham uma clara consciência de sua importância. Às
vezes até mesmo estando a mãe ainda em casa se recuperando do parto.
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próprios trabalhos, não praticam devidamente a sua fé e estão quase exclusi-
vamente preocupados que a criança cresça saudável. Em vez disso, a maioria
deles esquece de começar a ensinar a reconhecer uma imagem do Senhor ou
da Virgem, rezar antes de ir para a cama, dar graças pelo alimento, assistir a
Missa com os pais, aprender a se comportar na Igreja …
É realmente impressionante, eu diria mais, imensamente triste, ver as crian-
ças quando chegam pela primeira vez na catequese, que sabem perfeitamente
como usar um telefone celular, mas não conhecem o mais básico de nossa fé.
Este é o segundo grave erro dos pais. Eles têm se preocupado em alimen-
tar o corpo de seus filhos, tentado dar-lhes um adequado ensino de pré-
escolar, mas quase totalmente negligenciaram tudo o que se refere a fé.
Se estes são os começos, pode-se facilmente imaginar como serão esses fi-
lhos quando eles começam a ficar um pouco rebeldes.
Para aqueles pais que não costumam praticar a fé, mas desejam que o seu
filho faça a Primeira Comunhão, a etapa da catequese é mais difícil, uma vez
que os obrigam a frequentar a Missa semanalmente. Os mais espertinhos
aproveitam a oportunidade para ir ao bar, enquanto se celebra a Missa; ou se
é uma mulher, ir às compras para “aproveitar” o tempo. Com isso dão um
exemplo muito edificante para os seus filhos. Eles logo aprenderão a lição
recebida de seus pais e concluída a catequese não voltarão mais à igreja.
Por outro lado, se esta é a relação que os pais têm com Deus, não se estranhe,
então, serem surpreendidos logo que seus filhos sigam os mesmos passos, e
ainda piores. A estes pais aviso que Deus os julgará severamente porque não
se preocuparam em educar cristãmente os seus filhos ou dar-lhes um bom
exemplo.
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Os pais devem estar sempre envolvidos na formação humana e cristã de seus
filhos, e mais particularmente quando eles estão recebendo a catequese. Du-
rante a semana, terão que lembrar as crianças para que revejam o catecismo,
deverão insistir sobre a importância de rezar sempre; e, gradualmente, des-
pertar neles o desejo de receber Jesus.
A catequese deve ser dada principalmente pelo sacerdote. Este poderá ser
assistido por catequistas se o número de crianças for alto; mas o que não
pode, em qualquer caso, é ignorá-la porque tem “coisas mais importantes
para fazer”.
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Por outro lado, os sacerdotes devemos aproveitar o pouco tempo que te-
mos as crianças conosco, porque em vez de nos preocuparmos em lhes en-
sinar os conteúdos da fé, as devoções que eles terão de praticar e despertar o
amor pela Eucaristia, a limpeza do coração …, fazemos com que percam
tempo colorindo figuras, fazendo atividades de grupo ou milhares de outras
tonteiras mais.
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Se for esse o curso normal para a maioria dos jovens, como podemos nos
surpreender que os cristãos vivam sem critérios? E se isso não fosse sufici-
ente, a falta de prática religiosa é frequentemente associada a uma falta bas-
tante grave de fé. Se eles têm uma fé “informe”, “morta”, essa fé não lhes
livrará da condenação eterna quando tenham de comparecer perante o Todo-
Poderoso.
A fim de não me estender muito neste artigo, vou apenas mencionar alguns
trechos que já foram estudados em artigos anteriores e tentar me deter algo
mais nas novas ideias.
b.- Um cuidado especial deve ser tomado com tudo aquilo relacionado a no-
vas tecnologias: o uso da TV, tablets, celulares. De tudo isso que falamos no
artigo III desta série e pode ser acessado se você quiser uma informação mais
completa. Associado a isso estará o uso adequado do tempo livre.
d.- Uma atividade que os pais geralmente esquecem é ajudar os seus filhos a
adquirirem o hábito da leitura. Fornecer-lhes livros apropriados para a sua
idade despertará neles esse hábito, enriquecer-lhes-á o vocabulário e expan-
dirá a sua imaginação. Ao longo dos anos poder-se-á passar dos contos aos
livros de aventuras, e mais tarde para a boa literatura, história, etc.
