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Letícia Nascimento Marques

CONTRAPONTO HISTÓRICO E LITERÁRIO DA VISÃO DO


ESCRAVO NO SÉCULO XIX

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Brasília
2017
Letícia Nascimento Marques

CONTRAPONTO HISTÓRICO E LITERÁRIO DA VISÃO DO


ESCRAVO NO SÉCULO XIX

Trabalho de pesquisa para a disciplina Literatura


Brasileira - Romantismo, sobre a orientação do
professor Pedro Mandagara Ribeiro.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Brasília
2017
CONTRAPONTO HISTÓRICO E LITERÁRIO DA VISÃO DO
ESCRAVO NO SÉCULO XIX
Letícia Nascimento Marques

RESUMO ABSTRACT

Este trabalho tem como objetivo


analisar como é abordada a escravidão na
literatura brasileira no século XIX
comparando a visão que um escravo na
obra literária descreve acerca dos tráficos
em navios negreiros com relatos reais de
um ex-escravo africano que conseguiu
fugir e escrever sua autobiografia e por
fim, dizer se a forma retratada pelo autor
escolhido da época é fiel aos
acontecimentos daquele contexto histórico.

Palavras-chave: Escravidão; Navio


Negreiro; Literatura Nacional;

No contexto histórico politico do Brasil na escravidão no século XVI, os Portugueses e


Espanhóis começaram a ocupar a América do sul com intuito de explorar as novas terras, e os
Franceses e Ingleses a América do norte. Com isto vieram as diversas tentativas de enganar e
escravizar os nativos locais, principalmente nas áreas que foram designadas a ser colônias de
exploração, no nosso ambiente de estudo o Brasil, não há registros históricos que sejam
exatos quanto a data exata do início do tráfico negreiro, acredita-se que ocorreu em meados de
1538 para a exploração de pau-brasil.
Com a intensificação das explorações na colônia, intensificaram-se também as
compras de escravos vindos da África por volta de 1700, escravos estes que muitas das vezes
nem sobreviviam às viagens cansativas em condições desumanas de espaço, higiene, sofrendo
maus-tratos e com fome, tais condições eram propicias a morte de diversos escravos. Ao
chegar ao Brasil ocorria à separação dos grupos de escravos, mudavam-se os nomes e
sobrenomes e língua nativa para eles não conseguirem ter uma identificação própria, o
escravo perdia tudo o que o definia como a pessoa que ele era antes de ser trazido. O tráfico
negreiro era um negócio lucrativo.

A mão de obra escrava foi amplamente utilizada no Brasil no meio agrário, na colheita
de café, cana-de-açúcar, algodão, tabaco e tudo o que trouxesse lucro, de acordo com Celso
furtado em seu livro sobre formação econômica do Brasil, o país tinha autorização de Portugal
para realizar transações diretas apenas quando se tratava de tráfico negreiro, para todos os
outros casos a abertura dos portos para as nações amigas ocorreu apenas em 1808 com a vinda
da coroa portuguesa para o Brasil, com isto nosso país aumentou consideravelmente as
relações comerciais com o Reino Unido, fazendo em 1810 um tratado onde o Reino Unido
tinha vantagens comerciais e poderiam ser julgados em solo brasileiro pelas leis do Reino
Unido.

Em 1815 o Brasil deixa de ser uma colônia portuguesa e passa a ser um reino unido a
Portugal, em 1820 com a revolução do porto a família real portuguesa que estava no Brasil
retorna a Portugal e o Brasil retorna a status de colônia portuguesa, e em 1822 ocorre a
independência do Brasil e D. Pedro I faz o dia do fico e se torna imperador.

Mas nem com tudo isso acontecendo no Brasil, a quantidade do tráfico negreiro
diminuiu, muito pelo contrário, estava cada vez mais forte, principalmente quando em 1830 o
café se tornou principal produto brasileiro, e o Brasil o maior produtor e exportador de café do
mundo, titulo que foi mantido por 130 anos. Porém as relações comerciais com o Reino
Unido fizeram com que o Brasil obedecesse a condições impostas pelo Reino Unido para
manter as relações, em 1831 uma condição imposta foi o fim do tráfico negreiro, porém com
está data coincidindo com o inicio do café, o fim do tráfico foi “para inglês ver”, ele não
ocorreu de fato, foi apenas maquiado, sendo que o fim de fato do tráfico de escravos ocorreu
em 1850, após isto vieram às leis do ventre livre, dos sexagenários e finalmente a Lei Áurea
em 1888.
Consigo os portugueses, trouxeram para o Brasil, traços e características de seus
movimentos literários – fazendo parte desses movimentos às produções separadas que não
constituíam um sistema literário – trazidas pelos Jesuítas por volta de 1954 à medida que se
instalavam escolas para o ensino da leitura e escrita aos índios.

