Professional Documents
Culture Documents
- De contato direto:
- A transferência de calor se dá entre dois fluidos imiscíveis, como um gas e um
liquido, que entram em contato direto.
- Ex: Torres de resfriamento, condensadores com nebulização para vapor dagua
e outros vapores utilizando pulverizadores de agua.
Torres de resfriamento:
- São largamente utilizadas para dispor do rejeito térmico de processos
industriais, lançando o calor na atmosfera, e não em rios, lagos e oceanos.
- Seus tipos mais comuns são com tiragem natural e com tiragem forçada.
- Com tiragem natural: Pulveriza-se água na corrente de ar que ascende através
da torre por convecção térmica. As gotículas de água que vão caindo são
resfriadas pela convecção e pela evaporação da agua. O recheio ou enchimento
dentro da torre, reduz a velocidade media de queda das gotículas, e aumenta o
tempo de exposição das gotículas à corrente de ar que as resfria, enquanto caem
através da torre. Ex: Torres de mais de 100m com tiragem natural são usadas
para resfriar despejo térmico de usinas de força
- Com tiragem forçada: Pulveriza-se água na corrente de ar que circula através
de torre, por meio de um ventilador, que pode ser montado no alto da torre,
aspirando o ar para cima, ou do lado de fora da base, impelindo o ar para a torre.
Quanto maior for a circulação de ar, maior é a capacidade de transferência de
calor da torre de resfriamento. VER FIGURA 3, PAG 28, CAP2
De contato indireto:
- Os fluidos quente e frio estão separados por uma parede impermeável,
recebendo-se então o nome de trocadores de calor de superfície. Ex: radiadores
- Ou seja, não há mistura dos fluidos, pois existe uma parede entre eles, tendo
essa uma forma especial, de acordo com o tipo de operação que se realiza.
- Quanto à espécie dos fluidos, pode-se ter: líquido para líquido; líquido para gás;
gás para gás.
- Estáticos:
.Não possuem partes moveis e consistem de uma massa porosa através da qual
passam alternadamente fluidos quentes e fluidos frios. Uma válvula alternadora
regula o escoamento periódico dos fluidos. Durante a passagem do fluido
quente, o calor é transferido deste para o miolo do trocador regenerativo. Depois,
interrompe-se o escoamento do fluido quente e inicia-se o do frio. Durante a
passagem do frio, transfere-se calor do miolo regenerativo para este.
. Para o uso em alta temperatura(950 a 1500°C) podem ser pouco compactos,
como por exemplo no uso em pré-aquecedores, na fabricação de coque e nos
tanques de fabricação de vidro, porem, podem ser compactos para usos em
refrigeração, em motores stirling, por exemplo
- Dinâmicos:
. Nesse caso o miolo possui a forma de um tambor, que gira em torno de um eixo
de modo que uma parte qualquer passe periodicamente através da corrente
quente, e em seguida através da corrente fria. O calor armazenado no miolo
durante o contato com o gás quente é transferido para o gás frio durante o
contato com a corrente fria.
. Um exemplo típico é o pré aquecedor regenerativo de ar Ljungstorm. Figura 2.8
. São convenientes apenas em trocas de gás para gás, pois somente com gases
a capacidade calorifica do miolo que transfere calor, é muito maior que a do gás
escoante, ou seja, não é conveniente para a transferência de calor de liquido
para liquido pois a capacidade calorifica do miolo que transfere calor é muito
menor que a do liquido que escoa.
. Os regeneradores rotativos são utilizados para operar em temperaturas de até
870°C, sendo que os de miolo de cerâmica são usados em temperaturas mais
altas.
. Nos trocadores de calor convencionais, é suficiente definir as temperaturas de
entrada e saída, as vazões, os coeficientes de transferência de calor dos dois
fluidos e as áreas superficiais dos dois lados do trocador. Entretanto, no trocador
de calor rotativo, também é necessário relacionar a capacidade calorifica do rotor
com a capacidade calorifica da corrente dos fluidos e com a velocidade de
rotação.
