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09/05/13 Parcela da LÍNGUA SERTANEZA DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO

<<

PARCELA DA LÍNGUA SERTANEZA


DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO

Simões, D.M.P. (
UERJ
)

0.PALAVRAS I
NICI
AIS

Est udaredomi narumal í


nguasãoaçõesquedever iam serpr at icadasdesdeamai st enr ai dade
comoum exer cíciodepr azer.Logonospr i
meir
oscont atoscom al ínguanaci onal— or i
ent ados
pelosf amili
ares— osf alantesdever i
am sersensi bilizadossobr eai mpor t ânci
aeabel ezado
ver náculo.Podepar ecerext ravagant et alidéi
a,umavezqueosi nf ant esnãoest ariam — em
tese— di sponíveiseapt ospar ainformaçõesdest anat ureza,t odavi a,nãoest ouf alandode
i
nst ruçõessi stemát i
casousi stemat i
zadas(poi sset r
at adaf asedet ransmissãodal íngua) ,mas
deumapr áticacot idianaest i
mulant edousodal ínguaobser vadocomoi nstr
ument oder eali
zação
pessoal.I stopor que,sobr etudonai nfância,asi nteraçõespr é-ver baisever bai
sdest i
nam-se,
apr i
ncípi
o,aosupr iment odenecessi dadespr i
már ias.Ent r
et ant o,opr azer—
i
ndependent ement edesuaor i
gem — at ivamecani smoscer ebr aisquesecor r
elacionam com os
produzidosnaár eapr odut oradel i
nguagens.Assi m sendo,éper fei
t ament epossívelr eal i
zar
i
nt eraçõesver bai sprodut i
vas,pr ofi
cient esepr azer osasdesdeai nfânci a,com oobj etivode
ger arogost opel aaqui siçãodal íngua,em especi al,comomei oder eal i
zaçãopessoal.

Vej
a-seoexcer
toasegui
r:

Tem sido c ontado m uitasvezes(at é pela pr


ópria pr
otagonist
a )como Hel en Keller-a f amosa
surda-muda e c ega nor t
e-am eri
cana -est abeleceu contat
o ,aossete anos,pel a primei ra vez,c om a

ngua ,um a l íngua de sinaisque soletrava na pal
ma da mão .Hel en considerava esse di ac om o o de
um aut êntico renascim ento .Lem br
ava a vida anteri
ora esse moment o apenasde manei r
a m uito vaga
ei ncom pl
et a .Tinha sido um sim pl
esor ganismo veget ati
vo.Graçasà lí
ngua ,adqui ri
ur apidam ent eo
acesso a um m undo r i
co e passou a disporda capac i
dade de r
ecordar,sonhar,f antasiar.Eadqui ri
u
também ,pel a pri
m eir
a vez,a c apacidade de pensare de organizaridéias(Mal m berg,1976:82- 3) .

Comopar ti
lhodestacr ença— l í
nguacomof ormadeapr eensãodomundoecompl etudepessoal
— atravesso,desbravoincansavel ment
eot err
itóri
odasmet odologi
asdeensi noparatent
ar
descobri
r/aper f
eiçoarest r
at égiasdeesti
mulaçãodospot enciai
sl i
ngüí
sti
co-gramati
cai
sdos
fal
antesnosent i
dodevi abil
izar-lhesodomíni
oef eti
vodover náculo,em suavar i
edade.

Nessat r
avessia,ver i
fiqueiqueavar i
anteser t
ânicapr esent
eem aut orescomoGui marãesRosa(
narrativa)eEl omarFi gueiraMel lo(poesia-musical)trazi
aumacont r
ibuiçãolingüísti
co-cult
ural
i
ncomensur áveleque,adespei todovol umedet rabalhosdecríti
cal i
terári
ar eali
zadossobr ea
obrar osiana,ainvestigaçãover nacularnãosemost r
at ãoabundant e.Avançandonapesqui sa,
veri
fiqueiqueaobr ael omariananãot i
nhasidoaindaobj etodeest udover nacul ar
.Sua
composi çãoj áforaest udadaporhi stori
adores,sociól
ogoseant ropólogos,t odavi a,talvezpor
desconheci mentodaobr a,osl ingüistasaindanãosehavi am pr
onunciadoar espeit
oda
produçãodovi rtuosocomposi t
orbai ano.

Nasegundamet adede1980,i ni
cieimeusest udosdevi ol
ãocl ássicoenest aoportuni
dade
conheci,ent
r eoutros,ElomarFigueir
aMelloque,al ém devi olonist
avirtuoso,époet a.Edos
melhores!Elomar(comoéconheci do)éum ar ti
stanaci onalquenãot eveaindaumadi vul
gação
àalturadesuaobr a.Reconhecidointer
nacionalment e( t
em discogr avadonaAl emanha,por
exemplo),nãoat r
avessaosespaçosda“i ntelectual
idader eferendadapel ostí
tul
osacadêmi cos
”(t al
vezem f unçãodat emáti
caporel eel
eita:ocant ardesuat erraesuagent ein natura ).

Arquitet
oporformaçãoemúsicoer udi
toportal
ent
oeopção,Elomarnostem br
indadocom um
acervopoéti
co-musicalqueprecisaserconheci
dopel
osapr
eci
adoresdapoesi
a,damúsi cae,
pri
ncipal,mente,dal í
nguaportuguesa.

Compositor,viol
eir
o ,dono de uma vozprivi
legi
ada,El
om ar
,m i
stur
a em suasm úsi
casa t
radi
ção da
músi
ca ser
tanej
aàt radi
ção l
ír
ica eur
opéia.(.
..)

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Defensorferr
enho do com bativo povo ser
tanejo ,se al
inha a uma tr
adi ção l
iterári
a que r
em ontaa
João Guim ar
ãesRosa e José Linsdo Rego .Em sua post ura pur
ist
a se assem el ha a Ar
iano Suassuna,
fer
renho defensorda cul
tura de rai
z.(Paul a Chagas– J ornalda Tarde – Apud INTERNET )

Suascomposi çõespoét icasdão-nosmostrasdeampl odomíniover náculo:doser tâni


colocale
ori
ginal(el eéum cr i
adordebodesdoser tãobaiano)aoer udit
oehi st
óri
copor t
uguês.( El
omar
éum pol igl
otaem suapr óprial
íngua(cf
.Bechara,1985).Seust extos,oradesenham cenários
doser tão,dacaat inga;or af
azem r
enascercenasmedi evais— ai ndaquer et
ocadaspela
experiênciasi
ncrôni
cai mediata.Estavert
entenosl evaar evisi
t arobucoli
smoeapur eza
românt i
co-rel
igi
osadeant anho.

