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 Os órgãos do Estado nas relações

internacionais são os indivíduos


encarregados de representar os Estados, que
são pessoas jurídicas, no campo do
relacionamento externo, tendo competência
para administrar a dinâmica das relações
estatais com outros Estados, organizações
internacionais e demais sujeitos de Direito
Internacional Público, agindo em nome do
Estado.
 Essa representação vem sendo feita pelo
Chefe de Estado, Chefe de Governo, Ministro
das Relações Exteriores, agentes diplomáticos
e agentes consulares.
 As relações internacionais no Brasil, deverão
obedecer os seguintes princípios
constitucionais:
 Independência nacional;
 Concessão de asilo político
 Prevalência dos direitos humanos
 Não-intervenção
 Igualdade entre os Estados
 Autodeterminação dos povos
 Defesa da paz
 Solução pacífica de conflitos
 Repúdio ao terrorismo e ao racismo
 Cooperação jurídica entre os povos para o
progresso da humanidade
 É o principal órgão do Estado nas relações
internacionais e, portanto, é o principal
representante estatal na sociedade internacional.
 É competente para decidir em última instância
acerca das ações internacionais do ente estatal.
 O rol de competências do Chefe de Estado é
definido na ordem jurídica de cada ente estatal e
depende fundamentalmente da forma, do
sistema e do regime de governo adotados.
 No Brasil, as funções do Chefe de Governo,
estão elencadas na Constituição Federal,
sendo elas:
 Manter relações com Estados estrangeiros e
acreditar seus representantes diplomáticos;
 Celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
 Declarar guerra, no caso de agressão
estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele;
 Celebrar a paz, autorizado ou com o
referendo do Congresso Nacional.
 Em missões no exterior (missões especiais),
os Chefes de Estado beneficiam-se de
privilégios e imunidades semelhantes às
aplicáveis aos agentes diplomáticos.
 Os privilégios e imunidades do Chefe de
Estado são extensivos a sua família e
comitiva, inclusive em viagens particulares ou
de férias. Abrangem também ex-Chefes de
Estado.
 As funções de Chefes de Governo nas
relações internacionais dependem de forma,
do sistema e do regime de governo adotado
pelo Estado.
 Só tem relevância em Estados em que o
regime de governo é parlamentarista.
 É o principal assessor do Chefe de Estado ou
do Chefe de Governo na formulação e
execução da política externa.
 O Ministério da Relações Exteriores é o órgão
governamental encarregado de assessorar o
Chefe de Estado e a administração pública
como um todo em matéria internacional.
 Na América latina, é comum que os
ministérios das relações exteriores sejam
ainda chamados de “chancelaria”.
 No Brasil também é conhecido com Itamaraty
e é composto pela Secretaria de Estado das
Relações Exteriores e em escritórios regionais
instalados em diversas capitais do Brasil e
pelas Primeira e Segunda Comissão Brasileira
Demarcadora de Limites, com sedes,
respectivamente, em Belém e no Rio de
Janeiro.
 Possui as seguintes áreas de competência:
 Política internacional
 Relações diplomáticas e serviços consulares
 Participação nas negociações comerciais,
econômicas, técnicas e culturais com
governos e entidades estrangeiras;
 Programas de cooperação internacional e
promoção comercial
 Apoio a delegações, comitivas e
representações brasileiras em agência e
organismos internacionais e multilaterais.
 São os funcionários do Estado encarregados
essencialmente de representá-lo em suas
relações internacionais.
 Possuem as funções de:
 Proteger os interesses do Estado acreditante
(o que envia agentes diplomáticos) perante
nacionais do Estado acreditado (é o que
recebe);
 Negociar com o governo do Estado
acreditado;
 Inteirar-se, por todos os meios lícitos, das
condições existentes e da evolução dos
acontecimentos do Estado acreditado ou das
OI junto à qual atuam e informar o Estado
acreditante a respeito;
 Promover relações amistosas e desenvolver
as relações econômicas, culturais e científicas
entre o Estado acreditante e o acreditado.
 O embaixador é o chefe da missão
diplomática, nomeado pelo Chefe de Estado
que representa.
 Enquanto exercer suas funções, é diplomata.