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também desaparecerão a autoridade e a obediência. Este é um erro muito co-
mum que os pais cometem.
f.- É bom que os pais ofereçam recompensas simples quando os filhos obe-
decem, mas tenham cuidado para que não sejam os filhos que controlem
os pais e os manipulem. Os filhos, se são um pouco prontos, rapidamente
percebem que eles são como seus pais, por isso não é incomum, qual diabi-
nhos, que tentem provar quem é que realmente manda em casa: “Papai, se eu
fizer o meu dever de casa você me compra um …?”. Por outro lado, dar às
crianças o que elas não merecem pela simples razão de que se calem não
é um bom sistema de educação.
h.- Outro ponto importante será educar os seus filhos no controle da von-
tade e da disciplina quando se levantam, fazendo a tarefa da escola, ajudar
em casa e em outras pequenas atividades que possam ser atribuídas. Ensinar-
lhes a priorizar o que é realmente importante, é o começo para que depois
eles saibam fazer por si mesmo mais tarde.
i.- Cuide-se também do conteúdo do ensino nas escolas: aqueles que apare-
cem nos livros didáticos e aqueles que os professores ensinam por sua própria
conta. Há sete ou oito anos atrás, eu estava dando catequese de Primeira Co-
munhão para crianças, e, quando ao falar do sacramento do matrimônio, di-
zia-lhes que era a bênção que Deus fazia sobre um homem e uma mulher que
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se amavam …, uma menina me perguntou: E se dois homens amam por que
eles não podem se casar? Como poderão imaginar, esse tipo de pergunta não
é o resultado de um raciocínio infantil, mas a consequência de ter ouvido isso
na TV, ou, mais provavelmente, como este foi o caso, de uma professora que
era lésbica.
j.- É preciso também ter cuidados com os amigos que têm fora da escola.
Embora nesta idade precoce raramente causem problemas tão sérios como
quando as crianças já têm doze ou treze anos, palavras más, rir-se deles por-
que vão à Missa, o mau exemplo que possam ver em outras casas e algumas
outras coisas, podem afetar negativamente a sua formação.
k.- E um último ponto, para não prolongar mais esta lista, no que se refere a
correções e punições. Como a Bíblia nos diz, “o pai que não castiga os seus
filhos é porque não os quer” (Pv 13:24). Tenha em atenção que o castigo seja
proporcional ao mal causado. Evite-se corrigir a criança quando se está irri-
tado ou nervoso, porque você poderá dizer ou fazer coisas de que se arrepen-
derá mais tarde. Não é bom ignorar ou subestimar quando as crianças fazem
algo que não está certo. Se não forem corrigidas é como dizer-lhes que o que
elas fizeram não é tão mal. E, claro, não se deve achar “graça” quando fazem
algo que não está certo.
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Benditos sejais vós, pais, se os vossos filhos conheceram o
amor a Deus
graças ao vosso bom exemplo.
Embora o assunto se desenvolva para muito mais, creio que, pelo menos, o
que foi dito deverá ser útil para que os pais, se necessário, corrijam algumas
das coisas que não estejam fazendo corretamente. Como lhes disse no início
do artigo, os doze primeiros anos de vida das crianças são essenciais; não
tomar os cuidados necessários na sua formação pode causar-lhes uma defici-
ência, que quando forem maiores poderia ser tarde demais para corrigi-la.
