You are on page 1of 78

“O homem nasce bom, é a

sociedade que o corrompe”

Jean-Jacques Rousseau
EDUCAÇÃO ANTES DA ESCOLA.

“ A EDUCAÇÃO EXISTE MESMO ONDE NÃO HÁ


ESCOLAS”.
EDUCAÇÃO ENTRE OS POVOS
PRIMITIVOS
• ENTRE OS POVOS PRIMITIVOS OU OS
“BÁRBAROS” NÃO EXISTIA ESCOLAS E
NEM MÉTODOS DE EDUCAÇÃO
SISTEMATIZADOS, NO ENTANTO EXISTIA
EDUCAÇÃO.
• INFLUENCIA: RELIGIOSA
ANINISMO(TUDO POSSUI ALMA)
• OBJETIVO: PROMOVER O
“AJUSTAMENTO DA CRIANÇA” AO SEU
AMBIENTE FÍSICO E SOCIAL.
MÉTODOS: IMITAÇÃO.

• 1º FASE ( PRIMEIROS ANOS DE VIDA)


IMITAÇÃO INCONSCIENTE.

• 2º FASE ( ADOLESCÊNCIA)
IMITAÇÃO CONSCIENTE.
CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO

FINALIDADE - PROMOVER VALORES:


• MORAL
• SOCIAL
• POLÍTICO E RELIGIOSO

PROFESSORES:
• FEITICEIROS CURANDEIROS E XAMÃS
EDUCAÇÃO GREGA

• MOMENTO HISTÓRICO: A GRÉCIA ANTIGA SE


DESTACAVA EM SUA ECONOMIA, CULTURA E
RELIGIÃO
EDUCAÇÃO ATENIENSE

• OBJETIVO: FORMAÇÃO INTEGRAL, BOM


PREPARO FISICO, PSICOLOGICO E CULTURAL.

• PRIORIZAÇÃO DO INTELECTUAL VISANDO A


CIDADANIA E FIDELIDADE AO ESTADO.

• MÉTODO: ATÉ OS 7 ANOS ESTAVA A CARGO


DA FAMÍLIA NO ENTANTO ERAM CUIDADOS
PELAS AMAS. APS 7 ANOS ERAM ENTREGUES
AOS PEDAGOGOS” ESCRAVOS OU SERVOS”
QUE SERVIAM COMO TUTORES.
• COM O PASSAR DO TEMPO FOI-SE EXIGINDO
UMA MELHOR FORMAÇÃO, SENDO CRIADO 3
NÍVEIS DE EDUCAÇÃO DOS 7 AOS 13
EDUCAÇÃO ELEMENTAR: LEITURA E ESCRITA.

• 13 AOS 15 ANOS EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA:


MÚSICA, EXERCÍCIOS FÍSICOS, LITERATURA
MATEMÁTICA, GEOMETRIA E ASTRONOMIA.

• 16 AOS 18 ANOS EDUCAÇÃO ELEVADA


APENAS PARA A ELITE.
PROFESSORES:

• ATÉ 7 ANOS : PEDAGOGOS( CONDUZIR OU


SERVIR)

• 7 AOS 13 : PEDOTRIBA( INSTRUTOR FISICO)

• 13 AOS 15 : DIDÁSCOLO( ENSINAR A


GRAMÁTICA)

• 16 AOS 18: SOFISTAS (PESSOAS QUE IAM DE


CIDADE EM CIDADE, ENSINANDO GRAMÁTICA
E ORATÓRIA)
• MENINAS: NÃO RECEBIAM EDUCAÇÃO
FORMAL, APRENDIAM APENAS OS AFAZERES
DOMÉSTICOS.
EDUCAÇÃO ESPARTANA

• ESPARTA ERA VOLTADA PARA ATIVIDADES


MILITARES.

• OBJETIVO DA EDUCAÇÃO: FORMAR SOLDADOS


FORTES, VALENTES E CAPAZES PARA A
GUERRA.

• PRIORIDADE: PREPARAÇÃO FÍSICA E NÃO


INTELACTUAL. NÃO VALORIZAVA O SENSO
CRÍTICO POIS OS JOVENS TERIAM QUE
APRENDER A ACEITAR ORDENS DOS
SUPERIORES E FALAR SOMENTE O
NECESSÁRIO,
MENINOS:

• 7 ANOS – LEVADOS A UMA ESPÉCIE DE


ESCOLA PARA RECEBER TREINAMENTO
FÍSICO.

• ADOLESCÊNCIA – TREINAMENTO COM ARMAS


DE GUERRA.

