Metáforas

Machadian
as
Bruna Basso
Letícia Sallorenzo
Berkeley, década de 1970
Eleanor Rosch George Lakof
Psicologia Linguística
 Categorizações
• um dos mais
importantes
processos cognitivos
de domínio geral.
• interação do ser
humano com o
mundo em que vive,
no qual a linguagem
desempenha papel
crucial e
fundamental.
Metáforas da Vida Cotidiana - 1980

George Lakof Mark Johnson

Metáfora
• Tempo (Categoria)
• Deve ser usado com
sabedoria
• Se mal usado, não é
recuperável
• Se bem usado, traz
TEMPO É DINHEIRO
recompensa ao proprietário
Metáfora = Uma forma de explicar uma coisa
em termos de outra coisa
• Dinheiro (categoria)
• Deve ser usado com
sabedoria
• Se mal usado, não é
recuperável
• Se bem usado, traz
recompensa ao proprietário
Metáfora
• Lakof e Johnson explicam que o sistema conceitual dos
seres humanos, que cuida não só da linguagem como
também dos pensamentos e ações das pessoas, é
naturalmente metafórico.
• Esse sistema conceitual estrutura a percepção e
interação dos indivíduos com o mundo e com outros
indivíduos – e dificilmente alguém se dá conta desse
uso tão intenso.
• O uso de metáforas permeia o cotidiano das pessoas,
não apenas no que concerne ao uso da língua, mas
principalmente os pensamentos e ações.
Metáforas conceituais
• Tempo é dinheiro
• Discussão é uma guerra
• Paixão é quente
• Pessoas são máquinas
• Propósitos são destinos
• Saber é ver
Metáforas na ficção: More Than Cool Reason
(1989)

George Lakof Mark Turner

A Grande Cadeia existencial
• A metáfora complexa da Grande Cadeia é uma escala
de seres vivos (humano, animal, planta, objeto
inanimado) e consequentemente uma escala das
propriedades que caracterizam formas vivas (razão,
comportamento instintivo, função biológica, atributos
físicos etc.)
• Essa metáfora, ampliada, é central na cultura ocidental:
Deus acima de tudo; homens sobre animais, cachorros
sobre insetos. É um modelo cultural que abarca não só
comportamentos e atributos, como também padrões de
dominação. Como cadeia de dominação, pode se tornar
Metáforas Machadianas (1977)
• Trata a metáfora como questão
meramente estilística (caps 4 e 5)
• Lista exemplos textuais de
metáforas
• Não fala em metáforas conceituais,
nem em cadeias de metáforas
Metáforas Machadianas (1977)
• Parte 2
• Função dissimuladora – metáfora como eufemismo, ironia
(“inverdade é o mesmo que mentira, mas mentira de luva de pelica
(...) não se achará melhor eufemismo para mentira”) Crítica – ideias sobre
teatro

• Função intensificadora – metáfora para enfatizar determinadas

informações e sensibilizar o leitor: “Quis insistir que nada, mas não
achei língua. Todo eu era olhos e coração, um coração que desta
vez ia sair, com certeza, pela boca fora.” Dom Casmurro
• Função unificadora – metáfora original, que explica uma coisa
em termos de outra “A Loucura, objeto dos meus estudos, era até
agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar
que é um continente” O Alienista
Metáforas conceituais em Machado de
Assis
• Metáforas ligadas às configurações / concepções de
sociedade
• (debater com a turma)
O Medalhão
Conclusão
• A metáfora em Machado de Assis extrapola o texto; está
em personagens, em ações, em enredos, em obras
inteiras
• O texto metafórico é muito bem explorado por Machado
de Assis no papel de conduzir / manipular o leitor
Obrigada
!