A composi
çãoel
omar i
anaabarcacantor
iasser
tanezas[1](
sic)
,canti
gasàmodamedieval,em
meioaumavastíssi
mapr oduçãol
ír
ica:óperas,antíf
onas,concert
os,sol
ospar
aviolão,etc.

Nessamoldur
aartí
sti
ca,El omarnosof ert
aum corpus l
ingüíst
icomuit
oespecial,recolhi
do
dir
etamente(porexper
iênciavivencial— eleconti
nuacr iandobodesnasbarragensdoRi o
Gavião-BA)econstruí
doar tesanal
ment e( r
etomandof ormasdosclássi
cosportuguesese
renovandoalí
nguapormeiodaneol ogia,sej
aelamór f
ica,semântica,fôni
ca,et c)
.

Vej
aoquedi
zopoet
a-composi
torbai
ano:

Há no ser tão um enorme mananc ialc


ultur
alque deve serc ant
ado,toc ado e escri
to .Muitoscom o
João Cabr alde Mel o Net
o ,João Gui
m arãesRosa e José Linsdo Rego jáfizer
am i sso na l
it
eratura .Eu
sigo essa tradição com m i
nha músic
aemi nhasóperas.( Entr
evi
stado porPaul a Chagas,espec i
alpar a
o JT Apud INTERNET )

Porisso,nabuscadecami nhosmai sefi


cientesparaot r
abalhodi dáti
cocom alínguanaci onal,
decidienveredarpelosser t
õesmedi evali
zantesdeEl omareanal i
sarseuspoemasmusi cais,para:
a)demonst raracapaci dadear tí
sti
cadopoet aroçali
ano( sic)el
eito;b)chamaraat ençãode
estudantesepesqui sadorespar aumanovaf rentedet rabalhonoei xodavari
ação;c)apont aro
dial
et oser
tânicocomof ontedeaqui si
ção/ampl i
açãodover náculo;d)demonst r
arar iquezada
análi
sepancr ônicaf
or masdal íngua,exer ci
tandoconheci mentosdevár i
osní
vei
s:f ônico,
mórfico,si
ntático,semânt ico;e)cont r
ibui
rcom oconheci mentodal í
nguaport
uguesaef )
compr ovarqueháf ormasbast anteint
eressantesepr odut i
vasdeconhecer/apr endernossa
l
íngua.

Parailust
rar,passar
eiàanál i
sesemânt i
co-semi
óti
cado3ºCant odeFantasia leiga para um rio
seco [2] i
nti
tul
adoParcela .A pági
naeleit
aparaanál
isetrazapúbl
i
coaf al
ador eti
rante(de
entreasGer ai
seoRi odeCont as),cantandoasmazelasdoseupenar.

Nossaexposiçãoseráassi
m dividi
da:a)apresent
açãodotexto-corpus; b) br
eveincursãono
si
stemagráfi
codopor tuguês;c)consideraçõessobreosubstanti
vo-títul
o:Parcela ed)anál
ise
dosfat
oslingüíst
icosapurávei
snasuperfí
ciedot ext
o.

1.Apr
esent
açãodot
ext
o-corpus:

PARCELA
Vomointoncecunsi
gui
no

pr
ucont
adasor
tequiDeusdá

pr
issi
gui
noavi
da

t
opoi
ncadacor
te

doscami
nc’
afoi
cear
mada
05
doAnj
odaMor
te

amei
sper
á

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r
efr
ão pruvai-num-t
ornavamo
ri
ti
rano

eabal
donanoaspat
rado
ser
tão

téachuvat
ornacum passá
dosano

maisdovai-num-tor
nanum se
vol
tanão
10 jánem seimaiscontasl
ũa

f
aixquebal
doneinossol
ugá

nadamai
sfr
egel
a

oispir
itoer
rant
edacavêr
a
r
iti
rante

dent
rodoscor
o

15 achucai á
r
efr
ão pruvai-num-t
ornavamo
ri
ti
rano

eabal
donanoaspat
rado
ser
tão

téachuvat
ornacum passá
dosano

maisdovai
-num-t
ornanum se
vol
tanão
20 afomeapesteamor t
eeadô

t
omem vem vi
sit
aosout
ro
i
ri
rmão

osquidessasei
scapô

sucedeusónoser
tão

osi
steidocéui
str
alô

25 j
ávem vi
nosem demor
a

c’
asvoi
zdost
ruvão

oReidaGuer
ra

oReidaGl
ora

muit
osmi l
ianj
oingr
ande
pr
eparação

30 nosal
tocéus

vêm vi
nosobr
eessaTer
ra

pr
ajul
gáoshomesmaus
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quiof
endêr
oaDeus

oçootocodosRubi
n
tr
ombetêr
o

at
rai
zdosvéus

35
r
efr
ão pruvai-num-t
ornavamo
ri
ti
rano

eabal
donanoaspat
rado
ser
tão

téachuvat
ornacum passá
dosano

mai
sdovai-num-t
ornanum se
vol
tanão

Comosepodever,apági naelei
tapar aest eest udoéum document odaf al
aser tanej
alevado
àsúltimasconseqüênci aspelopoet a,poi selet ent our egistr
á-lapormeiodeumagr af
ia—
representação escrita de uma palavra ; escrita , transcrição (
HOUAI SS,2001:s. v)—
pretensamentef onét i
ca,oquenosf azr ecordarum est ágiodagr af
iadopor tuguês.

Br
evei
ncur
sãonosi
stemagr
áfi
codopor
tuguês

A pr
opósi
todegr
afi
a,vej
a-seoquedi
z(COUTI
NHO,1974:72)
:

1.Período fonético .§96.Coi nci


de est e período com a fase ar
caica do i
diom a .O obj
etivo a que
vi
savam osescr i
toresou copi stasda époc a eraf ac
ili
tara l
eitur
a ,dando ao l ei
toruma im pressão ,tanto
quanto possívelexat a ,da lí
ngua f alada .( .
..)Não havia um padr ão unif
orme na t r
anscr
ição das
palavras.àsvezes,num document o ,apar ecem osm esmo voc ábulosgr afadosde modo di ferente.
Paraisso concorri
am asdi fer
enç asr egionais( ...
)O que ,por ém ,não se pode negaré a t endênc i
a
mani f
estament ef onét i
ca do si
stema ent ão em uso .Esc r
evia-se não para a vi
sta ,maspar a o ouvido .

