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Disciplina: Biomassa como Fonte de Energia

Instituto de Energia e Ambiente - IEE


Universidade de São Paulo – USP

Profª Drª Marilin Mariano dos Santos

São Paulo, 15 de maio de 2018


A prosperidade humana sempre esteve intimamente ligada à
nossa capacidade de capturar, coletar e aproveitar energia
Consumo de energia pelo homem primitivo

Nos primórdios o homem utilizou


o fogo para proteger-se e cozer os
alimentos.

ÓRIA DA ENERGIA
ATÉ AS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS
Com a fixação do homem a terra,
começa haver o aproveitamento do
excedente de energia armazenável
oriundo da agricultura rudimentar e da
caça. O Homem começa desenvolver
atividades artesanais em cerâmica entre
outros artefatos.
, utilizava a energia proveniente da
Durante milênios, a energia em forma de biomassa e
biomassa fossilizada foi utilizada para cozinhar e
aquecer, além da criação de materiais que iam do
tijolo ao bronze.
Consumo de energia percapta

Nas sociedades humanas, a energia


teve origem na forma
endossomática, ou seja, aquela que
chega através de cadeias ecológicas
as quais são fundamentais para
manter a vida (homem primitivo,
caça e agricultura primitiva)

Energia exossomática é a
quantidade de energia que o homem
gasta para sobreviver, (transporte,
produzir alimentos, produzir calor
para calefação, etc.
• quantidade de energia necessária para manter um ser humano vivo e
sustentado varia entre 2 000 e 3000 quilocalorias por dia (homem
primitivo).
• Em contraste, o consumo médio de energia por pessoa nos Estados
Unidos é 230 000 quilocalorias por dia (homem tecnológico)

• O americano médio, portanto, consome uma energia equivalente às


necessidades biológicas de 100 pessoas, enquanto o resto dos países
da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE) usa energia equivalente às necessidades de
aproximadamente 50 pessoas.
Pré revolução industrial
• No período pre revolução industrial, a intensificação da
produtividade manufatureira resulta no uso mais
intensivo de suprimentos energéticos, a lenha seria o
Manufatura paradigma energético.
artesanal
• O uso intensivo da lenha como suprimento energético
agravado pela expansão demográfica nos séculos 15 e 16
resultou na degradação de grandes extensões de florestas.
Inglaterra • Com o esgotamento das florestas a lenha deixava de ser
um recurso abundante e seu custo cresce devido a
escassez.

• A sociedade passa a utilizar recursos fosseis e não


renováveis, mais especificamente o carvão mineral

• A Inglaterra dispunha de muitas minas de carvão. A


extração mineira desenvolve-se de forma intensiva.
A LENHA TAMBÉM PODE SER ESCASSA !!
Primeira fase da revolução industrial ( 1760-1850)

• Começou o uso intensivo de


energia, o carvão

• Uso final do carvão: Industria e


transporte

• A mudança de paradigma
energético da lenha para o carvão
mineral foi justificada pela
escassez da lenha, que refletiu
em preços mais altos e, também
devido a abundancia do carvão
Segunda fase da revolução industrial ( 1850- 1945)

• 27 de agosto de 1859, quando do


primeiro poço de petróleo dos Estados
Unidos
• Final da Segunda Guerra Mundial os
Estados Unidos surgiram como principal
economia
• A recuperação da Europa foi financiada
com capitais americanos, estabelecendo
um padrão tecnológico para os países
sob área de influência americana.
• Essa tecnologia difundiu-se pelo mundo
estabelecendo assim a denominada “era
do petróleo”
A crise do petróleo

• A crise do petróleo, ocorrida nos


anos de 1970, alerta para o risco
do esgotamento e da geopolítica
das fontes petrolíferas,
• Surge a necessidade de o
suprimento energético ser
diversificado em benefício de
outras fontes de energia.
• Nos anos de 1970 preocupação
com as externalidades negativas
produzidas pelo uso de recursos
fósseis
• Inicia o desenvolvimento de
energias alternativas
Quais as externalidades dos anos 70?
Por que das externalidades?

