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- Processo desencadeante:
• Intensidade e tipo
• Sinais de gravidade:
- Dor intensa
- Sinais de choque (taquicardia, hipotensão, diaforese, confusão mental)
- Sinais de peritonite
- Distensão abdominal
Etiologia
• Multifatorial – Fatores genéticos e ambientais;
• Baixo consumo de fibra alimentar ( Ocidente)
• ↓ atividade física; ↑ de carne vermelha, ↑ bebidas alcoólicas e cafeína; uso de
AINES;
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Colecistite aguda
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Colecistite aguda
• Colecistite aguda é a inflamação aguda da vesícula biliar, é uma das
principais complicações da colelitíase;
• Forma alitiásica > sexo masculino (2 a 3:1), tal como sucede com a enfisematosa
(5:1).
• Complicações nas formas avançadas de colecistite aguda varia entre 7,2 e 26%.
• Dor intensa e contínua por > 30 min, podendo está associado a piora pós
prandial, febre, anorexia e náuseas;
Achados
Espessamento da parede da vesícula ( > 4 mm)
Distensão da vesícula (> 8 cm)
Cálculos na vesícula
Líquido perivesicular
Murphy ultrassonográfico especificidade 95%
Zoolinger. 43
Abordagem cirúrgica
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Pancreatite aguda
• Transtorno do pâncreas exócrino associado com lesão da célula acinar
com respostas inflamatórias sistêmica e local;
• Forma leve > mortalidade de 1%, Forma grave > 10% (com necrose
estéril) e 25% (com necrose infecciosa);
• Anorexia (comum)
• Exame de imagem
TC de abdome (Critérios de Balthazar)
Townsend e cols., 2015. 52
Critérios de Predição de formas graves
• Critérios de Hanson
0 a 2 = 0%
3 a 4 = 15%
5 a 6 = 50%
>6 = 100%
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Aspectos Gerais
• Importante causa de consultas de mulheres em idade reprotutiva
• DST: associação em 85-90% dos casos
• Diagnóstico difícil (sintomas pouco específicos)
• Atraso assistencial -> Sequelas inflamatórias.
Conceito
Infecção aguda das estruturas do Trato Genital Superior feminino
(envolvendo útero, tubas e ovários); acompanhada muitas vezes de
acometimento de órgãos pélvicos vizinhos.
Chlamydia trachomatis
• 10 a 15% das infecções
endocervicais produzem DIP.
• Responsável por cerca de 1/3
dos casos de DIP.
• Dor abdominal:
- Bilateral, variável, duração inferior a duas semanas.
- Maior intensidade durante o coito ou com movimento brusco.
• Sangramento uterino anormal (1/3 dos casos).
• Corrimento vaginal.
• Sintomas mais intensos (dor e febre) -> Peritonite e abscesso pélvico.
TRATAMENTO TRATAMENTO
AMBULATORIAL HOSPITALAR
CRITÉRIOS DE HOSPITALIZAÇÃO:
• Não foi excluída uma emergência cirúrgica.
• Abscesso Tubo-ovariano.
• Gravidez.
• Severidade dos sintomas, náuseas e vômitos ou febre elevada.
• Falta de condições para seguimento ou intolerância ao esquema oral.
• Ausência de resposta clínica à terapia antimicrobiana oral.
Townsend e cols., 2015. 68
Tratamento
Regime Ambulatorial
Ceftriaxone 250mg
IM DU
OU Doxiciclina 100mg Metronidazol 500mg
Cefoxitina 2g IM VO 12/12h 14 dias VO 12/12h 14 dias
DU+ Probenecida 1g
VO DU
Gentamicina EV ou IM
Clindamicina 900mg EV 8/8h Dose inicial: 2mg/kg
Doses seguintes: 1,5mg/dia
• Hemoperitôneo;
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Dor
abdominal há
HMA: 08 dias.
J.P.R., sexo masculino, 73 anos, branco, casado,
católico, natural e procedente de Serra Grande (Valença
– Ba), deu entrada no HRSAJ em 13/03/19 com quadro
de dor abdominal, de forte intensidade, em região de
hipocôndrio direito, irradiada pra dorso há 08 dias
associada a náusea, sudorese, taquicardia, e desconforto
respiratório durante a crise, buscou atendimento médico
no município de origem sendo prescrito sintomático e
recebendo alta após melhora clínica. Há 04 dias da
admissão evoluiu com piora da dor abdominal
localizada em todo abdome superior associada a
icterícia, colúria, acolia fecal e febre mensurada
(39,4°C), buscando atendimento médico em município
vizinho recebendo alta após melhora da dor.
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Suspeitas diagnósticas
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IS: Relata astenia e inapetência há 08 dias. Nega
cefaleia, síncope, vertigem, pirose, regurgitação, dor
retroesternal.
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HMA: (Continuação)
Em 13/02 ainda apresentando o quadro clínico
anteriormente apresentado o paciente buscou
atendimento ambulatorial de gastroenterologista no
município de SAJ-BA, que solicitou exames
complementares e o encaminhou para a
emergência do HRSAJ.
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Exame Físico
SINAIS VITAIS TÓRAX
PA: 120 x 80 mmHg Simétrico, sem abaulamentos
FC: 98bpm ou retrações. Exame pulmonar
FR: 16 irpm e cardíaco sem alterações.