Após esse período, acontecia a tentativa de consolidação da literatura brasileira, um


processo de formação do Brasil, formação de experiências novas que se podia dizer
intimamente ligada com a vida das pessoas que compunham a sociedade da época, esta
tentava fazer jus a “independência” do País, como uma literatura livre de um país livre,
tentava corromper os laços vindos de sua descendência portuguesa, porém havia uma grande
contradição, ao mesmo tempo em que havia a tentativa de cortar laços com os portugueses, os
autores recorriam à tradição ocidental para desenvolver uma linha de tradição nacional ou
local e tentavam adaptar o cenário brasileiro.

No intuito de formar algo com cara de independência em relação a metrópole, os


autores se uniram a tradição francesa e disseram adeus aos portugueses, infelizmente foi uma
tentativa de independência firmada em total dependência de outras tradições. Tais tentativas
vinham com intuito de modificar a leitura que temos da nossa história, o intuito era ter a
possibilidade de interpretá-la de forma diferente.

Dois momentos importantes para a formação de um sistema literário foram o


Arcadismo e o Romantismo, entre esses períodos houve uma passagem de sentimentos de
nativismo, sentimento esse de pertencer a um lugar com costumes diferentes da metrópole,
aos sentimentos de nacionalismos – vindo com o período do romantismo no século XVIII.

I. ANALISE DOS RELATOS DE ESCRAVOS DENTRO E FORA DA OBRA


LITERÁRIA

Entretanto, enquanto toda essa mudança e tentativa de consolidação de um sistema


literário aconteciam, a escravidão continuava, porém agora os escravos eram trazidos
ilegalmente através dos navios negreiros e expostos a péssimas condições, já eram produzidas
na época literaturas antiescravagistas que traziam o escravo não só como um personagem
qualquer, mas como parte importante da história capaz de mostrar sua visão sobre o mundo.
Para melhor análise dessas visões, trago a obra Úrsula de Mª Firmina dos Reis e trechos da
autobiografia de um escravo que relata tudo que passou desde o momento que foi trazido
como escravo até o momento em que conseguiu fugir e obter sua liberdade.

Maria Firmina dos Reis, escritora nascida no maranhão – daí vem sua assinatura “Uma
maranhense” – no ano de 1825, destacou-se ao escrever e publicar a obra “Úrsula”, pois o fez
em um contexto social muito problemático em relação ao preconceito, tanto a raça quanto ao
gênero. Considera uma das primeiras mulheres a publicar uma obra antiescravagista, em sua
obra retrata além da história trágica de um casal, principalmente as histórias dos escravos
africanos, ela os coloca nessa obra não só como um mero personagem com pouca importância
e participações como coadjuvantes, mas os coloca no topo para expor suas visões como
escravos, seus temores, receios e esperanças.

É importante esclarecer que na época em que se passa a narrativa, a mulher era


totalmente submissa a outro homem, fosse pai ou marido, não tinha voz de autoridade e muito
menos possuíam autonomia, era ensinada a ser dona de casa, mãe e uma “boa” esposa.
Levava com si uma marca imposta pela sociedade da época de um ser frágil e incapaz de se
manifestar ou lutar por algo, diante disto, vemos a bravura de Maria Firmino dos Reis ao
enfrentar todo esse preconceito – por mais que de forma anônima a principio – e publicar um
livro, sendo ela uma mulher e negra.

Fotografia 1: A imagem retrata a mulher do século XIX

Fonte: Jornal "The Vote", Womens Freedom League, Fevereiro de 1911.