MENINAS:

• FORMAÇÃO PARA SEREM BOAS ESPOSAS.


EDUCAÇÃO ROMANA
• BASEAVA-SE NOS DIREITOS E DEVERES.

• IDEAL DE EDUCAÇÃO:

• DIREITO DO PAI SOBRE OS FILHOS (MANUS).

• DIREITO DO MARIDO SOBRE A ESPOSA


(POTESTO DOMINICA).
• DIREITO DE UM HOMEM LIVRE SOBRE OUTRO,
QUE A LEI LHE DAVA POR CONTRATO OU POR
CONDENAÇÃO JUDICIARIA (MANUS CAPERE).
• DIREITO SOBRE A PROPRIEDADE (DOMINIUM)
• OBJETIVO – PRÁTICA SOCIAL, CONCEPÇÃO DE
DIREITOS E DEVERES.

• MÉTODOS – IMITAÇÃO DOS PAIS E HERÓIS


ROMANOS.

• PROFESSORES – LUDI-MAGISTER (QUE


TRABALHAVA COM ESCOLAS PAUTADAS NO
DIVERTIMENTO, JOGOS, BRIANCADEIRAS,
ETC...)
SURGIMENTO DAS ESCOLAS GREGAS

• 250 a 50 a.c.

• MOTIVO – CONTATO COM OUTROS


POVOS.

• EMERGÊNCIA COMERCIAL.

• AS ESCOLAS LUD-MAGISTER NÃO


SATISFAZEM AS NOVAS EXIGÊNCIAS.
• SURGEM AS ESCOLAS ROMANAS DE
RETÓRICA LATINA E GRAMÁTICA COMO
ENSINO SECUNDÁRIO, QUE FORMAVA
GRANDES ORADORES, FREQUETADAS POR
AQUELES ( ELITE) QUE QUERIAM SEGUIR A
CARREIRA PÚBLICA.

• DECLINIO DA EDUCAÇÃO ROMANA:


MOTIVO – POR SE LIMITAR A CLASSES MAIS
ELEVADAS.
EDUCAÇÃO MEDIEVAL

• APÓS A INVASÃO DOS BÁRBAROS A CULTURA


GRECO-ROMANA ESTEVE A PONTO DE SER
DESTRUIDA, O QUE NÃO ACONTECEU GRAÇAS
A ATUAÇÃO DA IGREJA CRISTÃ.

• SURGEM OS FEUDOS, OS MODELOS ROMANOS


CONTINUAM SENDO SEGUIDOS (INFLUÊNCIA
NAS LETRAS, GRAMÁTICAS, RETÓRICAS E
ORGANIZAÇÃO MILITAR)
O CRISTIANISMO E A FILOSOFIA PAGÃ.
• DIFERENÇA ENTRE O CRISTIANISMO E O
SABER GREGO E O ROMANO COMPOSIÇÕES
DIFERENTES:
• CLEMENTE DE ALEXANDRIA ( 150-215)
“O EVANGELHO ERA O PLATONISMO E
PLATÃO MOISÊS E A FILOSOFIA PAGÃ UM
PEDAGOGO QUE CONDUZ A CRISTO.
• SÃO JUSTINO (100-165) E ORÍGENES (185-254)
PENSAVAM DA MESMA FORMA QUE
CLEMENTE.
• SÃO JOÃO CRISÓSTOMO (340-407)
• “TAIS SABERES SÃO TOLÍCES”
• SÃO BASÍLIO (329-379)
• “DEVEIS ESCOLHER ENTRE A CIÊNCIA E A
ALMA”
• SÃO JERÔNIMO (347-420)
AUTOR DA BÍBLIA PARA O LATIM “DEVIA SER
RESPEITADA A PERSONALIDADE DA CRIANÇA
E CRIAR NA ESCOLA UM AMBIENTE DE
AMIZADE”

• SANTO AGOSTINHO (354-430)


TINHA UMA VISÃO PLATÔNICA “O ORGÃO DE
TODO APRENDIZADO E O LOGOS OU MESTRE-
INTERIOR (AUTO-EDUCAÇÃO) QUE ATUA POR
ILUMINAÇÃO DIVINA”.
• OBJETIVO DA EDUCAÇÃO – PAUTADA NA
RELIGIÃO, TINHA COMO CONCEPÇÃO: A
MORAL, O AMOR E A CARIDADE.

• EDUCAÇÃO: NÃO É INSTRUMENTO PARA


FELICIDADE.

