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Aula 9

Fundamentos de
Física e Biofísica
Ruído, seus Efeitos e Medidas
Preventivas
Profa. Ms. Ana Lúcia Rios
leaorio@zipmail.com.br
Fundação Educacional de Fernandópolis - FEF
* Baseado no material de Prof. Dr. Marcelo Knobel
Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
knobel@ifi.unicamp.br
** Prof. Adilton Carneiro
http://www.biomag.usp.br/~adilton
Ruído

 Subjetivo;
 Desejável ou não;
 Descreve um sinal acústico aperiódico,
originado da superposição de vários
movimentos de vibração com diferentes
freqüências, as quais não apresentam relação
entre si. (Feldman & Grimes, 1985);
 Ocupacional;
 Não ocupacional.
Ruído
 Mais lesivos: são de pouca
freqüência no limite com o tom puro e
concentram a energia em um grupo
pequeno de células;

 Menos nocivos: contém muitas


freqüências e se dispersam por
muitas células ciliadas.
Ruído
 Intensidade: é a quantidade de energia
vibratória que se propaga nas áreas
próximas a uma fonte emissora e é
expressa em termos de energia
(watt/m2) ou em termo de pressão (N/m2
ou Pascal);
 Freqüência: é representada pelo
número de vibrações completas em um
segundo sendo expressa em Hertz
(Hz).
Classificação

 Espectro de Freqüência:
 Espectro com poucos tons audíveis;
 Com predomínio de poucas
freqüências podendo chegar a tom
puro (ruído de banda estreita);
 Com predomínio de altas ou baixas
freqüências.
Classificação

 Variação de Tempo:
 Contínuo: Ruído com pequenas variações
dos níveis (até 3 dB);
 Intermitente ou Pulsátil: Ruído cujo nível
varia de um valor apreciável durante o
período de observação, superior a 3 dB;
 Impacto ou Impulso: Ruído se apresenta
em picos de energia acústica de duração
inferior a 1 segundo.
Medição e o
controle do ruído
Medição

 Consiste em calcular quantas vezes uma determinada unidade de medida está


contida na grandeza a ser medida.
 Pressão Sonora: A pressão sonora no ar representa a variação de pressão atmosférica
em relação a um valor de referência percebida pelo ouvido. Unidade de medida - Pascal
(Pa).
Medição
 Nível de Pressão Sonora (NPS): a faixa de audibilidade percebida pelo ouvido humano
varia de 0,00002 (N/m2) – mínima pressão perceptível à freqüência de 1KHz), até os
valores muitos elevados atingindo 200 (N/m2) – limiar de dor.
 Nível de Intensidade Sonora (NIS): representa a quantidade média de energia
transmitida por ondas sonoras na unidade de tempo através da unidade de superfície.
Medição
 Nível Equivalente (Leq – fator de correção = q): representa a média da energia
sonora durante o intervalo de tempo (t). É expresso em dB. Na maioria dos países
europeus o q é igual a 3 e no Brasil o q é igual a 5. O Leq é um ruído flutuante
correspondente por definição do nível de ruído constante que no intervalo de tempo
considerado apresenta a mesma energia.
Medição
 Dose de Ruído: é uma variante do nível equivalente, com tempo de medição fixado em 8
horas (considerado para definição dos limites de tolerância).
 Freqüência da Onda Sonora: para que a onda sonora possa causar sensação auditiva é
necessário que ela oscile entre 20 a 20.000Hz. A sensibilidade auditiva não é igual para
todas as freqüências e nem é igual para todas as pessoas, variando também com a idade.
Instrumentos

 Decibelímetro;
 Dosímetro.

www.arq.ufsc.br/labcon/equipamentos/decibeli_lutron.html
Medidores

 Fast ou Rápida: Usado para medir ruídos


contínuos e também para determinar valores
extremos de ruídos intermitentes.

 Slow ou Lenta: Usado em situação de grande


flutuação. É o habitualmente o mais usado.

