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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

Aula 10- Código de Ética do Mediador


MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

Conteúdo Programático desta aula

 Analisar o Código de Ética do


Mediador;
 Apresentar a Resolução 125 do
Conselho Nacional de Justiça.

CÓDIGO DE ÉTICA DO MEDIADOR– AULA 10


MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

CONIMA
O Conselho Nacional das Instituições de Mediação e
Arbitragem (CONIMA)é uma entidade que tem como objetivo principal
congregar e representar as entidades de mediação e arbitragem,
visando a excelência de sua atuação, assim como o desenvolvimento e
credibilidade dos MESCs (Métodos Extrajudiciais de Solução de
Controvérsias), sempre observando as normas técnicas e, sobretudo, a
ética. Entre outras atribuições, cabe também ao Conima estimular a
criação de novas instituições de mediação e arbitragem, orientando-as
nas mais diversas áreas, sempre observando a qualidade indispensável
ao desempenho de suas atividades.

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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

ATRIBUTOS DO MEDIADOR

A prática da Mediação requer


conhecimento e treinamento específico
de técnicas próprias. O Mediador deve
qualificar-se e aperfeiçoar-se,
melhorando continuamente suas atitudes
e suas habilidades profissionais. Deve
preservar a ética e a credibilidade do
instituto da Mediação por meio de sua
conduta.

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O MEDIADOR E A COMUNICAÇÃO

Nas declarações públicas e atividades promocionais, o


Mediador deve restringir-se a assuntos que esclareçam e
informem o público por meio de mensagens de fácil
entendimento.

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O CÓDIGO DOS MEDIADORES E OS


OUTROS CÓDIGOS

Segundo o CONIMA, com frequência os


Mediadores também têm obrigações frente
a outros códigos éticos (de advogados,
psicólogos, assistentes sociais, entre
outros).

Este CÓDIGO adiciona critérios específicos


a serem observados pelos profissionais no
desempenho da Mediação. No caso de
profissionais vinculados a instituições ou
entidades especializadas, somam-se suas
normativas a esse instrumento.

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Explorando o Código de Ética para Mediadores

Autonomia da vontade das partes

A Mediação fundamenta-se na autonomia da vontade das


partes, devendo o Mediador centrar sua atuação nesta
premissa. O caráter voluntário do processo da Mediação
garante o poder das partes de administrá-lo, estabelecer
diferentes procedimentos e a liberdade de tomar as próprias
decisões durante ou ao final do processo.

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Princípios fundamentais de conduta do mediador: Imparcialidade,


Credibilidade, Competência, Confidencialidade, e Diligência.

DILIGÊNCIA

CONFIDENCIALIDAD
COMPETÊNCIA
E

CÓDIGO DE
ÉTICA PARA
MEDIADORES

IMPARCIALIDADE CREDIBILIDADE

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IMPARCIALIDADE - Condição fundamental ao Mediador. Não pode existir qualquer
conflito de interesses ou relacionamento capaz de afetar sua imparcialidade; deve
procurar compreender a realidade dos mediados, sem que nenhum preconceito ou
valores pessoais venham a interferir no seu trabalho.

CREDIBILIDADE - O Mediador deve construir e manter a credibilidade perante as


partes, sendo independente, franco e coerente.

COMPETÊNCIA - é a capacidade para efetivamente mediar a controvérsia existente.


Por isso, o Mediador somente deverá aceitar a tarefa quando tiver as qualificações
necessárias para satisfazer as expectativas razoáveis das partes.

DILIGÊNCIA - Cuidado e a prudência para a observância da regularidade,


assegurando a qualidade do processo e cuidando ativamente de todos os seus
princípios fundamentais.