• A EDUCAÇÃO TORNA-SE ALGO SECUNDÁRIO, O


ANALFABETISMO E FALTA DE CULTURA
TORNA-SE ALGO COMUM.
• DESAPARECEM AS ESCOLAS CLÁSSICAS.
• SURGEM AS ESCOLAS CRISTÃS.
• INSTITUIÇÃO PASSA A SER OS MOSTEIROS.
• A IGREJA PASSA A CONTROLAR A EDUCAÇÃO.
• SURGE A ESCOLÁSTICA (UM CONJUNTO DE
SABERES E MAIS TARDE TORNA-SE UM
MOVIMENTO INTELECTUAL PREOCUPADO EM
ENSINAR AS CONCORDÂNCIAS ENTRE A
RAZÃO E A FÉ).
• SÉC. XII – SURGE AS UNIVERSIDADES.
• EM 1224 SURGE A PRIMEIRA UNIVERSIDADE
EM NÁPOLES ITÁLIA( CURSOS DE MEDICINA,
TEOLOGIA E FILOSOFIA)
O FIM DA IDADE MÉDIA E O
RENASCIMENTO

• RENASCIMENTO – UM MOVIMENTO CULTURAL


E ARTÍSTICO, QUE MARCOU O FINAL DA IDADE
MÉDIA NO INICIO DO SÉC. XIV.

• CARACTERIZOU PELA TRANSIÇÃO DO


FEUDALISMO PARA O CAPITALISMO E
PROPUNHA RESTAURAR OS IDEAIS CLÁSSICOS
E CONSIDERAVA O PERIODO DA IDADE MÉDIA
SOB O DOMINIO CRISTÃO UM TEMPO SOMBRIO,
“ NOITE DE MIL ANOS”
SÃO RESGATADOS GRANDES
INTERESSES:
• A SOCIEDADE DESLOCA-SE DO
TEOCENTRISMO PARA O ANTROCENTRISMO.
• INTERESSE PELA VIDA REAL DO PASSADO (
CONHECIMENTO AMPLO DOS GREGOS E
ROMANOS)

• INTERESSES PELO MUNDO SUBJETIVO DAS


EMOÇÕES ( ALEGRIA DE VIVER E OS
PRAZERES)

• INTERESSE PELO MUNDO DA NATUREZA


FÍSICA ( IGNORADO PELOS POVOS
MEDIEVAIS)
A EDUCAÇÃO RENASCENTISTA ERA ELITISTA,
VISAVA OS CLÉRIGOS E A NOBREZA NÃO
CHEGANDO AS CAMADAS POPULARES.

• EXALTAVA OS CLÁSSICOS.

• BUSCAVA UMA NOVA EDUCAÇÃO.

• SE OPUNHA A ESCOLÁSTICA.

PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
• DANTE ALIGHIERI.
• PETRARCA.
A EDUCAÇÃO NOS TEMPOS MODERNOS
• IMPORTANTES TRANSFOMAÇÕES MARCARAM A
TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA PARA A IDADE
MODERNA.
• SÉC XVI – ALGUNS LÍDERES RELIGIOSOS
PASSARAM A PROTESTAR CONTRA OS ABUSOS
DA AUTORIDADE PAPAU E SURGE ALGUNS
MOVIMENTOS:
• CALVINO CRIOU O CALVINISMO NA SUIÇA.
• LUTERO FUNDOU O LUTERISMO NA ALEMANHA.
• HOUVE A DIVISÃO DE DOIS GRANDES GRUPOS:
CÁTOLICOS FIÉIS E OS PROTESTANTES.
• O CONTROLE DA EDUCAÇÃO PASSA A SER
CONTEXTADO.
• SOB ORIENTAÇÃO DOS PROTESTANTES,
VÁRIOS ESTADOS COMEÇARAM A ORGANIZAR
SISTEMAS PRÓPRIOS DE ESCOLAS.
• A IGREJA DOMINAVA TAMBÉM A CIÊNCIA,
HAVENDO GRANDE TRANSFORMAÇÕES
TENDO A CONTRIBUIÇÃO DE TRÊS GRANDES
PENSADORES.
• FRANCIS BACON – MÉTODO INDUTIVO.
• GALILEU GALILEI – SÓ A EXPERIÊNCIA
PERMITE LER E INTERPRETAR O LIVRO DA
NATUREZA.
• RENÉ DESCARTES – FORMULOU AS REGRAS
DO METODO CIÊNTIFICO.
JOÃO AMÓS COMÊNIO (1592-1670)

