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Semiologia Cardiovascular

Semiologia Cardiovascular
2005
Testes de Predição
Inspeção
Palpação
Ausculta
Pulsos
Semiologia Cardiovascular

Introdução
• Poder diagnóstico
• A seqüência de raciocínio
Semiologia Cardiovascular

Teorema de Bayes
• O valor preditivo do resultado de um
sinal clínico ou de um teste, para
uma doença em particular, é
predeterminado pela prevalência da
doença na população em estudo
Semiologia Cardiovascular

Teorema de Bayes
• A teoria das probabilidades que é
utilizada para avaliar o valor dos
testes cardiovasculares é também
utilizada para o valor de determinado
dado da história clínica e exame
físico
Semiologia Cardiovascular

Índice de Performance
• Julgar a presença ou ausência da
doença
• Predizer a ocorrência ou ausência de
eventos clínicos futuros
Semiologia Cardiovascular

Índice de Performance
• Sensibilidade – proporção da sub
população com doença que tem um
teste positivo
• Especificidade – proporção da sub
população sem doença que tem teste
negativo
Semiologia Cardiovascular

Índice de Performance
• Valor preditivo positivo – proporção
da sub população com teste positivo
que tem a doença
• Valor preditivo negativo – proporção
da sub população com teste negativo
que não tem a doença
Semiologia Cardiovascular

Espectro de Probabilidade
• Prevalência – proporção de indivíduos com a
doença numa população índice, determinada por
um teste aceitável – padrão ouro
• Verdadeiros positivos – indivíduos com a doença
e nos quais o teste é positivo (VP)
• Verdadeiros negativos – indivíduos sem a doença
e nos quais o teste é negativo (VN)
• Falsos positivos – indivíduos sem doença com o
teste positivo (FP)
• Falsos negativos – indivíduos com a doença e
com o teste negativo (FN)
Semiologia Cardiovascular

Espectro de Probabilidade
• Numa população alvo de 1000 pessoas
• A prevalência da doença na população
alvo é calculada percentualmente, pela
soma dos verdadeiros positivos e dos
falso negativos
• A prevalência da normalidade é 100
menos a prevalência da doença, ou seja,
40%
Semiologia Cardiovascular

Espectro de Probabilidade

Presente Ausente
Resultado do teste + - - +
Características VP FN VN FP
Nº de pacientes 390 210 332 68
Total na população 39 21 33 7
%

Weissler, 1996
Semiologia Cardiovascular

Espectro de Probabilidade

Sensibilidade = VP %/ VP% + FN%


39 / 39 + 21 = 0,65 – 65%
Especificidade = VN%/ VN% + FP%
33 / 33 + 7 = 0,83 – 83%
Valor preditivo positivo = VP%/ VP% + FP% x 100
39 / 39 + 7 = 85%
Valor preditivo negativo = VN%/ VN% + FN% x 100
33 / 33 + 21 = 61%
Semiologia Cardiovascular

Anamnese
Disciplina

Assiduidade

Exame físico Perseverança


Semiologia Cardiovascular

História Clínica
• Visão humanística
• Mecanismos psicológicos
• Método clínico
• Ultrapassa os fenômenos biológicos
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Relação Profissional Paciente


Ética
Justificativa

Ação

Moral Regras ou
Deveres Direito
Adesão Obrigação
©Goldim/2001
Semiologia Cardiovascular

Juramento Hipocrático

“Tenha, em relação às
doenças, duas coisas

em vista:
seja útil ou,
ao menos,
não prejudique.”

