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BRASIL
• Revisão sistemática
dos estudos
realizados
previamente
• Dados mais
recentes de cada
país sobre o
assunto
OMS: Classificação de Robson
Em 2011, a OMS estabeleceu a
Classificação de Robson como o sistema
mais adequado para avaliar, monitorar e
comparar as taxas de cesáreas ao longo do
tempo em um mesmo hospital e entre
diferentes hospitais.
Setor público x
privado
Acesso ao serviço
suplementar
Escolaridade
Padrão Social
No Brasil - Queda
"Rede Cegonha”;
Maior presença
de enfermeiras
obstétricas;
Ação da ANS junto
às operadoras de
Planos de Saúde
Protocolo Clínico
de Diretrizes
Terapêuticas para
Cesariana.
Índices na Europa
Índices na Europa
Sistema de saúde dos países nórdicos
Servizio Sanitario Nacionale - Itália
Serviço nacional de Saúde + regime de seguro
social para determinadas profissões +
Seguradoras Privadas - Portugal
National Health Service NHS - Reino Unido
Seguro de Saúde Obrigatório (Público ou
Privado) - Alemanha
Países com alto percentual de cesáreas
Países com percentual de cesáreas
próximo ao indicado pela OMS
Países pobres,
principalmente da África
subsaariana como
Ruanda, Niger, Burkina
Faso, Etiópia, possuem
menos de 2% de partos
realizados por cirurgia -
ampla relação com um
sistema de saúde
insuficiente.
Tipos de Assistência ao Parto
Modelo Altamente Medicalizado: uso de alta tecnologia e
pouca participação de obstetrizes, encontrado nos EUA,
Irlanda, Rússia, República Tcheca, França, Bélgica e regiões
urbanas do Brasil;
A analgesia epidural é o
método mais usado para
alivio da dor no parto
São necessários mais
estudos para entender os
efeitos fisiológicos dessa
analgesia, principalmente
quando se trata do tempo
de duração do parto e sua
relação com a necessidade
de realização de parto
cesáreo
Outras recomendações
Contato cutâneo precoce entre mãe e filho e apoio
ao inicio da amamentação na primeira hora após o
parto
Monitoramento do parto pelo partograma
Representação gráfica da evolução do trabalho de
parto. Registra principalmente a frequência das
contrações uterinas, os batimentos cardíacos fetais e a
dilatação cervical materna
O que é?
“É uma estratégia do Ministério da Saúde que visa
implementar uma rede de cuidados para assegurar às
mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério,
bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento
seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.”
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_redecegonha.php
Afinal, tem parto não
humanizado?
Afinal, tem parto não
humanizado?
http://casamoara.com.br/normal-
x-humanizado-voce-sabe-mesmo-
a-diferenca
Diretrizes
Objetivos
1) Promover a implementação de novo modelo de
atenção à saúde da mulher e à saúde da criança
com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao
crescimento e ao desenvolvimento da criança
2) Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e
Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento
e resolutividade
3) Reduzir a mortalidade materna e infantil com
ênfase no componente neonatal.
Como funciona a adesão ao
programa?
Adesão Regional - para o Distrito Federal e o
conjunto de municípios da região de saúde Relembrando o que é
priorizada na CIB. Nesse tipo de adesão são CIB: A Comissão
Intergestores Bipartite
pactuadas ações para os quatro
(CIB), é um Fórum de
componentes da Rede Cegonha. negociação e
I - Pré-natal; pactuação, articulação
II - Parto e nascimento; e integração entre
III - Puerpério e atenção integral à saúde da gestores municipais e o
criança; e gestor estadual de
IV - Sistema logístico (transporte sanitário e saúde visando à
regulação). operacionalização da
descentralização das
Adesão Facilitada - para os municípios que
ações e serviços do
não pertencem à região de saúde priorizada Sistema Único de Saúde.
na CIB e que não aderiram ao Programa da
Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ)
Qual é a contrapartida do
Ministério da Saúde?
Componente Atenção Básica
Teste Rápido de Gravidez
Custeio de Leitos
Gestação de Alto Risco (GAR)
UTI Neo
Canguru
Investimento
Centro de Parto Normal (CPN)
Reforma/Ampliação de Ambiência
http://www.informacaoemsaude.rj.gov.br/992-redes-tematicas/rede-
cegonha/16521-rede-cegonha.html
A Rede Cegonha no Rio de
Janeiro
Região de
saúde
priorizada
A Rede Cegonha no Rio de
Janeiro
A estratégia para o início da implantação da Rede no Brasil e no Estado
do Rio de Janeiro obedeceu a critérios epidemiológicos (altas Taxas de
Mortalidade Infantil e de Razão de Mortalidade Materna) e de
densidade populacional. Desta forma, as Regiões Metropolitana I e
Metropolitana II, que compõem o grande arco metropolitano do
Estado, foram as indicadas para o início da implantação.