Inicio do:

•Limitação dos recursos

•Excessivo consumo de matérias-primas não renováveis e exploração


dos produtos primários cada vez mais escassos

•Incapacidade da tecnologia para equilibrar uma sociedade não


sustentável

•Geração de resíduos
Clube de Roma
• No ano de 1972, o grupo de cientistas liderado por Dennis L. Meadows publicou
o estudo intitulado "Os Limites do crescimento".
• O estudo fez projeções para cem anos e apontou que, para atingir a estabilidade
econômica e respeitar a finitude dos recursos naturais seria necessário
congelar:

o o crescimento da população global


o o crescimento do capital industrial.

• O resultado do estudo afirmava que a sociedade industrial estava excedendo a


maioria dos limites ecológicos e que, se mantidas as tendências de crescimento
da população mundial, a industrialização, a poluição, a produção de alimentos e
a intensidade de uso dos recursos naturais, o limite para o crescimento do
planeta seria atingido em até 200 ou 300 anos.
• O relatório do estudo sugeria que deveriam ser tomadas medidas para gerar
uma curva de acomodação para o consumo desses recursos.
Impactos do Clube de Roma: Limites do Crescimento

• As previsões apresentada pelo Clube de Roma foi duramente


criticada
• Os argumentos centravam-se na tese de que as sociedades
desenvolvidas, depois de resolverem suas necessidades, estariam
bloqueando as nações menos desenvolvidas de atingirem o mesmo
grau de desenvolvimento.

• A contribuição mais importante do Clube de Roma foi ter focado o


estudo nos problemas globais de longo prazo.

• O lançamento de The Limits to Growth, em 1972, na Conferência das


Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, teve
como decorrência, a proposição para que as questões ambientais
fossem analisadas de maneira global, (JOYNER; JOYNER, 1974).
Impactos do Clube de Roma: Limites do Crescimento

• Surge o conceito : Capacidade de suporte do meio e excesso de


carga
Capacidade de suporte do meio

• A capacidade de suporte é o que ambiente pode sustentar


sem degradar-se.

• O fenômeno de excesso de crescimento (“overshooting”)


ocorre quando a capacidade de suporte do meio é
ultrapassada.

• O overshooting degrada o meio ambiente o que faz diminuir


ainda mais a capacidade de suporte.
Linha do Tempo do Desenvolvimento Sustentável
• O caminho que o mundo escolheu não é sustentável: há custos
associados ao uso intensivo de energia.

• O uso atual e a grande dependência de combustíveis fósseis estão


levando à degradação do meio ambiente local, regional e global.

• Assegurar o acesso a recursos vitais de energia, principalmente de


petróleo e gás natural, tornou-se um fator definitivo nos
alinhamentos políticos e estratégias.
• Atualmente???
O que é sustentabilidade
Nosso Futuro Comum

• O termo “Desenvolvimento Sustentável” foi popularizado por meio


do relatório “Nosso Futuro Comum”, publicado, em 1987, pela Co-
missão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Orga-
nização das Nações Unidas (ONU).

• O relatório final intitulado Nosso Futuro Comum (1987), define


desenvolvimento sustentável como:

” Desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da


geração atual, sem comprometer a capacidade de atender
as necessidades das futuras gerações. ”
Economia e Desenvolvimento Sustentável

Controversias
• Preocupações com o processo de desenvolvimento e a
degradação do meio ambiente;

• Pensadores percebem o conflito entre progresso e meio


ambiente.
Desenvolvimento econômico

crescimento econômico

consumo crescente de energia e recursos naturais


Esse tipo de crescimento tende a ser insustentável, pois leva ao
esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.
Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade
biológica, como o próprio crescimento econômico.
Crescimento X Desenvolvimento

Não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça


Crescimento
social, pois só considera o acúmulo de riquezas

Preocupa-se com a geração de riquezas, mas também em


Desenvolvimento distribuí-las, em melhorar a qualidade de vida de toda a
população, e ainda, considera a qualidade ambiental do
planeta
Desenvolvimento Sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável tem como base a


integração de questões sociais, ambientais e econômicas
O desenvolvimento que deve ser distribuído equitativamente
no espaço e no tempo
Economia tradicional e economia verde
Crítica ao Crescimento economico

• Questões sobre a pobreza

• Neoliberalismo global

• Crise financeira global

• Problemas ambientais de larga escala

• Mudança climática

• Depleção de recursos naturais


Desafios para a Sustentabilidade

• 1o Desafios para a Sustentabilidade

Garantir a disponibilidade de recursos naturais

• SUSTENTABILIDADE RECURSOS NATURAIS


• Renováveis: respeitar sua velocidade de renovação.