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A educação cristã dos filhos (V) — A idade
difícil
Entre os 12 e os 18 anos
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uma etapa de tortura para alguns pais; e para alguns jovens — os mais
piedosos —, em um período de sofrimento, porque a sua fé é constante-
mente atacada pelo ambiente, pelos amigos, a escola, os meios de comu-
nicação… É, infelizmente, para muitos deles, a época em que se separam de
Deus, perdem a sua virtude, abandonam a prática da religião, não assumem
as suas responsabilidades, fazem-se rebeldes, e, por vezes, dão os primeiros
passos para o mal caminho.
É por isso que analisar as causas deste fenômeno, tentar reduzir o impacto de
todos esses fatores em nossos jovens, e tentar ajudar pais e filhos a concluir
de maneira feliz esta fase, é o objetivo deste artigo.
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mesmo procurar ajuda de terceiros que tenham alguma experiência, o
que será sempre muito necessário.
Todos os pais conhecem suficientemente seus filhos e sabem muito bem qual
o pé que coxeia em cada um deles. Nesta fase, estas virtudes e defeitos ten-
dem a tornar-se mais evidentes. É desejável que os pais saibam fazer uma
educação diferenciada segundo as “qualidades” de cada filho.
Por outro lado, o marido (ou esposa, porque às vezes ocorre) não podem des-
carregar esta responsabilidade no outro cônjuge. É uma obrigação a cum-
prir pelos dois em harmonia, se possível.
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Tomem também especial cuidado os pais de tratar todos os filhos com o
mesmo carinho e cuidado. É queixa bastante comum dos jovens dizer que
meu pai (mãe) “ama meu irmão mais do que eu”. Em muitas ocasiões, pode
haver alguma inveja desse jovem; mas também tenho visto que as queixas
são muitas vezes justificadas. É normal que os pais tenham “preferên-
cias” por um filho em particular, mas devem tentar fazer com que “eles não
notem” demais, pois poderia fazer mal aos outros, e a esse também. Por outro
lado, pai e mãe, devem tentar equilibrar as suas relações com os seus fi-
lhos, de modo que, se o pai tinha uma preferência por alguns e “faz diferença”
para com outros, a mãe teria de informar seu marido e, ao mesmo tempo,
deveria suprir com um “extra” de cuidados e carinhos para com aqueles que
foram menos preferidos.
É comum ver o surgimento de ciúme entre irmãos pela razão de que o pai (ou
mãe) presta mais atenção ao filho que se assemelha com ele próprio, que se-
gue as regras, é mais trabalhador, dócil, inteligente. Por outro lado, o filho
um pouco mais “rebelde” e que, talvez, precise de mais ajuda, seja rele-
gado para segundo plano.
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se que o filho “deu uma guinada”. Embora essa mudança tenha sido prece-
dida por muitos sinais que indicassem a proximidade da tempestade, um dia
começam os raios. A mudança é tão abrupta que os pais precisam estar cons-
cientes de perceber e vir em seu auxílio o mais rapidamente possível. Pode-
ríamos dizer que é quando essa criança começa a tornar-se um homenzinho
(ou mulher pequena) e começa a se perguntar o porquê de muitas coi-
sas: quando não entendem porque têm de continuar a obedecer seus pais
quando vê que eles estão equivocados; quando não entendem por que eles
têm de ir à igreja todos os domingos se não “sentem” nada; quando, talvez
em um “descuido”, tenham tido sua primeira “experiência” e descoberto um
mundo que era bastante estranho e desconhecido.
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Sendo um momento especialmente dedicado, cuidem os pais, tanto quanto
possível, das fontes de informação de onde os meninos agora estão ob-
tendo seus valores de referência. Todos esses meios sabem muito bem a
situação de debilidade em que se encontram e aproveitarão de todos os meios
para “tomar posse deles”. Lembro-me do caso dos moluscos quando mudam
de casca e ficam desprotegidos por algumas semanas até que fabriquem uma
nova. Este é o momento em que os predadores aproveitam para acabar com
eles.
