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Estudo do SOLO

O solo é uma fina camada de material


rochoso transformado (intemperizado)
sobre a terra.

Terra – porção do planeta não coberta


por oceano.
Solo – Trata-se de uma mistura organizada de minerais, material orgânico,
organismos vivos, ar e água, que juntos suportam o desenvolvimento das
plantas.

SOLO: COMPOSIÇÃO E VOLUME.


Fonte: TARBUCK, E.J., LUTGENS, F.K. (1997). EARTH SCIENCE. New Jersey: Prentice Hall, 1997.
p. 68.
O solo deve ser preocupação dos produtores rurais e dos habitantes urbanos,
portanto, é dever de todos evitar a sua degradação, porque ele determina:
• O tipo de cultura
• O tipo de manejo a ser empregado
• A qualidade, quantidade e o custo dos alimentos.
• A qualidade ambiental.

2 – Origem do solo
• O solo é um recurso natural renovável. É importante salientar o fator
tempo, porque o complexo processo físico, químico e biológico que originou
o solo de hoje, só foi possível através de um grande período de tempo.
Sob condições climáticas ideais e um material de origem de menor
resistência, pode desenvolver 1cm de solo em 15 anos.
A formação do solo ocorre pela combinação de eventos físicos, químicos e
biológicos (intemperismo).
Quanto maiores os valores de temperatura
e pluviosidade, maior é a profundidade
de alteração da rocha.
• Intemperismo físico – fragmentação do material de origem  rochas e outros
depósitos geológicos mais recentes devido à oscilação de temperaturas (dilatação e
contração das rochas) e a abrasão causada pelo vento e água. Raízes de plantas
crescendo nas fissuras da rochas podem também exercer pressão para promover a
quebra de blocos de rochas.

• Intemperismo Químico – reações químicas de hidratação, dissolução (água da


chuva ácida), hidrólise, oxidação e redução  rochas e minerais.

• Intemperismo biológico – Os organismos vivos a se abrigarem neste material de


origem modificado também contribuem para a formação do solo.
Os líquens formam comunidades pioneiras que prendem pequenas partículas e
alteram quimicamente a rocha subjacente. Organismos como plantas e pequenos
animais (minhoca, formiga, fungo do solo, centopéia, protozoários, cupim, etc.),
também contribuem para o processo de formação do solo aumentando a quantidade
de matéria orgânica que é incorporada com pequenos fragmentos de rochas.
A minhoca é mais importante porque promove a mistura de materiais orgânicos e
inorgânicos, aumentando a quantidade de nutrientes, elas também trazem nutrientes
de camadas mais profundas do solo para a camada mais superficial, onde concentra
a maior quantidade de raízes, aumentando a fertilidade e melhorando a aeração e a
drenagem do solo.
Fungos e bactérias são também decompositores, reduzem o material orgânico a
tamanhos menores melhorando a qualidade do solo.
• Húmus – Matéria orgânica decomposta que supre em parte, as
necessidades das plantas em nutrientes e aumenta a atividade do solo, de
forma que os nutrientes inorgânicos, que são mais solúveis sob condições
mais ácidas, se tornam mais disponíveis às plantas.

3 – Propriedades do solo
• A) Textura – refere-se ao tamanho das partículas que variam de diâmetros;
– >2mm–cascalho a matacões(mais grosseiros).
– 0,05 a 2mm – areia
– 0,002 a 0,05 – silte
– < 0,002 – argila
• Solos arenosos - possuem textura mais grosseira (poros maiores)  maior
permeabilidade – maior movimento da água, que pode remover nutrientes para
além da zona radicular das plantas.
• Solos argilosos - possuem textura mais fina e menor permeabilidade.
• Exceção – Latossolos (alguns solos mais ricos em óxidos de ferro e
alumínio), a disposição das partículas em agregados mais arredondados
garante boa permeabilidade, apesar do elevado teor de argila.
B) Estrutura – refere-se ao arranjo das partículas em agregados
(unidades maiores). A união das partículas é feita por agentes
cimentantes e compostos orgânicos.

• Solos arenosos – estrutura fraca.

