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SESSÃO 4 – PANORAMA DE CONCEITOS E

TERMINOLOGIA
(Maria GALLENO – FCLAR/UNESP – Campus Araraquara/SP)

2º WORKSHOP SOBRE AGENDA E REDE DE PESQUISAS NO BRASIL PARA REDUÇÃO DE RISCO DE


DESASTRES
28 a 30 de Abril de 2014
PALÁCIO ITABORAÍ –FIOCRUZ
PETRÓPOLIS-RJ
OBJETIVOS

1.Apresentar e discutir os termos e terminologias relacionados à


pesquisa sobre desastres.
2. Discutir a ordem dos termos relacionados com desastres dentro
tipologias lineares.
3. explorar brevemente a questão de determinar uma terminologia
convergente.
4. Metodologia utilizada para a terminologia –
qualitativa/quantitativa?
TERMINOLOGIAS BÁSICAS

 ACIDENTE  PERIGO
 AMEAÇA  PREJUÍZO
 CATÁSTROFES  PREPARAÇÃO
 DANO  PREVENÇÃO
 DESASTRES  VULNERABILIDADE
 EMERGÊNCIA  RECURSOS
 EVENTOS  RECUPERAÇÃO
 GERENCIAMENTO  REPARAÇÃO
 GESTÃO  RESPOSTA
 GOVERNANÇA  RESILIENTE
 HAZARD  RISCO
 IMPACTO  REPARAÇÃO
 MITIGAÇÃO  RESPOSTA
 SUCETIBILIDADE
DESASTRE
QUESTÃO 2. Conceito Oficial
• O que é o Desastre? 1.1. UNISDR
• Catástrofe é sinônimo de Desastre? “Una seria interrupción en el funcionamento de una
comunidad o sociedad que ocasiona una gran cantidad de
1. Conceito doutrinário: muertes al igual que pérdidas e impactos materiales,
1.1. Áreas de Pesquisa conómicos y ambientales que exceden la capacidad de la
comunidad o la sociedad afectada para hacer frente a la
a) Antropologia situación mediante el uso de sus propios recursos.”
b) Sociologia 1.2. IN nº 1, de 24/08/2012
c) Engenharia “Resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo
d) Saúde homem um cenário vulnerável, causando grave perturbação
ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade
e) Economia envolvendo extensivas perdas e danos humanos, materiais,
f) Direito econômicos ou ambientais, que excede a sua capacidade de
lidar com o problema usando meios próprios.” (art. 1º, I)
g) Geografia
 Abordagem metodológica: qualitativa/quantitativa.
h) Geologia
PARÂMETROS UTILIZADOS NA PESQUISA
CIENTÍFICAPARA AVALIAR OS DESASTRES (NATURAIS)

 Burton et al. (1978) sugerem sete parâmetros relacionados aos eventos naturais
diretamente vinculados aos desastres naturais:
1) Magnitude (alta – baixa)
2) Freqüência (freqüente – rara)
3) Duração (longa – curta)
4) Extensão area (ampla – limitada)
5) Velocidade de ataque (rápida – lenta)
6) Dispersão espacial (difusa – concentrada)
7) Espaço temporal (regular – irregular).

 Art. 3º a 9º, IN nº 1, de 24/08/2012


DANO – PREJUÍZO - RISCO

Dano: Resultado das perdas humanas, Risco: é a potencial consequência da interação


materiais ou ambientais infligidas às pessoas, entre perigo e vulnerabilidade. É a combinação da
comunidades, instituições, instalações e aos probabilidade de que se produza um evento e suas
ecossistemas, como consequência de um consequências negativas (UNISDR, 2009).
desastre;
Esta definição é muito semelhante à da guia 73 da
Prejuízo: Medida de perda relacionada com o norma ISO / IEC. A palavra "risco" tem duas
valor econômico, social e patrimonial, de um conotações diferentes: na linguagem popular,
determinado bem, em circunstâncias de geralmente a ênfase no conceito de probabilidade
desastre. ou possibilidade de que algo seja feito, como o
"risco de acidente", enquanto em um contexto
técnico, muitas vezes mais ênfase sobre as
consequências, em termos de "perdas" por algum
motivo, o lugar ea particulares blocos de tempo.
Pode-se ver que as pessoas não necessariamente
compartilham as mesmas percepções sobre o
significado e as causas subjacentes de diferentes
riscos. (UNISDR, 2009)
IMPACTOS
IMPACTOS PERIGO
1. MODELO/TIPOS:  Perigo (hazard): Condição ou
• Impactos Físicos fenômeno com potencial para causar
uma consequência desagradável
• Impactos Psico-sociais (Ministério das Cidades/IPT, 2007).
• Impactos Demográficos  Em inglês existe diferenças quanto ao
• Impactos Econômicos emprego das expressões hazard,
• Impactos Políticos
casualties e damage. O primeiro
vocábulo, significa perigo. O termo
• Impactos Ambientais casualties é utilizado quando há dano
2. Conceito econômico. E, por último, a palavra
damage é aplicada quando há perdas
• “Un proceso mediante el que se evalúan las humans (LINDELL,2011).
consecuencias del evento, de un proyecto o
programa propuesto. El estudio se empreende
como parte integral de los procesos de
planificación y de toma de decisiones com el
propósito de limitar o reducir el impacto
negativo del proyecto o del programa em
cuestión.” (Adaptado da terminologia da
UNISDR).
VULNERABILIDADE