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livros. Estas fontes de informação que antes eram puras, estão atual-
mente carregadas de ideologias que são frequentemente contrárias à
nossa fé. E a elas é preciso acrescentar outras que são novas, e embora em si
mesmas possam ser benéficas, a carga ideológica e, às vezes, demoníaca
que transportam pode causar grandes danos. Refiro-me a tudo o que tenha
a ver com as novas tecnologias: TV, internet, dispositivos móveis, compu-
tadores. Por outro lado, se as crianças estão sob a influência destas tecnolo-
gias, elas nunca adquirirão o hábito da leitura, perderão a concentração facil-
mente para o estudo e facilmente evitarão tudo aquilo que possa constituir
esforço para aprender.
Os pais deverão monitorar de maneira muito especial todos esses fatores ad-
versos. Alguns deles já discutimos em artigos anteriores, de modo a evitar a
repetição remeto-lhes a eles. Sim, eu gostaria de salientar a importância de
remover todos estes meios tecnológicos do quarto das crianças, pois seria
como lhes colocar a tentação nas mãos e, em seguida, desejar que eles não
caiam.
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de todos, que se faça o último de todos e o servidor de todos”. A auto-
ridade deve ser exercida com responsabilidade e determinação; mas também
com humildade e atitude de serviço aos demais.
c.- Ouçam os pais as opiniões dos filhos; mas sejam logo os pais que deci-
dam o que deve ser feito. Se as crianças se queixam, e isso será normal, diga-
lhes que quando eles forem pais poderão fazer em suas casas o que eles con-
siderem mais adequado; mas enquanto estiverem sob o telhado desse lar, te-
rão de cumprir as normas estabelecidas.
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entrar ou sair conforme necessário. Sim, sempre respeitando a privacidade
de seus filhos. Se por alguma razão viram coisas inconvenientes nele, avise-
os sobre o erro que estão cometendo, mas, em seguida, dê-lhes a liberdade
para que sejam eles mesmos os que acabem com aquilo. No entanto, sejam
firmes quanto a coisas que possam ser gravemente imorais: pornografia pe-
sada, vídeos pornográficos, drogas, álcool…
g.- É comum nessa época que os filhos percam o desejo de estudar. Além
disso, poderia acontecer até que queiram abandonar o estudo. É por isso que
é conveniente fazer-lhes ver a importância do estudo; aconselhá-los a pros-
seguir, pelo menos até concluírem o período escolar. Neste aspecto, sejam os
pais firmes e ao mesmo tempo flexíveis. Sejam pacientes também e ajam
adequadamente segundo as qualidades de cada filho. Nem todos os filhos têm
de ser advogados ou médicos; a sociedade também precisa de trabalhadores
de escritório, agricultores, motoristas de ônibus e milhares de outros serviços.
h.- Cuidem os pais de modo especial que o lar seja um lugar onde os filhos
recebam bom exemplo de seus pais e dos outros irmãos. Em muitos casos,
o lar é o primeiro lugar onde eles aprendem a perder o respeito pela mãe,
porque o pai a ridiculariza na frente de seus filhos; ou vice-versa. Ou quando
se protegem para agir mal, porque os pais antes permitiram que o filho mais
velho fizesse o que queria.
i.- Uma vez que a família esteja tentando firmar-se como uma família cató-
lica, cuidem os pais de modo especial sobre tudo ao que se refere às práticas
de piedade: abençoem a mesa, procurem ir à Missa juntos, rezem o terço em
família e outros costumes que cada família possa ter. Neste momento parti-
cular, os pais devem ser firmes e exigentes.
Lembro-me de quando eu tinha apenas 11 anos de idade, meu pai nos “obri-
gava” toda a família a rezar o Santo Rosário todos os dias depois de comer.
