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Resíduos Sólidos Industriais:

Materiais Compósitos Poliméricos


Mestranda:
Liana de Holanda Viana Barros

Orientadora:
Renata Carla Tavares dos Santos
Felipe

NATAL/RN
2018
1 CONCEITOS BÁSICOS: COMPÓSITO/
RESINA TERMOFIXA/ FIBRA DE VIDRO
1

COMPÓSITO

É um material formado a partir da junção de um reforço a uma matriz.

Contribui na manutenção
das
Rigidez
fibras/partículas/estruturas
na orientação apropriada

Resistência à tração e
Reforço flexão Matriz Transferência e distribuição
de tensões

Tenacidade
Proteção contra abrasão e
intempéries
2

Fonte: Materialcomposite.com, 2018


3
PLÁSTICO REFORÇADO
COM FIBRA DE VIDRO

Manta de Fibra de Vidro PRFV


Resina + Catalizador
A INDÚSTRIA DE MATERIAIS
2 COMPÓSITOS E A GERAÇÃO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
4
QUANTITATIVO DE MATÉRIAS-PRIMAS
PROCESSADAS PELA INDÚSTRIA DE MATERIAIS
COMPÓSITOS NO ANO DE 2016 (TONELADAS)

77.000

45.000

22.000

2.500

2.500

2.300
1.500

700
RESINA FIBRA DE RESINA GEOCOAT RESINA ADESIVO FIBRA DE OUTROS
POLIÉSTER VIDRO EPÓXI ESTER ESTRUTURAL CARBONO ADITIVOS:
VINÍLICA PERÓXIDO E
MA S S A
PLÁSTICA

Fonte: Associação Latino-Americana de materiais compósitos (ALMACO) - 2016.


CONSUMO DE MATERIAIS COMPÓSITOS POR SETORES INDUSTRIAIS 5
NO ANO DE 2016

Agronegócio Têxtil
4% 4%

Náutico
5%

Saneamento
Transportes 42%
18%

Construção
civil
27%
Fonte: Associação Latino-Americana de materiais compósitos (ALMACO) - 2016.
6
GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE
MATERIAIS COMPÓSITOS

A geração de resíduos de materiais compósitos incluindo o plástico reforçado


com fibra de vidro (PRFV) no Brasil, foi contabilizada no ano de 2012 em
aproximadamente 20.000 toneladas e custo de R$ 130 milhões no descarte desses
resíduos (LIMA, 2013)
7
GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE
MATERIAIS COMPÓSITOS
Processo de fabricação spray up

Fonte: hanloncomposites
8
RESÍDUOS DE PLÁSTICO
REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO
Resíduos de PRFV numa indústria de piscinas.

Fonte: Autoria própria (2018).


9
RESÍDUOS DE PLÁSTICO
REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO
Composição química do resíduo de PRFV.
Componentes Unidade Composição Componentes Unidade Composição

C % 83,73 Sr Ppm 123


Si % 5,88 P Ppm 108
Ca % 7,33 S Ppm 73
Al % 1,22 Mn Ppm 39
B % 0,88 Zr Ppm 37
Mg % 0,59 Zn Ppm 38
K % 0,11 Ni Ppm 19
Fe Ppm 1068 As Ppm 11
Na Ppm 414 Rb Ppm 10
Ti Ppm 260 Pb Ppm 15
Ci Ppm 195 Cu Ppm 15
Co Ppm 135 Cr Ppm 40
3 ALTERNATIVAS DE RECICLAGEM PARA
RESÍDUOS DE PRFV
10
RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE
MATERIAL POLIMÉRICO

CLASSIFICAÇÃO EM QUATRO TIPOS:


Primária, Secundária, Terciária e Quaternária.

Reciclagem primária ou pré-consumo: é a Reciclagem secundária ou reciclagem


recuperação de resíduos efetuada na própria pós-consumo: é a conversão de resíduos
indústria geradora ou por outras empresas descartados no lixo. São constituídos pelos
transformadoras. Esses resíduos são mais diferentes tipos de materiais e resinas,
constituídos por artefatos defeituosos, aparas com propriedades também diferentes,
provenientes dos moldes ou dos setores de exigindo uma boa separação, para poderem
corte e usinagem. ser reaproveitados.
11
RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE
MATERIAL POLIMÉRICO