• Não - renováveis: tecnologias alternativas desenvolvidas a tempo de


substituí- los quando ficarem escassos – TRANSIÇÃO.
Desafios para a Sustentabilidade

• 2o Desafios para a Sustentabilidade

Não ultrapassar os limites da Biosfera para assimilar resíduos e


poluição - capacidade de suporte do meio

• 3º Desafio para a Sustentabilidade

Reduzir a pobreza no mundo – equidade social


Os problemas do desenvolvimento sustentável:

• Alguns autores (GEORGESCU-ROEGEN, 1971; STAHEL, 2001)


consideram que é impossível alcançar o “desenvolvimento
sustentável” no capitalismo, pois este sistema baseia-se na expansão
constante da produção e do consumo, por isso sempre está criando
novas necessidades;

• Embora a terra seja um sistema aberto em termos de energia (pois


capta energia solar por meio da fotossíntese), comporta-se como um
sistema fechado em termos materiais. - Em um sistema fechado há
uma tendência de aumento da entropia (desordem) e este aumento
leva a transformações irreversíveis;
Avaliação de Sustentabilidade

• Avaliação de Sustentabilidade Integra parâmetros ambientais, sociais


e econômicos e suas inter-relações
• O Avaliação de Sustentabilidade é um processo iterativo e
• Considera os seguintes requisitos de sustentabilidade:

• Segurança sócio-ecológica

• Suficiência e oportunidade (presente e futuro)

• Equidade

• Eficiência e redução de produtividade

• Democracia e civilidade

• Precaução e adaptação
Exigências crescentes

Fonte: 2015 World Energy Issues Monitor – WEC, 2015 in tendências de longo prazo para o setor de energia. Catavento and & IBP.
23.11.2015
Sustentabilidade e o Setor de energia

Fonte: 2015 World Energy Issues Monitor – WEC, 2015 in tendências de longo prazo para o setor de energia. Catavento and & IBP.
23.11.2015
nergética pretende reforçar a competitividade no setor
Sustentabilidade e o Setor de energia
maior equilíbrio entre os três pilares da sustentabilidade.
etivos a atingir ENERGIA PROMOTORA DA
COMPETITIVIDADE
uropeias para 2020 ao QUALIDADE*DE*VIDA*
ECONÓMICA
a economia;
jetivos de Eficiência

endência energética
segurança de

ço da economia e das
do sustentabilidade de

rcados energéticos
competitivos e
ENERGIA
ENERGIA
AMBIENTALMENTE
ENERGIA* SEGURA
ENERGIA*SEGURA*
SUSTENTÁVEL
AMBIENTALMENTE*
SUSTENTÁVEL*
Energia e desenvolvimento
• A energia é necessária para as necessidades humanas básicas: para
cozinhar, iluminar, ferver água, aquecimento e resfriamento e para
outras atividades domésticas.

• Necessário para sustentar e expandir os processos econômicos,


como agricultura, produção de eletricidade, indústrias, serviços e
transporte necessário para cuidados de saúde, telecomunicações e
para fornecer água limpa e saneamento
• O conceito de sustentabilidade energética abrange não apenas a
necessidade imperiosa de garantir uma oferta adequada de energia
para atender as necessidades futuras, mas fazê-lo de modo que:

• seja compatível com a preservação dos sistemas naturais como por exemplo
evitando mudanças climáticas;

• As pessoas em todo o mundo tenham acesso, não só, às modernas formas
de energia, mas aos serviços básicos de energia;

• reduza os riscos à segurança e potenciais conflitos geopolíticos que possam


surgir devido a uma competição crescente por recursos energéticos
irregularmente distribuídos.
Classificação das fontes de energia: renováveis e não- renováveis