O romance retrata uma história trágica de amor entre dois jovens, um bacharel
cujo nome era Tancredo e uma jovem simples chamada Úrsula, no primeiro capítulo já
encontramos Tulio, o escravo que teve a liberdade comprada pela gratidão, logo no
primeiro capítulo Tulio aparece salvando a vida de Tancredo e isso percorre por
alguns capítulos onde Tulio o leva para a casa de Úrsula onde a mesma mora com sua
mãe adoentada e de cama, lá eles cuidam de Tancredo que entre um delírio e outro
agradecia de todas as formas os cuidados vindos de ambos mas principalmente de
Tulio que podia tê-lo deixado a morte mas não o fez. Tamanha a gratidão, quando
melhor Tancredo deu dinheiro ao Tulio para que comprasse a própria liberdade, porém
tratada como liberdade ilusória por outra escrava muito importante dessa narrativa, a
escrava Susana. Na concepção de Susana, era inútil Tulio comprar sua liberdade se
queria servir Tancredo e segui-lo por onde fosse também por agradecimento e
companheirismo, até aqui muita coisa já aconteceu, Tancredo já se declarou para
Úrsula por quem se apaixonou enquanto esteve hospedado na casa, contou a história
de uma decepção amorosa que envolvia um caso de triangulo amoroso entre seu pai,
uma moça chamada Adelaide e ele, no qual ele a pedido de seu pai em troca da mão de
Adelaide passou anos fora de casa e quando voltou havia sido traído pelos dois, a
história parece de desenvolver de forma trágica circundando essa questão do triângulo
amoroso pois logo em seguida aparece um tio de Úrsula que até então ela desconhecia
fisicamente, o tio dela era um comendador cruel e explorador de mão de obra escrava,
matou o pai de Úrsula e deixou a mãe vivendo doente em cima de uma cama sem
nunca voltar nem para pedir perdão, depois ele aparece e se apaixona por Úrsula o que
provoca mais um triângulo amoroso entre Úrsula, Comendador e Tancredo. Toda a
história acaba em uma grande tragédia com a tentativa de Úrsula se casar com
Tancredo, o tio comendador mata Tancredo logo após a cerimônia, mata Tulio, a mãe
de Úrsula já havia morrido dias antes e com tudo isso Úrsula fica doida e morre e o tio
comandante vai à beira da loucura e morre com todo o remorso, remorso por não ter
no fim conseguido ficar com Úrsula, pois a mesma amou Tancredo até mesmo após a
morte.
Trago agora uma personagem que para a finalidade deste artigo se faz muito
importante, a escrava Susana. É através da visão dela que podemos fazer uma
comparação da abordagem da visão de uma escrava traficada para o Brasil na
literatura com a visão do único escravo a conseguir relatar sua história após fugir do
Brasil e estudar para conseguir escrever sua autobiografia.
No capítulo 9 da obra, a preta Susana relata sua viagem no navio negreiro da
África para o Brasil e como eram as condições dela e de outros escravos que estavam
sendo traficados para serem utilizados na mãos de obras. Segundo ela, o ambiente em
que ficava com mais 300 negros e escravos era extremamente inóspito, péssimas
condições de limpeza, alimentação era dada, porém da forma mais porca possível e
água suja era distribuída, porém insuficiente para todos.

“(...) davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez, a comida má e


ainda mais porca; vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar,
de alimento e de água.”(REIS, 2017, p. 71)

Mahommah Gardo Baquaqua foi um africano escravizado, enviado para o


Brasil em navio negreiro e despachado numa praia em Pernambuco em 1845. É
importante nos atentarmos ao fato de que em 1845, o trafico de escravos para o Brasil
já era proibido, portanto se tornando ilegal a vida de Baquaqua. Quando chegou ao
Brasil, foi entregue a um padeiro, um homem tão cruel que o fez querer tirar a própria
vida, após tentar se matar com bebida alcoólica, foi vendido para um capitão de navio
no Rio de Janeiro. Baquaqua aproveitou-se da ocasião em que ia para Nova York em
1847, lá ele fugiu, foi pego e preso, porém logo teve sua liberdade, pois estava em
terras que não permitiam escravos. Em Nova York, ele aprendeu a ler e escrever o
suficiente para escrever cartas, quando em 1845 publicou sua autobiografia com a
ajuda de um editor. Em sua autobiografia, Baquaqua relata o que passou durante a
viagem no navio negreiro, assim como na obra de Mª Firmina dos Reis, ele descreve a
falta de higiene, as péssimas condições, como era a alimentação e a falta desta e de
água para todos que ali estavam.
“(…)The only food we had during the voyage was corn soaked and boiled. I
cannot tell how long we were thus confined, but it seemed a very long while. We
suffered very much for want of water, but was denied all we needed. A pint a
day was all that was allowed, and no more; and a great many slaves died upon
the passage. There was one poor fellow became so very desperate for want of
water, that he attempted to snatch a knife from the white man who brought in the
water, when he was taken up on deck and I never knew what became of him. I
supposed he was thrown overboard.” 1(BAQUAQUA, 1854, p. 43)

É importante lembrar as condições nos quais os escravos eram transportados,


vejamos como é feito o relato na obra literária pela visão da escrava Preta Susana.

1
A única comida que tivemos durante a viagem foi o milho embebido e cozido. Não posso dizer quanto tempo
ficamos confinados, mas pareceu muito tempo. Nós sofremos muito por falta de água, mas foi negado tudo o que
precisávamos. Uma cerveja ao dia foi tudo o que foi permitido, e não mais; e muitos escravos morreram sobre a
passagem. Havia um pobre homem ficando tão desesperado por falta de água, que tentou pegar uma faca do
homem branco que trouxe a água, quando foi levado no convés e nunca soube o que aconteceu com ele. Eu
suponho que ele foi jogado ao mar. (Traduzido por Letícia Nascimento Marques)
“(...) Para caber a mercadoria humana no porão fomos amarrados em pé, e, para
que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das
nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa.” (REIS,
2017, p. 72)

De acordo com os relatos do ex-escravo Baquaqua, conseguimos ver uma


pequena diferença na representação desse momento agoniante para os traficados.