Hipócrates - c430 aC

Hippocrate. Oevres completes


d’Hippocrate. Vol. II Épidémies
premier livre.
Paris: Bailliéré, 1840:635.
©Goldim/2001
Semiologia Cardiovascular

Aspectos Psicodinâmicos
• Paciente – pessoa que procura o
médico por qualquer questão
relacionada a saúde
• Comportamento – conjunto de
atitudes e reações do indivíduo em
face do meio social
Semiologia Cardiovascular

Aspectos Psicodinâmicos
• Ética – estudo dos juízos de
apreciação referentes à conduta
humana suscetível de qualificação
do ponto de vista do bem e do mal,
seja relativamente a determinada
sociedade, seja de modo absoluto
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Aspectos Psicodinâmicos
• Estrutura psicológica do paciente e
do médico
• Modificações ocasionadas pela
doença na situação vital de quem a
sofre
• Os sentimentos despertados pela
duração da enfermidade e as
condições de tratamento
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Relação
Profissional - Paciente
Cuidado Responsabilidade

Relação
Compreensiva
e Genuína

Confiança

©Goldim/2001
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Relação
Profissional - Paciente
Cuidado
Carol Gilligan
Compaixão
Envolvimento

Responsabilidade
Hans Jonas (1903-1993)
Competência Técnica
Cuidado Responsabilidade
Aprimoramento Constante
Relação
Compreensiva Confiança
e Genuína Henri de Mondeville (1260-1325)
Fidelidade
Confiança Confidencialidade

©Goldim/2001
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Sintomas Cardiovasculares
• Dor torácica • Fadiga
• Dispnéia • Rouquidão
• Tosse • Náuseas
• Hemoptise • Febre e calafrios
• Síncope • Perda de peso
• Edemas • Claudicação
• Palpitação • Raynaud
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Inspeção
• “ O olho...é o principal meio pelo
qual a compreensão pode mais
completa e abundantemente apreciar
os infinitos trabalhos da natureza”
Leonardo Da Vinci
• “O olho inocente que precisa ver o mundo
novamente, não vê nada definitivamente”
Gombrich, 1978
Semiologia Cardiovascular

Objetivos
• INSPEÇÃO
• Ictus Cordis
• Batimento do Ventrículo Direito
• Impulsões Sistólicas
Oco esternal
Artéria pulmonar
• Abaulamentos
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Objetivos

• Pele: cianose, eritemas


• Temperatura: endocardite, D. reumática
• Fascies: Hipertireoidismo, S. Down,
etc.
• Unhas: Hemorragias (endocardite),
vidro de relógio
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Inspeção
• Flexão e extensão da cabeça –
Insuficiência Aórtica
• Pulsação extensora da cabeça –
Aneurisma Ao
• Estase jugular bilateral – ICC
• Retração processo xifóide –
Pericardite
• Retração 11ª. e 12ª. Costela –
Pericardite
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Objetivos
• PALPAÇÃO
• Ictus cordis
• Batimento do ventrículo direito
• Impulsões Sistólicas
Oco esternal
Artéria Pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Objetivos
• PALPAÇÃO
• Bulhas
• Cliques
• Estalidos
• Frêmito
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Ictus Cordis
PALPAÇÃO

• CARACTERIZAÇÃO

Localização 4 ou 5º EICE LHC


Extensão 2 cm ou 1 EIC
Amplitude Variável
Duração 1/3 inicial sistóle
Mobilidade 1 cm
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Ictus Cordis
PALPAÇÃO

CARACTERÍSTICAS HIPERTROFIA DILATAÇÃO


Localização N ou desviado Desviado baixo e
Baixo e lateral lateral

Extensão N ou aumentado Superior a 2 cm

Duração Prolongado Curta

Amplitude Variável Variável

Mobilidade Normal Normal

Causas E Ao, HAS I M, I Ao,


Miocardiopatia H Miocardiopatia D
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Ictus Cordis
PALPAÇÃO

• Depende da configuração torácica


• O fato de ser impalpável não indica
anormalidade
• Executar manobra de apnéia pós
expiratória e colocar no decúbito
lateral esquerdo
• Batimentos abdominais
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Batimento do Ventrículo Direito


PALPAÇÃO

• Localização - 3º ao 5º EICE LP
• Técnica - mão em garra – suave
• Objetivo - estima aumento do VD
• Causas - hipertensão pulmonar
• Respiração - varia com apnéia pós inspiratória
intensificando o batimento
• Diferencial - Retração do VE
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Impulsões Sistólicas
PALPAÇÃO