Fonte: GOLDEMBERG, J. & LUCON, O. Energias renováveis: um futuro sustentável. REVISTA USP, São Paulo, n.72, p. 6-15, dezembro/fevereiro
2006-2007.
Biocombustíveis e sustentabilidade

• Debate sobre sustentabilidade:


• Uso da terra
• Combustível versus comida
• Meio Ambiente
• Social
• Econômico
Evolução da matriz energetica mundial
Oferta de energia mundial (2014), (306 milhões de toneladas equivalentes
de petróleo)

Fonte: BP Statistical Review of World Energy 2015. In Goldemberg José, Energia e Sustentabilidade. Rev. Cult. e Ext.
USP, São Paulo, n. 14, p.33-43, nov. 2015
A evolução do consumo mundial de energia (1850-2000)

A demanda atual de energia


é devida se à explosão de
consumo que ocorreu no
século XX com o
desenvolvimento tecnológico
(automóveis, aviões, etc.)

Fonte: GEA 2012 – Global Energy Assessment – Toward a Sustainable Future Cambridge University Press, Cambridge, UK. In
Goldemberg José, Energia e Sustentabilidade. Rev. Cult. e Ext. USP, São Paulo, n. 14, p.33-43, nov. 2015
As renováveis e a sustentabilidade

• A maioria das energias renováveis (energia eólica, solar térmica, eletricidade


solar com células fotovoltaicas e energia de biomassa) tem origem na radiação
solar que não vai se esgotar e que não é poluente.
• A radiação solar está distribuída sobre o planeta de uma forma mais equitativa
que as fontes fósseis de energia.

As renováveis parece ser o caminho para a questao da


disponibilidade de recursos e impactos decorrentes da geração e uso
final

Problema a resolver : ARMAZENAMENTO


Evolução do consumo final OECD Europa e Não OECD Total

Consumo per capita nos países ricos (membros da OECD) é


aproximadamente 4 a 5 vezes maior do que nos países em desenvolvimento.
NÃO HÁ EQUIDADE
PROBLEMA DE NATUREZA POLITICA E SOCIAL – RESOLVIDO COM O
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
Fonte: IEA, 2009. Energy Statistics. In Goldemberg José, Energia e Sustentabilidade. Rev. Cult. e Ext. USP, São Paulo,
n. 14, p.33-43, nov. 2015
BRASIL

• OFERTA INTERNA DE ENERGIA EM 2016

Com um olhar para sustentabilidade os números são bastante


favoráveis

Fonte: Balanço Energético Nacional 2017, ano base 2016. Disponivel em https://ben.epe.gov.br Pag acessada em
15.05.2018
BRASIL

• Matriz Elétrica Brasileira

Dependemos muito da hidraulica e esta depende de condições


climáticas
Fonte: Balanço Energético Nacional 2017, ano base 2016. Disponivel em https://ben.epe.gov.br Pag acessada em
15.05.2018
BRASIL

• Oferta de energia elétrica (2023)(933,8 TWh), renováveis (85,5%), Não


Renováveis (14,5%)

Fonte: Plano Decenal de Expansão de Energia – 2023. Empresa de Pesquisa Energética (EPE). In Goldemberg José,
Energia e Sustentabilidade. Rev. Cult. e Ext. USP, São Paulo, n. 14, p.33-43, nov. 2015
Problemas a serem enfrentados com a hidroeletricidade

• O potencial hidroelétricoda região Sudeste está praticamente


esgotado

• Potenciais exitentes estão na regial Amazonica de alta sensibilidade


ambiental

• Mudanças no regime das chuvas tem diminuido a disponibilidade


Brasil
Evolução das emissões de GEE na produção, transformação e no uso de
energia.

