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Caracterização Mineralógica e Tecnológia de Minérios

• Provas:
o 1ª - 25/08 – 30 pontos – 5 pontos de de lista

o 2ª - 06/10 – 30 pontos - 5 pontos de lista

o Prova final – 17/11 - 25 pontos – 5 pontos de lista

o Trabalhos 15 pontos

o Max de faltas: 18
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.
Conceitos fundamentais
Definições segundo o DNPM

Rocha: Todo material que compõe a crosta


terrestre, exceto água e gelo, podendo ser
formada por um único mineral ou por um
agrupamento de minerais.

Obs: Na prática não são encontradas


rochas compostas somente uma
espécie mineral

Fonte: Dicionário de Mineralogia - Pércio de Moraes Branco


Conceitos fundamentais

• Minério: É um mineral ou uma associação de


minerais (rocha) que pode ser explorado
economicamente.

o um mineral pode, durante uma certa época, e em


função de circunstâncias culturais, tornar-se
um minério, podendo em seguida, desde que
substituído por outros produtos naturais ou sintéticos,
perder a sua importância econômica e voltar a ser um
simples mineral.
Conceitos fundamentais
• Mineral minério: Um mineral que pode ser
explorado economicamente passa a ser
denominado de mineral minério e, a atividade
referente à sua extração, chamamos mineração.

o Os minerais possuem uma grande variedades de propriedades


(cor, dureza, brilho, índice de refração, transparência, clivagem,
peso específico, etc), das quais ao menos uma delas serve para
distingui-lo de todos os demais.
o Ex: Hematita: Principal mineral-minério de ferro (70% de Fe).

• Ganga ou rejeito: Minerais minério sem valor financeiro

Significa que a ganga não contém o mineral minério de interesse ?


Rejeito

Mineral-minério
Conceitos fundamentais
• Isomorfismo (Mg, Fe)2SiO4, átomos Mg e Fe variam
em diferentes olivinas

(Mg2SiO4) Forsterita (Ortorrômbico) (Fe2SiO4) Faialita (Ortorrômbico)

• Polimorfismo: diamante e grafita – C


• Calcita Aragonita

(CaCO3) Romboédrico ( CaCO3)(Ortorrômbico)


Conceitos fundamentais

Minério de Mineral Minério Ganga


Fostato Apatita Dolomita
Ferro hematita quartzo
Zinco oxidado Willemita e Dolomita,
calamina quartzo
Zinco e chumbo Esfarelita e galena dolomita
Sulfetado
Estanho cassiterita quartzo
Ouro sulfetado ouro quartzo
Introdução
• Objetivos: Estudar detalhadamente uma tipologia nova
de minério com caracteristicas ainda desconhecidas,
visando determinar-se as aptidões e dificuldades desse
minério.

De posse dessas informações

• Sugerir um processo de beneficiamento e


consequentemente gerar produtos que atendam as
especificações de mercado (granulometria,
densidade, teores de metais valiosos, etc
Introdução
• Principais aplicações:

o Estudar nova tipologia de minério, ainda não


estudado detalhadamente, de modo que esta seja a
primeira etapa de desenvolvimento de um processo,
para o minério específico

o Estudar nova tipologia, mas quando já existe um


processo, ou mesmo uma usina de beneficiamento, de
modo a adequar a planta a essa nova tipologia.

o Estudar tipologias com desempenho diferente, frente a


um mesmo processo, já existente
Introdução
• A caracterização de minerais e rochas industriais,
minérios e materiais sintéticos não metálicos tem uma
mesma abordagem metodológica.

• Um mesmo método instrumental ou de imagem, por


melhor e mais completo que seja, deixa resultados
duvidosos ou ambíguos.

• Assim, usa-se métodos e técnicas diferentes, gerando


dados parcialmente redundantes.

• Espera-se que estes dados mostrem convergência,


levando a conclusões confiantes
Introdução
Principais objetivos:
1. Caracterizar nova tipologia de minério
2. Caracterizar minério já conhecido
3. Caracterização de rejeito – traçar possivel rota de reaproveitamento

Aplicações:

• Caracterizar uma nova tipologia - 1ª Etapa no desenvolvimento de um projeto.


• Caracterizar uma nova tipologia – Processo já definido e instalado
Introdução
Importância:

1. Conhecer a assembléia mineralógica de uma determinada amostra mineral


 minerais de interesse e de ganga
1. Determinar distribuição de tamanhos de partículas
2. Determinar as propriedades físicas e químicas
3. Distribuição dos elementos de interesse (An. Quim.)
4. Fornecer informações para o dimensionamento da rota de processo da usina.