• Ocoesternal: Coarctação da aorta


estados hipercinéticos, doença valvar
aórtica, hipertensão arterial sistêmica
e aneurisma de aorta
• Artéria Pulmonar: Hipertensão da
circulação pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Bulhas
PALPAÇÃO
• PRIMEIRA
• Mitral
5º EICE LHC, decúbito lateral esquerdo e
apnéia pós expiratória
Estenose mitral sem calcificação
• Tricúspide
4º EICE LPE, apnéia pós inspiratória
Estenose tricúspide
Semiologia Cardiovascular

Bulhas
PALPAÇÃO

• SEGUNDA
• Aórtico
2º EICD LP
Hipertensão arterial sistêmica
• Pulmonar
2º EICE LP
Hipertensão pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Cliques
PALPAÇÃO
• PROTOSISTÓLICO
• Aórtico
3º e 4º EICE LPE
Hipertensão arterial sistêmica
• Pulmonar
2º e 3º EICE LPE
Hipertensão pulmonar
• Ruídos de próteses valvares
Meso e telesistólicos – Prolapso de valva
mitral e brida pericárdica
Semiologia Cardiovascular

Estalidos
PALPAÇÃO
• DIASTÓLICO
• Mitral
3º e 4º EICE LPE.
Estenose mitral sem calcificação e
hipertensão pulmonar.
• Tricúspide
Linha para esternal.
Estenose tricúspide.
Semiologia Cardiovascular

Frêmito
PALPAÇÃO

É a sensação tátil de um conjunto de


vibrações que formam o sopro.
• Análise
• Posição
Aórticos: sentado com o tórax inclinado
Mitrais: Decúbito lateral esquerda
• Fase do ciclo cardíaco
• Local de intensidade máxima
• Direções de irradiação
• Duração
Semiologia Cardiovascular

Objetivos
AUSCULTA

• Bulhas • Cliques
• Primeira • Estalidos
• Segunda • Sopros
• Terceira • Atritos
• Quarta
Semiologia Cardiovascular

Bulhas
AUSCULTA
• PRIMEIRA
É formada por uma série de vibrações de
intensidade variada que se iniciam com o
período de contração isovolumétrica e se
estendem até o início da ejeção ventricular
Coincidente com o pulso carotídeo, seu
timbre é mais grave e sua duração é maior
do que a segunda bulha. É de maior
intensidade no foco mitral - TUM
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos:
• Contratilidade VE
• Febre, Anemia, Tireotoxicose
• Estados hiperdinâmicos primários
• Medicamentos - hormônios
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos:
• Estenose Mitral
• Mixoma Átrio Esquerdo
• Taquicardia sinusal
• Intervalo Pr curto
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores extra cardíacos:


• Diâmetro torácico antero posterior
reduzido
• Síndrome do dorso reto
• Espessura da parede reduzida
• Pessoas magras
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hipofonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos:
• Depressão contratilidade miocárdica
• Miocardites – Miocardiopatias
• IAM
• Imobilização V. Mitral
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hipofonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos:
• Regurgitação Mitral e Aórtica
• CIV
• Intervalo PR longo
• BRE
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hipofonese
AUSCULTA

Fatores extra cardíacos:


• Diâmetro torácico AP aumentado
• Cifose – Enfisema pulmonar –
Idosos
• Espessura aumentada da parede
torácica
• Obesos – Atletas – Edema
• Pericardite – Derrame pericárdico
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA

• São audíveis no foco TRICÚSPIDE


• Podem acontecer:
Distúrbios de condução
Alterações hemodinâmicas
Alterações mecânicas
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento AUSCULTA

•Dois componentes M1 e T1 únicos


ou discretamente desdobrados
• Representam, no ciclo cardíaco,
os fenômenos resultantes do
fechamento da valva M e T
• Desdobramento anormal – retardo
T1 ou M1 antecipada
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA
INSPIRAÇÃO
Diminuição da pressão intratorácica

