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ASMA BRÔNQUICA

Marcus Vinicius Galdino da Rocha


DEFINIÇÃO
É a inflamação dos brônquios, que sofrem edema e
estreitamento, ou seja, a passagem do ar fica mais
difícil porque o tamanho interno dos brônquios fica
diminuído.
Ocorre este estreitamento por:
• Edema da mucosa dos brônquios provocado pela
inflamação;
• Constrição da musculatura lisa que estão ao
redor dos brônquios;
• hipersecreção das células brônquicas, também
provocadas pela inflamação.
ETIOLOGIA
 As pessoas asmáticas reagem demais e
facilmente ao contato com qualquer estímulo.
 Dentre estes, os mais comuns são: alterações
climáticas, o contato com a poeira doméstica,
mofo, pólen, cheiros fortes, pêlos de animais,
gripes ou resfriados, fumaça, ingestão de
alguns alimentos ou medicamentos.
INCIDÊNCIA
 A incidência da asma difere de país para país devido
às variações geográficas e demográficas. Geralmente
é mais freqüente na criança que no adulto. O início da
doença se dá, na maioria dos casos, antes dos cinco
anos de idade, sendo que um terço dos casos antes
dos dois anos de idade.
 Com relação ao sexo, a incidência maior é entre os
meninos, sendo os mais afetados na relação 2:1 a 3:2.
Os meninos além de apresentarem uma maior
freqüência, são os que apresentam maior gravidade da
doença. Na adolescência, as meninas são mais
acometidas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Caracteristicamente, nesta doença os sintomas
aparecem de forma cíclica, com períodos de piora.
Dentre os sinais e sintomas principais, estão: dispnéia
expiratória, aperto no tórax, dor torácica difusa,
chieira e tosse, que pode ou não estar acompanhada
de alguma expectoração. Na maioria das vezes, não
tem expectoração ou, se tem, é tipo "clara de ovo".
 Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do
dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que
surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.
 No exame físico durante a crise asmática, evidenciam-se:
 Inspeção estática: tórax do tipo inspiratório (hiperdistendido).
 Inspeção dinâmica: dispnéia com expiração prolongada,
acompanhada de ortopnéia, tiragem. Amplitude respiratória
diminuída.
 Palpação: Amplitude respiratória diminuída. Frêmito torácico-
vocal normal ou diminuído; presença de frêmito brônquico.
 Percussão: hipersonoridade.
 Auscultação: Murmúrio vesicular com inspiração diminuída
de intensidade, expiração prolongada; presença de roncos,
sibilos; no final da crise, estertores subcrepitantes.
EXAMES COMPLEMENTARES
 O diagnóstico da asma pode ser confirmado quando
as provas repetidas de espirometria, realizadas ao
longo de várias horas ou dias, revelam que o
estreitamento das vias aéreas diminuiu e, portanto, é
reversível. Se as vias aéreas não estiveram estreitadas
durante a primeira prova, o médico pode confirmar o
diagnóstico através da realização de uma segunda
prova, na qual o paciente inala broncoconstritores em
aerossol, em doses suficientemente baixas que não
afetam um indivíduo normal. Se ocorrer estreitamento
das vias aéreas do paciente após a inalação, o
diagnóstico da asma é confirmado.
EXAMES COMPLEMENTARES
 Testes alérgicos cutâneos auxiliam a identificar
alérgenos que podem desencadear sintomas da asma.
Entretanto, uma resposta alérgica a um teste cutâneo
não significa necessariamente que o alérgeno que está
sendo testado seja o causador da asma. Por essa
razão, o paciente deve observar se as crises ocorrem
após a exposição a esse alérgeno. Se o médico
suspeitar de um determinado alérgeno, ele poderá
solicitar a dosagem dos anticorpos produzidos em
resposta ao alérgeno para determinar o grau de
sensibilidade.
TRATAMENTO
 O tratamento consiste basicamente de duas
coisas: medicamentos e higiene ambiental, que
é o afastamento da pessoa de fatores que
provocam a crise de asma, citados acima.
 Duas classes de medicamentos têm sido
utilizadas para tratar a asma:
 Broncodilatadores
 Antiinflamatórios
Broncodilatadores
 Todo asmático deverá utilizar um broncodilatador. É um
medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os
brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de
ar, chiado no peito ou crise de tosse. Existem
broncodilatadores chamados beta2-agonistas - uns apresentam
efeito curto e outros efeito prolongado (que dura até 12h). Os
de efeito curto costumam ser utilizados conforme a
necessidade. Se a pessoa está bem, sem sintomas, não
precisará utilizá-los. Já aqueles de efeito prolongado
costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas, e são
indicados para casos específicos de asma. Além dos beta2-
agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e
anticolinérgicos, podem ser usados.
Antiinflamatórios
 Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor
conduta para combater a inflamação, sendo utilizados
em quase todos os asmáticos. Só não são usados pelos
pacientes com asma leve intermitente (que têm
sintomas esporádicos). Tais medicamentos são
utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações
da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o
tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os
antiinflamatórios devem ser utilizados de maneira
contínua (todos os dias), já que combatem a
inflamação crônica da mucosa brônquica, que é o
substrato para os acontecimentos subseqüentes.
Antiinflamatórios
 Existem outras possibilidades de tratamento,
como o cromoglicato de sódio (bastante
utilizado em crianças pequenas), o nedocromil,
o cetotifeno e os anti-leucotrienos. Este último
é relativamente novo e pode ser usado em
casos específicos de asma ou associado aos
corticóides.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 GOLDMAN, Lee; BENNETT, Claude J. (Ed.). Cecil:


tratado de medicina interna. 21. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001. 1. 1266 p.
 KELLEY, Wuilliam N. Tratado de medicina
interna. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999. 1605 p.
 PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 1428 p.

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