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Milhares de vezes eu apresentei centenas de desculpas para escapar e meu
pai nunca cedeu. Quando lhe dizia que meus amigos estavam à porta espe-
rando por mim para irmos jogar uma partida de futebol, ele sempre me res-
pondeu: “Bem, diga aos seus amigos que entrem para rezar também com a
gente”. Eu já tinha o cuidado de que meus amigos não soubessem de que em
casa rezávamos o Rosário todos os dias. Agora, muitos anos mais tarde, agra-
deço imensamente a firmeza e a sabedoria de meu pai ao não me deixar es-
capar.
Chegada certa idade, que pode ser de 15 ou 16 anos, os pais devem tentar ser
um pouco mais flexíveis a esse respeito e não “forçar” seus filhos para nem
a ir à Missa nem para que se confessarem; mas eles têm obrigação de fazê-
los ver que estão fazendo errado e cometem um pecado se não o fazem.
k.- Cuidem também das festas a que assistem. Evitando que durmam em
casa de outra pessoa ou que a festa se prolongue até a madrugada. É muito
frequente que cumpridos os 14 anos já façam suas tentativas com o álcool. E
se o álcool está presente, outros convidados chegarão em breve: a droga e o
sexo. Nestes casos, se houver qualquer suspeita, mais vale se passar por ri-
goroso do que se arrepender quando eles retornam bêbados, drogados ou sem
virtude. No caso de que isso aconteça, os pais deverão tomar uma atitude
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firme e dizer aos jovens que eles já não foram capazes de agir com prudên-
cia…, deverão ser punidos sem esse tipo de festas durante um período de
tempo razoável.
l.- Em discussões com os filhos, tentem não perder a calma. Falem com
firmeza, mas, ao mesmo tempo, tentem argumentar com eles. Nunca se po-
derá aceitar ceder nos princípios; mas tampouco se deve ser excessivamente
rigoroso e fechado em coisas que sejam secundárias. É comum ver ambos os
extremos presentes: pais que são excessivamente severos e outros que são
demasiado permissivos e não são se inquietam por nada. É também muito
frequente que um progenitor faça de bom, flexível e negligente, e o outro
duro, exigente e fechado. Evite-se cair neste erro, porque os filhos perderão
o respeito por ambos.
Mas sobre essas coisas falaremos no próximo capítulo. Capítulo que será
destinado mais especialmente àqueles que já passam dos 18 anos.
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Publicado originalmente: Adelante la Fe. La educación cristiana de los hijos
(V) – La edad difícil.
http://adelantelafe.com/la-educacion-cristiana-los-hijos-v-la-edad-dificil/
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A educação cristã dos filhos (VI): Quando os
filhos alçam voo de casa
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concluído sua carreira e tenham encontrado o primeiro emprego, é quando se
decidem sair definitivamente do ninho para formar seu próprio lar.
Esta é uma idade difícil, tanto para os pais quanto para os filhos. Eles agora
já são maiores de idade, e os pais devem lhes dar mais liberdades e respon-
sabilidades; mas, por outro lado, os pais devem estar atentos para ajudá-los,
caso precisem.
Saber qual deve ser a atitude dos pais nesse período será o objetivo deste
artigo.
Agora, enquanto esse filho aproveitar dos benefícios que os pais lhe propor-
cionam, eles deverão respeitar o lar e as regras de convivência que os pais
fixaram. Embora o filho agora seja um adulto, não pode fazer na casa de
seus pais (que também é dele) o que lhe agrada. O pai continua a ser o chefe
da família, e ele como filho, tem de continuar a cumprir o quarto mandamento
(“Honra teu pai e tua mãe”).
É por isso que os pais poderão exigir que o filho cumpra com as diretrizes
dadas na casa: horário para voltar para casa se fica fora com os amigos, regras
comuns sobre o uso de álcool, tabaco e drogas. Ao mesmo tempo, o filho em
nenhum momento deverá se sentir liberado de suas próprias obrigações,
como um filho, que tem de cumprir na casa: ajudar seu pai no negócio, a mãe
a varrer a casa, ou no que for necessário. Os filhos, embora adultos, estão
desfrutando do benefício da casa, por isso, é justo que cumpram com as obri-
gações que os pais lhes peçam respeitosamente.