Aumento do gradiente de pressão


entre as porções extra e Maior enchimento do
intratorácicas das grandes veias VD

Retardo do componente tricúspide Alongamento do período


e pulmonar de contração do VD

Desdobramento das bulhas


Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA
INSPIRAÇÃO
Diminuição da pressão intratorácica

Não há aumento do enchi-


Aumento da capacidade de arma- mento do AE e VE
zenamento de sangue nas grandes podendo até diminuir
veias e capilares pulmonares

Os componentes mitral e aórtico A contração do VE não se


ocorrem no mesmo tempo ou prolonga ou está ligeira-
ligeiramente mais cedo mente encurtada

Desdobramento das bulhas


Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA
EXPIRAÇÃO
Aumento da pressão intratorácica

Diminuição do gradiente de
pressão entre as porções extra e Menor enchimento do
intratorácicas das grandes veias VD

Adiantam-se os componentes Encurtamento do período


do lado direito de contração do VD

Componentes ficam juntos


Semiologia Cardiovascular

Desdobramento AUSCULTA
EXPIRAÇÃO
Aumento da pressão intratorácica

Diminuição do armazenamento de
sangue nas grandes veias e Aumento do enchi-
capilares pulmonares mento do AE e VE

Os componentes mitral e aórtico


ocorrem no mesmo tempo ou Prolongamento da
ligeiramente mais cedo contração do VE

Componentes ficam juntos


Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA

• Alteração da condução
Bloqueio do ramo direito do feixe de hiss
• Alterações hemodinâmicas
Comunicação inter atrial
• Alterações mecânicas
Mixoma do átrio direito
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA

• O componente tricúspide adianta-se


em relação ao componente mitral na
inspiração e junta-se a este na
expiração
• Na comunicação inter atrial o
desdobramento ocorrerá tanto na
inspiração como na expiração
Semiologia Cardiovascular

Bulhas
AUSCULTA

• SEGUNDA
É produzida por vibrações nas
estruturas cardiovasculares. É
composta pelos componente aórtico e
pulmonar. Seu timbre é agudo e soa
de maneira seca – TA
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos: Aórtico


• Hipertensão Arterial
• Estados hiperdinâmicos – Anemia,
tireotoxicose
• Exercício físico
• Ansiedade
• Tetralogia de Fallot
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos: Pulmonar


• Hipertensão pulmonar
• CIA
• Dilatação a. pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hiperfonese
AUSCULTA

Fatores extra cardíacos:


• Diâmetro AP reduzido
• Exercício físico
• Febre
• Emoção
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hipofonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos: Aórtico


• Hipotensão arterial
• Estenose e Insuficiência Aórtica
• Mobilidade valvar reduzida – fibrose
e calcificação
• ICC e IAM
Semiologia Cardiovascular

Intensidade – Hipofonese
AUSCULTA

Fatores cardíacos: Pulmonar


• Estenose Pulmonar
• Mobilidade valvar reduzida - fibrose
e calcificação
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA

• São auscultados apenas no


foco PULMONAR
Semiologia Cardiovascular

Desdobramento
AUSCULTA

• Tipos

• Fisiológico
• Variável
• Fixo
• Paradoxal
Semiologia Cardiovascular

Bulhas
AUSCULTA
• TERCEIRA
• É um ruído protodiastólico, de baixa
freqüência, originado das vibrações da
parede ventricular durante a fase de
enchimento ventricular rápido – TU
• Miocardiopatias, IM, defeito septal ventricular,
pericardite constritiva, hipercinese

GALOPE VENTRICULAR
Semiologia Cardiovascular

Bulhas AUSCULTA

• Os sons destas bulhas podem ser


representados da seguinte forma:
• Primeira – TUM
• Segunda – TA
• Terceira – TU
Semiologia Cardiovascular

Bulhas AUSCULTA

• QUARTA
• É um ruído telediastólico, de baixa freqüência,
originado da contração atrial e da distensão
da parede ventricular
• Miocardiopatia hipertrófica, HAS, insuficiência
coronária e E.Ao.
GALOPE ATRIAL
Semiologia Cardiovascular