CONFIDENCIALIDADE - Os fatos, situações e propostas ocorridos durante a Mediação


são sigilosos e privilegiados. Aqueles que participarem do processo devem
obrigatoriamente manter o sigilo sobre todo conteúdo a ele referente, não podendo
ser testemunhas do caso, respeitado o princípio da autonomia da vontade das
partes, nos termos por elas convencionados, desde que não contrarie a ordem
pública. CÓDIGO DE ÉTICA DO MEDIADOR– AULA 10
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Segundo o CONIMA, a credibilidade da mediação no Brasil como processo


eficaz para solução de controvérsias vincula-se diretamente ao respeito
que os Mediadores vierem a conquistar, por meio de um trabalho de alta
qualidade técnica, embasado nos mais rígidos princípios éticos. Agora
você irá conhecer os subitens do Código :

-Do mediador frente a sua nomeação


1. Aceitará o encargo somente se estiver imbuído do propósito de atuar
de acordo com os Princípios Fundamentais estabelecidos e Normas Éticas,
mantendo íntegro o processo de Mediação;
2. Revelará, antes de aceitar a indicação, interesse ou relacionamento
que possa afetar a imparcialidade, suscitar aparência de parcialidade ou
quebra de independência, para que as partes tenham elementos de
avaliação e decisão sobre sua continuidade;
3. Avaliará a aplicabilidade ou não de Mediação ao caso;
4. Obrigar-se-á, aceita a nomeação, a seguir os termos convencionados.

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- Do mediador frente às partes :


A escolha do Mediador pressupõe relação de confiança personalíssima,
somente transferível por motivo justo e com o consentimento expresso
dos mediados. Para tanto deverá:
1. Garantir às partes a oportunidade de entender e avaliar as
implicações e o desdobramento do processo e de cada item negociado
nas entrevistas preliminares e no curso da Mediação;
2. Esclarecer quanto aos honorários, custas e forma de pagamento.
3. Utilizar a prudência e a veracidade, abstendo-se de promessas e
garantias a respeito dos resultados;
4. Dialogar separadamente com uma parte somente quando for dado o
conhecimento e igual oportunidade à outra;
5. Esclarecer a parte, ao finalizar uma sessão em separado, quais os
pontos sigilosos e quais aqueles que podem ser do conhecimento da
outra parte;
6. Assegurar-se que as partes tenham voz e legitimidade no processo,
garantindo assim equilíbrio de poder;

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Do mediador frente às partes :

7. Assegurar-se de que as partes tenham suficientes informações para


avaliar e decidir;
8. Recomendar às partes uma revisão legal do acordo antes de
subscrevê-lo.
9. Eximir-se de forçar a aceitação de um acordo e/ou tomar decisões
pelas partes.
10. Observar a restrição de não atuar como profissional contratado
por qualquer uma das partes, para tratar de questão que tenha
correlação com a matéria mediada.

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Do mediador frente ao processo:

O Mediador deverá:
1. Descrever o processo da Mediação para as partes;
2. Definir, com os mediados, todos os procedimentos
pertinentes ao processo;
3. Esclarecer quanto ao sigilo;
4. Assegurar a qualidade do processo, utilizando todas as
técnicas disponíveis e capazes de levar a bom termo os
objetivos da Mediação;
5. Zelar pelo sigilo dos procedimentos, inclusive no
concernente aos cuidados a serem tomados pela equipe
técnica no manuseio e arquivamento dos dados;

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6. Sugerir a busca e/ou a participação de


especialistas na medida em que suas
presenças se façam necessárias a
esclarecimentos para a manutenção da
equanimidade;
7. Interromper o processo frente a
qualquer impedimento ético ou legal;
8. Suspender ou finalizar a Mediação
quando concluir que sua continuação possa
prejudicar qualquer dos mediados ou
quando houver solicitação das partes;
9. Fornecer às partes, por escrito, as
conclusões da Mediação, quando por elas
solicitado.

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Do mediador frente a Instituição :

O Mediador deverá:
1. Cooperar para a qualidade dos serviços prestados pela
instituição ou entidade especializada;
2. Manter os padrões de qualificação de formação,
aprimoramento e especialização exigidos pela instituição ou
entidade especializada;
3. Acatar as normas institucionais e éticas da profissão;
4. Submeter-se ao Código e ao Conselho de Ética da
instituição ou entidade especializada, comunicando
qualquer violação às suas normas.