Obser ve-sequeoexcer
to,inf
ormadeum est ágiodaescri
taport
uguesaem quehaviagr
ande
preocupaçãocom avari
açãodial
etal(aindaquecienti
fi
camentei
stosej
adescobert
amuito
poster i
or)ecom aimpr
essãoaudit
ivaresul
tant
edal ei
tura.Havi
aumapr et
ensãode
representari
coni
cament
eaf al
a.

Sabe-sequeaconvençãoor tográf i
cat eveor igem numaobser vaçãodebasepol íti
caem r elação
àci r
cul açãodai nformaçãonumadadal íngua.A i nvençãodai mpr ensaeapossi bil
idadede
cir
cul açãodocument aldosaberhumanof ortaleceram osargument osquedef endem aor togr afi
a
[3]— si stemaconvenci onadodet ranscr i
çãover bal.A convençãoor tográfi
ca— em pr incípio
i
nst i
tuídapar asolucionarasdi f
iculdadesdecor rentesdavar i
açãodi aletal(cf.SILVA,1991:16)
— af ast ou-sedasbasesdaescr i
taal fabét i
caei nsti
tuiuumaf or mafixapar acadapal avra.
Congel adaapal avr a,deu-seadesvi nculaçãoent reoquesef alaeoqueseescr eve,sobr etudo
noquet angeàdialetação.Logo,nãosepodeesper ari
gualpr osódi
aoui gualsotaquede
fal
ant esder egi
õese/oucl assessoci aisdi f
erentes.

Elomar,mesmosem conheci
mentoespeciali
zadoem quest
õesli
ngüí
sti
co-ortogr
áfi
cas,optapor
representaraf
alaser
tâni
caporumagr af
iapart
icul
ar,em quetent
at razer
-nosar eal
i
dadeda
falalocal.Éosert
anejofal
ando-cant
ando.

Vê-senotexto“Parcela ” arepresentaçãoi cônicadafalasertaneza (comoqueropoet a) ,que


nospodeprestarum excelent
eser viçover nacular.Épossí
velfazerum estudofonomór
ficodos
vocábul
osapurávei
snasuper fíci
edot ext oem anál i
se,verif
icandoosmet apl
asmospraticados
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querpelafal
alocalr eal(
asertâni
ca)querpelasinvençõespoéticasdoar ti
sta.Ver i
fi
cam-se
também constr
uçõesneol ógi
casdevár i
anatureza.Umascor rent esnafalalocal,outras,
possi
velmenteinventadaspeloautorquerparasuprirl
acunaexpr essi
onalquerpararompercom o
i
nstit
uído(marcaf reqüentenasproduçõesartí
sti
cas).

Vej
amosal
gumasmost
rasdessaspar
ticul
ari
dades.

2.Consi
der
açõessobr
eosubst
ant
ivo-t
ítul
o:Parcela .

Ot ext
o-objet
odest eest udopareceu-memui t
ooportunodesdeot í
tulo:Parcela .Pois,antes
deidenti
fi
carcerto tipo de composição musical,i
ndi
carparte , porção , pedaço ,et
c.(Não
podemosnosesquecerdequecadamani festaçãodial
etalét ambém parcela daspossi bi
l
idades
deumal í
ngua. )

Obser
ve-seoquedi
zem osdi
cionár
ios:

parcela nsubst
ant
ivof
emi
nino

1 pequenapartedeal gumacoisa;f ração,f r


agmento;(..
.)5Rubri
ca:ver sificação.
Regional
i
smo:Brasil
.est r
ofedapoesi apopular,tí
picadosdesaf
ios,quepodet eroit
ooudez
versos(par
cel
a-de-oit
oepar cela-de-dez),ger.decincosí
l
abas(ditoscarretilha ){Houai
ss,
s.u.}

parcela [
Dof r.parcel
l
e< latvulg.*parti
cel
la,dim.depars,part
is,'par
te'
.]S.f
.1.Pequena
parte;f ração,fragment
o.( ...
)3.Br as.Li
ter.Pop.V.carr
eti
l
ha( 4).

carretilha . Li
ter.Pop.Bras.Déci
mader edondi
l
hasmenor esri
madasnamesma
di
sposi çãodadécimacl ássi
ca;mi udi
nha,parcel
a,parcel
a-de-dez.
(AURÉLI
O ELETRÔNI
CO
SECÚLO XXI ){Aur
éli
o,s.u.}

Um eout rodi cionár


iosapr esent am parcela com asi gni
fi
caçãopr i
meiradeparte de alguma coisa
; fração , fragmento .I nclusiveanoçãovol tadapar aalit
eratura(um br asi
l
eiri
smo)podeser
li
dacomopar tedouni versol iterárionaci
onal.Cont udo,el egialetraporsuabel ezal i
ngüí
sti
co-
poét i
co-cul turalepel aopor tunidadededi scuti
rum t í
tul
oconst i
tuí
doporum subst anti
voda

nguapor tuguesa(l éxi
coger al)que,sem ador nosespeci ai
s,denot aamal emolênciasemântica
dover nácul o.Assim ,Par celaser vecomodesi gnativodapági namusi calem questão,serve
comodocument odeumapar teespecí fi
ca( aser taneza— sic)deEl omareai ndaser vecomo
recolhodeumamost rasignifi
cat ivadar i
quezadal ínguapor t
uguesa.

3.Anál
i
sedosf
atosl
i
ngüí
sti
cosapur
ávei
snasuper
fíci
edot
ext
o“Par
cel
a”

Comosesabe,avar i
açãodal í
nguaér esponsávelporsuaevol ução,porsuat r
ansfor
mação.Os
falantes,di st ri
buí
dosnot empo,noespaçof í
sico,noespaçosoci al,nasprof i
ssõeseof í
cios,
enf i
m ,divididosem gr uposdisti
nt os,r eali
zam osi stemal i
ngüíst
icopecul i
arment e,pormei odos
dialetos[4]ouf al
ares.Desuaspar ti
cularidadesdeat ual
izaçãovãor esul
tandof ormasquese
most ram estr anhas,ext ravagantes,di f í
ceisdeent ender,par afalantesalheiosàquelesusos.È
pat enteque,ent reosf ator
esdeal teraçãof onét ica,dest acam-seai mperfeiçãodasi magens
audi ti
vaseai nsuf
iciênciaoudi f
iculdadef i
siol
ógi capar areproduzirosom ouvi do,a acomodação
da pronúncia , sob a ação das leis fonéticas , atua determinantemente na configuração do
léxico (SI
MÕES,2002) .

Levando-seem consi
deraçãoqueotext
odeEl omarseenquadr
anosusosli
ngüí
sti
cosespeciai
s(
usosnão-padrão)
,tragoaoslei
tor
esum levant
amentocr
íti
codosf
atosli
ngüí
sti
cospresent
esem
“Parcela ”.