• FOI O PRINCIPAL PENSADOR DA ÉPOCA


FORMULOU OS PRINCIPIOS GERAIS DA
DIDÁTICA:
• FINALIDADE DA EDUCAÇÃO – FELICIDADE
ETERNA.
• CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO – PANSOFIA
( CONHECIMENTO DE TUDO PARA TODOS)
• MÉTODO – INDUTIVO ( INFLUENCIADO POR
BACON)
EDUCAÇÃO NA ÉPOCA DO
ABSOLUTISMO.
• PREDOMINIO DO REGIME ABSOLUTISTA, NO
QUAL O PODER POLÍTICO ERA CENTRALIZADO
NOS CLEROS E NOS NOBRES PASSANDO DE
PAI PARA FILHO.

• EDUCAÇÃO – ERA APENAS PARA A ELITE


(NOBRES E CLERIGOS).
• SÉC. XVII-XVIII O ABSOLUTISMO EXTINGUIU O
MOMENTO DE MAIOR EXPLENDOR.

• PRINCIPAL REPRESENTANTE: LUIZ XIV QUE


REINOU NA FRANÇA DE 1643-1715
UMA ESCOLA PARA POUCOS
• PRIVILEGIO DOS NOBRES.
• MARGINALIZAÇÃO DOS POBRES.
• ESQUECIMENTO DA EDUCAÇÃO POPULAR POR
TODA IDADE MÉDIA.
• JEAN-JACQQUES ROUSSEAU (1712-1778)
PARTICIPOU NO MOVIMENTO CONTRA TODAS
AS FORMAS DE ABSOLUTISMO.

CONTRIBUIÇÃO PARA EDUCAÇÃO:

• PROPOS UMA EDUCAÇÃO DE ACORDO COM AS


INCLINAÇÕES NATURAIS DA CRIANÇA.
• PROPOS UMA EDUCAÇÃO QUE RESPEITASSE
AS DIFERENTES FASES DO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
PRINCIPAIS IDEIAS:

• EDUCAÇÃO NATURAL E NÃO


IMPOSIÇÃO EXTERNA.

• EDUCAÇÃO COMO PROCESSO.

• SIMPLIFICAÇÃO DO PROCESSO
EDUCATIVO.

• IMPORTÂNCIA DA CRIANÇA.
A EDUCAÇÃO BURGUESA

• A PASSAGEM DA IDADE MODERNA PARA A


IDADE CONTEMPORÂNEA É MARCADA POR
IMPORTANTES REVOLUÇÕES.

• SEGUNDA METADE DO SÉC. XVIII, REVOLUÇÃO


BURGUESA, QUE TROUXE TRANSFORMAÇÕES
POLITICAS, ECONOMICAS E SOCIAIS,
COLOCANDO FIM NO REGIME ABSOLUTISTA E
DANDO INICIO AO CAPITALISMO.
• EDUCAÇÃO – É OBRIGADA A SE
MODERNIZAR PARA PROMOVER MAIS
IMPORTÂNCIA AOS COTEÚDOS TÉCNICOS E
CIENTÍFICOS.
“OS IGNORANTES PRESCISAM SER
EDUCADOS”

• SURGE ESCOLA PARA OS RICOS E ESCOLA


PARA OS POBRES.
• SURGE O ENSINO PÚBLICO ( ALEMANHA É
PIONEIRA).

• REINVINDICA-SE UMA ESCOLA ÚNICA PARA


RICOS E PARA POBRES ( MAS A EDUCAÇÃO
CONTINUA SENDO PARA A ELITE).
• SÉC XIX, REVOLUÇÃO INDUSTRIAL –
CARACTERIZOU-SE PELA A UTILIZAÇÃO DA
ENERGIA A VAPOR, AS MAQUINAS,
PRODUÇÃO EM GRANDES FÁBRICAS,
TRABALHO ASSALARIADO E UMA SOCIEDADE
INDUSTRIAL URBANA.

• 1776 – INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS


UNIDOS DA AMERICA DO DOMINIO INGLÊS.

• 1789 – REVOLUÇÃO FRANCESA, EXTINGUIU A


MONARQUIA SEPARANDO O ESTADO E A
IGREJA.
NOVAS IDEIAS DA EDUCAÇÃO

• PESTALOZZI(746-827) ENTENDIA A EDUCAÇÃO


COMO PRINCIPAL MEIO DE REFORMA SOCIAL,
DESDE QUE RESGATASSE A NATUREZA DO
ALUNO.