Cliques
AUSCULTA

• São ruídos agudos, breves, de


alta freqüência e notável
intensidade. São sistólicos e
podem ser chamados também de
Ruídos de Ejeção
Semiologia Cardiovascular

Cliques – Tipos
AUSCULTA
• Protosistólicos
• Aórtico
Não se modifica com a respiração, é melhor
audível no 3º e 4º EICE LPE
Ateroma aórtico, aneurisma dissecante e sifilítico
da aorta, coarctação da aorta, HAS, E.Ao e I.Ao
• Pulmonar
É mais precoce que o aórtico, varia com a
respiração no 2º e 3º EICE LPE
Defeitos do septo atrial, dilatação idiopática da
artéria pulmonar, EP e HP
Semiologia Cardiovascular

Cliques – Tipos
AUSCULTA

• Ruídos de valvas artificiais


• Os vários tipos de válvulas prostéticas e
tissulares podem produzir sons na sua
abertura e no seu fechamento
• A relativa intensidade destes sons varia de
acordo com o desenho da válvula
Semiologia Cardiovascular

Cliques – Tipos AUSCULTA

• Mesosistólicos e telesistólico

• São de alta freqüência, secos, variam com


a respiração
• Prolapso da valva mitral e brida pericárdica
Semiologia Cardiovascular

Estalidos
AUSCULTA

• São ruídos secos, de curta


duração, diastólicos, ocorrem
entre a 3ª e 4ª bulhas
Semiologia Cardiovascular

Estalidos – Tipos
AUSCULTA

• Mitral
• Estalido de abertura da valva mitral é
protodiastólico, é melhor audível no 3º e 4º EICE
LPE, e deve ser diferenciado do desdobramento
da 2ª bulha e da 3ª bulha
• Estenose Mitral
• Desaparece quando há acentuada calcificação
e/ou hipertensão pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Estalidos – Tipos
AUSCULTA

• Tricúspide
• É de tonalidade mais alta e menos forte que o
mitral, varia com a inspiração profunda ficando
mais nítido, é mais audível na borda esternal
esquerda e ocasionalmente na direita. Deve ser
diferenciado do desdobramento da 2ª bulha
• Estenose tricúspide
Semiologia Cardiovascular

Sopros
AUSCULTA

• São um conjunto de vibrações


de maior duração que as bulhas,
se originam dentro do próprio
coração e/ou em um de seus
grandes vasos
Semiologia Cardiovascular

Mecanismos
AUSCULTA

• Fluxo de sangue através de uma


obstrução parcial
• Fluxo de sangue através de uma
irregularidade valvar ou intravascular
• Aumento do fluxo de sangue através de
estruturas normais
• Fluxo de sangue dentro de uma câmara
dilatada
• Fluxo regurgitante através de uma valva
incompetente
Semiologia Cardiovascular

Sopros – Análise
AUSCULTA

• Situação no ciclo cardíaco


• Localização
• Irradiação
• Intensidade
• Manobras especiais
Semiologia Cardiovascular

Situação no Ciclo Cardíaco


AUSCULTA
• Sistólico e Diastólico – Estenose ou
insuficiência depende da valva
pesquisada
• Holo, Proto, Meso, Telesistólicos
ou diastólicos
• B1 e B2 são as referências
Semiologia Cardiovascular

Irradiação
AUSCULTA

Quanto maior o sopro, maior irradiação


• Axila : insuficiência mitral
• Carótidas: sopros aórticos
• Foco pulmonar e tricúspide:
congênitas
Semiologia Cardiovascular

Intensidade
• Grau I – pouco percebido
• Grau II – Ausculta não deixa dúvidas
• Grau III – Frêmito
• Grau IV – Audível sem o estetoscópio
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Sopros Inocentes
AUSCULTA

• A grande maioria dos sopros


funcionais é sistólica
• Ocasionalmente sopros diastólicos e
contínuos podem ser normais
Semiologia Cardiovascular