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09/05/13 Parcela da LÍNGUA SERTANEZA DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO

Focalizar
eiaseleçãodeunidadesléxicas(camposedomí niossemânt i
cospr esti
giadosnot ext
o
),levandoem cont anãosósuaest ruturaçãomórfica,massobret udoseuval ori
cônico,pormei o
doqualopoet asugereumai magem doser tãonordesti
no.O supor t
efonêmicopancr ôni
coéuma
pistadal ei
tur
aaserut i
li
zada.E,comoúl ti
moobjet i
vo,subli
nhareiarelevânciadodomí ni
o
l
ingüísti
coedoconheci mentoencicl
opédi conaproduçãodeum t exto.

Taisfatospodem ser,em pri


ncípi
o,divididosem t rêsgrupos:a)históri
cos;b)dial
etai
sec)
cri
açãopoét i
ca.A parti
rdest acl
assi
fi
caçãot entodiscuti
rconj
untosdef or
masdalí
ngua
atual
izadasnotextodeEl omar,quepropiciam um estudobastantealargadodefat
osdahi st
óri
a
dohomem edal ínguaatinentesàdinâmical exical.

3.
1.Dosf
atoshi
stór
icos

3.
1.1.Nodomí
nioenci
clopédi
co

Comot odotext
ol i
terár
io,opoemaem est udoéest í
mul
opar aoenriqueciment
odocabedalde
i
nf or
maçõesenci cl
opédicas.Porisso,émi sterqueoest udantesej
apr ovocadoabuscara
l
iteraturacomoum doscami nhosprodut
ivosdaaqui si
çãodal í
nguaedacul t
uraael ar efer
ente.
Aindaqueaessênci ahumanasej aamesmai ndependentementeder açaounaci onali
dade,asua
produçãoculturalseconst r
óidemododi verso,ei stoserefl
etenasl í
nguasquei dentifi
cam cada
nacionali
dadeoucadagr upohumano.

Esteestudo,queseocupadavar iantesertâni
cadocument adanot extodeElomar ,vi
sanãosó
adesenvolverumaanálisepor menori
zadadasf ormasdal íngua(incl
uindoasdifer
enciações
gráf
icas)numavi sãopancrônica(com abonaçõeshi stór
icas),mast ambém apontarovalor
enci
clopédi
codost ext
osl i
terári
os.Estes,al ém demost rarem alí
nguacomoum acont eci
mento
debelezaedepr azer,t r
azem em suasf or
masasi nformaçõesdef atosefenômenosquedevem
sercomporamol duradef ormaçãodohomem i ntegral,paraqueest eadquir
ar efer
ênciasparaa
compreensãodeseupapelnasoci edade,nomundo.

Elomaréum er udi
to.Suaf ormaçãolei
torasef undounoscl ássi
cosdal i
terat
urauniversal.Por
i
ssosuapr oduçãopoét i
cat r
azum conjuntodei nfor
maçõessóci o-hi
stór
icasdealtar el
evânci
a.
Homem reli
gioso,El omarpresenti
fi
camitosjudaico-cri
stãosporintermédiodaseleçãovocabular
poreleprati
cadanael aboraçãodeseust extos.O t extoem análi
seapresenta-seeivadode
fundamentosj udaicoscri
stãos.

Em Parcela ,vê-seanar r
açãopoét i
cadodesdour odohomem doser tão,obr i
gadopelasecaa
migrarem buscadecondi çõesdevi da.Todavi a,est ehomem sof ri
dosemost raregi
doporcer t
o
determi
nismof atal
ista,entregando-seaocumpr i
ment odeprofeciasr el
igiosas.Elepar tedesua
terr
a,sabendoqueoseudest inoéamor t e.Cont udo,porsuar el
igiosidade,oseusof reréum
verdadei
rocor ban( cf
.Levít
ico,27.I nA Bíblia Sagrada .
):onor destinof lageladoconfigura-se
comoum serr esi
gnadoquevêt odaadesgr açaem quevi vecomoum sacr i

cioem ofertaaDeus
.

Aonarrarpoeti
camenteatraj
etór
iadesgraçadadohomem dosert
ão,opoet
ar et
omat er
mose
expr
essõesbíbl
icosquedãoaoseut ext
oumamol dur
ainf
ormati
vadeal
tarel
evância.

Obser
vem-seasexpr
essões:

Quadr
o1–Fat
oshi
stór
icos–Domí
nioenci
clopédi
co

expr
essãotext
ual comentário Abonações
c’afoi
cear
mada/ doAnj
oda A pal
avrafoice ( l
at .falce)
Morte denominai nst r
ument ocur so
paraceifar , segar .No
senti
dof i
gur ado,ésí mbolodo

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tempo .Segui dodaexpr essão


Anjo da Morte ,f azuma
remissãoaoApocal i
pse(Novo
testamento) ,l i
vrodas
RevelaçõesDi vinasf ei
tasa
JoãoEvangel ista( SÉGUIER,
1964:s. v.
).Al iestaria
traçadoodest i
nodoshomens
edomundo.
vai
-num-t
orna=
af omeapest eamor teeadô Al usãoaosquat rocaval eir
os
doApocal i
pse:aguer ra,a
fome,apest eeamor te.
oReidaGuer r
a/oReida expr essõesquedesi gnam o
Glora SenhorDeusTodo-poder oso
muitosmi l
ianj
oi ngrande Trechoqueal udeaocapí tulo Vioutroanj ofor te,que
preparação/ d’Osanj oseosset et r
ovões. desci adocéu,vest i
dode
umanuvem ;e,porci made
nosal t
océus/vêm vi no suacabeçaest avaoar co
sobreessaTer ra/pr ajul
gáos celeste,eoseur ostoer a
homesmaus/quiof endêroa comoosol,eosseuspés
Deus comocol unasdef ogo.( A
BÍBLIA Sagr ada.Apocal ipse,
10,1)
oçoot ocodosRubin Rubin éumaf ormaaf eresada Eviosset eanj os,que
tr
ombet êr
o/at r
aizdosvéus deQuerubim [5] que,na estavam di antedeDeus,e
hierarquiaceleste(Pseo,206- f orma-lhesdadasset e
207) ,pertenceàor dem trombet as.( A BÍBLIA Sagrada
super i
ordosanj osesent am- .Apocal ipse,8, 2)
seimedi atamenteabai xodos
seraf i
ns.

Segui
ndoat emát
icabí
blca,o Quesaecom t
i rouãodocobre
poetaal
udeentãoaoepi o ar
sódi dente.(Lus.X,28)Apud
daabertur
adosét i o. Cunha,1980,215.
mosel
Osseteanjoseassete
tr
ombetas.

