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Taquiarritmias 3 - Supraventriculares
Taquiarritmias 3 - Supraventriculares
supraventriculares
Raciocínio clínico II - Cardiologia
Fevereiro/ 2022
• São aquelas que ocorrem acima da bifurcação do feixe de His
Taquicardias • Classicamente com QRS estreito, e de morfologia normal
supraventriculares • Paroxísticas: Início e término súbitos, com caráter repetitivo
• Não-paroxísticas: Início e término gradativos
Extrassístoles – contrações prematuras
Classificação
Supraventricular Extrassístole atrial
Localização
Extrassístole juncional
Ventricular
Isoladas
Frequência
Agrupadas Pareadas
Em salvas
Agrupadas Bigeminadas
Trigeminadas
Morfologia (ventriculares) Monomórfica
Polimórfica
Extrassístoles
• Pausa compensatória
• Pausa diastólica que
sucede a extrassístole
• Pausa compensatória
completa
• Soma dos intervalos
diastólicos (que sucede e
que antecede a ES) é
igual a 2 intervalos RR do
ritmo de base
• Denota não interferência
da ES no ciclo sinusal
Extrassístoles
• Pausa compensatória
• Pausa diastólica que
sucede a extrassístole
• Pausa compensatória
incompleta
• Soma dos intervalos
diastólicos (que sucede e
que antecede a ES) é
menor que 2 intervalos
RR do ritmo de base
• Denota interferência da
ES no ciclo sinusal
Extrassístole atrial
• Foco ectópico no miocárdio atrial
• Onda P’ prematura e diferente da P habitual
• iPR e QRS/T normais
• Pausa compensatória incompleta
Extrassístole juncional
• Foco ectópico no nó atrioventricular
• QRS/T tem morfologia normal
• O impulso desloca-se em 2 direções
• Quando P’ é visível
• P’ é negativa em D2, D3 e aVF
• P’ é positiva em aVR
• P’ é achatada em V5 e V6
• Pausa compensatória é incompleta
Extrassístole juncional
• Foco ectópico no nó atrioventricular
• O impulso desloca-se em 2 direções
• Via anterógrada: Ventrículos
• Via retrógrada: Átrios
• Estímulo alcança os átrios antes dos ventrículos: P’ antecede o QRS
Extrassístole juncional
• Foco ectópico no nó atrioventricular
• O impulso desloca-se em 2 direções
• Via anterógrada: Ventrículos
• Via retrógrada: Átrios
• Estímulo alcança os ventrículos antes do átrios: P’ sucede o QRS
Extrassístoles supraventriculares
• Sempre buscar causas secundárias
• Na maioria das vezes reflete algum problema, e não necessariamente
é o problema
• Ausência de onda P
• R-R irregular
• QRS estreito
• Serrilhado na linha de base
Fibrilação atrial
• Classificação
• FA paroxística (autolimitada): os episódios duram menos de sete dias,
geralmente menos de 24h, e se resolvem espontaneamente
5mm 10mm
Fibrilação atrial
• Taquiarritmia crônica mais comum
• Altamente relacionada com o
envelhecimento populacional
• Normalmente relacionada com cardiopatias
que geram sobrecarga atrial
• Principais causas de FA no Brasil: Hipertensão
arterial e cardiopatia reumática crônica
• Quando em jovens ou ausência de
cardiopatia, sempre buscar fatores
secundários
• Hipertireoidismo
• Libação alcoólica: Holiday Heart Syndrome
• Drogas adrenérgicas
• Distúrbios eletrolíticos
Fibrilação atrial
• Marcador de gravidade nas cardiopatias
• Cardiopatas com FA normalmente tem prognóstico pior
• Quadro clínico variável, podendo ter desde quadro instáveis até
assintomáticos
• Grande parte assintomático, tendo a arritmia descoberta de forma ocasional
ou após alguma complicação – AVE ou embolia sistêmica...
• Pode descompensar alguma cardiopatia de base
• Taquicardia: Aumento no consumo de 02 e menor tempo diastólico
• Perda da contração atrial: Cerca de 30% do débito cardíaco
Fibrilação atrial
• Abordagem aguda
• 1º passo: Avaliar estabilidade clínica
• Hipotensão
• Alteração do nível de consciência
• Dispneia intensa
• Dor precordial
• À despeito do racional biológico para controle de ritmo, não há evidência científica que o
controle de frequência seja inferior ao controle de ritmo, exceto se:
• Pacientes com disfunção ventricular (FE < 40%)
• Sintomáticos apesar do uso de medicações para controle de FC ou de ritmo
• FC persistentemente elevada, apesar de medicações otimizadas: Risco de taquicardiomiopatia
Taquicardia paroxísticas supraventriculares
• Condução antidrômica:
Condução anterógrada
pela via anômala e
retrógrada pela via nodal
Taquicardia por
reentrada
atrioventricular
• FC 150-230bpm, geralmente
mais rápidas que TRN
• Condução anterógrada pelo
nó AV e retrógrada pela via
acessória: Ortodrômica (80-
90% dos casos)
• P’ pós QRS, com polaridade:
• Negativas em D2, D3 e aVF;
positivas em avR e V1
• Intervalo RP’ > 110ms
Taquicardia por
reentrada
atrioventricular
• Denota via acessória
• Infra-ST em derivações
precordiais
• Pode apresentar alternância
elétrica
• Início e término súbitos:
Mecanismo de reentrada
• Saída da arritmia em P
• Diferenciação da
taquicardia atrial, que
finaliza em QRS
Quadro clínico
• Sexo feminino mais afetado (2:1)
• Sintomas súbitos – cunho paroxístico da taquiarritmia
• Principal sintoma: Palpitação
• Referida no pescoço (sinal do sapo): Fala a favor de TRN
• Referida no peito: Fala a favor de TRAV
• Pode ser acompanhado de dispneia, tontura, dor torácica ou síncope
• Geralmente não gera instabilidade hemodinâmica
Taquicardia paroxística supraventricular
• Abordagem aguda
• 1º passo: Avaliar estabilidade clínica
• Hipotensão
• Alteração do nível de consciência
• Dispneia intensa
• Dor precordial
• Reversão
Taquicardia paroxística supraventricular
• Em pacientes estáveis: Bloqueio da via lenta
• Adenosina
• 6 mg IV em 1-2s (injeção rápida)
• Se não reverter, repetir com 12 mg IV por até 2 vezes
• Tratamento definitivo
• Ablação com Radiofrequência da via alfa
• Taxa de cura de cerca de 95%
Taquicardia por reentrada atrioventricular
• Síndrome de Wolff-Parkinson-White
• Condução antidrômica: Condução anterógrada pela via anômala e retrógrada
pela via nodal
Taquicardia por reentrada atrioventricular
• Síndrome de Wolff-Parkinson-White
• Condução antidrômica: Condução anterógrada pela via anômala e retrógrada
pela via nodal
• Indistinguível da taquicardia ventricular
• Normalmente os pacientes apresentam instabilidade hemodinâmica
• Cardioversão elétrica
• Caso estabilidade hemodinâmica: Procainamida
• NÃO ADMINISTRAR MEDICAÇÕES QUE BLOQUEIAM NÓ AV: Adenosina e verapamil
• Aula:
• slides disponibilizados.
• Livros:
• Tratado de cardiologia – SOCESP, 3ª edição
• Eletrocardiograma orientado para o clínico – Goldwasser, G. P., 3ª edição
• Braunwald, Eugene. Tratado de medicina cardiovascular. 10ª ed. São Paulo: roca,
2017. v.1 e v.2.