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MECANISMOS DE FALHA

Mecânica da Fratura
 O processo de fratura é normalmente
súbito e catastrófico, podendo gerar
grandes acidentes.

Envolve duas etapas: formação de trinca e


propagação.
 Pode assumir dois modos: dúctil e frágil.
Fratura dúctil e frágil
 Fratura dúctil
 o material se deforma substancialmente antes de fraturar.

 O processo se desenvolve de forma relativamente lenta à

medida que a trinca propaga.


 Este tipo de trinca é denomidado estável porque para ela

se propagar necessita que haja uma aumento da tensão


aplicada no material.
Fratura dúctil e Frágil

 Fratura frágil
 O material se deforma
pouco, antes de fraturar.
 O processo de propagação
de trinca pode ser muito
veloz, gerando situações
catastróficas.
 A partir de um certo ponto,
a trinca é dita instável
porque se propagará mesmo
sem aumento da tensão
aplicada sobre o material.
Teste de impacto (Charpy)
 Um martelo cai
como um pêndulo e
bate na amostra,
que fratura.
 A energia Posição
necessária para inicial Martelo

fraturar, a energia
de impacto, é Posição
Amostra h
obtida diretamente
final

da diferença entre h’
altura final e altura
inicial do martelo.
Fadiga

 Fadiga é um tipo de falha que ocorre em materiais


sujeitos à tensão que varia no tempo.
 A falha pode ocorrer a níveis de tensão
substancialmente mais baixos do que o limite de
resistência do material.
 É responsável por 90% de todas as falhas de
metais, afetando também polímeros e cerâmicas.
 Ocorre subitamente e sem aviso prévio.
 A falha por fadiga é do tipo frágil, com muito
pouca deformação plástica.
Tipos de Fadiga

 Os fenômenos de fadiga mecânica se


subdividem em:
• Fadiga Mecânica Convencional (condições
ambientes normais);
• Fadiga de Fluência (altas temperaturas);
• Fadiga Termo-mecânica (temperatura e
carregamento variáveis);
• Fadiga de Contato Cíclico (superfícies
deslizantes).
Inicio da Falha por Fadiga

As falhas por fadiga sempre tem inicio com uma


pequena trinca, pré-existente da manufatura do material ou
que se desenvolveu ao longo do tempo, pelas deformações
cíclicas, ao redor dos pontos de concentradores de tensões.

Portanto, é fundamental que o projeto de peças


dinamicamente carregadas, sejam elaboradas de modo a
minimizar concentradores de tensões.
Propagação de Trinca por Fadiga
Estágios de trinca de fadiga
Estágio I - Iniciação da trinca: ocorre devido a imperfeições, partículas,
inclusões, etc. (em escala microscópica os materiais não são homogêneos e
isotrópicos) e pontos de concentração de tensão, que contenha uma componente
de tensão de tração. Pode ter uma pequena duração para o seu inicio. Neste
estágio o crescimento da trinca em bandas de deslizamento. A propagação da
trinca se dá nos planos de alta densidade.

Estagio II - Propagação da trinca: após o surgimento da trinca microscópica,


ela se propaga, de acordo com os mecanismo da mecânica da fratura. Envolve
o maior tempo de vida da peça. Neste estágio o crescimento da trinca se dá nos
planos de alta tensão de tração – envolve o crescimento de uma trinca bem
definida na direção normal à tensão de tração máxima.

• Estágio III - de crescimento de trinca Ruptura final estática – Ocorre


devido ao crescimento instável da trinca, assim a trinca atinge um tamanho tal
que a seção transversal resistente não pode mais suportar a carga. Ocorre muito
rapidamente. Ocorrendo uma FALHA CATASTRÓFICA.

FALHA CATASTRÓFICA – Falha repentina, com pouca ou nenhuma


deformação plástica macroscópica.
Propagação de Trinca por Fadiga
Fratura Transgranular e Intergranular
A nucleão de trinca por fadiga pode ser dar de maneiras distintas.

TRANSGRANULAR INTERGRANULAR

A fratura se dá no contorno de grão


A fratura passa através do grão
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Como identificar uma ruptura
causada por fadiga?
 Presença de duas
zonas uma lisa e
outra rugosa.
Trincas por Fadiga
Marcas de Praia
Falha por Fadiga
Métodos de vida em fadiga

Método da vida sob tensão - Modelos baseados nas


Curvas S-N. (Wholer). (Aplicável para grande quantidade de
ciclos e tensões baixas);

Método da vida sob deformação - Modelo Baseado nas


curvas e-N- (Coffin e Manson), (Método novo aplicável no
caso de poucos números de ciclos e nível de tensões
elevados);

Método da mecânica da fratura linear elástica - Lei de


Paris;
Método da mecânica da
fratura elástica
O método da mecânica da fratura elástica prevê que
para região II é possível analisar se o crescimento da trinca
por fadiga, podendo prever se uma trinca se tornará estável
ou não, uma das teorias para avaliar o crescimento de trinca
por fadiga pelo método da mecânica da fratura elástica é a
Lei de Paris.
A lei de paris é dada por:
Método da vida em fadiga sob
deformação
O método da vida em fadiga sob deformação é o menos utilizado
pela sua dificuldade em obtenção de dados reais, condição necessária para
avaliação por este método.