A expr
essãoatraiz dos véus
evocavestido em uma nuvem
queapar ecenover sí
culo
tr
anscrit
oem di ál
ogocom o
i
tem anterior.

Éinteressant
eobservarqueocont at
ocom ar
eli
giãoesuaspráti
caséaúni caf ormade
aquisi
çãodopadr ãoformaldalí
ngua,umavezqueohomem cai pi
radif
icil
ment
et em acessoà
escola.Pori sso,asformasmaisdist
anci
adasdaf
alaregi
onalsãoaquelasquerepresentam a
fal
adaI greja,adquir
idanasmissasecultos.

3.
1.2.Nodomí
niol
exi
cal

Aolançarmãodeformasdi
aletai
s,Elomarr
egi
str
afor
masquecont
êm mar
casdahi
stór
iada
l
íngua,desuaevolução.Vejam-se:

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Quadro 2 – Fatos históricos – Domínio lexical

Fat
oli
ngüí
sti
co Exempl
ost
ext
uai
s Comentári
ose
abonações
Monot ongação
A monot ongaçãoé i
scapô(= escapou) ; Af alapopul ar
resultadodeuma i
stral
ô( = estal
ou); também f azuso
tendênci af onéti
ca cavêra( = cavei
ra);coro sistemát i
coda
históri
cade (= cour
o) ;t r
ombetêro(= monot ongaçãoem
apagament oda tr
ombet eir
o) ;ôço( = formascomo:
semi vogalnos ouço);cont as(quantas) dinhei ro( dinhêr o),
ditongos cadei ra( cadêr a),
crescent esou quei jo( quêj o),
decr escent es.Tal roupa( rôpa) ,et c.
tendênci aj áera ofendêro— as Nopor tuguês
encont radiçano terminaçõesverbais– arcai co,havi aa
l
at i
m vul gar. one,-one–unt,em forma–om que
portuguêsmoder nose corresponder ia,
conver t
eram em –ão, naf al a,à
escrito–am,quando realização/ aWN/ ;
desinênciaátona. passandopel a
monot ongaçãoe
desnasal ação
resul taem / o/ ,
grafado–o-.
gl
ora Coexi steaf orma
guil
or aem quese
dáaepênt esedo
/i/junt ocom a
monot ongaçãodo
/Ja/em / a/.
tomem ( =t ambém ) Estaevol ução
contr. de tão bem ; suger esua
f.hist. sXIII tanben, sXIV cont inui dadena
tã be, sXV tambem, sXV falacai pira( e
tãobem. {Houai ss,s. u.
} mesmonavar .
popul ar)par a
tomem,r esul tado
damonot ongação
edesnasal ação
de–ãoem –oe
dasí ncopedo–b-
,mot i
vadospel a
facili
t ação
arti
cul atór i
a.
Conservaçãode
for
madet ransi
ção
dolatim ao
português
lũa < l
una;i
n> em ; DaLũaoscl aros
intonce< entonces(do rayosruti
lauão.I,
Nosdi al
etos cast el
hano)> enton 58);DaLũa,
nacionai
sse (arc.) trazem,ramosde
entremeiam Palmeir
a,( II,
peculi
ari
dadesdo 93);Cincovezes
portuguêsantigo aLũase
quehoj e,mui to escondêra( I
II,
esporadicamente 59);Oscor nos
aparecem nouso ajuntouda
l
usitano( ebúrnealũa( IX,

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SILVEI
RA ,1983: 48) — Os
287,§568). Lusí adas(CUNHA
,1980:124)
mai s( = mas)— Hoj eseescr eve
conj unçãoadver sati
va, mas,por ém os
dol at .magi s; brasi l
eirosai ndaa
pronunci amos,na

nguacor rente,
mai s. (Sousada
Silveira(id . ib.),
1983:107, [21] ).
mili — mai suma
recuper açãodef orma
ant iga[ 6]:éor i
ginado
pormille > mili > mil
homes— Document a-se Vê-senagr afia
sobr eaf ormahomem : homes uma
l
at .hòmo,ìnis 'homem , r et omadada
i
ndi víduo,serhumano' , formade
apar tirdoac. transi çãodat ada
homìne(m);ver de1265,cont udo
homin(i)-;f . hi
st.1152 sem o
omem,1211homem , alongament oda
1258e1262pl .omees, vogal–e-
1265pl .homees,sXI V repr esent ada
homees/ homees/ omeem. ent ãopor–ee-.
{Houai ss,s.u.}.

Forãoporest es
homẽsque
passauão,( I,78) ;
Quedosepul chr o
oshomẽs
desenter r
a,( III,
118);emai sdez
ocorrênciasem
OsLusí adasda
for
mahomẽs.(
Cunha,1980:
104)
fregela –denot a Afor maflagelar
tendênci aevol ut i
vada tem seur egist r
o

ngua:ogr upo nalínguadat ado
consonant alfl- lat.evolui de1580,naLí r
ica
parach-oupar afr; .{Houai ss,s. u.}
aindaqueaf ormapadr ão
atualsej aflagela ,é
possívelencont rarno
dial
et ocaipiramui tos
vestígiosdoest ado
arcaicodopor t uguês.
múlti
plagrafi
a
Imprecisãode Vomo/ vamo; que / qui; Em faix,tem-se
grafi
adecor r
ente faix / voiz / atraiz; ai
ndauma
davar i
ação abaldonano – baldonei; mar caçãode
l
ingüíst
ica,jáque em / in; pronúncia
quem escrevia palatali
zadado
ti
nhaai nt
enção tr
avador/ S/
;
de registr
araf al
a enquant oem

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. voiz/ atraiz,tem-
seamar caçãode
pronúnci a
sibi
lant esonor a
/S/,t alvezpor
requint e
estil
ístico,em
decor rênciada
proximidadecom
formasdal í
ngua
maisf reqüent es
not ext oformal
reli
gioso.
epênt ese
Met aplasmode faix / voiz / atraiz Al ar gamosem
aument oque di tongo,pormei o
consistena daadj unçãode–
evoluçãodeum I,asvogai s
fonemanoi nter
ior t ôni casf inai s
dovocábul o. segui dasde–zou
–s:capaz
( capai s) ,pés
( péi s)( …) ,bem
comoa
t ermi nação–ãs
( ãis) ,al emãs
( alemãi s),et c.
( SousadaSi lveir
a
:1983,281
§551) .
i
stral
ô< est
alou Assi m comoem
estrela ( < st ella,
lat .)quet er i
a
si domot i
vadapor
anal ogi acom a
f ormaastro [7],
t er-se-i aem
istralô uma
anal ogi acom
quebrou.Em
ambososcasos,
ar esul t ant eéo
sur giment ode
gr upo
consonant alcuj o
segundoel ement o
éavi br ant e
r epr esent adapor
–r -.At ual ment e
t em-sej ust if
icado
oapar eci ment o
do–r -em f ormas
comoest acomo
um f enômeno
f onét icocomum ,
depoi sde–st -:
listra (< lista ),
mastro (< mastro
), registro (<
registo), et c.