Sopros Inocentes – Sistólico


AUSCULTA

• Mais comuns na criança e no


adolescente
• Suaves de intensidade de 1 ou 2
cruzes
• Curtos, podendo se estender até a
mesossístole
• Mais audíveis na borda esternal
média e no foco pulmonar
Semiologia Cardiovascular

Sopros Inocentes – Diastólico


AUSCULTA

• Deve ser considerado anormal até


provar ao contrário
• Jovens com hipercinese
• Pacientes com Insuficiência renal
crônica
• Gestantes
Semiologia Cardiovascular

Sopros Inocentes – Contínuo


AUSCULTA

• Final da gestação na localização


mamária
• Ruído venoso – campânula – jovens e
crianças
Semiologia Cardiovascular

Atrito AUSCULTA

É um ruído extra cardíaco


Pericardite serofibrinosa
• Análise
• Situação no ciclo cardíaco
• Localização
• Irradiação
• Intensidade
• Timbre
Semiologia Cardiovascular

Pulso Arterial

• É uma onda de pressão dependente da


ejeção ventricular, e é percebido como
uma expansão da parede arterial
síncrona com o batimento cardíaco
Semiologia Cardiovascular

Análise
• Estado da parede arterial
• Freqüência
• Déficit de pulso
• Ritmo
• Amplitude
• Tensão
• Comparação com o lado homólogo
• Tipos de onda
Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• Diminuída
• Pequeno e célere
Pequeno com onda abrupta de percussão
seguida de rápido colapso. I.Mi, CIV
• Anacrótico
Pequena onda inscrita na fase ascendente.
E.Ao
Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• Diminuída
Bisferens
Duplo impulso separado por uma pausa central
Duplo lesão aórtica
Filiforme
Mole
Coarctação da aorta e colapso circulatório
Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• ONDA DIMINUÍDA – Anacrótico e Bisferens

Pedro Zarco 2ª ed; pág. 5 Pedro Zarco 2ª ed; pág. 8


Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• Diminuída
• Parvus
Pequeno e de forma normal, indica que as
pressões sistólica e diastólica se aproximam da
média. Expressa volume minuto baixo. Frio,
ansiedade, IAM, HAS, E.Ao, E.M, H.P, E.P, E.T,
CIA, pericardite constritiva, derrame pericárdico
sob tensão, miocardiopatia e insuficiência
circulatória
Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• ONDA DIMINUÍDA - Parvus

Pedro Zarco 2ª ed; pág. 4


Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• Aumentado
• Célere ou martelo d’água
• Caracterizado por uma ampla e súbita onda
de percussão e um colapso rápido
• I.Ao, fístulas, anemias, vasodilatação
periférica, PCA, insuficiência hepática cor
pulmonale, doença de Paget
Semiologia Cardiovascular

Tipos de Onda
• ONDA AUMENTADA – Martelo d’água

Pedro Zarco 2ª ed; pág. 10


Semiologia Cardiovascular

Pulso Venoso
• O nível da pulsação varia com a respiração
seguindo passivamente as mudanças da
pressão intratorácica: cai na inspiração e
aumenta na expiração
• Aumenta com a compressão abdominal
• Varia com a mudança de postura, mais alto
na posição horizontal do que vertical
Semiologia Cardiovascular

Pulso Venoso
• CARACTERIZAÇÃO
• O movimento é suave, difuso, ondulante
• É melhor vista do que palpada
• O nível da pulsação varia com a respiração
seguindo passivamente as mudanças da pressão
intratorácica: cai na inspiração e aumenta na
expiração
• Aumenta com a compressão abdominal
• Varia com a mudança de postura, mais alto na
posição horizontal do que vertical
Semiologia Cardiovascular

Pulso Venoso
• COMPOSIÇÃO
• Onda a - Contração atrial
• Seio descendente x - Relaxamento atrial
• Crista c - Fechamento da tricúspide
• Crista v - Enchimento do átrio
• Seio descendente y - Fase de enchimento
ventricular rápido

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