Fonte: Plano Decenal de Expansão de Energia


– 2023. Empresa de Pesquisa Energética
(EPE). In Goldemberg José, Energia e
Sustentabilidade. Rev. Cult. e Ext. USP, São
Paulo, n. 14, p.33-43, nov. 2015
Brasil

• Acordo de Paris

Metas estabelecidas pelo Brasil para 2030 em sua NDC

43%
reducão nas emissões de GEE em relação aos níveis de 2005
CAFE
Impactos ambientais: termoeletricas
• Impactos ambientais
• Termoelétricas – caldeira, turbina e grupo motogeradores
• Óleo Combustível
• Gás Natural
• Biomassa
• Diesel
• Carvão
• Resíduos

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 49
Termoelétricas a carvão: Produção de carvão mineral

• Perda de áreas rurais (agriculturáveis e pastagem)


• Retirada da cobertura vegetal
• Contaminação hídrica;
• Alteração de relevo
• Emissões atmosférica: MP
• Aumento no fluxo de caminhões na região
• Geração de resíduos

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 50
Impactos ambientais: Produção de carvão mineral

• Geração de efluentes líquidos


• DAM – drenagem ácida da mina: resultado da oxidação natural de
minerais sulfetados quando expostos à ação combinada da água e
de oxigênio, na presença de bactérias.
• Fontes de geração:
• frentes de lavra a céu aberto ou subterrâneo,
• depósitos de rejeitos e pilhas de estéreis contendo pirita,
• pátios de armazenamento de minério beneficiado
• bacias de decantação

• Impacto social –
• saúde do trabalhador
• população no entorno

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 51
Termoelétricas a carvão: operação

Usina Termoeletrica de
Charqueadas – Rs
72 MW

Carvão: Alto teor de cinzas (53%),


PCI de 3.100 kg/kcal, umidade em
torno de 15% e teor de enxofre
entre 0,8 e 1,3%. 52
Termoelétricas a carvão: operação

• Geração de efluentes líquidos


• Efluentes da drenagem do estoque de carvão
• Efluente do sistema de refrigeração - biocidas para evitar
proliferação de algas
• Efluente do sistema de tratamento de água - desmineralizadores
• Impactos ambientais devido aos efluentes líquidos gerados
• Contaminação do solo
• Contaminação dos corpos d’água –superficiais e subterrâneas
• Aumento do número de casos de doenças - saúde pública
• Perda de fauna e flora

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 53
Termoelétricas a carvão: operação

• Resíduos sólidos
• Cinzas de fundo
• MP coletado nos sistemas de despoeiramento
• Material resultante do sistema de dessulfurização
• Resíduos de manutenção de equipamentos

• Impactos ambientais
• Se não dispostos adequadamente podem contaminar o solo e corpos
d’água acarretando em impactos na saúde pública, na fauna e flora

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 54
Termoelétricas a carvão: operação
• Emissões atmosféricas
• Material particulado – orgânico e inorgânico
• SOx
• NOx
• CO2
• Ruído
• Impactos
• Alteração da qualidade do ar
• Saúde pública
• Efeito estufa
• Chuva ácida
• Perda de fauna e flora

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 55
Impactos socieoambientais: produção e transpote de
gás natural off shore e da produção de petroleo

• Ambientais
• Alteração da qualidade da água por
movimentação de material depositado no
fundo do mar durante a fase de instalação
• Alteração da qualidade da água por descarte de
efluentes sanitários e restos de comidas durante
todo o ciclo de vida da plataforma
• Alteração da qualidade da água por descarte de
efluente de teste de estanqueidade do
gasoduto
• Alteração da qualidade da água por descarte de
efluentes líquidos (com algum teor de
hidrocarbonetos)

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Impactos socioambientais: produção e transpote de gás
natural off shore e produção de petroleo off shore

• Alteração do fundo marinho pela presença de


gasodutos e equipamentos submarinos e também
devido à ancoragem e remoção das âncoras dos
FPSOs
• Alteração da qualidade do ar e contribuição para o
efeito estufa pela queima de gás para geração de
energia térmica e elétrica no FPSO
• Alteração das comunidades que vivem no fundo
do mar devido à presença dos gasodutos e
equipamentos submarinos ( morte de espécies
por soterramento ou vinda de novas espécies)
• Perturbação das tartarugas e mamíferos marinhos
(baleias e golfinhos devido ao ruído emitido pelas
embarcações de apoio, helicópteros, FPSOs

