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Estabelecer os
limites de
segurança na
exposição aos
agentes químicos
Quais as substâncias devem ser testadas?
TODAS?!
Todas as substâncias químicas novas devem ser submetidas à avaliação de sua segurança antes de serem
colocadas no mercado
Testes toxicológicos
Servem para conhecer a toxicidade de uma substância química, a fim
de estimar os riscos para a saúde humana e meio ambiente .
Utilizando como modelos:
3. Uma mesma substância pode ter uma série de relações dose-resposta uma para cada
efeito tóxico resultante
A forma da curva relação dose- resposta
tem implicações importantes na
avaliação da toxicidade.
.
• Forma U : nutrientes essenciais,
hormesis
• Conceito dose limite : relação com a
segurança de exposição
Testes toxicológicos- Pesticidas
Consulta Pública ANVISA nº 2 – 25/01/2011
Registro de agrotóxicos – Lista de estudos para novas moléculas e produtos formulados
Toxicidade oral aguda (DL50 oral);
Toxicidade dérmica aguda (DL50 dérmica);
Toxicidade inalatória aguda (CL50 inalatória);
Irritação/corrosão ocular aguda;
Irritação/corrosão dérmica aguda;
Sensibilização dérmica;
Teste de mutação reversa em bactérias;
Teste de micronúcleo em eritrócitos de mamíferos;
Toxicidade dérmica com doses repetidas 21/28 (vinte e um/vinte e oito) dias
Toxicidade oral com doses repetidas por 90 (noventa) dias em ratos;
Toxicidade oral com doses repetidas por 90 (noventa) dias em camundongos;
Toxicidade oral com doses repetidas por 90 (noventa) dias em não roedores;
Toxicidade crônica em não roedores;
Toxicidade crônica e carcinogenicidade em ratos;
Toxicidade crônica e carcinogenicidade em camundongos;
Toxicidade reprodutiva por duas gerações em ratos;
Toxicidade sobre o desenvolvimento pré-natal em ratos;
Toxicidade sobre o desenvolvimento pré-natal em coelhos;
Neurotoxicidade em roedores, quando houver indícios de neurotoxicidade nos estudos
de toxicidade aguda;
Neurotoxicidade retardada após exposição aguda, quando houver indícios de
neurotoxicidade retardada nos estudos de toxicidade aguda;
Neurotoxicidade retardada com doses repetidas (28 dias), quando houver indícios de
neurotoxicidade retardada: a) nos estudos de neurotoxicidade retardada após
exposição aguda; ou b) em outros estudos em doses repetidas;
Neurotoxicidade no desenvolvimento, quando houver indícios de neurotoxicidade nos
estudos de toxicidade sobre desenvolvimento pré natal;
Imunotoxicidade;
Toxicocinética (ADME);
Metabolismo em plantas
Testes toxicológicos- Medicamentos
Testes toxicológicos- Medicamentos
Os testes pré clínicos objetivam satisfazer todas as exigências necessárias
antes de uma nova substância ser testada em humanos.
Envolve 4 categorias principais:
Testes farmacológicos
Testes toxicológicos
Testes farmacocinéticos
Os estudos não clínicos de segurança propostos no Guia para a condução de
estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica
necessários ao desenvolvimento de medicamento – ANVISA são:
Conjuntiva:
A. HIPEREMIA
Vasos normais 0
Vasos injetados (hiperêmicos) acima do norma 1
Hiperemia mais difusa, vermelho mais escuro, vasos individualmente não discerníveis 2
Hiperemia vermelho vivo 3
B. EDEMA
Nenhum edema 0
Edema acima do normal 1
Edema evidente com everção parcial das pálpebras 2
Edema com as pálpebras semifechadas 3
Edema com as pálpebras semifechadas a completamente fechadas 4
Classificação toxicológica de pesticidas de acordo com os
testes toxicológicos
Portaria nº 3/92, classificação toxicológica
Portaria nº 84/96, classificação do potencial de periculosidade
Dose: Pelo menos 3 doses diferentes com sequência decrescente até chegar no NOAEL por 90
dias.
Avaliação Clínica:
Inspeção diária;
Consumo de água, ração, peso corporal e exame clínico - semanal
Exame neurotóxico, manifestações clínicas;
Oftálmo - um dia antes do início e último dia
Patologia clínica: análise hematológica, coagulação e bioquímica;
Eutanásia: : injeção intravenosa de anestésico ,seguida de exsanguinação por secção das artérias
femurais.
Necropsia: todos os órgãos são coletados e pesados; sangue por punção cardíaca
Histopatologia: grupo controle e maior dose, nos outros grupos apenas órgãos alterados
Teste de Toxicidade / Carcinogenicidade- Combinado
Protocolo: OECD 453
Objetivos:
Teste serve para identificar as propriedades carcinogênicas de uma susbtância,
especificamente seu potencial para induzir lesões neoplásicas
Tempo de surgimento de tumores malignos
Avaliar toxicidade crônica
Identificar órgãos-alvo
Caracterizar a relação dose/resposta
Identificar o NOAEL com maior precisão
Predizer os efeitos sobre a saúde em níveis de exposição equivalentes ao de humanos
Prover dados para testar hipóteses sobre os mecanismos de ação
Teste em duas fases paraleas
Primeira fase (12 meses) – fase crônica
Avaliação do grupo controle e satélite de dose alta
Segunda fase (24 meses) – fase carcinogenicidade
Avaliação de todos os outros grupos
Espécie: Ratos albinos (Rattus norvegicus), 6 semanas de idade. Ambos os sexos devem ser
usados.
