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SEGURANÇA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Kaio Francisco Ribeiro – kaiof.ribeiro1@gmail.com


ENGENHARIA
“A Engenharia é a ciência, a arte e a profissão de adquirir e de aplicar os
conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e
implementação de utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, aparelhos,
sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou objetivo.”.
Num contexto mais popular, como definiu o Engenheiro Civil Arthur M. Wellington
(1847 – 1895) (http://sereduc.com/USMdsK) que disse que “Engenharia é a arte de
fazer bem com 1 dólar, aquilo que outros indivíduos poderiam fazer com dois
dólares.”. O fato é que a engenharia está embasada na prática da aplicação segura e
econômica das leis científicas que governam as forças e materiais da Natureza,
através da organização, design e construção, para o benefício da humanidade. Cabe
ao engenheiro adquirir os conhecimentos teóricos e práticos requeridos pela
profissão e aplicá-los de maneira eficaz e econômica.
Segurança do Trabalho
•Conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho,
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.
É a base para a produtividade e qualidade da obra.

Engenharia Segurança do trabalho:


É o ramo da engenharia responsável por prevenir riscos à saúde e à vida do
trabalhador. O engenheiro de segurança do trabalho tem a função de assegurar que o
trabalhador não corra riscos de acidente em sua atividade profissional, sejam eles
danos físicos ou psicológicos.
CANTEIRO DE OBRAS

DEFINIÇÃO
Canteiro de obra é a denominação genérica dada ao local onde serão desenvolvidas as diversas atividades
necessárias à realização de uma obra de engenharia.
A NBR - 12.284 define canteiro de obras como “conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos
trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”.
A NR-18 (Norma Regulamentadora nº18) define canteiro de obras como “área de trabalho fixa e temporária
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”.

O planejamento e a organização do canteiro de obras devem preceder à realização dos serviços de cada
etapa da obra a fim de serem evitadas improvisações que fatalmente levam a desorganização da obra,
ociosidade e subutilização dos equipamentos e mão-de-obra, transporte desnecessário e armazenamento
inadequado dos materiais, desperdícios, perdas de produtividade, de tempo e de qualidade, levando a
perdas financeiras irrecuperáveis
São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro:
O tipo, natureza e complexidade da obra;
Topografia e condições ambientais;
As características dos materiais empregados;
Os processos e métodos construtivos empregados;
Os tipos de equipamentos empregados;
Os prazos de execução de cada etapa e da obra total;
A quantificação e tipificação da mão-de-obra a ser utilizada em cada etapa.

As etapas da obra podem ser genericamente divididas em:


1. Fase Inicial – corresponde à movimentação de terra, execução das fundações e do subsolo;
2. Fase Intermediária – fase de grande volume de produção: estrutura, coberta, alvenaria e
instalações;
3. Fase Final – fase de revestimentos e acabamento da obra
PCMAT (Programa de Condições e Maio Ambiente do Trabalho)

Destinado a auxiliar a empresa na implantação dos procedimentos de segurança e


saúde no trabalho.
•Exigido pela NR 18 – Obras com 20 ou mais funcionários
•Projeto detalhado de tudo que envolva a segurança e conforto do trabalhador em
todas as suas fases.
LICENÇAS, ALVARÁS E REGISTROS DA OBRA
1) Aprovação dos projetos: Alguns dos projetos estão sujeitos à aprovação prévia em
diferentes órgãos ou empresas de serviço público. Os principais são:
1. Projeto de Arquitetura – Prefeitura Municipal.
2. Projeto de Instalação Elétrica – Concessionária de energia elétrica.
3. Projeto de Instalação Hidro-sanitária – Prefeitura Municipal e/ou Concessionária de
Água e esgoto.
4. Projeto de Instalação Contra Incêndio – Corpo de Bombeiros.
5. Projeto de Instalação Telefônica – Concessionária de Telefonia.
2) Licenciamento ambiental – Licenças concedidas pelos órgãos ambientais do Município,
Estado e União que analisam o impacto ambiental do empreendimento.
3) A.R.T. / CREA - Anotação de Responsabilidade Técnica no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de todos os autores dos projetos e dos
responsáveis pelas suas respectivas execuções.
4) Alvará de construção – É emitido pela Prefeitura Municipal do Município onde será
executada a obra após a aprovação dos projetos.
5) Matrícula da obra no INSS – Cadastro Específico no INSS – C.E.I. da obra.
6) Comunicação prévia da obra à DRT – É obrigatória a comunicação à Delegacia
Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das seguintes informações:
1. Endereço da obra;
2. Qualificação (CEI – INSS, CNPJ ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;
3. Número máximo de empregados previsto (inclusive subempreiteiros) e
4. Datas previstas de início e término da obra.
PLACAS DA OBRA

As placas da obra são confeccionadas em chapas de metal (zinco, aço zincado, alumínio) com
armação de madeira ou aço, destinadas a fornecer informações sobre a obra. O conteúdo,
dimensões e especificações são regulamentados pela legislação municipal ou especificados
no contrato de execução da obra.
O CREA (Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Arquitetura) exige que seja afixada
na frente principal da obra uma placa com os nomes, registros e anotações das empresas e
dos profissionais responsáveis envolvidos nos projetos e execução da obra.
Os órgãos de licenciamento exigem a afixação de placa contendo os dados da licença em
formato padronizado para facilitar a sua fiscalização.
Outras placas são colocadas a fim de dar maiores informações ao público sobre a obra, como
as empresas fornecedoras e produtos envolvidos na execução da obra.
PREPARAÇÃO DO TERRENO
Uma vistoria minuciosa e um histórico do terreno devem ser feitos antes da
elaboração dos projetos com a finalidade de localizar a existência de elementos tais
como: tubulações enterradas de qualquer natureza, poço, cacimbão, fossa,
sumidouro, restos de edificações, nascentes, aterros de qualquer natureza,
córregos, etc.

