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Tópicos de Reflexão:

• 1- Que documentos orientadores temos


para o ensino das línguas?
• 2- Como estão organizados os
programas?
• 3- Qual a diferença entre competências e
objectivos?
• Como trabalhar/ avaliar competências?
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
GUALDIM PAIS
Departamento de Línguas

Reflexão sobre
COMPETÊNCIAS

Bibliografia:
Philipe Perrenoud, Construindo competências, in Nova Escola (Brasil),
Setembro de 2000,pp.19-31
Philipe Perrenoud Construir competências é virar as costas aos saberes?,
in Pátio, Revista Pedagógica (Porto Alegre, Brasil) nº 11, Novembro de 1999, pp.
15 – 19.
Tópicos de Reflexão
• 1- PRESSUPOSTOS

• 2- O QUE É UMA COMPETÊNCIA?

• 3- COMO SURGE A IDEIA DE COMPETÊNCIA?

• 4- QUE COMPETÊNCIAS DEVEM TER OS ALUNOS AO


TERMINAR O ENSINO BÁSICO?

• 5- CONSTRUIR COMPETÊNCIAS É VIRAR COSTAS AOS


SABERES?

• 6- QUAIS AS COMPETÊNCIAS A PRIVILEGIAR?


1. Pressupostos
• Objectivo da escola:
– Preparar todos os alunos para a vida em sociedade e não
meramente transmitir conteúdos
• Competências Gerais e Essenciais do Ensino Básico

Nova cultura do currículo


Práticas mais autónomas e flexíveis de
gestão curricular

• Tarefa complexa
• Grandes alterações nos processos tradicionais de
ensino aprendizagem
• Competência Saber em Acção

• Vantagens
• Constrangimentos
• Condições de sucesso
2. O que é uma competência?
• Facilidade de mobilizar um conjunto • Fazer um texto para um jornal:
de recursos cognitivos (saberes,
capacidades, informações, etc.) para
solucionar com pertinência e eficácia
diferentes situações.
– Ex:
• Dar /pedir informações sobre um – Mobiliza capacidades:
local: - observação do real
- organização de ideias /
Mobiliza capacidades: síntese
- ler um mapa - comunicação
- localizar-se
- comunicar – Implica saberes:
Implica saberes: - características do texto jornalístico
- integrados com outras seleccionado
disciplinas (ver mapas, organização - sintaxe, semântica…
espacial…) - apresentação gráfica
- interacção verbal e não - (…)
verbal (conhecimentos linguísticos da
língua de comunicação)
3. Como surge a ideia de
competência?
• A UNESCO fez algumas experiências e recomendações
tendo em vista mudanças na gestão curricular e nas
práticas.

UNESCO verificou que as crianças que só vão alguns anos à


escola saem sem saber utilizar os conhecimentos.

Escola Básica não pode ser só uma preparação para os


estudos, tem de ser uma preparação para a vida.
• Na escolaridade básica aprende-se a:
– ler
– escrever
– contar

• E também a:
– raciocinar
– resumir
– observar
– comparar
– desenhar

• Assimilam-se conhecimentos disciplinares:


– Matemática
– História
– Geografia
– Ciências
A transferência e a mobilização
dos conhecimentos não cai do céu.

É preciso trabalhá-los / treiná-los.

COMO?
QUANDO?

tempo
sequências didácticas
situações de aprendizagem apropriadas
Na escola não se trabalha suficientemente a
transferência e a mobilização:

Treino Insuficiente

– alunos acumulam saberes, passam nos exames


– alunos não conseguem mobilizar os saberes em
situações reais, no trabalho, na vida em sociedade

O ensino por competências EVITA:


– Ensinar por ensinar
– Marginalizar as referências às situações de vida
4 - Que competências devem ter os alunos no
final do Ensino Básico?