• Solos argilosos – tende a formar agregados mais estáveis. Boa


estruturação permite maior fornecimento de água e oxigênio para
as raízes das plantas.

• Excesso de água não drenado do solo pode causar morte das


plantas não tolerantes à falta de oxigênio.

• Falta de água no solo causa o murchamento, que também pode


levar à morte das plantas.
4 – Perfil do solo
Corresponde às camadas de diferente composição química, diferente
tamanho de partículas e diferente teor de matéria orgânica.

Perfil do solo
• Horizontes A e B – restos orgânicos decompostos e parcialmente
decompostos. No horizonte A, concentra-se mais nutrientes.
• Horizonte C – encontramos rocha intemperizada, ar e água. Acumula
alguns nutrientes lixiviados dos horizontes A e B.
• Horizonte D – Material de origem do solo. Rocha matriz .
• Solo nas regiões desérticas:
-Baixo teor de matéria orgânica (poucas plantas).
-Pequeno desenvolvimento dos horizontes (baixa umidade)

• Solo nas regiões mais frias (norte do Canadá e da Europa):


-Considerável acumulação de matéria orgânica.
-Acidez limita a decomposição da matéria orgânica.
-Processo de decomposição é reduzido.
-Baixa atividade microbiana.

• Solo nas regiões quentes e úmidas:


-Maior desenvolvimento do perfil do solo.
-Solos mais profundos e de horizontes mais espessos.
-Elevada taxa de decomposição microbiana.
-Acumulação de matéria orgânica mais reduzida.
-Solos pobres em nutrientes devido à lixiviação.
• 5 – Degradação do solo
Corresponde ao afastamento da condição natural do solo, reduzindo a
capacidade atual e futura de suporte para a produção vegetal e da
qualidade da água.
• -Degradação erosiva:
 Hídrica – (água)
• Superficial
• Ravinas
• Sulcos profundos
• Voçorocas
 Eólica - vento

Entre 1945 e 1990, cerca de 17%


de toda a área vegetada da Terra
(aproximadamente 1,97 bilhões
de há de solos), foram
degradados, a maior parte, pela
erosão.
• No Brasil predomina a erosão hídrica, principalmente pelo desmatamento
aleatório.
• Na Argentina predomina a erosão eólica, principalmente pelo
superpastoreio.

• Para cada tipo de ocupação do solo, se perde uma quantidade de solo


como nos mostram os três primeiros desenhos.
Degradação não erosiva:
• Diminuição da fertilidade
• Redução do teor de matéria orgânica
• Aumento da acidez
• Aumento de compostos tóxicos às plantas
• Compactação
6 – Principais problemas do solo
Lixiviação – remoção nos nutrientes pela ação da água.
 Laterização – formação de uma crosta dura na superfície do solo, nas áreas
tropicais, devido à forte concentração de sais de ferro e alumínio.
 Salinização – aumento da concentração de sais, principalmente cloreto de sódio
em áreas de irrigação.
 Esgotamento – Provocado principalmente pela monocultura, prática de
queimadas sucessivas e falta de manejo adequado do solo.
 Poluição
• Nutrientes principalmente N e P dos fertilizantes, estercos e lodo de esgotos.
• Pesticidas, inseticidas, fungicidas e nematicidas.
• Rejeitos perigosos principalmente combustíveis, solventes e compostos
voláteis.
• Acidificação provocada pela chuva ácida e pela drenagem ácida de
mineração.
7 – Práticas de conservação do solo
-Plantio em nível – topografia mais suave.
-Cultivo em faixas – rotação de culturas e culturas de retenção.
-Terraceamento – em declives mais acentuados.  CULTIVO EM TERRAÇOS

-Canais escoadouros – escoamento seguro do excesso de água dos canais dos terraços.
-Quebra-ventos – colocação e/ou manutenção de vegetação mais alta, com a finalidade de dissipar a energia do
vento.
-Plantio Direto – cultivo sobre os resíduos da cultura anterior, com a finalidade de reduzir a erosão, proteger o solo
contra o ressecamento e o resto de vegetação é transformada em adubo.

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