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Anapt ixeou
suarabáct i
Epênt eseespecial irir
mão( <i r
mão)— NoBr asi l
,ouve-se
queconsi steno redobr odasí l
abai nici
al nodi aletocai pi
ra
desfazi mentode [8],pr ovavelment epor Silivério, Silivana,
umadi fi
culdadede mot ivaçãoar ti
culatóri
a pr onúnci a
pronúnci a derivadadat endênci aa ocor r
ent et ambém
decor rentede apoiaraconsoant enuma nal i
nguagem
grupoconsonant al basevocál i
ca, popul ar,i ncl usi
ve
out ravament o desf azendoot r
avament o em Por tugal .(cf
.
si
lábico. i
nicialmente:i r> iri
(r ). Cout i
nho:1974,
147,§224)

Diz-sequeo
falantedot upi
também
acr escentava
umavogalpar a
desf azergr upo
consonant al.
comoem curuçá
(neol .tupicur u'
sa
< por t.cruz)
{Houai ss,s. u.}
Síncope
Supressãode pro(= par
ao)
;pr
a(=
fonemanoi nt
eri
or para)
dovocábulo;
Áferese:

Supr essãode Rubin> quer


ubi
m ;t
e>
fonemanoi níci
o até
dovocábul o;
met af onia
Infl
uênci ada vomo
vogalt ônicasobr e
adasí l
aba
anter ior
eli
são
condi cionada
Desapar eci ment o < em um )→ el
num ( i
são
devogalf inal ou
quandoo
vocábul osegui nte
começaporvogal
.
Vocal izaçãodas
palat ais
Mut açãof onét i
ca chucaiá→ (< chocalhar) A formadeque
queconsi stena pal
atizaçãovocáli
ca derivaria
aproxi mação comor ecuperaçãode chocalhar é
arti
cul atór iaent re for
maant i
ga chocal ho[ 9](
um f onema choca+ -
consonant aleum alho[10] ).Porsua
vocál ico.Vi ade vez,ogr upol h-
regra,dá-seno teri
asi do
cont at ocom a resultadoda
vogalpal at al/ i
/. evoluçãodo
grupol y-(
SILVEI RA ,op.

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cit)/lJ
/,conf orme
fi
lyu> f il
ho,
palea> *pal i
a>
palha.Por tanto,
af ormachucaiá,
denot aa
recuper açãodo
/J/daf or ma
l
at i
na/ lJ/.
falso
apor tuguesament
o
Recusade t ​
oco[
]> t
oque A semel hançado
padr ões temaem -ecom
apar entemente gali
cismos,como
alheiosaodo nuance , vedete ,
por t
uguês. etc.)mot i
vaa
recusade
vocábul oscom
estet emae
promovea
adapt açãoao
padrãoger al(
temasem –ae–
o)daf alapopular
.
Apócope
Supressãode i
stei( = esteios)— Nest ecasoo
fonemanof i
naldo document aapr evalênci
a apagament oé
vocábulo domodel opar oxí
tono( acent uadopela
grave)dal í
ngua sistemát i
ca
portuguesaeo recusada
conseqüent eapagament o mar cação
dasílabaát onafi
nal. redundant edo
pluralem
sintagmas
nomi nai
scomoos
i
st ei(< osestei
os
).

Quadr
o3–Fat
osdi
alet
ais

Fat oli
ngüístico Exempl ost extuais Coment ári
oeabonações
Exclusãodamar cação
redundant e[ 11]do
plural:
O usopopul areo dosano;doscami n( = 1.A mar caçãodaf l
exãonossi ntagmas
caipir
at endem a doscami nhos) ;as segundoanor mapadr ãosef azredundant
e
reduziramar caçãodo pat r
a( = aspát r
ias) ; .Segundoar egrageral,em um SN,
plural.Par at ai
s cont asl ũa( = quant as det ermi nante(s)edet er
minadodevem estar
falantes,bast amarcar luas) ;doscor o( = dos nomesmogêner oenúmer o.
umaf orma,ger al
mente cour os) ;osout ro;os
odet erminant e. istei(osest eios) ;c’as
voiz( = com asvozes) ;
dost r
uvão;mui tosmi l
i 2.Háum usoespecí f
icopar afor
masdo
(= mui tosmi l);nosal to plur
aldesubst anti
voscomotrevas , céus ,
céus ares , cujasigni
fi
caçãonãoéadenúmer o
(osnomesdesignam coisasincontávei
s),
masdeampl i
tude.(cf .Câmar a(CÂMARA
JR.
,1973:82.)
EXCEÇÕES :dosvéus/ Nestessi
ntagmasopl uralsereali
zano
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nosal
tocéus/homes modelopadrão;éí conedar et
omadada
maus/ fal
aformal,imi
tandoot ext
obí bl
i
co,ouvi
do
nosofí
ciosl
itúr
gicos.
Reduçãodo–ndo[ 12]
doger úndi o
Síncopedo/ d/por pri
ssigui
no;ri
ti
rano; Reduçãodamarcamorfêmi
cadogerúndi
o–
forçadanasalque abaldonano;vino ndparan-(escr
evenoporescr
evendo);(
evoluidacondi çãode MATOS ESILVA,1997:57)
travadorpar aade
i
nicialdesi laba
compl exaaber ta,
recuper andoopadr ão
geral:cV (consoant e
+ vogal) .
Opçãopel avar iante–
i
m
Coexi stem cami
n Nosusoscai
pir
aeregi
onalnor
dest
ino
historicament eno preval
eceafor
ma–im.
portuguêsasf or mas–
i
nhoe–i m or iundasda
formal atina–inu.
Perdadot ravador
consonant alvi br ante
velar/ R/
A at uaçãodalei do dá-i sperá–passá– Osusospopul arecaipi
rat
endem aenfati
zar
menor esforço ( cf. chucaiá–j ga→
ul atonici
dadedavogal,apagandoot ravador
COUTI NHO,1974: for
masver bais vi
brantealveolar/
r/.
173, §191)pr omovea dô( = dor);l
ugá(=
quedadef onema ugar)→ subst
l ant
ivos
compl icadorda
pronúnci a.
Regist rogr áf i
coda
neut ralizaçãodas
vogai smédi aeal t
a
O usonãopadr ão 1.pru-cum –chucai
á
apresent aat endênci a -truvão
àanul açãodaoposi ção
fonológi caent re/ E/e
/i/bem comoent r
e/ ​
/e
/u/,em posi ção 2.qui-i sper
á-r it
irano
pretôni ca,r eal izando- –riti
rante-r i
ti
rano–
seum ar quifonema/ I
/ pri
ssi
guino
ou/ u/ ,conf or meo
caso.
Lexical i
zação

