“A despeito de quanto se tenha dito ou falado da validade ou não do passe na
Casa Espírita, fato insofismável é que sua importância ali tem sido, e será sempre, muito grande. É difícil imaginarmos uma Instituição Espírita sem possuir trabalho da assistência espiritual através desse dispositivo terapêutico”... “Entretanto, estranha e contrariamente a isso, o passe, mesmo com seu milenar conhecimento e sua eficácia ecumenicamente propalada, tem sido muito pouco pesquisado, notadamente por quem mais lhe difunde o valor em nossas "bandas ocidentais": “os espíritas”... “ Se recorrermos à bibliografia Espírita, que em inúmeras áreas é de uma fartura impressionante, nos espantaremos com o reduzido número de obras que tratam do assunto, mormente se de forma especializada. E se formos exigentes quanto à qualidade, como, inclusive, deveremos ser, tal número não caberá na contagem dos dedos de uma única mão”...
“Mesmo sem precipitar julgamentos, o que se nos afigura
como justificativa para esse comportamento é uma certa e generalizada acomodação.
Ao que vimos sentindo, todos queremos aprender, fazer
certo,entender, mas, situações como: "fulano disse que é assim que se aplica passe" ou "não preciso estudar técnicas e teorias porque Jesus apenas impunha as mãos e curava", têm servido de desculpas para um genérico "cruzar os braços", em vez de "pormos mãos à obra". “ De outra maneira, como é comum se querer aprender a aplicar passe "rapidinho", quase sempre se busca, apenas, "breves estudos", simplórios "manuais"... Nessa "pressa", costumamos assimilar certas orientações equivocadas e, muitas vezes, nelas nos cristalizamos, adotando técnicas e posturas nem sempre coerentes. Em conseqüência, com o passar do tempo, tentamos justificar nosso procedimento com frases tipo: "já aplico passes há "tantos" anos e tenho obtido excelentes resultados", ou usamos da cômoda transferência de deveres: "deixo aos Espíritos a responsabilidade pois a técnica é deles mesmos e eles podem usar meus fluidos como quiserem que não atrapalho". Antes de prosseguirmos, analisemos as situações por serem muito comuns:
"Foi fulano que me ensinou assim"; esta é a típica desculpa
da pessoa que se sente (ou se diz) sempre "indisposta" e que, portanto, "não tem tempo para estudar. Perguntamos: será que só falta tempo mesmo para o estudo? E nosso propósito de servir ao próximo não merece de nós mesmos um pouco mais de esforço e dedicação? Será que nós gostaríamos de sermos atendidos, por exemplo, por um médico que nunca tem tempo para estudar? E será que a pessoa (ou a obra, Instituição, curso, etc.) que nos ensinou, ensinou "tudo" mesmo e, se ensinou, o fez correto? Como saber reconhecer sem estudar? “Jesus só impunha as mãos e curava, portanto (...)"; aqui já não se trata de simples falta de estudo, mas, de desconhecimento até d'O Novo Testamento. Com seu estudo, teremos oportunidade de constatar várias situações envolvendo a ação fluídico-magnética do Cristo e veremos que não era só por imposição de mãos que Ele agia.
"Já faz tanto tempo que aplico assim e dá bons resultados"; de
fato, nada nos impede de procedermos sempre de uma única maneira em nossas atividades e, ainda assim, nos sairmos bem; contudo, isto jamais quererá dizer devamos limitar nosso aprendizado . 4. "Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho"; com toda franqueza, os que assim agem tomam uma postura, no mínimo, ridícula. Nossos conhecimentos e estudos contribuirão eficazmente nos processos de atendimentos fluidoterápicos, pois, permitirão que o trabalho se realize de forma mais participativa? E afinal, queremos ser médiuns passistas de fato ou simples marionetes nas mãos dos Espíritos?
Meditemos; meditemos bem, pois, assim como não nos cabe
"atrapalhar" os trabalhos dos Espíritos amigos, compete-nos o dever de darmos e fazermos o melhor de nós mesmos, sempre!