Reciclagem terciária ou reciclagem química: é a decomposição dos resíduos, por meio de


processos químicos ou térmicos, em petroquímicos básicos como monômeros, ou misturas de
hidrocarbonetos que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas, para a
obtenção de produtos nobres de elevada qualidade. Para o caso particular de polímeros
termofixos, trata-se da degradação de resinas curadas em uma mistura complexa de compostos
orgânicos, normalmente líquida, reutilizável na produção de novos produtos químicos
12
RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE
MATERIAL POLIMÉRICO

A reciclagem quaternária: reciclagem energética ou a destruição do resíduo plástico por


combustão, para obter energia térmica. A reciclagem quaternária difere da incineração pelo fato de
utilizar os resíduos como combustível na geração de energia elétrica, enquanto a incineração não
reaproveita a energia dos materiais.
13
RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE
MATERIAL POLIMÉRICO

Pirólise: é a degradação térmica de produtos orgânicos, geralmente na ausência de oxigênio


para evitar perda de reagentes por combustão, podendo produzir carvão, óleo e gases
combustíveis. Tipicamente são utilizadas temperaturas no intervalo de 400° a 700°C.
(GUERRERO, 2011).
14

RECICLAGEM QUÍMICA DE POLÍMEROS


TERMOFIXOS NO EXTERIOR

ALEMANHA FRANÇA

JAPÃO
EUA
15

RECICLAGEM QUÍMICA DE POLÍMEROS


TERMOFIXOS NO BRASIL

INSTITUTO DE
PESQUISAS
TECNOLÓGICAS -
IPT Desenvolvimento de soluções de custo e
investimento baixos a fim de reintegrar
descartes industriais de compósitos no
próprio processo produtivo ou em outras
aplicações.
ASSOCIAÇÃO LATINO
AMERICANA DE
MATERIAIS
COMPÓSITOS
1ª Etapa 2ª Etapa
Trituração e a moagem dos Inertização dos catalisadores
resíduos, seguido da
caracterização do material
16

RECICLAGEM QUÍMICA DE POLÍMEROS


TERMOFIXOS NO BRASIL

Aplicações:

 Chapas de poliuretano;
 Madeira plástica;
 Painéis;
 Mármore sintético;
 Concreto na construção Civil; e
 Isolantes térmicos
Fonte: Grupofibramax.com.br
17

RECICLAGEM QUÍMICA DE POLÍMEROS


TERMOFIXOS NO BRASIL

80 a 100% de resíduo de compósitos resultante do processo produtivo da


indústria é utilizado em pisos no segmento de transportes, incluindo ônibus,
implementos rodoviários e vans, a fim de substituir outros materiais.

Logística reversa, reciclagem alguns dos materiais com reutilização na


cadeia produtiva.
4 MEIO AMBIENTE E RESÍDUOS SÓLIDOS
INDUSTRIAIS
18
RESÍDUOS SÓLIDOS E A
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Lei 12.305, de 2 agosto de 2010

Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei
no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
e dá outras providências.
19
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
1. Resíduos sólidos:
“ Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder,
nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos
em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o
seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível.”

Fonte: sustentávelMA, 2018.


Lei 12.305, de agosto de 2010
20
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

Destinação final ambientalmente adequada

Recuperação e o
Reutilização Reciclagem Compostagem aproveitamento
energético
21
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

Disposição final ambientalmente adequada

Distribuição ordenada de rejeitos em aterros

Fonte: reclycle.org
22
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
2. Logística reversa
23
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
3. Reciclagem

Fonte: reclycle.org

Fonte: reclycle.org

Fonte: reclycle.org
24
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
4. Gestão integrada de
resíduos sólidos
Ambiental

Política Cultural

GIRS

Econômica Social
25

ABNT NBR 10.004/2004

Classifica os resíduos sólidos


quanto aos seus riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública, para
que possam ser gerenciados
adequadamente.
26

ABNT NBR 10.004/2004

“ Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.”

ABNT NBR 10.004/2004


27

ABNT NBR
10.004/2004
28

ABNT NBR 10.004/2004

Resíduos Perigosos CLASSE I


Resíduos Sólidos
ABNT NBR 10 Classe II A Não inertes
004/2004 Resíduos Não
Perigosos CLASSE II
Classe II B Inertes
29

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002

• Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais


• Contém 3 anexos.
30
INVENTÁRIO NACIONAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
INDUSTRIAIS.

Conjunto de informações sobre a geração, características,


armazenamento, transporte, tratamento, reutilização, reciclagem,
recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas
indústrias do país.
31

RESÍDUO SÓLIDO INDUSTRIAL -


DEFINIÇÃO

“Todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que


se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso -
quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em
corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição.”