 Impulso: Usado para ruídos de impacto. Quando


o aparelho não é dotado deste circuito usa-se a
resposta fast e o filtro de ponderação C.
Circuitos de Compensação

 Reproduzem a audibilidade em função da


freqüência sonora;
 Reproduzem o comportamento auditivo humano
em relação a níveis de intensidade (40, 70 e 100
dB a 1KHz);
 A, B e C;
 Circuito A: ruídos contínuos e intermitentes –
ênfase nas freqüências altas;
 Circuito C: ruídos de impacto.
Zona de maior sensibilidade
auditiva
3.000 e 4.000 Hz
(curvas isofônicas para
tons puros)
Níveis permitidos de
exposição ao ruído
(NR 15 – Anexo 1 – MTb)
Nível de ruído dB (A) Máxima exposição
85 8H
90 4H
95 2H
100 1H
105 30 min.
110 15 min.
115 7 min.
Norma Brasileira
especificações
 Medição: Circuito de compensação A e circuito
de resposta lenta – “slow”;
 Não é permitida exposição superior à 115
dB(A);
 Se ocorrer exposição à níveis diferentes,
considerar efeitos combinados:
C1 + C2 + ... = CT
T1 T2 TT
Efeitos do Ruído

Audição e no Organismo
Efeitos do ruído na audição

 Adaptação auditiva (peri-estimulatório);

 Fadiga auditiva (pós-estimulatório).


Efeitos do ruído na audição

 Intensidade;
 Freqüência do ruído;

 Tempo e local de exposição;

 Susceptibilidade individual.
Efeitos do ruído na audição

 Mudança Temporária do Limiar


(TTS – “Temporary Threshold Shift”);

 Trauma Acústico;

 Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR)


(PTS – “Permanent Threshold Shift”).
Melnick (1985)
Efeitos do ruído no organismo
 Transtornos:
 Comunicação;
 Sono;
 Neurológicos;
 Vestibulares;
 Digestivos;
 Cardiovasculares;
 Hormonais;
 Comportamentais
 Psicossociais.
Níveis de ruídos ocupacionais

 Metalúrgica: 95 a 100 dB;


 Beneficiamento de Pedras: 100 a 118 dB;

 Indústria Têxtil: 101 a 105 dB;

 Vidreira: 100 a 110 dB;

 Gráfica Rotativa: 95 a 100 dB.


Níveis de ruído não
ocupacionais ou recreacionais

 Caça, tiro ao alvo: 132 a 170 dB (A);


 Brinquedos: 76 a 123 dB (A);
 Ruídos domésticos: NPS 110 dB (A), 140 dB (A);
 Música:
 Discotecas: 105 a 115 dB (A);
 Bandas de Rock: 120 dB (A);
 Música clássica e jazz: NPS < 90 dB (A);
 Orquestra sinfônica: 107 a 116 dB;
 Fones de ouvido: 60 a 114 dB (A);
• Transportes: 85 a 100 dB (A).
Controle do ruído

Medidas preventivas
Com relação ao meio
 Programa de Conservação Auditiva (PCA).

Com relação ao homem


 Avaliações audiométricas;
 Uso de EPI;

 Educação e treinamento.

Com relação ao ruído não ocupacional


 Campanhas de conscientização.
Ruídos utilizados em
Audiologia

Mascaramento
Ruído Branco (“White Noise”)

 Ruído de banda larga;


 Faixa de freqüência: 100 a 10.000 Hz – 6.000 Hz;
 Forma de onda aperiódica com igual energia dentro de
qualquer banda de freqüência de 1 Hz de largura;
 É análogo a luz branca;
 Espectro de amplitude: contínuo;
 Possui a mesma quantidade de energia em cada
banda de freqüência de 1 Hz, independente do valor
da freqüência;
• Logoaudiometria – sons da fala.
Ruído Rosa (“Pink Noise”)

 Filtragem do ruído branco;


 Faixa de freqüência: 500 a 4.000 Hz;
 Espectro de amplitude: contínuo;
 Energia concentrada numa faixa de freqüência
mais estreita do que o WN – melhor efetividade
para mascaramento dos sons da fala;
 Logoaudiometria – sons da fala – menor
intensidade.
Ruído de Fala (“Speech
Noise”)

 Filtragem do ruído branco;


 Mascara o espectro de longo termo dos sons da fala;
 Produzido pelo uso de um filtro passa-baixo;
 Logoaudiometria – sons da fala – melhor
mascaramento.
Ruído de Banda Estreita

(“Narrow Band”)
 Filtragem do ruído branco – banda centrada na
freqüência do tom de teste;
 O gerador de ruído de NB cria uma ruído
diferente para cada largura de banda;
 Audiometria – tons puros – melhor
mascaramento.
Ruído

 Ruído
 Sinal com espectro de freqüência
denso e pouco harmônico.
 Faixas de freqüência
 Ruído rosa: predominante na faixa
musical (baixas)
 Ruído Branco: igual em todas faixas
Ruído: tempo e freqüência
Sinal musical Ruído
Considerações Finais ...

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