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Conselho Nacional de Justiça – Resolução 125/2010

Cabe ao Judiciário estabelecer política pública de tratamento adequado


dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em
larga e crescente escala na sociedade, de forma a organizar, em âmbito
nacional, não somente os serviços prestados nos processos judiciais, como
também os que possam sê-lo mediante outros mecanismos de solução de
conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e a conciliação;

Há necessidade de se consolidar uma política pública permanente de


incentivo e aperfeiçoamento dos mecanismos consensuais de solução de
litígios;

A conciliação e a mediação são instrumentos efetivos de pacificação


social, solução e prevenção de litígios, e que a sua apropriada disciplina
em programas já implementados nos país tem reduzido a excessiva
judicialização dos conflitos de interesses, a quantidade de recursos e de
execução de sentenças;

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Explorando o tema

Vídeo sobre o Conselho Nacional de Justiça

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Aplicando o conhecimento

CONIMA (Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem), fundado


em 24/11/1997, durante seminário realizado no Superior Tribunal de Justiça
possui:
1) possibilidade de orientar os envolvidos em conflitos e fiscalizar os
mediadores nos acordos realizados em mediação, sempre observando as
normas técnicas e, sobretudo, a ética.
2) possibilidade de acompanhar o desempenho das mediações nos
tribunais de justiça em cada estado, primando pela capacidade técnica e
administrativa, zelando sempre pela aplicação de normas éticas.
3) competência para orientar os advogados inscritos na OAB sobre
questões de interesse do CONIMA, emitir pareceres ao implemento de
políticas adotadas pelos tribunais de justiça.
4) como atribuição estimular a criação de novas instituições de
mediação e arbitragem, sempre observando a qualidade indispensável ao
desempenho de suas atividades.
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Aplicando o conhecimento
CONIMA (Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem), fundado
em 24/11/1997, durante seminário realizado no Superior Tribunal de Justiça
possui:
1) possibilidade de orientar os envolvidos em conflitos e fiscalizar os
mediadores nos acordos realizados em mediação, sempre observando as
normas técnicas e, sobretudo, a ética.
2) possibilidade de acompanhar o desempenho das mediações nos
tribunais de justiça em cada estado, primando pela capacidade técnica e
administrativa, zelando sempre pela aplicação de normas éticas.
3) competência para orientar os advogados inscritos na OAB sobre
questões de interesse do CONIMA, emitir pareceres ao implemento de
políticas adotadas pelos tribunais de justiça.
4) como atribuição estimular a criação de novas instituições de
mediação e arbitragem, sempre observando a qualidade indispensável ao
desempenho de suas atividades.

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Com frequência, os Mediadores também têm obrigações


frente a outros códigos éticos (de advogados, terapeutas,
contadores,entre outros). Desta forma, NÃO podemos
afirmar:
1) Um profissional capaz de conduzir uma mediação
precisa de uma formação multidisciplinar, que transcenda
o domínio dos textos legais.
2) A lide que ele resolve na mediação é sociológica e não
apenas jurídica, é real e não apenas formal.
3) A formação jurídica é imprescindível para ser
mediador. Além de neutro, capaz e flexível, o mediador
ideal tem natural empatia com as pessoas.
4) A honestidade, objetividade e senso de humor são
igualmente úteis para transformar o adverso em
produtivo.
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Com frequência, os Mediadores também têm obrigações frente


a outros códigos éticos (de advogados, terapeutas,
contadores,entre outros). Desta forma, NÃO podemos afirmar:
1) Um profissional capaz de conduzir uma mediação precisa
de uma formação multidisciplinar, que transcenda o domínio
dos textos legais.
2) A lide que ele resolve na mediação é sociológica e não
apenas jurídica, é real e não apenas formal.
3) A formação jurídica é imprescindível para ser mediador.
Além de neutro, capaz e flexível, o mediador ideal tem
natural empatia com as pessoas.
4) A honestidade, objetividade e senso de humor são
igualmente úteis para transformar o adverso em produtivo.

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