You are on page 1of 7

Dia 27 de Janeiro, Torres Vedras

assinalou o Dia Internacional do


Holocausto. A professora Maria
Rita Sarreira com 20 vinte alunos
da Associação para a
Universidade da Terceira Idade
acompanharam os alunos das
turmas do 9.º ano de escolaridade
da Escola EB 2,3 Gaspar Campelo,
Padre Vítor Melícias e da Escola Secundária
da Escola EB com 3.º Ciclo de
Henriques Nogueira foram até ao Teatro – Cine, ver o
filme ”O Jardim da Esperança”.
Assistimos às vivências de  uma família, proprietária
do Jardim Zoológico de Varsóvia que, após a invasão
alemã da Polónia, são obrigados a obedecer às ordens
de um novo zoologista selecionado pelo Reich.
Contudo os proprietários decididos a lutar contra o
regime, começam a colaborar secretamente com a
Resistência e põem em ação uma série de planos para
resgatar pessoas do recentemente criado Gueto de
Varsóvia, colocando em risco as suas vidas e tudo o
que construíram.
Nas aulas já tínhamos abordado o tema do Holocausto,
fazendo referência ao genocídio ou assassinato em
massa de cerca de seis milhões de judeus, durante
a Segunda Guerra Mundial,  patrocinado pelo Estado
nazista, liderado por Adolf Hitler e pelo Partido
Nazista e, que ocorreu em todo o Terceiro Reich e
nos territórios ocupados pelos alemães durante a 2ª
Guerra Mundial. Esta atitude dos nazistas era
justificada porque acreditavam que havia uma raça
superior, a ariana, que devia ser protegida, não se
misturando com outros povos.
Esta situação provocou muito sofrimento nos judeus que
viviam na Europa, nos que fugiram dos guetos e dos
campos de concentração, pondo em risco a sua vida .
Emigraram, como deslocados de guerra, da Europa
ocidental para o Canadá, Austrália, Nova Zelândia,
Brasil, México, Argentina, e outros países latino-
americanos, bem como para a África do Sul. Muitos dos
judeus vieram para Lisboa, alguns viveram
temporariamente em hotéis no Estoril e deixaram-nos
um legado em cartas, pinturas e livros de memórias.
Referimos, ainda a nobre atitude de Aristides de Sousa
Mendes (1885 -1954) Cônsul de Portugal em Bordéus,
que  no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi,
desafiou ordens expressas de António de Oliveira
Salazar, primeiro Ministro que, então, acumulava a
função de ministro dos Negócios Estrangeiros. Durante
três dias e três noites, em 1940, concedeu milhares de
vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias
nacionalidades que desejavam fugir de França. Embora
o número total de vistos passados seja desconhecido,
pois se fizeram sem serem registados, algumas fontes
apontam o número de judeus salvos do Holocausto por
Sousa Mendes na ordem dos dez mil, num total de
trinta mil refugiados a quem terá passado vistos
durante a Segunda Guerra Mundial.
Entre muitas condecorações destacamos lhe em 1966
no Memorial do Holocausto situado em Jerusalém o
título de "Justo entre as nações“, também em 1998 a
República Portuguesa, no processo de reabilitação
oficial da memória de Aristides de Sousa Mendes,
condecora-o com a Cruz de Mérito a título póstumo
pelas suas ações em Bordéus, em 2020 a Assembleia
da República concedeu Honras de Panteão Nacional.

You might also like