• HERBART (1776-1841) – MAIS TEORICO, DANDO


ÊNFASE A INTRUÇÃO BEM ORGANIZADA PARA
A EDUCAÇÃO DO CARÁTER.

• FROEBEL (1782-1852) – PRECURSOR DO


JARDIM DE INFÂNCIA .
EDUCAÇÃO NOVA
• DIANTE DE UM MUNDO CARACTERIZADO POR
CONSTANTES E RÁPIDAS TRANSFORMAÇÕES E
INÚMEROS PENSADORES. PROPÕEM-SE A
MUDANÇA DA ESCOLA E DA EDUCAÇÃO COM BASE
EM DUAS IDÉIAS CENTRAIS:
• O ALUNO COMO CENTRO E SUJEITO DA PRÓPRIA
EDUCAÇÃO.
• O MÉTODO ATIVO, EM QUE O PRÓPRIO ALUNO
CONSTROI O PRÓPRIO CONHECIMENTO.
• JOHN DEWEY – PROPOS UMA EDUCAÇÃO NÃO SÓ
ADEQUADA AO MUNDO ATUAL, MAS QUE FOSSE
FATOR DE PROGRESSO E AÇÃO SOCIAL,
HARMONIZANDO OS ASPECTOS SOCIAIS E
PSICOLOGICOS.
• WILLIAM KILPATRIK – TODA ATIVIDADE
ESCOLAR DEVE GIRAR EM TORNO DE
PROGETOS GLOBALIZADORES DE EDUCAÇÃO,
DESENVOLVIDO NUM AMBIENTE NATURAL.
• OVIDE DECROLY – A EDUCAÇÃO DEVE
OCORRER NOS “CENTROS DE INTERESSES” DA
CRIANÇA.
CRIANÇA – FAMÍLIA
CRIANÇA – ESCOLA
CRIANÇA – MUNDO ANIMAL
CRIANÇA – MUNDO VEGATAL
CRIANÇA – MUNDO GEOGRÁFICO
CRIANÇA – UNIVERSO
• MARIA MONTESSORI – PROPÔS A
RECONSTRUÇÃO NA ESCOLA DE UM
AMBIENTE ADAPTADO A CRIANÇA.

• CÉLESTIN FREINET – PEDAGOGIA SOCIAL:


A COLETIVIDADE E INTEGRAÇÃO ALUNO E
PROFESSOR E PROCUROU INTEGRAR
JOGOS E TRABALHOS UTILIZOU A
IMPRENSA ESCOLAR, TEXTO LIVRE,
FICHÁRIO, ETC...
Primeira Missa no Brasil, Victor Meirelles (1861)
OS JESUÍTAS E A EDUCAÇÃO DA ALMA
(1549-1759)

• OS JESUÍTAS PRESTARAM DECISIVA


COMTRIBUIÇÃO AO PROCESSO DE
COLONIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

• A COMPANHIA DE JESUS FOI FUNDADA POR


INÁCIO DE LOYOLA EM 1534 EM REAÇÃO A
REFORMA PROTESTANTE.
• 1549 – Padre Manoel de Nóbrega

• Pregação da fé católica e trabalho educativo

• Primeira escola elementar brasileira (Salvador – BA)


• 1570 = 5 escolas de instrução elementar (Porto
Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São
Paulo) e 3 colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e
Bahia)
• Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas
pelo Ratio Studiorum (escrito por Inácio de Loiola).
RATIO STUDIORIOM
Ratio Studiorum é o nome abreviado de Ratio atque
Institutio Studiorum Societatis Iesu, o plano
educacional que a Companhia de Jesus pôs à frente
dos seus colégios nas mais variadas partes do globo
(da Europa à Ásia). Embora vulgarmente se traduza
por código, ou método, a Ratio Studiorum é mais do
que o plano de estudos, ou o curriculum escolar, ou o
regulamento dos colégios dos jesuítas. Ela é na
verdade o regime escolar (e, nessa medida, também o
plano de estudos, o código e o regulamento) que
presidiu ao ensino nos colégios dos Jesuítas, desde
que foi composto (no final do séc. XVI) até à extinção
da Companhia de Jesus, em 1773 (com as
necessárias adaptações, claro).
ENSINO JESUÍTA
• Ensino das primeiras letras (curso elementar);

• Cursos de Letras e Filosofia (cursos secundários);

• Letras = Gramática Latina Humanidades e Retórica.

• Filosofia = Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e


Ciências Físicas e Naturais.