Serviços utilizados na preparação do terreno:


Desmatamento – Retirada da vegetação de grande porte, devidamente autorizada
pelo órgão ambiental competente, sendo feita manualmente com o uso de moto-serra
ou por máquinas e equipamentos adequados.
Roçado – Corte dos pequenos arbustos, feito manualmente com roçadeira ou
por processo mecânico.
Destocamento – Extração dos tocos de árvores e arbustos resultantes do
desmatamento.
Capina – Retirada de toda a vegetação rasteira, feita manualmente com enxada
ou equipamento.
Desentulho e Limpeza – Consiste na retirada de todo material indesejável na
obra.
Terraplenagem – Consiste no conjunto de operações de corte, escavação, carga,
transporte, descarga, compactação e acabamento, executadas no terreno natural
a fim de dar uma nova conformação topográfica desejada. É indispensável o
acompanhamento dos trabalhos pelo serviço de topografia.
•EPI •EPC
Riscos de Acidentes / Queda em altura
•São os que mais levam a óbito.
Riscos de Acidentes / Queda em altura
•São os que mais levam a óbito.
Espaços Confinados:

•Mortes só são superadas pelos acidentes com queda


em altura na construção civil
(Fundacentro)
Locais que fechados por médios ou longos períodos,
mas precisam ser acessados em determinado momento
por profissionais encarregados de realizar um trabalho
específico internamente como manutenção, inspeção,
limpeza ou resgate.
Riscos de Acidentes
Choque elétrico
Riscos de Contrair Doenças
Respiratória - Silicose:
•Doença profissional mais antiga que se conhece.
•Pessoas que inalaram pó de sílica durante muitos anos.
•O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia.
•Formam áreas cicatrizadas no pulmão, que não permitem a
passagem do oxigênio para o sangue de forma normal.
•Os pulmões perdem elasticidade e requer-se mais esforço
para respirar.
•O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo
e pode causar insuficiência cardíaca (pode evoluir para a
morte).
•Diagnostica-se com uma radiografia do tórax que mostra o
padrão típico de cicatrizes e nódulos.
Riscos de Contrair Doenças De Pele:
Perda auditiva: Ruídos (Máquinas em geral)

Vibradores de concreto;
Betoneiras;
Marteletes
Esmerilhadeiras;
Compressores;

;
Bate estaca
Musculoesqueléticas
•elementos desencadeadores:
•por Esforços Repetitivos (LER) ou Esforço
Traumas Cumulativos (LTC) ou
Distúrbio Osteomuscular Repetitividade
Relacionado ao Trabalho (DORT). Velocidade
•Atingem dedos, punhos, Sobrecargas
antebraços, cotovelos, braços,
ombros, pescoço, regiões Vibrações
escapulares e coluna vertebral.
Equipamento de Proteção Individual
(EPI)
NR5 - EPI’s que são obrigatório
NR-18 - os EPIs devem ser dividem-se em quatro grupos:
fornecidos de forma gratuita para
os empregados sempre que as •Proteção para a cabeça
medidas de proteção coletiva não •Proteção para o tronco
forem viáveis do ponto de vista
técnico ou não oferecerem •Proteção para os braços e mãos
completa proteção aos operários. •Proteção para as pernas e pés
(além do cinto de segurança)
•Lascas de madeira, ferro, vidro,
respingos de argamassa e faíscas que
se soltam do esmeril estão entre as
principais causas de problemas nos
olhos.
•São conhecidos como acidentes
com corpos estranhos.
Capacete Mascara de soldador Protetor facial para
serra circular
Óculos de proteção
Óculos de proteção Pedaços de concreto que se soltam
Use máscara e óculos com proteção durante o trabalho..
lateral.
Isso evita que entrem partículas de pó
nos olhos.
Máscara de pó

Protetor auricular
Proteção para o tronco:

Capa de chuva
Avental de couro para soldagem
Proteção para os braços e mãos:

Luva de malha
Luva de malha Luva de borracha Luva de raspa de couro
pigmentada
Proteção para as pernas e pés:

Botas para concretagem


Calçado fechado
Perneiras de couro para
soldagem
TRABALHO EM ALTURA – NR35
Cinto de segurança:
Cinto de segurança tipo pára-
quedista

Talabarte duplo em Y
com absorvedor de energia
integrado
Trava quedas
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
Áreas vazadas:
18.13.1. É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda
de trabalhadores ou de projeção de materiais.
18.13.2. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.
18.13.2.1. As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de
materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de
entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar.
18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de,
no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material
resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas.
18.13.6. Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro)
pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma
principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito
acima do nível do terreno.
18.13.7.2. Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente,
quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída.
• Enquanto a alvenaria ou fechamento da edificação não for executada, a periferia das lajes deve receber proteção
contra quedas.
• A proteção pode ser executada com redes fixadas nos pilares da estrutura ou por anteparos rígidos, tipo guarda-
corpo, de acordo com as medidas especificadas na NR 18.
Sinalização
As instruções verbais podem ser substituídas por símbolos, que podem ser de leitura
mais fácil e rápida.

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