Temp.: 36,5° C
SatO2: 97% em ar ambiente
ABDOME
CABEÇA E PESCOÇO Plano, ausência de hérnias ou
Fotorreatividade pupilar circulação colateral. Doloroso a
preservada, ausência de palpação superficial e profunda.
hemorragias conjuntivais, Sinal de Murphy +, Ausência
linfadenopatias cervicais. de IP.
Estase de jugular ausente.
AP. APENDICULAR
SOMATOSCOPIA Pulsos periféricos palpáveis
LOTE, Ictérico +++/4+ AA, bilateralmente. Ausência de
corado e hidratado. artrites e edemas.
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Suspeitas diagnósticas
• Acrescentariam mais alguma?
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Exames complementares
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Exames laboratoriais (13/02/2019)
Valor Referência
Leuco 8.900 (4.000–10.000)
Bastões 0% (0 %)
Plaquetas 161.000 (150.000-450.000)
TP (RNI) 67,1 (1,23) (70– 100)
???
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CPRM (20/02/19)
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CASO CLÍNICO
“Estejam atentos aos diagnóstico diferenciais”
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Dor forte na barriga há 18
horas. 1 dia.”
HMA:
F.A.S, sexo masculino, 54 anos, pardo, solteiro,
católico, natural e procedente de São Felipe, deu entrada
no HRSAJ em 21/02/19 com quadro de dor abdominal
em aperto há 18 horas, de início súbito e de forte
intensidade, em região de epigástrio que progrediu com
irradiação para fossa ilíaca direita evoluindo com dor
abdominal difusa, com piora a manobra de valsava e ao
toque, nega fator de melhora, associada a sudorese
profusa e um episódio de vômito pós prandial. Nega
febre, icterícia, obstipação, melena, diarreia.
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IS: Nega cefaleia, síncope, vertigem, pirose, regurgitação, dor retroesternal e
alterações urinárias.
Hábitos de vida
HPS: Reside sozinho em local provido de saneamento básico adequado. Coleta de lixo
e acesso a agua tratada. Nega animais de estimação. Trabalha como encanador da
Embasa.
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SINAIS VITAIS
PA: 100 x 60 mmHg
Exame Físico TÓRAX
Simétrico, sem abaulamentos
FC: 108bpm ou retrações. Exame pulmonar
FR: 20 irpm e cardíaco sem alterações.
Temp.: 36,5° C
SatO2: 97% em ar ambiente
SOMATOSCOPIA ABDOME
LOTE, AAA, corado e Plano, ausência de hérnias ou
hidratado. circulação colateral. Doloroso a
palpação superficial e profunda.
Presença de Irritação peritoneal
CABEÇA E PESCOÇO difusamente.
Fotorreatividade pupilar
preservada, ausência de
hemorragias conjuntivais,
linfadenopatias cervicais. AP. APENDICULAR
Estase de jugular ausente. Pulsos periféricos palpáveis
bilateralmente. Ausência de
artrites e edemas.
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SUSPEITAS DIAGNÓSTICAS
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Lista de suspeitas
• Abdome Agudo inflamatório:
- Apendicite Aguda
- Colecistite
- Úlcera gástrica
- Pancreatite aguda
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Quais exames solicitar?
• Exames laboratoriais
• Exame de imagem
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Porta Exame:
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Centro Cirúrgico (ficha operatória)
1° momento
• Incisão de McBurney: líquido livre na cavidade sugestivo de conteúdo
gástrico
2º momento
• Incisão mediana supra-umbilical: Ulcera péptica perfurada em
localização de pequena curvatura ~1 cm.
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Pontos chave
• Pensar sempre no diagnóstico diferencial
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Referências
MAYUMI, T. et al., Results of the Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. Journal of Hepato‐Biliary‐Pancreatic Surgery, 14: 114-121. 2007.
doi:10.1007/s00534-006-1163-8
Scott, AJ, Mason, SE, Arunakirinathan, M., Reissis, Y., Kinross, JM e Smith, JJ (2015), Estratificação de risco pelo escore de Resposta Inflamatória à
Apendicite para guiar a tomada de decisão em pacientes com suspeita de apendicite. Br J Surg, 102: 563-572. doi: 10.1002 / bjs.9773
SALMINEN, Paulina et al. Antibiotic therapy vs appendectomy for treatment of uncomplicated acute
appendicitis: the APPAC randomized clinical trial. Jama, v. 313, n. 23, p. 2340-2348, 2015.
TOWNSEND C.D., BEUCHAMP R.D., EVERS B.M., MATTOX K.L. Sabiston: Tratado de Cirurgia, A Base da
Prática Cirúrgica Moderna. 19ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Vol I e II.
YEO, Charleen Shan Wen et al. Outcomes of percutaneous cholecystostomy and predictors of eventual
cholecystectomy. Journal of Hepato‐Biliary‐Pancreatic Sciences, v. 23, n. 1, p. 65-73, 2016.
YOKOE, Masamichi et al. Japanese guidelines for the management of acute pancreatitis: Japanese Guidelines
2015. Journal of Hepato‐Biliary‐Pancreatic Sciences, v. 22, n. 6, p. 405-432, 2015.
ZOLLINGER, Robert Milton. Atlas de Cirurgia. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan , 2012.