http://www.informacaoemsaude.rj.gov.br/992-redes-tematicas/rede-cegonha/16521-
rede-cegonha.html
Caderneta da gestante
Caderneta da gestante
Iniciativa Hospital Amigo da
Criança
http://www.scielo.br/scie http://bvsms.saude.gov.br/bv
lo.php?script=sci_arttext s/publicacoes/iniciativa_hospi
&pid=S0103- tal_amigo_crianca.pdf
21002012000300022
Centros de Parto Normal
Para partos classificados como baixo-risco
Critérios para admissão
Gestação única ≥37semanas e < 41 semanas
Trabalho de parto em fase ativa
Apresentação cefálica de vértice
Ausência de mecônio
Parturiente em bom estado geral, sem intercorrências obstétricas e/ou clínicas
Ausculta fetal normal
Ausência de alterações no crescimento fetal
Ausência de cesárea prévia e/ou cirurgias ginecológicas prévias
Rotura de membranas até 6 horas (admissão)
Indicadores
Partos vaginais assistidos: 0,1% (15)
Apgar < 7 no 1º minuto: 2,5%
Apgar < 7 no 5º minuto: 0,3%
Episiotomia: 7,0%
Laceração de 3º/4º grau: 0,9%
Taxa de transferência (maternidade): 12,5%
(Principal motivo: desejo de analgesia)
Taxa de transferência (RN): 2,6%
Objetivo: Oferecer a estrutura arquitetônica e física para as práticas de humanização do
parto
(http://www.brasil.gov.br/saude/2011/10/centros-especializados-incentivam-parto-normal)
Quarto PPP, deambulação
Quarto PPP, deambulação
(http://periodicos.ufc.br/revistademedicinadaufc/article/view/19817)
Possíveis problemas para
implementação
Resistência e Críticas:
“Annemieke Evers e colaboradores (BMJ. 2010), pretendendo atestar a segurança do
sistema de saúde holandês, avaliaram prospectivamente uma coorte de 37.735
nascimentos, comparando partos de gestantes de baixo risco, atendidas em CPN por
parteiras, com gestantes de alto risco atendidas em hospitais por obstetras. Os RNs
das gestantes de baixo risco atendidos pelas parteiras em CPN tiveram mais do que o
dobro de mortalidade perinatal relacionada ao nascimento. As parturientes que foram
referidas pelas parteiras aos obstetras tiveram 3,6 vezes mais risco de uma
mortalidade perinatal relacionada ao nascimento e 2,5 vezes mais chance de terem
seus filhos internados numa UTI neonatal. Já o estudo inglês, uma coorte prospectiva
com amostra por conveniência que “randomizou” gestantes de baixíssimo risco para
partos domiciliares, em CPNs e em hospitais, mostrou uma mortalidade perinatal em
nulíparas com partos domiciliares de 1,75 vezes maior, sem diferença na mortalidade
perinatal entre multíparas. Os grupos estudados não foram homogêneos com 20% das
parturientes “randomizadas” para parto hospitalar com pelo menos 1 fator de risco, a
taxa de transferência chegou a 45% nas nulíparas e o tempo médio de transferência
intra-parto para o hospital variou de 97 a 157 minutos!
Possíveis problemas para
implementação
Como esta prática tem se tornado frequente nos EUA, inclusive com os partos da
famosíssima Gisele Bündchen em casa, vários estudos têm sido publicados mostrando
resultados aterradores. Destaco um pela densidade dos seus números e a gravidade
dos eventos avaliados. Amos Grünebaun e cols. (www.ajog.org, 2013), estudando
13.891.274 nascimentos nos EUA entre 2007 e 2010 (dados do CDC), avaliaram dois
desfechos compostos, dano neurológico e APGAR igual a zero no 5º minuto de vida,
comparando partos atendidos por parteiras em domicílio em CPN e em hospitais com
partos atendidos por médicos em hospitais. A chance de um RN a termo ter dano
neurológico foi 2 vezes maior nos nascidos em CPN e 4 vezes maior nos nascidos em
casa, enquanto a chance do bebê ter APGAR de zero no 5º minuto foi 3,5 vezes maior
nos nascidos em CPN e 10,5 vezes maior nos nascidos em casa. Os RNs atendidos por
parteiras em hospitais tiveram significativamente menos chance de terem APGAR de
zero no 5º minuto e significativamente menos chance de terem dano neurológico
quando comparados com os partos atendidos por médicos, o que pode ser explicado
pelo menor risco apresentado pelas pacientes atendidas pelas midwives. Este estudo
mostra também que o fator determinante do dano é o local de atendimento e não o
profissional selecionado para fazê-lo.”
http://www.crmpr.org.br/Humanizacao+do+parto+acertos+e+erros+13+37183.shtml (2015)
Possíveis problemas para
implementação
Gestão, financiamento, política
Provável dificuldade dos municípios de implementarem os centros de
acordo com as novas normas da Portaria nº 11, de 7 de Janeiro de
2015, seja por questões de interesses políticos ou por simples inserção
dessa ideia na realidade brasileira de gestão e repasse de verbas.
http://www.didigalvao.com.br/laudo-confirma-que-centro-de-parto-
normal-de-petrolina-inaugurado-na-gestao-passada-nao-tem-condicoes-
de-funcionar/ (2017)
http://www.dgabc.com.br/Noticia/2449946/diadema-engaveta-projeto-de-
centro-de-parto-normal (2016)
http://www.sidrolandianews.com.br/noticias/sidrolandia/cpn-centro-de-
parto-normal-continuara-atendendo-pelos-moldes-de-sidrolandia (2017)
“que não fechará o centro, porém não conseguirá funcionar segundo os
moldes do Ministério da Saúde que prevê um atendimento de no mínimo 40
partos por mês para ser habilitado e receber verbas federais. ”
http://noticias.band.uol.com.br/cidades/minasgerais/noticias/?id=100000
870377 (2017) “Pronto, mas não funciona”
Assistência ao parto no Brasil
Obrigado!
Grupo: Ana Luisa Nunes, Augusto Barisão, Eduarda Sisto, Felipe James,
Gabriela Palhano, Ingrid Vieira, Julio Borges, Raphael Neves e William
Simões