• Curso de Teologia e Ciências Sagradas (superiores,


para a formação de sacerdotes)
OBJETIVO DA EDUCAÇÃO JESUÍTA:

• Conter os avanços protestantes.

• Facilitar a colonização portuguesa com a conversão


indígena.

• Para alcançar os seus objetivos tiveram que


alfabetizar colonos, negros escravos e índios.
2 - PERÍODO POMBALINO (1760 – 1808) 48
anos

• Reforma pombalina – visava substituir a escola


que servia a fé para uma escola que servisse ao
estado.

• O ensino brasileiro ao iniciar o séc. XIX estava


reduzido a pouco mais que nada.
2 - PERÍODO POMBALINO (1760 – 1808)
• Expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal
(Sebastião José de Carvalho e Melo).

• Os jesuítas mantinham 25 residências, 36 missões


e 17 colégios e seminários e diversas escolas de
primeiras letras (Companhia de Jesus).

• Saíram do Brasil: 124 (Bahia); 53 (Pernambuco);


199 (Rio de Janeiro); 133 (Pará).

• Continuaram em funcionamento: Seminário


Episcopal (Pará), Seminários de São José e São
Pedro, Escola de Artes e Edificações Militares
(Bahia) e a Escola de Artilharia (Rio de Janeiro).
MOTIVOS DA RUPTURA

• Radicais diferenças de objetivos;

• Interesses comerciais da Corte;

• Jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e


noviciado (interesses da fé);

• Pombal queria reerguer Portugal da decadência em


relação às demais potências europeias e reconstruir
Lisboa, devastada por um terremoto (interesses
econômicos do Estado).
ORGANIZAÇÃO POMBALINA

• Supressão das Escolas Jesuíticas de Portugal e de


todas as suas colônias;

• Criação das aulas régias (Latim, Grego e Retórica),


autônomas, desarticuladas e isoladas, ministradas
por professor único;

• Criação da Diretoria de Estudos;


• Instituição do “subsídio literário”, imposto sobre
carne, vinho, vinagre e aguardente, cobrado sem
regularidade deixava os professores sem
vencimentos por longos períodos;

• Professores sem preparação para a função,


improvisados e mal pagos. Nomeados, tornavam-se
vitalícios de suas aulas régias.

• Resultado: No início do Século XIX a educação


brasileira estava reduzida a praticamente nada,
desmantelando-se totalmente a organização do
sistema jesuítico.
3 – PERÍODO JOANINO (1808-1821) 13 anos
• Vinda da Família Real, em 1808, com decorrente
abertura, por D. João VI (João Maria José Francisco
Xavier de Paula Luís Antônio Domingos Rafael de
Bragança), de Academias Militares, Escolas de
Direito e Medicina, Biblioteca Real, Jardim Botânico
e a Imprensa Régia;
• Fatos e ideias divulgados e discutidos na população
letrada, preparando o caminho político do período
seguinte;
• A educação continuou tendo importância
secundária;
• A abertura dos portos permitiu aos brasileiros,
madeireiros de pau-brasil, tomar conhecimento de
que existia, no mundo, civilização e cultura.
O IMPÉRIO E A FORMAÇÃO DA ELITE
• Com a vinda da família real portuguesa para o brasil
(1808) e com a independência (1822) a preocupação
é com a formação da elite dirigente.
• O ensino secundário e superior passaram a ser
privilegiados em prejuízo do ensino primário e
técnico-profissional.
• O ensino primário, a cargo das províncias de
péssima qualidade e não sendo requisito para o
ingresso ao ensino secundário, os escravos eram
proibidos de frequentar as escolas.
• O ensino secundário – não era requisito para o
ingresso no ensino superior, tinha um caráter
preparatório.
4 – PERÍODO IMPERIAL (1822-1888) 66 anos
• 1821 – D. João VI volta a Portugal;

• 1822 – D. Pedro I (Pedro de Alcântara Francisco


António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael
Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim
de Bragança e Bourbon) proclama a Independência
do Brasil;
• 1824 – Primeira Constituição Brasileira (o artigo
179 dizia que “a instrução primária é gratuita
para todos os cidadãos”).
• 1825 – Institui-se o Método Lancaster (“ensino
mútuo” onde um aluno treinado – decurião –
ensinava um grupo de 10 alunos – decúria, sob
rígida vigilância de um inspetor).
ORGANIZAÇÃO IMPERIAL

• Decreto de 1826 institui quatro graus de instrução:


Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e
Academias;
• Em 1827 um projeto de lei propõe a criação de
pedagogias em todas as cidades e vilas, prevendo o
exame na seleção de professores, para nomeação.
Propunha ainda a criação de escolas para meninas;
• Em 1834, Ato Adicional à Constituição dispõe que
as províncias passariam a ser responsáveis pela
administração do ensino primário e secundário, com
o surgimento da primeira Escola Normal (Niterói);
• Até a Proclamação da República, em 1889,
praticamente nada se fez de concreto pela
educação brasileira.
5 – PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-
1929) 40 anos

• Adoção do modelo político americano, com sistema


presidencialista.