• O método e-N aplica-se a peças não trincadas;


• Considera encruamento e amaciamento cíclico do material;
• Necessita de monitoramento de tensões e deformações reais;
• Necessita de instrumentação para avaliação de tensões e deformações,
como strain gages, placas de aquisição de dados entre outros;
• Necessita de maquinas de ensaios especiais para os diferentes tipos de
solicitações;
Método da vida em fadiga sob
tensão
O Método da vida em fadiga sob tensão, consiste da avaliação de
ensaios de fadiga para criação da curva S-N, este método é muito aplicado para
avaliar a vida de fadiga através amostra de material. Para ensaiar perfis em
situações reais é necessário utilizar a “teoria da similaridade”.
Método da vida em fadiga sob
tensão
Curvas S-N. (Wholer).
Método da vida em fadiga sob
tensão
A melhor forma para determinar os limites de resistência de um material
é ensaiá-lo montagens reais ou protótipos.
Método da vida em fadiga sob
tensão
CURVA s-N
500

450

400

350

300

250 NBR8800
200 MINER

150

100

50
2000

200000
1

2.00E+06

3.00E+06

2.00E+08
20000
Método da vida em fadiga sob
tensão
Curva de fadiga da NBR:8800
Método da vida em fadiga sob
tensão
Curva de fadiga da Eurocode 3
Limite de resistência a fadiga

Em qualquer projeto quanto à fadiga, um dos pontos fundamentais


é determinar, seja experimentalmente ou não, a resistência (ou limite) à
fadiga do material. A melhor informação sobre a resistência à fadiga (vida
finita) ou o limite à fadiga (vida infinita) de um material, provém de ensaios
com montagens reais ou protótipos dos dispositivos do projeto real. Nem
sempre esta determinação experimental é possível. Quando isto ocorre,
devemos seguir os seguintes passos:
• Ensaiar um corpo de provas do mesmo material a ser utilizado;
Se as informações acima não estão disponíveis, devemos fazer uma
estimativa tomando como base os dados disponíveis de ensaios estáticos,
onde utilizamos as seguintes aproximações:
Limite de resistência a fadiga

Observando a dispersão do limite de resistência não se deve à


dispersão das resistência de tração das espécimes, mas sim aos fatores
modificadores de resistência a fadiga.
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência a Fadiga
Os limites de resistência a fadiga obtidos em laboratórios
apresentam valores irreais, uma vez que os corpos de prova são preparados
com muito cuidado e ensaiado sob condições controladas atentamente. Nos
ensaios de resistência a fadiga de uma viga rotativa em laboratórios não
são levados os seguintes fatores que modificam resistência a fadiga:

- Material: composição, granulometria, bases de falha, variabilidade;


- Manufatura: tratamento térmico; condição de acabamento;
concentradores de tensão;
- Ambiente: corrosão; temperatura;
- Projeto: tamanho; forma; estados de tensões; concentradores de
tensão; microabrasão;

Para análise de resistência por fadiga Marin, identificou e


quantificou os fatores modificadores de resistência por fadiga, quando
comparado a valores obtidos em laboratórios.
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência a Fadiga

ka = fator de modificação de condição de superfície;

kb = fator de modificação de tamanho;

kc = fator de modificação de carga;

kd - fator de modificação de temperatura;

ke = fator de confiabilidade;

kf = fator de modificação por efeitos variados;

S'e = limite de resistência de espécime de teste do tipo viga rotativa;

Se = limite de resistência no local crítico de uma peça estrutural sob


condições normais de trabalho;
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência a Fadiga
ka = fator de modificação de condição de superfície;

kb = fator de modificação de tamanho;


Fatores Modificadores do Limite de
Resistência a Fadiga
kc = fator de modificação de carga;

kd - fator de modificação de temperatura;

ke = fator de confiabilidade;
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência a Fadiga

O fator de modificação por efeitos variados kf, tem por


consideração vários fatores que podem afetar, como, tratamento
térmico, tensões residuais; propriedades anisotrópicas, corrosão,
corrosão por microabrasão, frequência cíclica;

Um fator que deve-se tomar muito cuidado para não afetar o


limite de resistência por fadiga é concentradores de tensão, sendo
quantificados pelo fator KF, sendo que este concentrador de tensão
serve para amplificar os esforços atuantes em componentes.
Fatores que melhoram a vida em
fadiga

- Acabamento superficial
- Tratamento térmico superficial;
- Tratamentos térmicos
- Microestrutura;
- Tensões residuais de compressão;
- Composição química
- Materiais Anisiotropícos
- Suavização de concentradores de tensões;
- Tratamentos termoquímico;
Fatores que pioram a fadiga

- Riscos, sulcos, imperfeições no acabamento


- Descarbonetação excessiva;
- Tratamentos térmicos;
- Microestrutura;
- Tensões residuais de tração;
- Composição química;
- Seções com grande diferença de micro estruturas;
- Temperatura elevadas;
- Ambientes corrosivos;
- Atrito;
- ZAC (zona termicamente afetada);
- Concentradores de tensão;
- Tensão média elevada;
- Fragilização por hidrogênio;
- Fendas locais;
Tensões flutuantes em fadiga
Critérios de falha por tensões
flutuantes em fadiga
Concentradores de tensão
Fadiga em estruturas
Metálicas
Causa da trinca : Falta de penetração
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : Porosidade na Solda
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : Defeito de fabricação (concentrador de tensão)
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : concentrador de tensão
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : corosão
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : concepção equivocada
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : concepção equivocada
Fadiga em estruturas
metálicas
Causa da trinca : concepção equivocada
Fadiga em estruturas
metálicas
89.000 ciclos
Fadiga em estruturas
metálicas
Simulação no Ansys Workbench – Ligação de topo
Fadiga em estruturas
metálicas
Simulação no Ansys Workbench – Ligação de topo
Fadiga em estruturas
metálicas
Simulação no Ansys Workbench – Ligação de topo 2
Fadiga em estruturas
metálicas
Simulação no Ansys Workbench – Ligação de topo 2
Fadiga em estruturas
metálicas
Simulação no Ansys Workbench – Concentrador de tensão
Fadiga em estruturas
metálicas

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