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Igualdade de Género
O povo de Creta era festivo e levava uma vida alegre. Quase não havia
distinção entre as classes sociais. Tanto os homens quanto as mulheres
dedicavam muito do seu tempo aos jogos, exercício físicos ao ar livre,
pugilismo, luta de gladiadores, corridas, torneios, desfiles e touradas.
…na Grécia Antiga
Nos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo
Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou
depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino
“legalizou” o Cristianismo pelo Édito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325
d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, numa tentativa de unificar o
Cristianismo.
A instituição da Igreja Católica
O Concílio de Latrão (também chamado Latrão IV) foi convocado pelo então
Papa Inocêncio III, em 1215. Neste concílio é recomendado aos padres, entre
outras medidas, uma atenção especial às heresias, estimulando o
interrogatório em casos de suspeitas e, caso ficasse comprovado o desvio, a
punição.
A caça às “Bruxas”
Nos sermões de padres por toda a Europa, proliferava a concepção de que a bruxaria
estava ligada à cobiça carnal insaciável do "sexo frágil", que não conhece limites para
satisfazer seus prazeres.
Com o seu "furor uterino", para o homem, a mulher era uma armadilha fatal, que podia
levá-lo à destruição, impedindo-o de seguir a sua vida tranquilamente e de estar em
paz com sua espiritualidade.
Na Idade Média, a maioria das ideias e de conceitos eram elaborados pelos
Escolásticos.
Todos os dados sobre as mulheres deste período saíram das mãos de homens da Igreja,
pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clérigos
consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por exemplo, como:
•Geravam vida;
•Curavam doenças utilizando ervas.
As “bruxas” do Cristianismo
Tendo em conta o contexto histórico da Idade Média:
• As bruxas eram as parteiras, as enfermeiras e as assistentes. Conheciam e
entendiam sobre o emprego de plantas medicinais para curar
enfermidades e epidemias nas comunidades em que viviam e,
consequentemente, eram portadoras de um elevado poder social.
• Estas mulheres eram, muitas vezes, a única possibilidade de atendimento
médico para mulheres e pessoas pobres.
• idosas;
• mentalmente perturbadas;
(Em 1484 foi publicado pela Igreja Católica o chamado “Malleus Maleficarum”, mais conhecido
como “Martelo das Bruxas”. Este livro continha uma lista de requerimentos e indícios para se
condenar uma bruxa. Numa das suas passagens afirmava claramente que as mulheres deveriam
ser mais visadas neste processo, pois estas seriam, “naturalmente”, mais propensas às feitiçarias.)
Qualquer pessoa podia ser denunciada ao “Tribunal da Inquisição”. Os
suspeitos, maioria mulheres, eram presos e considerados culpados até
provarem a sua inocência. Geralmente, não podiam ser mortos antes de
confessarem ligação com o demónio. Então, para procurarem provas de
culpabilidade ou a confissão do crime, eram utilizados procedimentos de
tortura como:
•raspar os pêlos de todo o corpo procurando marcas do diabo, que podiam
ser verrugas ou sardas;
•perfuração do corpo da vítima com agulhas, procurando uma parte indolor
do corpo, parte esta que teria sido “tocada pelo diabo”;
•surras violentas;
Uma massiva campanha judicial realizada pela Igreja e pela classe dominante
contra as mulheres da população rural.
•a gula;
•a sensualidade;
•a sexualidade.
Assim, a mulher era tida como a:
• pecadora;
• tentadora;
• aliada de Satanás;
do caminho da purificação.
O outro lado...
No período feudal o lugar da mulher na Igreja apresentou algumas diferenças
daquele ocupado pelo homem mas, o contrário do que se pensa, várias figuras
femininas desempenharam um notável papel na Igreja medieval.