• Na organização escolar percebe-se a influência da


filosofia positivista, com princípios orientadores a
liberdade e laicidade do ensino e a gratuidade da
escola primária (Reforma de Benjamin Constant);

• Formar alunos para os cursos superiores;


• Substituir a predominância literária pela científica,
tornando o ensino enciclopédico;
A PRIMEIRA REPÚBLICA E A CRISE DA
EDUCAÇÃO ELITISTA

• A república adota um modelo americano baseado


no sistema presidencialista, na organização escolar
tem a influencia da filosofia positivista.

• A primeira república é o período no qual se colocou


em questão o modelo educacional herdado do
império que privilegiava a educação da elite em
prejuízo da educação popular.

• Frustração gerou a crise levando a revolução de


1930, responsável por várias transformações
educacionais.
• Epitácio Pessoa, em 1901, inclui a Lógica entre as
matérias e elimina a Biologia, a Sociologia e a
Moral, fortalecendo a parte literária;

• A Reforma Rivadária Correa, de 1911, pretende o


curso secundário como formador do cidadão e a
abolição do diploma em troca de um certificado de
assistência e aproveitamento; transfere os exames
de entrada no ensino superior para as faculdades.
Esta reforma foi desastrosa para a educação.
• A Reforma João Luiz Alves introduz a cadeira de
Moral e Cívica para combater os protestos dos
alunos contra o governo do presidente Arthur
Bernardes.
A educação da elite sofreu cinco importantes
reformas:
• 1890 – Benjamin Constant: Preparar o estudante
para o ensino superior.

• 1901 – Epitácio Pessoa: Curso único, com duração


de 4 a 7 anos e cursos avulsos.

• 1911 – Rivadária Correia: Libertar o ensino


secundário de curso preparatório.
• 1915 – Carlos Maximiliano: Habilitação para o
exame vestibular.
• 1925 – João Luiz Alves: Fornecer cultura média do
país e preparar para o ensino superior
• Vários princípios educacionais foram discutidos no
decorrer da primeira republica tornando-se preceitos
constitucionais em 1934.

• Gratuidade e obrigatoriedade do ensino 1º grau.

• Direitos de todos a educação.

• Liberdade de ensino.

• Obrigação de estado e da família no tocante a


educação.

• Ensino religioso de caráter multiconfessional.


• No tocante as competências educacionais continuou
a dualidade herdade do ato adicional de 1834 e
consagrada na constituição de 1891:

• Sistema federal – ensino das elites (secundário e


superior)

• Sistema estaduais – educação popular ( educação


primária e profissional)
• 1920 – Intensificaram os debates sobre a educação.

• 1924 – Fundada a ABE( associação brasileira de


educação) visava proporcionar encontros com os
educadores.

• 1926 – Inquérito educacional organizado por


Fernando de Azevedo, baseado na escola nova,
que procurou levantar problemas e soluções
referentes a educação.
• Eventos da década de 20: Movimento dos 18 do
forte (1922);
• Semana de Arte Moderna (1922);

• Fundação do Partido Comunista (1922);

• Revolta Tenentista (1924);

• Coluna Prestes (1924 a 1927).


6 – PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA (1930-
1936) 6 anos
• Revolução de 1930 (Getúlio Dornelles Vargas):
entrada do Brasil no mundo capitalista de produção
industrial, com investimentos no mercado interno;

• Necessidade de mão-de-obra especializada;

• Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública;

• Reforma Francisco Campos organiza o ensino


secundário e as universidades brasileiras;

• 1932: lançado por diversos educadores o Manifesto


dos Pioneiros da Educação Nova;
• Produziu importantes transformações
educacionais, a educação passou a ter um
sistema articulado.

• Criou-se o Ministério da Educação;

• A constituição de 1934 inclui um capitulo


sobre a educação.
• ART. 150 – UNIÃO: Fixar o plano nacional de
educação, coordenar e fiscalizar a sua
execução em todo território.

• ART. 5º - UNIÃO: Traçar as diretrizes da


educação nacional.
• 1932 – o manifesto dos pioneiros defendeu
novas ideias:

• Educação como instrumento de reconstrução


nacional.

• Educação pública, obrigatória e leigo ao invés


de religiosa.

• Educação adaptada aos interesses do aluno.


• A Constituição de 1934 dispõe que a educação é
direito de todos, devendo ser ministrada pela família
e pelos Poderes Públicos;

• Criação da Universidade de São Paulo em 1934,


organizada conforme o Estatuto das Universidades
Brasileiras de 1931;

• Criação da Universidade do Distrito Federal (RJ) em


1935, com a Faculdade de Educação.
7 – PERÍODO DO ESTADO NOVO (1937-
1945) 8 anos
• Outorgada a Constituição de 1937, refletindo
tendências fascistas, sugerindo a preparação de um
maior contingente de mão-de-obra para as novas
atividades abertas pelo mercado, enfatizando o
ensino pré-vocacional e profissional;
• Propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres
à iniciativa individual e à associação ou pessoas
coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o
dever da educação;
• Mantém a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino
primário, obrigando o ensino de trabalhos manuais
em todas as escolas normais, primárias e
secundárias;
• Clara distinção entre trabalho intelectual para
as classes mais favorecidas e o trabalho
manual (ensino profissional) para as classes
mais desfavorecidas;
• Criadas as Leis Orgânicas do Ensino;
• Criado o SENAI – Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (ensino
profissionalizante);
• Ensino composto por 5 anos (primário), 4
anos (ginásio) e 3 anos (colegial, nas
modalidades clássico ou científico). 90% dos
alunos tenderam para o ensino científico, de
formação geral.
8 – PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA (1946-
1963) 17 anos

• Nova Constituição de 1946 (Eurico Gaspar Dutra)


dá competência à União para legislar sobre
diretrizes e bases da educação nacional, retomando
o preceito de que a educação é direito de todos;
• Regulamentação do ensino primário e do ensino
normal;
• Criação do SENAC – Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial;
• Vários projetos de reforma geral da educação
nacional, com lutas ideológicas e discussões sobre
a participação das instituições privadas de ensino;
• Promulgada a Lei 4.024, de 20/12/1961,
prevalecendo as reivindicações da Igreja
Católica e dos donos de estabelecimentos
particulares de ensino;

• Criado o Ministério da Educação e Cultura –


MEC em 1953;
• Campanha de Alfabetização com o Método
Paulo Freire, propondo alfabetizar em 40
horas adultos analfabetos;
• Criado em 1962 o Conselho Federal de
Educação.
• Criado o Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL;

• Instituída a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação, lei 5692/71, caracterizada por dar
uma formação educacional de cunho
profissionalizante.
9 – PERÍODO DO REGIME MILITAR (1964-
1985) 21 anos
• Marechal Humberto de Alencar Castello Branco: O
golpe militar aborta todas as tentativas de
revolucionar a educação brasileira (“propostas
comunizantes e subversivas”);
• Caráter antidemocrático do regime levou a prisão e
demissão de professores, universidades invadidas,
estudantes presos, feridos e mortos, a União
Nacional dos Estudantes foi fechada;
• Grande expansão das universidades, criando-se o
vestibular classificatório, acabando com os
excedentes (aprovados e sem vaga);
• Criado o Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL;

• Instituída a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação, lei 5692/71, caracterizada por dar
uma formação educacional de cunho
profissionalizante.
10 – PERÍODO DA ABERTURA POLÍTICA
(1986 – 2003) 17 anos
• José Ribamar Sarney de Araújo Costa: Profissionais
de outras áreas, anistiados e de volta ao país
assumem postos na área da educação e passam a
desenvolver o saber pedagógico (sala de aula,
didática, relação professor x aluno, dinâmica
escolar);
• Extinção do Conselho Federal de Educação e
criação do Conselho Nacional de Educação, mais
político;
• Exame Nacional de Cursos – Provão;
• Manutenção do “status quo” sem aliar
conhecimentos básicos com a vida prática dos
estudantes
• Segundo o próprio Ministério da Educação “os
estudantes não aprendem o que as escolas se
propõem a ensinar”;

• LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO


NACIONAL - Lei 9394/96 de 20 de dezembro de
1996.

• Em 2002, uma avaliação mostrou que 59% dos


concluintes da 4ª. série do Ensino Fundamental não
sabiam ler e escrever;
• Evidencia-se a busca por soluções para o
desenvolvimento econômico investindo na
educação.

You might also like