Processodepr odução vai-num-torna A expressãovai-num-torna,present


eno
i
nvoluntáriodecr i
ação refr
ãodot extoem estudo,demonst rauma
deuni dadesnovaspela l
exicali
zaçãocompl exaondef ormasver bai
s
coalescênciade secombi nam com oadvér bi
onão — gr afado
palavrashabit
ualmente num — eger am umaf or
masubst anti
va
reunidasnodiscurso, correspondenteànoçãodemorte , fim .
conforme(ASSUNÇÃO
JR.,1986:129) .

Talprocessopr essupõe
necessariamenteuma
construçãosintáti
ca
quelheser vedebase.
A document açãodo
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fenômenosedádi ante
dacoexist
ênciano
mesmoest ágioda
l
ínguadaf ormanova
com osintagmaquelhe
deraori
gem .

Quadr
o4–Cr
iaçãopoét
ica

Neol
ogi
smopr
osódi
co:
Al
teraçãodaposiçãodoacentotôni
co, i
spi
ri
to Escri
tasem acentográfi
copar
a
cr
iandoumaf or
mapar al
elapar
aovocábul
o i
ndicarmudançadepr osódi
apor
em benef
íci
odar i
ma. (
= espí
ri
to) necessi
daderít
mica.

3.
3.A pr
opósi
todai
coni
cidadedasf
ormas

Observadosolevantamentoeocoment ári
odasf or
masli
ngüí st
icasdot exto,t or
na-sepossí
vel
perceberqueoest udodostext
osnãoser esumeaumacl assif
icaçãogr amaticaldost er
mosde
cadaenunciado.Aot extosubj
azem cont
eúdossociocul
turaisvastíssi
mosquedevem ser
consider
adosduranteelei
tura,poi
sdelesdependeaconst r
uçãodosent i
dot extual.

Porisso,venhoper seguindoum raciocíni


omai sampl oqueogr amati
cal,osemi óti
co,focali
zando
ossignosquesecombi nam nasuperf í
ciedost extoscomoprodut odeescol haspessoais
ori
entadaspordadosepi st
emológi
cosdeal tarelevânci
a.Istoporqueapr oduçãosígnica—
antesdat extual— ér esul
tadodeoper açõesment aiscompl
exasquesef azem representarnos
textosem nívei
sdiversos.Sãoí cones,í ndicesesí mbol
osquesemani fest am nasseleções
l
exicais,porexemplo.

Em set rat andodet ext oquet r


azàcenaar epresentaçãopar ti
culardeumapai sagem conhecida
porest ereót i
pos,cumpr equeoaut orelejaf ormasbast antesignifi
cat i
vasdost raçosquedesej a
ressaltar,casocont rári
o,ai magem est ereot i
padaabaf aráoquadr opr etendido,ea
i
nt erpretaçãodot extoser áempobr ecida.Par aqueseconst r
uaum t ext o“com cor esf or
t esӎ
precisopr oduziri conicidadenomapeament odossi gnosnasuper fíciet extual.Istodecor reráda
seleçãoecombi naçãoest ratégicasdeuni dadesl éxicasquef uncionar ão,em pr i
ncípio,em t rês
níveis:a)i cônico–pr oduzindoi magensnopl anodacapt ação;b)i ndici
al— ger andopi st
as
i
ndut ivasnopl anodar efl
exão;c)si mbólico— pr oduzi
ndogener alizaçõesmet afóri
casou
met onímicas,nopl anodasi stematização.

Napresenteanáli
se,apontareiapenasmarcasl
exi
cai
sicônicas,poi
sestaexpl
naçãojáse
most
raext ensaem r
elaçãoàsuanat ureza:umacomunicaçãoacadêmicade15mi nut
os.Ent
ão
,asunidadeslexi
cai
sconsideradasí
conessão:

a) dar eli
giosidade:Deus / Anjo da Morte / vai-num-torna / fregela / fome / peste /
morte / dô / céu istralô / voiz dos truvão / Rei da Guerra / Rei da Glora / mili anjo / alto
céus / Terra / Rubin trombetêro / véus

b) daser tanidade:sorte / corte dos camin / ritirano / sertão / chuva / lũa / ispirito
errante / cavêra ritirante / coro / fome / peste / morte / dô / irirmão

Obser
ve-sequefome / peste / morte / dô sãoconjuntoint
erseçãoentreosdoi
seixos
temáti
cos,promovendoassim acoesãot extualegaranti
ndoaor ient
açãodolei
toratéa
mensagem bási
cadot ext
o:or et
irant
eeasmazel asdoseupenarnadi r
eçãodavidaeter
na.

A escolhadost extosdeElomarpel aabundânciadef at osli


ngüísti
cosdepreensívei
snasuperfí
cie
textual(par aalém dasquestõesgráfi
cas) ,material
i
zaf at
osf ôni
cos,mórficos,si
ntát
icos,
semânt i
coseest i
l
ísti
cosepropiciaum passeioprodutivopel overnácul
o.Fat osquefi
cam
restr
itosacoment ári
osdenat ur
ezadiacrônicavêm àt onanum t extocontemporâneo,
demonst randoqueamut abi
li
dadeéum f atoconst antenasl í
nguasvivas.

