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FICHA DE CITAÇÃO:
Design Thinking de Tim Brown
BROWN, Tim. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim
das velhas ideias. Rio de Janeiro. Elsevier, 2010.
“Um dia, eu estava batendo papo com meu amigo David Kelley, professor de
Stanford e fundador da IDEO, e ele observou que, sempre que alguém perguntava
a ele sobre design, ele se via incluindo a palavra “Thinking” – pensamento – para
explicar o que os designers fazem. Daí surgiu o termo “design thinking”. Agora eu
o uso como uma forma de descrever um conjunto de princípios que podem ser
aplicados por diversas pessoas a uma ampla variedade de problemas.” (pág.6)
“Hoje em dia, em vez de recrutar designers para tornar uma ideia já desenvolvida
mais atraente, as empresas mais progressistas os estão desafiando a criar ideias
no início do processo de desenvolvimento. O primeiro papel é tático; ele se baseia
no que já existe e, em geral, o leva um passo adiante. O último é estratégico; tira o
‘design’ do estúdio e libera seu potencial disruptivo, sua possibilidade de mudar o
jogo.” (pág.6)
“Um designer competente solucionará todas essas três restrições, mas um design
thinking os colocará em equilíbrio harmonioso.” (pág.18)
“A mensagem é que o design thinking precisa ser praticado nos dois lados da
mesa: pela equipe de design, obviamente, mas também pelo cliente. Eu já perdi a
conta do número de clientes que entraram pisando duro, dizendo ‘crie para nós o
próximo iPod’, mas provavelmente já ouvi o mesmo número de designers
respondendo (baixinho) ‘me dá o próximo Steve Jobs’. A diferença entre um
briefing de design com nível exato de restrições e um briefing vago ou restrito
demais pode ser a diferença entre uma equipe entusiástica gerando ideias
revolucionárias e uma equipe entregando versões exaustas de ideias existentes.”
(pág.24-25)
“Mesmo nas áreas mais tradicionais do design, o design industrial e gráfico, sem
mencionar a arquitetura, há anos a norma tem sido a utilização de equipes.”
(pág.25)
“Costumamos dizer na IDEO que ‘todos nós somos todos mais inteligentes do que
qualquer um de nós’ e essa é a chave para liberar o poder criativo de qualquer
organização. Pedimos que as pessoas não se limitem a oferecer conselhos
especializados em relação a materiais, comportamentos ou software, mas para
colaborarem ativamente em cada um dos espaços da inovação: inspiração,
idealização e implementação. No entanto, é necessário paciência para alocar a um
projeto pessoas com diversas formações e vindas confiantes o suficiente em suas
especialidades para se dispor a ir além dela.” (pág.26)
“Em uma equipe interdisciplinar, todos se sentem donos das ideias e assumem a
responsabilidade por elas.” (pág. 27)
“Apesar de não ser incomum ver grandes equipes criativas trabalhando, isso
ocorre, com frequência, no estagio de implementação do projeto; já o estagio de
inspiração requer um grupo pequeno e focado, cujo trabalho é definir o quadro de
referência global.” (pág. 27)
“Uma cultura que acredita que é melhor pedir perdão depois, em vez de permissão
antes, que recompensa as pessoas pelo sucesso, mas lhes dá permissão para
falhar, removeu um dos princípios obstáculos à geração de novas ideias.” (pág. 31)
“Embora possa parecer abstrato ao extremo, o design thinking é uma mentalidade
incorporada – incorporada em equipes e projetos, com certeza, mas também nos
espaços físicos de inovação. Em uma cultura de reuniões e marcos, pode ser difícil
sustentar os processos exploratórios e iterativos que residem no centro do
processo criativo. Felizmente, existem medidas tangíveis que podemos adotar
para nos assegurar de que as instalações façam o que deveriam fazer: facilitar!”
(pág. 33)
“O insight é uma das principais fontes de design thinking e, em geral, não provém
do âmbito dos dados quantitativos que mensuram exatamente o que já temos e
nos dizem o que já sabemos.” (pág. 39)
“A empatia é o hábito mental que nos leva a pensar nas pessoas como pessoas, e
não como ratos de laboratórios ou desvios-padrões. Se formos ‘tomar emprestada’
a vida dos outros para inspirar novas ideias, precisamos começar reconhecendo
que seus comportamentos aparentemente inexplicáveis representam diferentes
estratégias para lidar com o mundo confuso, complexo e contraditório no qual as
pessoas vivem.” (pág. 47)
“Mesmo com as melhoras intenções, a memória das pessoas não é perfeita e suas
respostas provavelmente refletirão o que acham que deveria ser a resposta
correta. Ferramentas como videoetnografia (em que câmeras filma o
comportamento do grupo ao longo de determinado período) e análise de interação
de computador ajudam a coletar dados mais precisos sobre as interações
dinâmicas entre pessoas e grupos.” (pág. 54)
“Dedicar tempo para entender uma cultura pode abrir novas oportunidades de
inovação. Isso pode nos ajudar a descobrir soluções universais que tenham
relevância além da nossa própria cultura, mas sempre terão origem na empatia.”
(pág. 54)
“No passado, o consumidor era visto como o objeto de análise ou, pior ainda,
como o desafortunado alvo de estratégias predatórias de marketing. Agora
devemos migrar na direção de uma colaboração cada vez mais profunda não
apenas entre membros de uma equipe de design, como também entre a equipe e
o público que ela esta tentando atingir.” (pág. 55)