- Contracorrente:
.Os fluidos quente e frio entram em extremidades opostas do trocador, e fluem
em direções opostas.
. As temperaturas de entrada dos fluidos são uniformes, mas as temperaturas de
saída mostram variação transversal às correntes.
- Correntes cruzadas:
.Os fluidos fluem perpendicularmente um ao outro. O escoamento pode ser
misturado ou não misturado, dependendo do projeto.
.O fluido frio flui no interior de tubos, sendo assim, não pode se mover na direção
transversal, ou seja, está não misturado. Entretanto, o fluido quente flui sobre os
tubos e pode mover-se na direção transversal, ou seja, está misturado. A mistura
tende a tornar uniforma temperatura do fluido na direção transversal, por isso, a
temperatura de saída de uma corrente misturada apresenta variação desprezível
na direção cruzada.
. Em geral são possíveis 3 configurações idealizadas de escoamento: ambos os
fluidos estão não-misturados; um fluido está misturado e o outro não-misturado;
ambos os fluidos estão misturados(essa configuração não é usada comumente).
. Em trocadores casco tubo, a presença de um grande numero de chicanas serve
para “misturar” o fluido no lado do casco, ou seja, fazer com que a temperatura
tenda a se tornar uniforme em qualquer seção transversal.
VER FIGURA 2.11, PAG 36, CAP2
- Escoamento multipasse
. Tal configuração com passes múltiplos é empregada frequentemente no projeto
de trocadores de calor pois a multipassagem intensifica a eficiência global, acima
das eficiências individuais.
.É possível grande variedade de configurações das correntes em passes
múltiplos, sendo 3 as mais comuns: um passe no casco, dois passes no tubo;
dois passes no casco, quatro passes no tubo; três passes no casco, seis passes
no tubo.
VER FIGURA 2.12, PAG 37, CAP2
Trocadores de placas
. São utilizados em serviços onde corrosão, limpeza e esterilização constituem
problemas.
. Vantagens: A disposição geométrica das placas permite altos coeficientes de
transferência de calor, resistência à depósitos e facilidade de limpeza.
. Desvantagens: Limitação à uma faixa moderada de pressão; alta perda de
carga; exigência de capacidades térmicas semelhantes em ambos os lados
COMPONENTES BÁSICOS:
- Tubos, espelhos, casco, cabeçotes, tampas, divisor, chicanas.
VER FIG 2.13, PAG 42, CAP2
Tubos
- São os componentes básicos do trocador, visto que estes determinam a área
de troca térmica.
- Em geral são os componentes mais caros e mais sujeitos à corrosão.
- A construção padrão dos tubos é sem costura, com dimensões padrão de 1/4”,
3/8”, 1/2”, 3/4”, 1”, 1.1/4”, 1.1/2” de diâmetro externo e espessura de parede
medida segundo a unidade do calibre Birmingham para fios (BWG).
- As dimensões mais usadas são ¾” e 1”.
- Os tubos mais utilizados são lisos, porem as vezes possuem aletas inteiriças
ou baixa aleta. VER FIG 2.14, PAG 42, CAP2
Espelhos:
- São a parte do trocador que serve de suporte para o conjunto de tubos, que é
chamado de feixe.
- Consiste de uma placa de metal perfurada, onde são inseridos os tubos,
podendo ser por meio de 2 processos: mandrilagem e solda(utilizada quando a
possibilidade de vazamento deve ser evitada). VER FIG 2.15, PAG 43, CAP2
Casco
- Possui forma circular e é feito de tubos de aço padronizados com diâmetro de
carcaça de até 24”, dependendo das condições de pressão que determinarão a
espessura da parede. Diâmetros maiores são fabricados com placas
calandradas.
Cabeçotes
- São tampas que servem para distribuir o fluido que percorre o feixe tubular.