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Impactos socioambientais: produção e transpote de gás natural off
shore e da produção de petroleo

• Socioeconômicos
• Geração de expectativas
• Expansão das áreas de ocupação desordenada
• Pressão sobre os serviços essenciais
• Aumento da especulação imobiliária
• Aumento do custo de vida
• Interferência com a atividade pesqueira
• Interferência nas atividades de turismo e lazer
• Aumento da demanda de uso da infraestrutura aérea,
rodoviária e portuária

58
Impactos ambientais: termoelétricas GN

UTE a Gás Natural

59
Impactos ambientais: operação de termoelétricas a GN

• Geração de efluentes líquidos


• Água de processo ( sistema de refrigeração, purga de caldeiras e
limpeza de equipamentos) – perda de flora e a fauna devido a alteração
da temperatura da água, alteração da qualidade das águas superficiais e
subterranea devido aos químicos utilizados na desmineralização e
limpezas e contaminação do solo.
• Esgotamento sanitário
• Emissões gasosas
• NOx – chuva ácida, formação de ozonio
• CO2 - efeito estufa
• Material Particulado – doenças cardiorespiratorias,
• CH4 (emissões fugitivas) – efeito estufa
• VOCs – formação de ozônio

60
Impactos ambientais: termoelétricas a GN

•Ruído – perda de fauna e incomodo a população do entorno

•Vibração - perda de fauna incomodo a população do entorno

•Geração de Resíduos e manutenção – contaminação do solo, contaminação


dos corpos d’água e águas subterrâneas

61
Sexta-feira , 13 de Junho de 2014

A Parnamirim Energia S.A. é uma sociedade estabelecida pela Collett no ano de 2002,
com 51% de participação acionária tendo o objetivo de implantar e operar uma usina
Impactos ambientais: termoelétricas a óleo combustível
Termoelétrica de 108 MW no Estado do Rio Grande do Norte.

ou diesel

Vista geral da usina térmica a


diesel instalada em
Parnamirim – RN

Escritório Administrativo

Vista geral da usina implantada na BR 304 - Parnamirim – RN

A usina constitui-se de grupos motogeradores Caterpillar, a óleo diesel, para conexão ao


sistema interligado nacional. O contrato de suprimento de energia, com a
Comercializadora Brazileira de Energia Emergencial – CBEE, foi encerrado em dezembro
de 2004.

Grupos moto geradores instalados


Total = 108 MW
Grupos moto geradores instalados 62
Impactos ambientais: termoelétricas a óleo combustível
ou diesel

• Geração de emissões atmosféricas


• NOx – chuva ácida, formação de ozonio
• Sox – chuva ácida
• CO2 - efeito estufa
• Material Particulado – doenças cardiorespiratorias,
• CH4 (emissões fugitivas) – efeito estufa
• VOCs – formação de ozônio

• Impacto
• Alteração da qualidade do ar
• Chuva ácida
• Efeito estufa
• Saúde pública

63
Impactos ambientais: termoelétricas a óleo diesel ou
combustível
• Geração de resíduo
• Cinzas dos sistemas de despoeiramento dos gases
• Resíduo do sistema de abatimento de SOx
• Resíduos de serviços de manutenção
• Resíduos dos serviços de saúde
• Resíduos dos serviços domestico (cozinha)
• Resíduos sanitários

• Impactos
• contaminação do solo,
• contaminação dos corpos d’água e águas subterrâneas

64
Térmicas convencionais: Resumindo

• São principalmente operadas com derivados de petróleo, carvão e gás


natural
• As operadas a gás natural são as que emitem menos poluentes e,
portanto, consideradas como mais benignas ambientalmente
• Impactam o meio ambiente pelas emissões de gases; hoje são as
principais emissores de CO2 no mundo.
• Os efluentes líquidos ( sistema de refrigeração, purga de caldeiras e
limpeza de equipamentos) podem trazer problemas para a flora e a
fauna pela mudança de temperatura da água e pela poluição da água.
• Os grupos diesel impactam por emissões, ruídos e vibrações