Jacob Luiz de Melo.
PASSISTA : Ser ou não ser
“A instrução espírita não abrange apenas o
ensinamento moral que os Espíritos dão, mas também o estudo dos fatos. Incumbe-lhe a teoria de todos os fenômenos, a pesquisa das causas,a comprovação do que é possível e do que não é; em suma a observação de tudo o que possa contribuir para o avanço da ciência” Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, cap.29 ,item 328 Uma dúvida que quase todos trazemos quando entramos para as lides espiritistas é :
• Será que posso aplicar passes ?
• Como fazer então para ser passista ?
Muito comum se dizer que qualquer um pode ser passista. Igualmente
comum se generalizar que a boa vontade é suficiente para prover o passista da capacitação necessária ao mister. A realidade prática indica o contrário.
Se definirmos o passe como sendo uma transferência de
fluidos, todos somos passistas.Uma consideração, entretanto, merece ser feita: expelir fluidos não significa transferi-los. Assim, nem todos que expelem fluidos são passistas. Afinal, todos seres vivos expelem fluidos e nem por isso são passistas.. Se definirmos o passe como uma doação de amor, todos podemos ser passistas. Convém lembrar, porém, que a transmissão de um passe, para cumprir seu papel mais sublime, além de solicitar uma emissão de amor comumente precisa de um fluido magnético mais específico, o qual é “ usinado ” - em potenciais de exteriorização suficientes – por todas as criaturas. Assim, nem todos os que dizem amar são necessariamente passistas.
Se definirmos o passe como resultado da boa vontade, todos
somos passistas. Sabemos, todavia, que na vida a boa vontade, por si só, nem sempre é suficiente para resolver tudo a que se propõe. Assim, nem todos portadores de boa vontade são, só por esse motivo, passistas. Neste ponto insere-se uma questão deveras fundamental. O Passista ou o candidato a tal mister deve formular e responder, honesta e firmemente, as seguintes questões:
1 – Por que quero ser passista ?
2 - Para que quero ser passista ?
Para ser passista, na acepção espírita do termo, é preciso mais do que boa vontade e um simples impor mãos, especialmente quando se pretende ajudar com consciência e responsabilidade. Para tanto, a fé robustecida pelo conhecimento e o reconhecimento das próprias capacidades e limites é tarefa inadiável.
Dentro disso tudo, fica ressaltado que o passista, ou candidato
a, deve amar e estudar.
Amar no sentido mais profundo e nobre do termo – isso bem o
sabemos – mas quanto a estudar, deve-se estudar o quê? Por onde começar ?
Para sermos fiéis aos princípios kardequianos e agirmos com bom
senso, precisamos estudar a teoria, começando pela base. E, falando em passes, não há como negar: a melhor teoria está no magnetismo – enquanto a base inamovível continua sendo Allan Kardec (obras básicas da Codificação) .
Como passistas precisamos ter segurança, e esta virá, sem
dúvidas, com o estudo dos fluidos, perispírito, duplo-etérico, aura, chakras, mediunidade, influência espiritual e, um mínimo conhecimento de anatomia e fisiologia, para que tenhamos noção de onde e em que áreas ou órgãos estaremos atuando.. Não se trata de considerar essas necessidades como excludentes, mas que são necessárias,são.
Não podemos esquecer a recomendação :
Espíritas, amai-vos e instruí-vos.
O estudo é necessário e a prática daquilo que estudamos é o que
sedimentará nosso aprendizado. Saiamos, pois, do comodismo.
Jacob Melo – Manual do Passista
PASSE - A Sublime Doação 01 - Histórico, Citações e Definições 02 - Classificação dos Passes 03 - Receptor e Doador 04 - Magnetismo 05 - Fluidos 06 – Pensamento e Radiações 07 - Corpo Humano 08 - Perispírito 09 - Duplo Etérico e Ectoplasma 10 - Centros de Força ou Chakras 11 - Aura 12 - Técnicas do Passe