(Resolução CONAMA n° 313, 2002).


32

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO I

Apresenta um formulário para coleta de informações sobre os resíduos sólidos gerados em


uma atividade industrial.

 Informações gerais da indústria;

 Informações sobre o processo de produção desenvolvido pela indústria;

 Etapas do processo de produção da indústria

 Informações sobre resíduos sólidos gerados nos últimos doze meses;

 Informações sobre os resíduos sólidos gerados;

 Resíduos gerados nos anos anteriores


33

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO I
34

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO II

Listagem de resíduos gerados pela indústria por tipo para consulta e conferência com seus
respectivos códigos para preencher no formulário. O preenchimento do código do resíduo deve ser
feito com base na norma da ABNT NBR 10.004/2004.

Códigos para tipo de material: A011, A099, D001, D002, D003, D004, D099 e D199 e descrição de
composição do material.
35

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO II
36

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO III
Códigos para Armazenamento, Tratamento, Reutilização, Reciclagem e Disposição Final.
37

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO III
Códigos para Armazenamento, Tratamento, Reutilização, Reciclagem e Disposição Final.
38

RESOLUÇÃO CONAMA
313/2002 - ANEXO III
Códigos para Armazenamento, Tratamento, Reutilização, Reciclagem e Disposição Final.
39
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL

Este diagnóstico da situação dos RSIs no


Brasil embasou a elaboração do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos, incluindo a formulação de metas,
relativas a esta classe de resíduos.

2012
40
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL

1) Identificar a situação dos RSIs no Brasil e em nível estadual;


2) Identificar a quantidade de RSIs gerados no país e, quando possível, a
sua forma de coleta, tratamento e disposição final, por estado;
3) Fazer um levantamento da normatização e legislação existentes sobre a
temática, no âmbito federal.
4) Analisar criticamente os resultados obtidos com o levantamento,
caracterizando a situação da gestão de resíduos no país e comparando-a
entre os estados, identificando as principais alternativas bem-sucedidas e
principais oportunidades de melhoria na gestão de resíduos sólidos.
5) Subsidiar o planejamento de linhas de ações para prevenir, minimizar e
reduzir a geração de RSIs;
6) Apoiar a formulação de metas para a implantação do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos.
2012
41
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL
42
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL

 Confederação Nacional das Indústrias (CNI);

 Sistema Integrado de Bolsas de Resíduos (SBIR) – negociação de compra, venda, troca ou doação
de sobras de processos industriais online. Os resíduos são classificados por categoriais de
procedência e subdivididos em função de sua condição de qualidade, acondicionamento, uso ou
negociação pretendida;

 Fortalecer o trabalho das bolsas de resíduos das federações de indústrias e atender cerca de 10 mil
empresas em todo o país.
43
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL
44
DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSIs) NO
BRASIL
O conjunto de normas:

 NBR 10.004 – classificação;


 NBR 10.005 – obtenção de lixiviado;
 NBR 10.006 – obtenção de solubilizado; e
 NBR 10.007 – amostragem.

Ferramenta significativa para classificar os resíduos industriais visando também ao


seu gerenciamento.
45
DADOS DA GERAÇÃO DE RSIs DO BRASIL
( T/ANO)
46
DADOS DA GERAÇÃO DE RSIs DO RN
( T/ANO)
47
DADOS DA GERAÇÃO DE RSIs DO RN
( T/ANO)

Quanto ao destino dos resíduos


sólidos industriais perigosos, a forma
predominante foi o aterro industrial próprio
(78,49%), seguido do reprocessamento de
óleo (14,36%), e do lixão municipal (3,72%).
5 PRODUÇÃO, CONSUMO E GERAÇÃO DE
RESÍDUOS
48

PGRS

É um conjunto de documentos com


valor jurídico, que contém ações e
recomendações que visam um controle de
todas as etapas da geração, coleta,
armazenamento, tratamento e destinação dos
resíduos gerados em uma empresa, órgão
público ou indústria.
49

PGRS

As indústrias estão sujeitas à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos


Sólidos (PGRS), que é parte integrante do processo de licenciamento ambiental do
empreendimento ou atividade. O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à
instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou
degradadora do meio ambiente, cujo acompanhamento e fiscalização são exercidos pelos
órgãos estaduais de meio ambiente e pelo Ibama, integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente (Sisnama).
50

GESTÃO E GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Não Disposição
Redução Reutilização Reciclagem Tratamento
geração Final

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