65
Impactos ambientais: Produção da biomassa

66
Impactos ambientais: Produção da biomassa

•Manejo inadequado da terra pela escala dos projetos


•Compactação e erosão do solo com aumento da turbidez e do
assoreamento de mananciais hídricos
•Redução das áreas de vegetação nativa com possível extinção de
espécies animais e vegetais
•Contaminação do solo e dos mananciais de água pelo uso intensivo
de fertilizantes e de agrotóxicos
•Impactos específicos pelo tipo de biomassa e pelo tipo de
aproveitamento energético

67
Termoelétricas a biomassa

• Impactos ambientais
• Efluentes líquidos
• Água de processo ( sistema de refrigeração, purga de caldeiras e limpeza de
equipamentos) – perda de flora e a fauna devido a alteração da temperatura da água,
alteração da qualidade das águas superficiais e subterranea devido aos químicos
utilizados na desmineralização e limpezas e contaminação do solo.
• Esgotamento sanitário
• Emissões atmosféricas
• NOx
• MP
• CO2
Por ser renovável o balanço de carbono é favorecido

68
Termoelétricas a biomassa

• Geração de resíduos sólidos


• Cinzas coletadas nos sistemas de despoeiramento
• Resíduos gerados nos serviços de manutenção

69
Solar: Fotovoltaica

Usina Solar GEMASOLAR


Usina – Sevilha
– Sevilha 2600 espelhos
Solar GEMASOLAR – 20 Megawatts
2600 espelhos – 20 Megawatts

70
ricardo henrique 5
Solar: Fotovoltaica

• Impactos sócio ambientais da energia solar

• Em larga escala pode trazer problemas de ocupação do espaço pois necessita de


grandes áreas para captação da radiação solar.
• Provoca impactos na construção, no processamento da matéria prima e na
fabricação dos diversos tipos de equipamentos.
• Processamento da matéria prima consome significativa quantidade de energia.

• Necessidade de análise do ciclo de vida

71
Eólica

Energias Renováveis, Geração Distribuída e


Eficiência Energética 72
Eólica

• Impactos Sócio Ambientais


• Uso da terra
• Ruídos
• Efeitos nas espécimes
• Impactos visuais na paisagem
• Rotas migratórias de pássaros
• Impactos provocados pela construção, e fabricação dos
equipamentos

• Necessidade de análise do ciclo de vida.

73
Eolica

• hastes que balançam


ao vento e produzem a
mesma quantidade de
eletricidade das
tradicionais turbinas

• são silenciosas e
ocupam menos
espaço.
• não oferecem risco a
pássaros ou outros
animais que possam
voar.

http://www.edesigndynamics.com/main/windstalk/

74
Geração hídrica

Três Gargantas : rio Yangtze, o maior rio da China, na província de Hubei.


lago de 660 km de comprimento e 1,12 km de largura, em média, com uma superfície total de 1.045 km². O
volume total de água na represa é de 39,3 km³, pesando mais de 39 trilhões kg.
Energias Renováveis, Geração Distribuída e
Capacidade 22,5 GW Eficiência Energética 75
Geração hidráulica

• Principais impactos ambientais:


• Possíveis alterações climáticas locais e sísmicas
• Impactos na flora e na fauna, inclusive desmatamentos
• Inundações de solos férteis
• Alterações na qualidade da água
• Alterações no regime hidrológico
• Assoreamento dos reservatórios
• Contribuição ao efeito estufa
• Impactos indiretos pela escala da obra dos materiais e equipamentos
utilizados

76
Geração hidráulica

• Principais Impactos Sociais


• Destruição de características sócio-culturais locais
• Desorganização de atividades econômicas ribeirinhas
• Problemas nas desapropriações e assentamentos
• Migração humana
• Perda de sítios arqueológicos
• Apropriação do espaço de comunidades indígenas
• Aumento dos problemas de saúde pública

77
Questão Para discussão

• As fontes renováveis podem contribuir para o desenvolvimento social


e econômico, acesso à energia, segurança energética, mitigação das
mudanças climáticas e redução de problemas ambientais e de saúde
causados pela poluição do ar, alcançando, assim, todas as dimensões
do desenvolvimento sustentável.

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