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Fitoterapia e Saúde Pública

Aspectos fundamentais, sócio-econômicos, mundiais e regionais

Dr. Rodrigo de Paula Alvarez Suarez


Hospital de Medicina Alternativa – SES GO
FITOTERAPIA EM SAÚDE PÚBLICA

+ 180 MILHÕES DE HABITANTES

60% NÃO TÊM ACESSO A QUALQUER TIPO DE MEDICAMENTO

85% DOS MEDICAMENTOS DE SAIS IMPORTADOS

PAÍS DE PROPORÇÕES CONTINENTAIS COM CLIMA FAVORÁVEL

RICA BIODIVERSIDADE

CULTURA PRÓPRIA E AVANÇADO SISTEMA TECNOLÓGICO


No Brasil, estima-se que 25% dos US$ 8 bilhões do faturamento da indústria
farmacêutica, no ano de 1996, foram originados de medicamentos derivados de plantas
(GUERRA et al., 2001).

Considera-se também que as vendas neste setor crescem 10% ao ano, com estimativa de
terem alcançado a cifra de US$ 550 milhões no ano de 2001 (KNAPP, 2001).

Estados Unidos e Alemanha estão entre os maiores consumidores dos produtos naturais
brasileiros. Entre 1994 e 1998, importaram, respectivamente, 1.521 e 1.466 toneladas
de plantas que seguem para esses países sob o rótulo genérico de “material vegetal do
Brasil”, de acordo com Ibama (REUTERS, 2002).

Embora o nosso país possua a maior diversidade vegetal do mundo, com cerca de
60.000 espécies vegetais superiores catalogadas (PRANCE, 1977), apenas 8% foram
estudadas para pesquisas de compostos bioativos e 1.100 espécies foram avaliadas em
suas propriedades medicinais (GUERRA et al., 2001).
“In many parts of the world expenditure on TM/CAM is not only significant, but growing
rapidly. In Malaysia, an estimated US$ 500 million is spent annually on this type of health
care, compared to about US$ 300 million on allopathic medicine. In the USA, total 1997
out-of-pocket CAM expenditure was estimated at US$ 2700 million. In Australia, Canada
and the United Kingdom, annual CAM expenditure is estimated at US$ 80 million, US$
2400 million and US$ 2300 million respectively.”

WHO Traditional Medicine Strategy 2002–2005


USO TRADICIONAL se caracteriza por ter sido resguardada ancestralmente pela cultura dos
povos de uma determinada região, país ou continente. Ex. uso do guaraná pelos caboclos
amazônicos
(PROPLAM 2002).

USO POPULAR caracterizado pela difusão de uma informação que se “populariza” , através
de diversos meios, seja em conseqüência da emigração ou mesmo pela mídia. Ex. uso do
ginseng no Brasil, planta característica da cultura dos povos orientais
(PROPLAM 2002).
CADEIA DE ESPECIALISTAS PARA DESENVOLVIMENTO
DO CONHECIMENTO
Fontes: Tim O´Shea . The Sanctity of Human Blood : Vaccination is Not Immunization (Fifth Edition)

Fonte: Greg Beattie, Vaccination – A parent´s dilemma, 1997


Mais de 100 milhões de brasileiros não tem acesso a
nenhum medicamento.
Politica Nacional de Atenção Básica
Portaria nº 648, de 28 de Março de 2006

A ATENÇÃO BÁSICA em saúde é definida como “um conjunto de ações de saúde


desenvolvidas em âmbito Individual e Coletivo que abrangem a promoção e proteção
da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção
da saúde”.

Estas ações se desenvolvem por meio de uma equipe multidisciplinar, em um territorio


geograficamente definido e com sua respectiva população.

Atenção básica se define como o primeiro ponto de contato da população com o


Sistema de Saúde.

Princípios: universalidade, acessibilidade, coordenação, vínculo, continuidade,


integração, responsabilidade, humanização, equidade e participação social.
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
no SUS
Portarias Ministeriais nº 971; 1600 &
853/2006 Política Nacional de
Plantas Medicinais
e Fitoterápicos
Decreto Presidencial
nº5813/2006
•Homeopatia Política Nacional
•MTC/Acupuntura de Atenção à
Saúde os Povos
•Termalismo Indígenas

•Medicina Antroposófica Política Nacional de


•Plantas Medicinais e Fitoterapia Desenvolvimento
Sustentável de Povos e
Comunidades
Tradicionais
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA No- 971, DE 3 DE MAIO DE 2006

“Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema


Único de Saúde.

Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo a esta Portaria,..

§único. ..caráter nacional, recomenda a adoção pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, da implantação e implementação das ações e serviços
relativos às Práticas Integrativas e Complementares
RESOLUÇÃO-RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004.
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos.

Art. 3º Quanto aos medicamentos fitoterápicos registrados anteriormente a


31/01/1995, com exceção daqueles já enquadrados como fitoterápicos
tradicionais, devem apresentar, no primeiro protocolo de renovação de registro
que ocorrer após 360 dias da data de publicação desta Resolução:

I - relatório de SEGURANÇA e EFICÁCIA que contemple os critérios do item 8.1, 8.2


ou 8.3, capítulo II, do Regulamento Técnico em anexo

II - relatórios de PRODUÇÃO e CONTROLE DE QUALIDADE atualizados de acordo


com o Regulamento Técnico em anexo.
RDC 88 – 89 – 90 – 91
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 95, DE 11 DE
DEZEMBRO DE 2008
Regulamenta o texto de bula de medicamentos fitoterápicos.
...
considerando que a visão da segurança e eficácia, juntamente com a qualidade do
medicamento é insuficiente para promoção adequada da assistência farmacêutica, pois o
medicamento além de ser seguro, eficaz e com qualidade, precisa ser utilizado de forma
racional;

considerando que observa-se que as bulas encontradas no mercado não são uniformes e
trazem informações distintas e, às vezes, até conflitantes, fazendo com que o medicamento
registrado com base no mesmo derivado de droga vegetal apresente indicações diferentes de
acordo com a empresa que o comercializa, além do risco resultante da omissão de contra-
indicações, reações adversas e interações medicamentosas;

considerando que a padronização de bulas de medicamento configura ação essencial para


promoção do uso racional, pois informações incorretas, ou não atualizadas, na bula podem
induzir a prescrição e ao uso incorreto do medicamento;
...
• a Conferência de Alma-Ata, em 1978;
• as recomendações da Organização Mundial da Saúde;
• a Convenção sobre Diversidade Biológica;
• a Constituição Federal e a Lei nº 8.080/90;
• as recomendações das conferências nacionais de saúde e
as políticas nacionais voltadas para o setor de plantas medicinais
e fitoterápicos;
• o potencial do Brasil para desenvolvimento do setor de plantas
medicinais e fitoterápicos; e
• a necessidade de inserção do desenvolvimento sustentável
na formulação e implementação de políticas públicas,
OBJETIVO

Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e


fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da
cadeia produtiva e da indústria nacional.
The Regulatory situation of herbal medicines

Fonte: National policy on Tradicional Medicine and regulation of herbal medicines – WHO 2005

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