Métodos instrumentais

FRX CMTM DRX

MEV
Principais Técnicas
• MO:
o Composição de fases
o Morfologia
o Dimensão dos grãos (visível à lupa)

• Análise de sistemas particulados:


o Granulometria
o Área superficial (BET)

• Análise térmica
o TGA

• DRX
o Determinação dos minerais presentes na amostra (
não detectável < 5%)
Principais Técnicas

• MEV – 3 informações microestruturais


o Imagem : contrastes, morfologia das partículas
o Microanálise: Composição química (EDS< WDS)
o EBSD (Difração de Feixe de Elétrons Retroespalhados):
Estrutura cristalográfica

R$$$$
• Análise Química
o Via úmida
o FRX
o AAS
o ICP-OES
Análises Preliminares
• 1. Exame macroscópico físico:
o Visual sensorial
o Dureza
o Traço
o Lupa estereoscópica

• Massa específica
2. Análises preliminares:
FRX: Espectrometria de fluorescencia de raios X:
 Composição química
(qualitativa/semiquantitativa)

DRX: Difração de raios X:


 Composição mineralógica
Liberação
• Técnica e/ou operação de se dividir (cominuir )
minérios e outras matérias-primas minerais, até que uma parte
das partículas resultantes sejam constituídas por um único
mineral: partículas liberadas.

• As demais partículas serão compostas por uma mistura de


minerais, onde o mineral econômico tem um determinado
volume , em relação aos minerais de ganga: partículas mistas.

• Grau de liberação: definido para uma dada fração


granulométrica.
• Malha de liberação: é a fração granulométrica mais grossa, cujo
grau de liberação do mineral de interesse atende à necessidade de
processo ou especificação para a produção de um concentrado
daquele mineral.
M.O

• O grau de liberação é um dado essencial para o processamento


dos minérios e tem impacto muito grande na eficiência dos
processos.
M.O

Partículas em estudo de liberação


• GlibA = [(QlibA ) / QlibA + QmiA)]*100
Onde:
GlibA: grau de liberação do mineral A, em
uma dada fração
granulométrica.
QlibA: quantidade volumétrica de
partículas liberadas do
mineral A.
QmiA: quantidade volumétrica de
partículas mistas do mineral A.
Ex:

Total de partículas contadas: 900


Quantidade de partículas liberadas no mineral A: 350 = QlibA

Quantidade de partículas mistas com 50% (em


média) de volume do mineral A: 250 = QmiA

Outras partículas (sem o mineral A): 300

GlibA = [(QlibA ) / QlibA + QmiA)]*100


GlibA = [(350x100) / (350) + (250x0,5)] * 100 = 73,7%
Caracterização granulométrica: Peneiramento

Seco ( > 37 , umidade < 5 %)


Úmido
Combinado

Definição: Sepação de um material em duas ou mais


classes de temanho, limitadas por uma parte superior
e outra inferior
Caracterização granulométrica
• O conhecimento da distribuição dos tamanhos das partículas é condição
fundamental para o entendimento de qualquer processo de beneficiamento.

• Critérios para se definir “ TAMANHO ” :

• Passagem ou retenção por abertura regular de tamanho conhecido.


neste caso, maior ou menor torna-se a condição de passar , ou
não passar, pela abertura de tamanho conhecido.

• Definição de maior ou menor é dada pelo comportamento das partículas


em meio fluido (água/ar), na presença de forças naturais ou induzidas
que, agindo sobre as partículas, levam à separação por tamanho.
• Peneiramento a úmido: Água  Facilitar a passagem de partículas finas,
aderidas ou não à superfície das particulas maiores, através da tela de
peneiramento.
Análise Granulométrica

• Tipo de peneiramento
o Tamanho das partículas
o Tipo de material

o Há casos em que o minério comtém Amostra


fracões muito finas ( ~ < 38 μm), cujas
partículas estão aglomeradas em Água
decorrencia da:
1- Tensão superficial, resultante da Peneira 400 #
umidade
2 - Atração eletrostática
3 - Partículas muito finas fortemente
aderidas as grossas.
Secagem

Série de peneiras
Umido/Seco
 < Gran < Tempo Pen.
 < Gran > Tempo Pen. - 400 #
Análise Granulométrica
• Peneiramento
o Convencional > 38μm

Cyclosizer Warman: 40 μm a 8 μm
• Cyclosizer
Correção de ensaios no Cyclosizer (calibração: quartzo – densidade = 2,65 g/cm3