Não cometam os pais o erro de dar “facilidades” a tudo quanto os filhos pe-
çam. Se desejam ou precisam de algo, eles devem fazer por merecer. Se um
filho não cumprir a sua “parte no trato”, os pais não teriam a obrigação moral
de lhe dar certas coisas que não sejam essenciais.
Lembro-me muito bem do que aconteceu na minha casa com uma das minhas
irmãs. Ela era (é) muito inteligente. Nos estudos sempre foi muito bem; mas
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antes de terminar seus estudos envolveu-se com um grupo de amigos e com
eles passava longas e intermináveis horas de conversa. A princípio, ela co-
meçou a voltar para casa por volta da meia-noite. Meus pais não disseram
nada. Mas, pouco a pouco, ela continuou esticando o elástico, e alguns meses
mais tarde já voltava depois das três da madrugada. Já podem imaginar os
nervos dos meus pais. Um dia, quando já não aguentavam mais; porque não
podiam dormir tranquilos até saber que minha irmã estava de volta em casa,
disseram-lhe: Mesmo você sendo maior de idade, nesta casa a porta se fecha
à meia-noite; por isso, se você chegar mais tarde deverá dormir em outro
lugar. Minha irmã não acreditou, e na próxima noite chegou por volta de 1
hora. Tocou a campainha. Minha mãe que já estava na cama, fez de se levan-
tar para abrir a porta. Meu pai, que não conseguia dormir lhe disse: “Não se
levante! Ela sabia que a porta estaria fechada àquela hora, se veio mais tarde
que vá dormir em outro lugar”. Minha mãe, segundo depois me contou, res-
mungou um pouco, mas em obediência a meu pai não se levantou. Posso
assegurar-lhes que aquele foi o último dia que minha irmã chegou tarde. A
lição lhe serviu para aprender que, embora fosse maior de idade, deveria res-
peitar a casa dos meus pais.
Também é bom que os pais sejam exigentes com seus filhos nos estudos
que eles estejam fazendo, dentro da capacidade de cada um. Não é bom que
os pais se desentendam ou caiam no erro de pensar que “meu filho se mata
de estudar, o que acontece é que os estudos são muito intensos e, portanto,
sempre ele falha.” Também não caiam no erro oposto. Os pais devem estar
cientes das possibilidades de cada filho e exigir de acordo com elas.
O que não é bom é os pais permitirem que seus filhos, com qualidades para
o estudo ou não, desperdicem sete ou oito anos de sua vida na universidade
se não aproveitam e, além disso, envolvam-se com bebida, baladas, sair
com os amigos, e um largo etecetera que vocês conhecem muito bem.
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Terminados os estudos e enquanto o emprego não
aparece
É relativamente comum na atualidade um filho concluir os estudos e tenha
que permanecer em casa durante alguns anos porque não consegue encontrar
trabalho. Se esse for o caso, o tratamento a ser dado deve ser particular.
A este respeito, deparei-me com uma ampla gama que cobre todo o espectro;
desde filhos que se esforçam para encontrar trabalho onde quer que seja, até
outros que se apoltronam em seu quarto, levantam tarde e vivem como reis
às custas de seus seus pais por muitos anos.
Se o filho for respeitoso com a família, faz todo o possível para encontrar
trabalho, e, entretanto, tanto ajuda o seu pai e a sua mãe nas tarefas domésti-
cas ou nos negócios de seu pai … deve ser bem-vindo e atendido enquanto
não tiver sorte de encontrar um trabalho digno. No entanto, o filho deverá
cumprir as orientações próprias que permitem aos pais em casa e ajudar na
medida de suas possibilidades.
b.- Se o filho for um esbanjador e um parasita
É cada vez mais frequente os filhos, que de pequenos fizeram a primeira co-
munhão e alguns também a confirmação, chegado o momento de se casar,
não queiram dar o passo e preferem viver em uma situação de pecado. As
razões mais comuns que geralmente reivindicam são: falta de dinheiro para
a festa ou querer se conhecer mais antes de dar o grande passo. Mas a verda-
deira razão é que não querem “se amarrar definitivamente” pelo sacramento.