- O feixe tubular possui diversos modos de construção, que permitem as
passagens tanto nos tubos quanto nos cascos.
- A divisão desses passes no lado do tubo se dá por meio de ranhuras nos
espelhos, que correspondem a divisões nos cabeçotes correspondentes.
VER FIG 2.16, PAG 44, CAP2
Chicanas
- Encontram-se na parte externa do feixe e tem as seguintes funções: suporte
dos tubos na posição apropriada durante a montagem e operação; evitar
vibrações dos tubos causadas por turbilhões; guiar o fluxo do lado do casco
através do feixe, aumentando a velocidade, turbulência e coeficiente de troca
térmica.
- A construção mais comum é do tipo segmentada VER FIG 2.17, PAG 45,
CAP2
- É necessário uma sobreposição de duas chicanas adjacentes de pelo menos
uma fileira de tubos para assegurar o completo suporte do feixe.
- As chicanas são mantidas nas posições determinadas através de tirantes e
espaçadores. VER FIG 2.18, PAG 46, CAP2
NOMENCLATURA E TIPOS:
- A nomenclatura mais usada nas industrias de processo químico e refinarias é
a proposta pela TEMA (TUBULAR EXCHANGER MANUFACTURES
ASSOCIATION).
- Os trocadores de calor são classificados pela TEMA de acordo com a forma
dos cabeçotes e do casco, sendo a designação do tipo feita através de 3 letras.
VER FIG 2.20, PAG 47, CAP2
2) Feixe de tubos em U:
- Sua aplicação pode ser feita apenas em trocadores que possuem mais de
uma passagem nos tubos.
- Seus principais inconvenientes são a impossibilidade de substituição de tubos
localizados na parte interna do feixe, bem como difícil limpeza de depósitos
localizados nas curvas do U.
3) Cabeçotes flutuantes:
- É semelhante ao tubo em U, porém sem seus inconvenientes;
- O projeto mais simples é o cabeçote tipo T, onde o espelho flutuante possui
diâmetro inferior ao do estacionário, afim de ser introduzido e retirado do casco,
porém isso traz um inconveniente, pois a folga relativamente grande entre o
casco e o feixe, propicia um escoamento parasita. Um projeto com anel bipartido,
elimina tal problema.
- O uso de cabeçotes flutuantes em trocadores com uma só passagem nos tubos,
só é permitido com o auxilio de sistemas de engaxetamento. Isso ocorre com os
cabeçotes P e W, engaxetados externa e internamente, respectivamente.
VER FIGURA 2.23, PAG 51 e VER tabela 2,1, PAG 51
CRITÉRIOS DE PROJETO
- Em geral consiste de 5 etapas:
- Existem casos onde faz-se necessário forçar o fluido dos tubos a passar
diversas vezes pelo feixe, visando-se manter uma velocidade razoável.
- Desvantagens:
.Para uma mesma área de troca(n° de tubos) necessita de um diâmetro
maior, pois os divisores de passas no espelho tomam espaço que seria
dos tubos;
. Possibilidade de fluxo parasita entre os divisores do cabeçote e do
espelho.
Refervedores:
Termofissão vertical:
- VER FIGURA 2.27, PAG 57
- Só permite arranjo com uma passagem nos tubos, e restringen-se aos
tipos A,B,C,E,L,M,N.
- Vantagens: Permitem altas taxas de transmissão de calor e baixo tempo
de residência na zona de aquecimento
- Desvantagem: Dificuldade de manutenção e limpeza.
Termofissão horizontal:
- VER FIGURA 2.28, PAG 57
- Usado para grandes vazões, que conduzem a equipamentos grandes;
- Em relação ao de termofissao vertical, apresenta taxas de transmissão
de calor menores, porem melhores condições de manutenção e limpeza
e também a possibilita trabalhar com meios de aquecimento sujos, uma
vez que seu escoamento se dá nos tubos.