Dados:
T = 23 ºC
Vazão = 14,5 l/m
Dens = 4,92 g/cm3
Tempo de ensaio = 20 min

dc = dl x F1 x F2 x F3 x F4
Onde:
• dc = diâmetro de corte
• di = diâmetro limite
• F1 = fator de correção da vazão de água; 0,95
• F2 = fator de correção da temperatura da água; 0,965
• F3 = fator de correção da densidade da amostra; 0,65
• F4 = fator de correção do tempo de elutriação: 0,995

• Fator de correção total = 095*0965*065*0995 = 0,57


• Exercício 1: Complete a tabela abaixo, referente a analise
granulométrica realizada no cyclosizer, plote a curva
granulométrica e explique por que o diâmetro das partículas
analisadas tem um valor diferente do diâmetro limite ? (Usar
duas casas decimais)
Ciclone dl dc Massa (g) R. S (%) R. A. (%) P. A. (%)
(μm) (μm)
1 42,70 17,21 35,76 35,76 64,24
2 30,50 9,52 19,78 55,53 44,47
3 22,10 9,0 18,70 74,23 25,77
4 15,00 3,95 8,20 82,43 17,57
5 12,00 3,03 6,29 88,72 11,28
Overflow -12,00 5,41 11,24 99,96 0
Total _ _ 48,12

f1 = 0,96; f2 = 0,78; f3 = 0,95; f4 = 0,96


Análise Granulométrica

• Mesh = Nº de aberturas por polegada linear


• Abertura = Tamanho em μm ou mm

• Obs: Referir-se a abertura em mm ou μm,


pois, para um mesmo número em mesh,
podem existir diferentes valores de
aberturas devido a diametros de fios
diferentes
Escala de peneiras = Série padronizada de peneiras cujas
aberturas seguem uma progressão geométrica:

an = a0rn
Análise Granulométrica
• Exercício: Complete a tabela abaixo, plote o gráfico de distribuição granulométrica em
escala logarítmica e encontre os valores de d50 e d80

Faixa Granulométrica mi = 137,54

μm mesh # Massa (g) Retido % Retido acum Passante acum


42 35 3.34
297 48 2.46
65 4.13
149 100 9.61
105 150 18.93
74 200 23.65
53 270 16.29
400 31.92
-37 < 400 24.95
Alimentação recalculada
Perda:
Erro:
Caracterização granulométrica: Peneiramento

0,070 0,149
• Massa máxima: A massa máxima presente em cada
peneira ao final de um peneiramento é dada por:

• M max = n[(πR2ρ)(di + ds)]/2


Onde:
n = Número de camadas de amostra retida (n <=3)
dl = Abertura da peneira em questão (cm)
ds = Abertura da peneira superior (cm)
R = Raio da peneira (cm)
ρ = Massa específica da amostra (g/cm3)

 Quando uma análise granulométrica não atende a massa


máxima retida em uma ou mais peneiras o ensaio deve ser
refeito
Análise Granulométrica
• Exercício: Complete a tabela abaixo, plote o gráfico de distribuição granulométrica em
escala logarítmica e encontre os valores de d50 e d80

Faixa Granulométrica mi = 137,54


Massa Passante Massa
μm mesh # (g) Retido % Retido acum acum máxima
42 35 3.34
297 48 2.46
65 4.13
149 100 9.61
105 150 18.93
74 200 23.65
53 270 16.29
400 31.92
-37 < 400 24.95
Alimentação
recalculada
Perda:
Erro:
Caracterização granulométrica: Peneiramento

0,070 0,149
• Picnometria

Onde:
P1 = Massa do picnômetro vazio e seco (g)
P2 = Massa do picnômetro + amostra (g)
P3 = Massa do picnômetro + amostra + água (g)
P4 = Massa do picnômetro + água (g)
Análise Granulométrica
• Peneiramento
o Convencional > 38μm

Cyclosizer Warman: 40 μm a 8 μm
Correção de ensaios no Cyclosizer (calibração: quartzo – densidade = 2,65 g/cm3

Dados:
T = 23 ºC
Vazão = 14,5 l/m
Dens = 4,92 g/cm3
Tempo de ensaio = 20 min

dc = dl x F1 x F2 x F3 x F4
Onde:
• dc = diâmetro de corte
• dl = diâmetro limite
• F1 = fator de correção da vazão de água; 0,95
• F2 = fator de correção da temperatura da água; 0,965
• F3 = fator de correção da densidade da amostra; 0,65
• F4 = fator de correção do tempo de elutriação: 0,995

• Fator de correção total = 095*0965*065*0995 = 057

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