Embora a cada dia seja mais frequente a mentalidade divorcista nos novos
casais que se casam sacramentalmente; mentalidade culposamente causada
pela mesma Igreja como consequência de conceder a anulação do casamento,
sem haver justificação legal, a realidade é que eles preferem não se amarrar
pelo sacramento. E uma vez que a vida espiritual da maioria deles está total-
mente ausente, não se importam em viver em pecado durante muitos anos.
Dos que procedem assim, e eu sei por experiência, menos de 30% virão a se
casar mais tarde na Igreja. Na verdade, o mais frequente é que, dada a pouca
vida espiritual e o materialismo em que vivem, essas uniões pecaminosas
acabem em ruptura antes dos dez anos.
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O problema que se coloca para os pais católicos se seus filhos vivem com seu
parceiro sem a bênção sacramental é realmente sério. Por um lado, eles per-
manecem seus pais, então, devem rezar por eles, aconselhá-los se estes dei-
xam, atender aos netos…; mas eles nunca poderão fazer “vista grossa” e acei-
tar este casal como se nada tivesse acontecido. Os pais devem agir com cari-
dade e ao mesmo tempo fazer seus filhos verem que estão vivendo em situa-
ção de pecado. Poderá recebe-los em casa para comer, ajudá-los financeira-
mente se precisam… mas o que nunca podem fazer é dar-lhes abrigo como
marido e mulher e dar-lhes um quarto como se nada tivesse acontecido. Os
pais deverão ser firmes neste ponto e terão que dizer aos filhos que os rece-
berão em casa e poderão dormir lá somente quando se casarem como Deus
manda.
A este respeito, recordo o que aconteceu há alguns anos atrás com um fami-
liar meu. Um de seus filhos, muito inteligente e preparado, casou-se na Igreja,
teve dois filhos, e depois de vinte anos de casamento o casal decidiu se sepa-
rar. A razão que argumentaram perante o tribunal foi: incompatibilidade. Em
pouco tempos eles tiveram seu decreto de nulidade.
Não havia passado um ano e este familiar se casou de novo; agora só civil-
mente. Os pais do não tão jovem noivo fizeram vista grossa e organizaram
uma grande festa de casamento, sem se importarem que, o que realmente
estavam fazendo, era aprovar o adultério/concubinato. Depois de três ou qua-
tro anos, com a segunda, e entediado dela, juntou-se com a terceira; mas
agora, nem com casamento civil. Os pais, que se diziam muito católicos, re-
ceberam a nova noiva em casa, como se nada tivesse acontecido. Mas isso
não é a coisa, porque aos seus cerca de sessenta e cinco anos, no ano passado,
ele deixou a última mulher e foi viver com outra pessoa.
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Os pais do “noivo” continuaram recebendo e abençoando os ultrajes desse
filho (já avô) como se nada estivesse errado. Esse filho, que poderia ter se
arrependido, se seus pais tivessem sido firmes, afastou-se completamente de
Deus, vive completamente desiludido, não acredita em nada e nem em nin-
guém. E o que é pior, o filho, a menos que tenha uma iluminação especial de
Deus se condenará; e os pais, por não haver cumprido a sua função, prova-
velmente também.
……
Com isso, terminamos esta série sobre artigos dedicados à ” Educação cristã
dos filhos”. Nunca se esqueçam das ideias centrais: dar exemplo, ser pacien-
tes, ser firmes e, ao mesmo tempo, flexíveis, e acima de tudo, rezar muito.
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A Educação Cristã dos Filhos
Adelante la Fe
www.adelantelafe.com
Traduções:
Sensus fidei
www.sensusfidei.com.br
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