Grupos (1 controle e 3 tratados)
Grupos de tratados em pelo menos três doses (50 animais /sexo/dose, e mais um satélite com a
dose alta, 12 animais) 50 animais /sexo/grupo= para cada grupo 100 animais e 4 grupos=400;
DÚVIDA PROFESSOR Sobre
eutanásia após 24 meses quem são esse 20 animais são os
não tratados? E pq ou com os
Satélite por cada grupo com 20 animais (controle) ou 12 animais (tratado) tratados, não seria e?? Li o
eutanásia após 12 meses protocolo td e nã consegui
entender essa parte
Via: oral Substância adicionada na ração
Dose : em pelo menos três doses (alta, média e baixa) sequência decrescente até chegar no
NOAEL
Avaliação clínica
• Exame clínico semanal e inspeção duas vezes ao dia
• Exame oftálmico um dia antes do início e no último dia do tratamento nos grupos satélites
• Exames laboratoriais (hematologia, bioquímica e de urina) aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses em 20
animais por sexo por grupo.
Avaliação Toxicidade Reprodutiva
Protocolo: OECD 421
Objetivos: fornecer informações iniciais sobre os possíveis efeitos sobre a reprodução e / ou
desenvolvimento avaliação significativa da potencial da substância para afetar a fertilidade,
gravidez, amamentação materna e comportamento, e crescimento e desenvolvimento fetal da
prole desde a concepção até dia 4 pós-parto.
Espécie: Ratos Albinos (Rattus norvegicus)
3 grupos tratados e 1 controle : 10 animais de cada sexo/ grupo (espera-se pelo menos 8 fêmeas
prenhes no processo)
Via: oral gavagem, na ração ou água
Dose: Pelo menos 3 doses diferentes com sequência decrescente até chegar no NOAEL
Avaliação clínica:
Todas as avaliações clínicas vistas anteriormente, mais a avaliação de número de nascimentos, de
fetos mortos e avaliações histopatológicas dos órgãos reprodutivos do animais são realizadas
Teratogênese
Protocolo: OECD 414
Objetivos: Avaliar o efeito de substâncias no desenvolvimento embriofetal de ratos.
Espécie: Ratos Albinos (Rattus norvegicus) com idade de acasalamento 20 fêmeas por grupo,
pelo menos
Via: oral por gavagem do 6º (implantação) ao 20º dia de gestação.
Dose: Pelo menos 3 doses diferentes com sequência decrescente até chegar no NOAEL
Eutanásia e laparatomia após a ultima dose
Avaliação clínica:
As fêmeas são mortas, o conteúdo uterino é examinado e os fetos são avaliados para tecidos moles e
alterações esqueléticas.
Avaliação dos índices reprodutivos:
Números de corpos lúteos
Presença de reabsorção
Sítios de implantação
Teste de Ames
Avalia a atividade mutagênica de compostos químicos, utilizando linhagens de bactérias
Salmonella thiphimurium com mutações no operon histidina (his-), que as impossibilitam de
crescerem em um meio sem histidina. A avaliação da mutagenicidade pelo Teste baseia-se na
quantidade de colônias de bactérias (revertantes) que cresceram em meio deficiente de
histidina, devido a uma reversão genética, 48 horas após a inoculação juntamente com o
composto a ser analisado. Também foi incorporado ao sistema enzimas do fígado de mamífero
(rato)
Situações: Resultado
1. Hist - em meio com histidina cresce normalmente
2. Hist- em meio sem histidina não cresce
3. Hist- em meio sem histidina e com substância não mutagênica não cresce
4. Hist- em meio sem histidina e com substância mutagênica (que promove cresce pois passa a sintetizar
mutação de hist- para hist+) histidina
Teste cometa:
O Teste Cometa (teste de células individualizadas em gel de agarose) é uma técnica útil
para o estudo de danos e reparos no DNA detecta lesões pré- mutagênicas
O princípio da técnica é simples: as células são inclusas em gel sobre uma lâmina
de microscopia, faz-se passar uma corrente elétrica e, como o DNA tem carga
negativa, se estiver rompido (clastogênese), migra para fora do núcleo, ficando
com a aparência de um cometa ou cauda. O DNA que não estiver rompido ou
quebrado fica armazenado no núcleo, sendo muito grande para migrar.
Este teste não é utilizado para detectar mutações, mas sim lesões genômicas
que podem ser reparadas e, se não reparadas, podem resultar em mutação
Teste micronúcleo:
O teste do micronúcleo tem sido aplicado
extensivamente em testes de
genotixicidade, pois os micronúcleo
são facilmente visualizados nos eritrócitos e são
fortes indicativos de
mensuração de aberrações cromossômica.