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09/05/13 Parcela da LÍNGUA SERTANEZA DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO

Vej
a-seoexcer
to:

Nãohá,afir
maRuiBar bosa,l
ínguadefi
nit
ivaeinal
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o,1904.
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BI
BLI
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[1] Quanto ao ter


mo sertaneza,r
ecomendo a lei
tura de out
ro est
udo — Elomar e a língua sertaneza — apr
esent
ado
no V SENELP — Seminári
o Nac i
onalde Lí
ngua Portuguesa — URI-Cam pusde Er echi m/ RS,ago/ 02.
[2] Gr
avado no Auditór
io do Cent
ro de Convençõesda Bahi
a em dez/ 1980– AFCD 700412 – Par
tici
pação da
Orquestr
a Si
nfônica da Bahi
a e Regência de Li
ndeber
gue Cardoso.Edi
ção :Fundação Cult
uraldo Estado da Bahi
a.
[3] subst
ant
ivo f
emi
nino – 1. Rubr
ica :or
togr
afi
a .-conj
unt
o de r
egr
asest
abel
eci
daspel
a gr
am át
ica nor
mat
iva

www.filologia.org.br/vicnlf/anais/parcela.html 15/16
09/05/13 Parcela da LÍNGUA SERTANEZA DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO
que ensina a grafi
ac orr
eta daspal avras,o uso de si naisgráfi
cosque dest acam vogaistônicas,aber tasou
fechadas,pr ocessosfonológicoscom o a crase ,ossi naisde pont uação escl
arecedoresde f
unçõessi ntáti
casda

ngua e mot ivadosport aisfunçõeset c.{Houai ss,s.u.}
[4]dialeto .Rubr i
ca:fil
ologia,li
ngüística.Diacroni
sm o:obsol eto.lí
ngua que,em bor atenha li
teratura escri
ta,não
él í
ngua ofic
ialde nenhum paí s(p.ex.,o catalão,o basc o,o galego et
c.)5.Rubr i
ca:fi
lol
ogia,lingüísti
ca.
Diacroni
smo:obsol eto.{Houai ss,s.u.
}

variedade r
egi onalde um a l
íngua cuj
asdi
fer
ençasem rel
ação à l
íngua padrão são t
ão acent
uadasque di
ficul
tam a
int
er c
omuni cação dosseusf alant
escom osde outr
asregiões(p.ex.,si
c i
li
ano,c al
abrês)

[5] querubim -lat


.cherùbim ou cherùbin 'espí
rit
oc elest e de pri
m eira hier
arqui
a',pl .de chèrub,do heb. kerúbim,pl
.
de kerúb;f
.hist
.sXIIIcherubin,sXIV cherobim,sXI V cherubijs,sXIV cherubym,sXIV cherubyys. {Houai
ss,s.u.}
[6] Sousa da Si
lvei
ra ,op. cit.
,p.116.O –l
l-r
epr
esent
am o –l
-pal
ati
zado,c
om o em villa, stilla.
[7] Assi
m o –r
-de est
rel
a pr
ovém da anal
ogi
a com ast
ro .cf
.Cout
inho,op.ci
t.p.154,§248.
[8] (.
..)o redobro da síl
aba inici
alou da sí laba tônica é f
ont e em por t
uguêsde expr essividade afetiva :1)na
antroponímia ()..
.)form açõesessasque se podem r eferi
ra pessoast anto do sexo m asc uli
no quant o do f
emi nino
;a doc um entação l
iterár
iaér ica ,inici
ada no sXVIe em i ntensi f
icação desde então ,apar entem ente m ai
sf ecunda
no Brasilque em Por tugal2)par alel am ente ,o vocabul ár
io comum acusa,em m enori nt
ensi dade ,o m esmo t i
po
de form ação ,j
á paraal i
nguagem i nfantil
izanteei nf anti
l,j á para eufem i
sm osligadosao c orpo e suassec reções
ou excreções,j á para afi
nstabuí sticosem ger al-cacá,cocô ,quiqui,pipi ,popô,pupu,babá ,bebê ,bebé,bubu ,
bumbum ,dadá,mãmã,memé,pumpum,fiofó,gugu,lamelame,naná,papá,papaio,dandá,titi,titio ,titia ,venvém -
quando ocor r
em f orm asm uit
o pr óxim as,porvezes,de onom at opéiasou m erosest í
mul osar t
icul
atórios.
(HOUAI SS,s. V.
)
[9] -alho. termi naç ão -de diversasf orm. ,não r ar
o do l at
.-aculu- ou -aliu-,ocor r
ec om car át ersuf ixal :1)em
vocábul osde et i
m.ai nda obscura ou não óbvi a par a o usuário sem senhor io m etali
ngüí sti
co:almalho,assoalho /
soalho ,bisalho,bugalho ,camalho,caralho,carvalho ,cigalho,frangalho ,gastalho,mexoalho,negalho,orvalho ,pacalho,
paspalho ,pirralho ,sangalho,sarrabalho,tarangalho,tragalho,trangalho,trogalho,zangaralho;2)em que o car áter
sufixalé evi dent e ,em f unção da evidênci atb.do r ad.de base ,quando c onot aj á diminutivos,j á aument ati
vos
(p.ex. ,ramalho ),j á outr
a coisa ,isto é,conexão com o der i
vant e de tipo compar ati
vo masc om indi cação de outr
o
referenc i
al:bandalho ,barbalho,borralho (soborralho),cabeçalho ,cascalho (c ruzam ent o ),chocalho ,cibalho,ciscalho,
escovalho,escumalho,esfregalho/esfregão (t roca de suf i
xos),espantalho ,mangalho,migalho (migalha ) ,mimalho,
miuçalho (miuçalha ),parvoalho,pendericalho/penderucalho/penduricalho / pendurucalho,podricalho,politicalho,ramalho ,
rebotalho ,remoalho,rengalho,rimalho,vergalho ,viscondalho;3)com o suf .euf êm i
co par a evitarpal .t abu :dialho.
(HOUAI SS,s. v.)
[10] Par
aJ osé Oiti
cica ,o suf ixo – alho é uma var
iant
e m ascul
ina de – al
ha ,que i ndi ca,coleç ão ,quant
idade ,
grandeza (muralha , limalha , batalha )e tem ,àsvezes,sentido pejor
ativo :gentalha , parentalha.cf.Cout
inho,op.
ci
t.p.167- 8,§290.
[11] Épossívelenc ontr
ar-se não só nascom posi çõesde Elom ar,como na de outrossert
anejose na f al
a geral
popularalgum a oscil
ação entre a marcação /não-m arcação r
edundant e do pl
ural.Um m oti
vo jáf oidado :a
imit
ação da fal
ar eli
giosa ,ao repetirexpressõest ípi
casdo t ext
o bíbl
ico,porexem plo .Outro m oti
vo pode sero
desejoinconsci
ent e de adqui
riro m odelo de prestí
gio ,r
epresent ado na f
ala dosprof
essores,past or
es,padr es,
pessoasde m aiorpoderaqui sit
ivo,etc.

[12] Estatendência não se r eduzao ger úndi o ,ocorr


et ambém em out rascl asses.Vem osem out r
asletr
asdo
m esm o poet
a :Foi cuano ia atravessano a rua (In “Chula no t
err
eir
o” );isso se deu cuano moço (I
n “Cant
iga do
Estr
adar” );Cuano a amada e esperada trovoada chega (In “Cam po Branco ”),etc.

www.filologia.org.br/vicnlf/anais/parcela.html 16/16

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