– Não basta reformular um objectivo /


conteúdo, colocando um verbo de acção à
frente do saber:

Ex:
• Ensinar a flexão verbal
• Servir-se da flexão verbal para construir
frases
(fotocópias gerais EB)
5- Construir competências é virar as
costas aos saberes?
• De que servem os conhecimentos acumulados, se
não forem utilizados para resolver problemas?
• A escola é o lugar onde os alunos acumulam
conhecimentos?
• Nem todos os alunos necessitarão deles mais tarde e
nem todos os conhecimentos serão utilizados.

A acumulação de saberes descontextualizados


só poderá servir para quem os aprofunda
durante anos de estudo, mas não há competências
sem conhecimento
Trabalhar por competências:

- Implica a diminuição dos conteúdos programáticos?

- Pressupõe mais tempo para exercer a transferência


e mobilização de saberes?

- Desenvolve a autonomia e a responsabilidade?

I
6 – Quais a competências a
privilegiar?
Segundo Philipe Perrenoud, existem várias categorias de
competências facilitadoras da autonomia:

- saber identificar, avaliar e valorizar possibilidades, direitos, limites,


necessidades;

- saber criar, desenvolver e avaliar projectos, individualmente ou em


grupo;

- saber analisar situações, relacioná-las;

- saber cooperar, agir em sinergia, participar numa actividade colectiva


de forma democrática;

- saber gerir e superar conflitos;

- saber conviver, cumprindo regras;

- saber respeitar as diferenças.


Não há contradição entre saberes escolares e as competências mais simples

As competências exigidas na vida quotidiana são fundamentais – de que


adianta andar 10 ou 15 anos na escola se temos dificuldades no
preenchimento de um impresso?

• Estas competências podem ter relação com os programas escolares e com


os saberes disciplinares:
– Matemática
– Geografia
– Biologia
– Física
– Economia
– Línguas

• Determinadas competências desenvolvidas fora da escola apelam para


saberes escolares:
VIAJAR – Mapa
FAZER COMPRAS - Moeda
PEDIR EMPRÉSTIMOS - Juros
COMPREENDER O MUNDO – Jornal / Media
ORIENTAR-SE NO ESPAÇO - Roteiro
Mas há mais competências …

Existem situações para as quais é preciso agir e


resolver problemas:

• Escolher a melhor tradução de um texto;


• Identificar e resolver problemas com o auxílio de
ferramentas diversas;
• Cultivar uma bactéria;
• Identificar as premissas de uma revolução;
• Calcular a data do próximo eclipse solar;
• UMA COMPETÊNCIA MOBILIZA SABERES

• Uma competência permite desenvolver uma série de tarefas e


situações apelando para:
– noções
– conhecimentos
– informações
– procedimentos
– métodos
– técnicas
– outras competências mais especializadas

Possuir conhecimentos não significa ser


competente
- Podemos ter conhecimentos de sintaxe e não sabemos escrever uma
carta.
- Pode-se conhecer o direito comercial e redigir mal um contrato.
O que se verifica hoje?

A maioria dos conhecimentos acumulados na escola


permanece inútil na vida em sociedade, pois os
alunos não aprenderam a usá-los em situações
concretas;

• A escola fornece recursos (saberes e


competências básicas);

• A vida ou habilitações profissionais


desenvolvem competências gerais.
Que mudanças nas nossas
práticas?

• Contextualização das aprendizagens


• Prática de uma pedagogia diferenciada
• Avaliação formativa orientada para as competências

• Trabalho cooperativo entre professores


O que é que o professor pode fazer?

– tem de trabalhar por problemas a partir de projectos


– propor tarefas e desafios que levem os alunos a
mobilizar conhecimentos
– desenvolver uma pedagogia activa, cooperativa e
aberta para o meio
– organizar situações didácticas que tenham sentido
para os alunos envolvendo-os e gerando
aprendizagens fundamentais

– saber observar os alunos no trabalho


– saber avaliar as competências em construção

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