 A nomeação requer a concessão do
agréement (anuência). O Estado acreditado
por ato discricionário seu aceita a indicação
de embaixador estrangeiro.
 Não é ato de ofício, devendo o Estado
acreditante pedir.
 O direito interno de cada Estado é que
determina o processo de escolha do
embaixador, que é cargo de confiança do
Chefe de Estado, normalmente escolhido
entre os membros da carreira diplomática.
 No Brasil devem ser brasileiros natos, ter
curso superior em qualquer área, ter no
mínimo 21 anos e submeter-se ao concurso
de admissão à carreira diplomática.
 São funcionários de um Estado encarregado
essencialmente de oferecer a seus nacionais a
proteção e assistência cabíveis no exterior.
 A atividade consular é regulada pela
Convenção de Viena sobre Relações
Consulares
 No geral protege os interesses do Estado que
o envia e de seus nacionais, pessoa física ou
jurídica.
 Compete-lhe a função notarial e de registro
civil, emissão de documentos de seu Estado
que sejam de interesses de seus nacionais no
exterior, emissão de vistos a estrangeiros.
 Oferece proteção, ajuda e assistência possível
a nacionais no exterior, como aqueles que
estão em conflito com a lei, doentes etc.
 Também resguarda direitos de nacionais no
caso de sucessão por morte, interesses de
menores e incapazes.
 O Estado que não tiver missão diplomática
em outro Estado pode ali manter
representante consular.
 Os agentes consulares beneficiam-se da
notificação consular, que é um instituto que
permite a comunicação dos cônsules com os
nacionais do seu Estado, visitas e
manutenção de contato com funcionários
consulares.
 As autoridades consulares têm o direito de
receber informações acerca da morte de seus
nacionais.
 Para que o chefe da repartição consular seja
admitido no exercício de suas funções, é
necessária a autorização do Estado que o
recebe, denominada exequatur, que é
concedido por ato discricionário do Estado
receptor, que pode inclusive negá-lo
 No âmbito da missão diplomática, os
membros do quadro diplomático de carreira
gozam de ampla imunidade de jurisdição
penal e civil. Os membros do quadro
administrativo e técnico, desde que oriundos
do Estado acreditante, distinguem-se dos
diplomatas que concerne à imunidade de
jurisdição civil, aqui limitada pelo aos atos
praticados no exercício de suas funções.
 Todos são, ademais, fisicamente invioláveis, e
em caso algum podem ser obrigados a depor
como testemunhas. Reveste-os, além disso, a
imunidade tributária.
 Em matéria civil, penal e tributária, os
privilégios dos agentes dessas duas
categorias estendem-se aos membros das
respectivas famílias, desde que vivam sob sua
dependência.
 O pessoal subalterno ou pessoal de serviços
da missão diplomática, custeado pelo Estado
acreditante, só goza de imunidades no que
concerne a seus atos de ofício, á sua estrita
atividade funcional.
 São fisicamente invioláveis os locais da
missão diplomática com todos os bens ali
situados, assim como os locais residenciais
utilizados pelo quadro diplomático e pelo
quadro administrativo e técnico.
 Os arquivos e documentos da missão
diplomática são invioláveis onde quer que se
encontrem.
 Já os privilégios consulares se assemelham
àqueles que cobrem o pessoal de serviços da
missão diplomática.
 Os cônsules e funcionários consulares gozam
de inviolabilidade física e de imunidade ao
processo, penal ou cível, apenas no tocante
aos atos de ofício. Um privilégio assim
limitado não como se estender aos membros
da família nem a instalações residenciais.
 Os locais consulares são invioláveis na
medida estrita de sua utilização funcional, e
gozam de imunidade tributária. Os arquivos e
documentos consulares, a exemplo dos
diplomáticos, são invioláveis em qualquer
circunstância e onde quer que se encontrem.
 Como já dito os diplomatas e integrantes do
pessoal administrativo e técnico da missão
diplomática gozam de imunidade penal
ilimitada, que se projeta para sua família.
 Porém isso não os livra de submeterem-se a
sua jurisdição pátria
 No caso dos cônsules a imunidade só alcança
os atos de ofício, ou seja, os crimes comuns
podem ser processados e punidos in loco.

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