- Vantagens:
. Isso possibilita baixa perda de carga, o que os torna ideias para troca de
calor com fluidos viscosos e sujos;
.Provocam alta turbulência, de numero de Reynolds da ordem de 10
- Desvantagens:
. Baixa pressão de operação do equipamento(até 20 kgf/cm^2);
. Ambos os fluidos devem ter pressões semelhantes;
- A temperatura depende basicamente do material das gaxetas variando
entre -25 a 200°C.
- Trocadores de placas planas podem ser usados para múltiplas
operações, com fluidos diferentes, passando por diferentes partes do
trocador. Isso é conseguido com auxilio de placas especiais que dirigem
os fluxos convenientemente.
Vantagens:
. Sua construção resulta em duas passagens de secção retangular
continuas, sem as reversões de fluxos provocadas nos trocadores de
placas planas, o que diminui as perdas de carga.
. É uma construção extremamente compacta;
. Não necessita de gaxetas;
. Devido à construção contínua, podem trabalhar com gases a baixa
pressão, com pequena perda de carga;
. Maior faixa de temperatura(-40 a 400°C), devido a ausência de gaxetas
TROCADORES RESFRIADOS A AR
FATORES DE INCRUSTRAÇÃO
- Após determinado tempo de operação, as superfícies de transferência de calor
de um trocador podem ficar cobertas por partículas presentes no escoamento ou
sofrer algum processo de corrosão.
- Em ambos esses casos, surge uma resistência adicional ao fluxo de calor, e
portanto, uma diminuição no desempenho do equipamento.
- O efeito global dessas resistências é geralmente representado por um fator de
incrustração, ou resistência de incrustração, ou resistência de depósito, Rd, que
deve ser considerado juntamente com as outras resistências térmicas no cálculo
do coeficiente global de troca térmica.
DIFERENÇA DE TEMPERATURA
- O tubo interno é mantido dentro do tubo externo por meio de buchas de apoio.
O fluido entra no tubo interno através de uma conexão rosqueada localizada fora
da secção própria do trocador. Os tês possuem conexões com rosca ou bocais
que são a eles ligados, para permitir a entrada e saída do fluido que escoa na
parte anular, e que passa de um ramo para o outro através do cabeçote de
retorno. Os dois comprimentos do tubo interno estão conectados por uma curva
de retorno, que é usualmente exposta, e não fornece uma superfície de
transmissão de calor efetiva.
- Quando disposta segundo dois ramos, como mostra a figura 4.1, a unidade
denomina-se grampo.
- O trocador de tubo duplo é extremamente útil, pois pode ser disposto em
qualquer conjunto com conexões de tubos, através de partes padronizadas(ver
tabela 4.1) e fornece uma superfície barata para transferência de calor.
- Tabela 4.1: Tamanhos padronizados dos tês e cabeçotes de retorno
- Se o canal por onde o fluido circula não é de secção transversal circular, tal
como através da parte anular de tubos concêntricos, recomenda-se que as
correlações de transferência de calor sejam baseadas no diâmetro
hidráulico.(Dh)
- O primeiro problema é definir qual dos fluidos deve ficar na parte anular e qual
deve ficar no tubo interno.
Passos:
1: Condições de processo: Temperaturas de entrada e de saída do fluido quente,
vazão do fluido quente, perda de carga permitida do fluido quente, resistência de
deposito do fluido quente e todas essas coisas, também para o fluido frio.
2: Temperaturas médias
3: Propriedades físicas: Calor específico à pressão constante, densidade ou
massa específica, viscosidade dinâmica e condutividade térmica
4: Seleção dos tubos
5: Balanço de calor
6: Calcular a MLDT
Para o tubo interno:
7: Área de escoamento
8: Velocidade de escoamento
9: Reynolds
10: Prandtl
11: Nusselt
12: Coeficiente de transferência de calor
Para o anel
13: Área de escoamento
14: Diâmetro equivalente
15: Velocidade de escoamento
16: Prandtl
17: Nusselt
18: Coeficiente de transferência de calor
Cálculo da área: