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Cultura da Cebola

EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
• Fotoperíodo
• Temperatura
• Água

Principal:?
Seus efeitos podem ser modificados
EFEITO DO COMPRIMENTO DO DIA
NO PROCESSO DE BULBIFICAÇÃO
Cultivar Fot. Crítico Fot. a que foi Comportamento
exposto

A 14-16 12 ?

B 11-12 14 ?

C 11-12 11-12 ?
TEMPERATURA
  TEMPERATURA: acelera
  TEMPERATURA: processo é retardado
  32oC na fase inicial: bulbificação
prematura
• Exposição períodos prolongados de
temperatura  (<10oC)
• 15,5 a 21oC: melhores bulbos e
maior produção
• Boa formação de bulbos:
fotoperíodo + temperatura
favorável à cv
• Temperatura: > importância na
passagem das duas fases
ÁGUA
• Sensível ao déficit hídrico
• Solo mantido úmido
• Muito sensível na bulbificação
• Produção de sementes
CULTIVARES
• Exigência fotoperiódica
- Dias curtos
- Intermediárias
- Dias longos
Brasil: localização geográfica das principais
áreas produtoras
• Emprego de cvs comuns
(polinização aberta)
• Cvs híbridas importadas
• Tipos nacionais mais utilizadas:
Baia e Pera Norte
PRECOCES
• Ciclo: 4-5 meses
• 10-11 h de luz
• Ampla adaptabilidade no Brasil
• Exs.: Granex
Rio Grande
MEDIANO
• 5-6 meses
• 11-13 h de luz
• Bulbos de coloração mais acentuada
• Sabor mais pungente
• Bulbos mais valorizados
• Adaptabilidade geográfica mais restrita
• Exs.: Baia Periforme, Bola Precoce, Roxa
do Barreiro
TARDIAS
• 6 a 8 meses
• Acima de 13 h
• Bulbos de coloração mais escura
• Ótima conservação
• Mais valorizados
• Adaptabilidade restrita
• Exs.: Rio Grande Bojuda, Conquista.
Inflorescência
Cultivares
• Mais utilizadas: Baia e Pera Norte
• Precoces
• Mediano
• Tardias
1- Globo Achatado
2- Globo Alongado
3- Globo
4- Periforme
5- Sweet Spanish
6- Achatado
7- Chato Alongado
8- Granex
9- Pião
Época de Plantio
• Melhor época: 3 ou 4 meses após
a germinação  Temp. amenas
entre 15 a 25oC, suprimento de
água.
• Maturação: Tempo seco e quente
• Semeadura para transplante
das mudas: março a junho

• MG e GO: março a abril

• Preferencialmente:
outono/inverno
Tipos de semeadura
• Diretamente no Campo
• Mudas
• Bulbinhos
Semeadura (2 Formas)
1- Semeadura seguida por transplante
Semeio em sementeiraslocal definitivo
Vantagens: mudas uniformes, fortes, sadias

Sementeira: Isenção de patógenos


Podridão Branca (Sclerotium cepivorum)
Raiz rosada (Pyrenochaeta terrestris)
Canteiros
• 1,0 a 1,20m largura x 10 a 15 cm de altura
• Períodos chuvosos
• Tombamento: tratamento prévio
• Firmas idôneas
• Incorporação de adubos químicos e
orgânicos
• Sulcos espaçados 10 a 15 cm
• Profundidade 1,0 a 1,5 cm ou a lanço
• Bandejas
• Gasto (1 ha): 1,3 a 2,0 Kg (85% de
germinação)
• Transplante: 40 a 60 dias
• Sulcos com 3-5 cm de profundidade
2- Semeadura Direta
Muito utilizado nos EUA
Brasil: expansão MG, GO e SP

Vantagens
Desvantagens
Semeadeira de precisão
Escolha e Preparo do solo
• Solos profundos Bulbos
• Textura média
• Solos muito argilosos
• Canteiros: 1 m
• 15-20 cm altura
• 2 a 3 sulcos
Espaçamento
• 25-35 cm entre os sulcos
• 5 a 10 cm entre plantas
• Espaçamentos estreitos: 
número de plantas e de bulbos/ha
• Espaçamento  preferência
consumidor
Plantio com bulbinho

• Fase 1: Produção dos


bulbinhos
• Fase 2: Plantio dos
bulbinhosprodução de
bulbos
Produção de cebola por bulbinhos
• 1a Fase: semeio denso (julho-agosto)
colheita em novembro
armazenamento até fevereiro
• Devem permanecer no campo por 2 a 3
dias
• 2ª Fase: plantio dos bulbinhos (fev-
março)colheita dos bulbos comerciais
(maio-junho)
• Bulbinhos plantados na vertical
• Plantados na horizontal:
produzem 30% menos
• Seleção: firmes (apodrecimento)
• Sem danos (insetos, roedores
ou mecânicos)
• Classificados por tamanho
• Espaçamento: 0,20 x 0,10 cm
Irrigação
• Muito sensível ao déficit hídrico
• O esgotamento de água no solo não deve
exceder 25% da água disponível no solo
• Solo úmido
• Procurar manter 75% da água útil nos
primeiros 20 cm de solo
• Prática comum: uma irrigação a cada
2 ou 4 dias
• Irrigação excessiva:
disseminação de doenças
Prolonga o ciclo
crescimento excessivo da parte aérea
Prejudica os bulbos causando podridões
Interromper 15-20 dias da colheita
Irrigação por sulco
Microaspersão
Gotejamento
Controle de Plantas Daninhas
• Sério problema para a cultura
• Porte baixo e desenv. Inicial lento
• Arquitetura: cobre irregularmente o solo
• Espaçamento Pequeno: dificulta e
encarece a capina manual e inviabiliza a
mecânica
• Ciclo longo: controle da concorrência
• Êxito da cultura: uso correto de herbicidas
Escolha do Herbicida
• Tipo de planta daninha
• Grau de infestação
• Estádio de desenvolvimento
• Tipo de solo
• Estádio de desenvolvimento da cultura
• Custo
Nutrição, Calagem e Adubação
• Relativa sensibilidade a acidez
• pH: 5,5 a 6,5
• Calcário: quando a saturação
por bases for < 60%
• Elevá-la a 70-80%
Nitrogênio
• Contribui muito para o aumento da
produtividade
• Excesso: alongamento do ciclo
Plantas taludas (pescoço
grosso)
> Susceptibilidade a doenças
foliares
Fósforo
• Maiores respostas em produtividade e
aumento do peso do bulbo
• Redução da brotação e podridão de
bulbos de cebola armazenados até 160
dias
• Deficiência: Folhas verde escura,
formato pequeno, bulbos de tamanho
reduzido
Potássio
• Segundo nutriente mais exigido pela
cultura
• Melhor qualidade do bulbo (formação
e conservação pós-colheita)
• Cor, tamanho, acidez, resistência ao
transporte, manuseio e
armazenamento, valor nutritivo.
Boro, Zinco e Molibdênio

• Estudos mostram que a


utilização de boro, Zinco e
molibdênio aumentam
significativamente a
produtividade
Colheita
• Colheita e cura: extrema importância
na conservação do bulbo, formação e
coloração da casca.
• Colheita: (amadurecimento do bulbo):
murchamento prévio da rama, na
região acima do bulbo (pescoço)
• Processo conhecido como tombamento
ou “estalo” da cebola
• Primeiro sinal de amadurecimento:
“estalo” (tombamento do pseudo-
caule), seguido pelo secamento da
planta
• Indicação do “estalo”
• Colheita antecipada com a planta
imatura
• 50% das plantas estiverem tombadas
Cebola colhida verde
• Aquosa
• Não completou o ciclo
• Perde muito peso com a evaporação da
água
• Má conservação
• Dias secos e ensolarados  melhores
para a colheita
• Solo úmido  qualidade e conservação
prejudicadas
Cura
• Finalidade:
• Redução da excessiva umidade das
ramas
• Secagem das películas externas
(intensificação da coloração externa dos
bulbos
• Redução da podridão pós-colheita
• Artificialmente ou no campo
Cura a campo
• Bulbos com as ramas devem ficar
expostos ao solo por 2-3 dias
• Cobrir os bulbos com as ramas
• Após a cura os bulbos são levados
para galpões bem arejados e
secos para uma cura mais lenta
Cura completa
• Desprendimento fácil das películas
externas quando se esfregam os
bulbos com os dedos
• Após este processo: corta-se as ramas
• 2 cm da parte superior
• Remoção das raízes
• Excesso de cascas
Cura Artificial
• Uso de ar aquecido (SC)
• Processo dinâmico (produto
deslocado em esteira)
• Processo estático (+ comum no
Brasil)
• Temp.: 46 - 48oC
• 16-32 h
Beneficiamento e Embalagem
• Corte das ramas e raízes
• Embalagem oficial: saco de
polietileno ou polipropileno
vermelho
• Capacidade de 20 Kg
Preferência do Consumidor
• Bulbos de tamanho médio
• 80-100 g
• Diâmetro transversal de 4-8 cm
• Coloração: tipo “Baia”tonalidade mais ou
menos intensa ou amarelo-palha
• Bulbos brancos e roxos  restrita
• MG: preferência para película arroxeada
• Brasil: isto não ocorre
Armazenamento
• Ambientes arejados, frescos, secos e
de sombra
• Ciclo tardio e mediano: até 6 meses
• Frigorificação: UR de 70-80 % e Temp.
4-6 oC  superiores a 6 meses
• Viabilidade desta prática deve ser
ponderada
• Perdas no armazenamento: podem
chegar a 40-50% da produção
• Não devem ser armazenadas com
outros produtos  absorção de
outros odores
• Armazéns podem der de 3 tipos:
1- Frigoríficos
2- Convencionais
3- Ventilados (Ventilação forçada)
Classificação e Padronização
• Normas do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento
• Defeitos Graves:
- Talo grosso
- Brotado
- Podre
- Com mancha negra
- Mofado
• Defeitos Leves:
- Bulbo com colo mal formado
- Deformado (crescimento
secundário)
- Falta de catáfilas externas
- Ausência da rigidez normal do
bulbo
- Descoloração
Classificação dos bulbos de acordo
com o diâmetro transversal
Classe Diâmetro (mm)

2 >35-50

3 >50-70

4 >70-90

5 >90
• Permite-se mistura de até 10%
• Mercado interno: pode ser comercializada
em réstia
• Não pode no mercosul
• Brasil: Utiliza apenas 3 diâmetros
- Graúdas (acima de 60 mm)
- Médias (40-60 mm)
- Miúdas (30-40 mm)
Comercialização
• Redução da oferta : junho e julho
• Produção é desenvolvida em 3
regiões distintas:
- Região Sul (nov. a maio) Pico em
dezembro
- Sudeste (SP e MG): a partir de maio
- Nordeste: Setembro a novembro
Calendário Mensal de
comercialização
ESTADOS J F MA MJ J A S O N D
RS x x x x x x
SC x x x x x x x
PR x x x x x x
SP x x x x x x x x x
BA x x x x
Argentina x x x x x x
Variação estacional dos preços médios mensais de cebola recebidos

pelos produtores da região do Submédio São Francisco, 1995-2005 .


Industrialização
• Ainda pouco praticada no Brasil
• Cebola desidratada
• Forma de pó ou flocos
• Picles
• Grandes perdas: Armazenar a frio ou
industrializar
• Volume de cebola industrializada:6%
Variedade de cebola doce:
Embrapa
• Cebola que não provoca choro
• Não deixa o característico
hálito
• Sabor quase doce

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