CONCEITO - UNISDR
“São as características e circunstâncias de uma comunidade, do sistema ou de ativos que
tornam suscetíveis aos efeitos nocivos do perigo.”
Comentário: Há vários aspectos de vulnerabilidade decorrentes de vários fatores físicos,
sociais, econômicos e ambientais. Exemplos: concepção inadequada e má construção de
edifícios, proteção inadequada dos ativos , a falta de informação e sensibilização incluem
público limitado reconhecimento oficial de riscos e medidas de preparação , e desrespeito para
a gestão ambiental sensato ou prudente. Vulnerabilidade varia consideravelmente dentro de
uma comunidade e ao longo do tempo . Esta definição identifica vulnerabilidade como uma
característica dos elementos de interesse ( comunidade , sistema ou ativo ), que é independente
da sua exposição. No entanto, no uso comum, o termo é muitas vezes usado de forma mais
ampla para incluir o grau de exposição desses elementos.
RESILIENTE
1. CONCEITO – UNISDR
 “La capacidad de un sistema, comunidad o sociedad expuestos a una amenaza para resistir, absorber, adaptarse y recuperarse de sus
efectos de manera oportuna y eficaz, lo que incluye la preservación y la restauración de sus estructuras y funciones básicas.”
2. Parâmetros para identificar uma cidade resiliente – Projeto Cidade Resiliente (UNISDR)
• É onde a população participa, decide e planeja sua cidade junto com as autoridades locais, tendo em conta suas
capacidades e recursos.
• Possui um administrador público competente e responsável que garante uma urbanização sustentável com a participação
de todos os grupos populares.
• É onde muitos desastres são evitados em função de que toda sua população vive em residências e bairros providos de
infraestrutura adequada (abastecimento de água, saneamento básico, eletricidade, drenagem e estradas em boas
condições) e serviços básicos (escolas, coleta de lixo, serviços de emergência). Suas estruturas atendem aos padrões de
construção e não geram a necessidade de ocupação desordenada em áreas de encosta, ou sujeitas a inundação.
• Entende seus riscos e desenvolve um forte trabalho de educação com base nas ameaças e vulnerabilidades a que seus
cidadãos estão expostos.
• Toma medidas de prevenção e preparação a desastres com objetivo de proteger seus bens – pessoas, residências,
mobiliários, herança cultural e capital econômico – e está preparada para minimizar perdas físicas e sociais decorrentes de
eventos climáticos extremos.
• Realiza investimentos necessários em redução de riscos e é capaz de se organizar antes, durante e depois de um
desastre.
• Está apta a restabelecer rapidamente seus serviços básicos, bem como retomar sua atividade social, institucional e
econômica depois de um desastre.
• Entende que as mudanças climáticas também devem ser consideradas em seu planejamento urbano.
OBSERVAÇÕES FINAIS

UNIÃO EUROPÉIA ESTADOS UNIDOS


 O compromisso da UE para a Redução  Robert T. Stafford Disaster Relief and
do Risco de Desastres podem ser Emergency Assistance Act, Public Law
encontrados em dois documentos 93-288, as amended, 42 U.S.C. 5121-
principais: o Consenso Europeu sobre o 5207, and Related Authorities.
Desenvolvimento (2005) e o consenso
em matéria de Ajuda Humanitária
(2007).
QUAL A IMPORTÂNCIA DA TERMINOLOGIA

• UNIFORMIZAÇÃO DE TERMOS
E TERMINOLOGIAS
• AÇÕES GOVERNAMENTAIS
• TOMADA DE DECISÃO
• POLÍTICAS PÚBLICAS
Muito obrigada!

E-mail: jgalleno@usp.br – gallenoambiental@gmail.com

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