“(…) We were thrust into the hold of the vessel in a state of nudity, the males
being crammed on one side and the females on the other; the hold was so low
that we could not stand up, but were obliged to crouch upon the floor or sit
down; day and night were the same to us, sleep being denied as from the
confined position of our bodies, and we became desperate through suffering and
fatigue.” 2 (BAQUAQUA, 1854, p. 43)

Na versão da escrava Susana, as condições são retratadas de forma parecidas


ao que Baquaqua nos conta, exceto pelo detalhe em que na época, os compartimentos
desses navios utilizados para o trafico negreiro possuía divisórias para que coubessem
mais escravos e nessas divisórias não continham espaços suficientes para ficar em pé
ou sentar, os corpos de dobravam todos a fim de encaixar no espaço que havia.
Imagem 2: Representação dos compartimentos utilizados para transportar escravos

Fonte: National Maritime Museum, London

2
Nós fomos presos no porão do navio em estado de nudez, os homens sendo abarrotados de um lado e as
mulheres do outro; o suporte era tão baixo que não conseguíamos nos levantar, mas nos obrigava a agachar-nos
no chão ou sentar-nos; O dia e a noite foram os mesmos para nós, o sono foi negado a partir da posição
confinada de nossos corpos, e nos desesperamos pelo sofrimento e fadiga. (Traduzido por Letícia Nascimento
Marques)
II. CONCLUSÃO

Em vista dessas informações dispostas no artigo, tomamos o conhecimento de


que a escravidão foi amplamente utilizada devido à sua alta rentabilidade, porém esta
era advinda do suor e da dor como pudemos ver na obra de Maria Firmina dos Reis e
nos fragmentos de relato do africano escravizado Baquaqua, o livro apesar de
romantizar algumas partes e seguir um estilo gótico, foi capaz de representar a
escravidão e suas dificuldades através do olhar de alguns personagens selecionados,
entre eles a preta Susana que conseguiu transmitir com exceção de um detalhe, como
foi à viagem da África até chegar no Brasil.
As condições de alimentação e hidratação dos escravos retratada pela obra ao
comparar com os relatos reais de Baquaqua nos mostra o quão perto da realidade a
autora chegou, controle da água que era dado para os escravos, como dito por
Baquaqua as vezes nem chegavam a receber, quando recebia era em péssimas
condições, muitas vezes passavam dias bebendo cerveja que era a única bebida que
eles recebiam, muitos tentavam se matar devido as condições e isso podemos ver em
ambos os relatos, isso quando não morriam por viver em meio a fezes, a um calor
insuportável e por falta de comida, totalmente desnutridos.

“(…) When any one of us became refractory, his flesh was cut with a knife, and
pepper or vinegar was rubbed in to make him peaceable(!) I suffered, and so did
the rest of us, very much from sea sickness at first, but that did not cause our
brutal owners any trouble. Our sufferings were our own, we had no one to share
our troubles, none to care for us, or even to speak a word of comfort to us. Some
were thrown overboard before breath was out of their bodies; when it was
thought any would not live, they were got rid of in that way. Only twice during
the voyage were we allowed to go on deck to wash ourselves -- once whilst at
sea, and again just before going into port.”3 (BAQUAQUA, 1854, p. 43)

Então, a obra aqui analisada além de ser uma obra literária importante para a
história da literatura Brasileira, da ao leitor uma visão holística da época da
escravatura, que não é totalmente romantizada, tendo suas partes que cumprem
independente da sua forma, o que foi proposto pelo autor para entender melhor o

3
Quando alguém se tornou refratário, sua carne foi cortada com uma faca, e a pimenta ou o vinagre foram
esfregados para torná-lo pacífico (!). Eu sofri, e também o resto de nós, muito da doença do mar no início, mas
isso não causou problemas aos nossos brutais proprietários. Nossos sofrimentos eram nossos, não tivemos
ninguém para compartilhar nossos problemas, nenhum para cuidar de nós, nem mesmo falar uma palavra de
conforto para nós. Alguns foram jogados ao mar antes que a respiração estivesse fora de seus corpos; Quando se
pensava que não viveria, eles foram eliminados dessa maneira. Apenas duas vezes durante a viagem fomos
autorizados a entrar no convés para nos lavar - uma vez, enquanto no mar e, novamente, antes de entrar no porto.
retrato histórico da realidade da época e pode ser utilizada como meio de aprendizado
para quem se interessar pelo assunto abordado e quiser pesquisar mais afundo, assim
como existem outras obras que podem servir de base não esquecendo apenas de
procurar outras fontes para confirmação da veracidade das informações.

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