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Adelaide de Jesus

Damas Brazão
Cabete
Francisco Costa Nº4 11ºTPI
Biografia: Primeiros anos de vida

 Nascida a 25 de janeiro de 1867 em Alcáçova, Elvas, Adelaide


Cabete era filha de Ezequiel Duarte Brazão e de Balbina dos
Remédios Damas.
 Ficou órfã de pai e teve de trabalhar para sobreviver, ajudando a sua
mãe na apanha e secagem da ameixa assim como em outras atividades
domésticas, nomeadamente em casas de famílias ricas de Elvas, o que
a impediu de frequentar a escola primária.
 Contudo, e apesar das dificuldades, aprendeu a ler e escrever de
forma autónoma.

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Biografia: Casamento

 Aos 18 anos, casou com Manuel Ramos Fernandes Cabete, militante republicano, sargento e


defensor dos direitos da mulheres, natural de Alhadas, Figueira da Foz, que a ajudava nas
tarefas domésticas e que a incentivou a estudar.
 Em 1889, aos 22 anos, Adelaide Cabete fez o exame da instrução primária, e em 1894
concluiu o curso liceal com distinção.
 Um ano depois, Manuel Cabete vendeu as suas propriedades para suportar os estudos da
mulher e o casal mudou-se para Lisboa, onde a par da sua instrução médica foi-se
introduzindo na militância republicana e feminista.

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Biografia: Formação Académica

Em 1896, Adelaide Cabete matriculou-se na Escola Médico-


Cirúrgica, concluindo o curso em 1900, com a tese "Proteção
às mulheres grávidas pobres como meio de promover o
desenvolvimento físico das novas gerações", onde apelava ao
governo a concretização de estudos sobre a prevenção da
natalidade e ainda propunha uma lei que permita às
trabalhadoras repousar no último mês da gravidez, com um
subsídio apurado entre os lucros da empresa, o Estado e uma
quotização mensal dos trabalhadores. E tornou-se na terceira
mulher a concluir o curso de Medicina no país.

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Biografia: Carreira Profissional
Após a conclusão da especialidade, exerceu Ginecologia
e Obstetrícia no seu consultório, sediado na Praça dos
Restauradores, em Lisboa. Como médica, apelou à criação
de apoios para as mulheres grávidas e escreveu inúmeros
artigos para a divulgação dos cuidados materno-infantis,
defendendo os cuidados básicos e a melhoria das
condições de vida das crianças e das mulheres.

Em 1914, foi trabalhar para Odivelas, no Instituto Feminino de


Educação e Trabalho, conhecido popularmente por «Meninas de
Odivelas», onde não só exerceu como médica escolar como
também foi professora
de Higiene, Puericultura, Anatomia e Fisiologia, ensinando
inclusive Educação Sexual às suas alunas.

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Ativismo Republicano e Feminismo

 Em 1908, juntamente com Ana de Castro Osório, Carolina Beatriz Ângelo e


outras militantes republicanas feministas, tornou-se numa das cofundadoras
da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, onde defendia a emancipação
e o sufrágio feminino.
 Republicana militante, tal como o marido, Adelaide Cabete participou
ativamente em movimentos de propaganda que antecederam à mudança de
regime de 5 de outubro de 1910.
 Em 1910, participou ativamente na Implantação da República, onde, a mando
de Miguel Bombarda, que viria a falecer a dias da vitoriosa revolução, e
com Carolina Beatriz Ângelo, coseu e bordou várias bandeiras vermelhas e
verdes para serem hasteadas por Lisboa.

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Ativismo Republicano e Feminismo

 Em 1912 reivindicou o voto para as mulheres, e com outras mulheres da alta sociedade


portuguesa, criou e integrou novas organizações feministas, como a Liga Portuguesa
Abolicionista, as Ligas de Bondade, a Cruzada das Mulheres Portuguesas, nelas exercendo
diversos cargos, e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde, a partir de 1914 e
durante mais de vinte anos, viria a executar o cargo de presidente.

 Defendeu sempre as mulheres grávidas e pobres, as crianças e as prostitutas.

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Congressos Nacionais e

 Na experiência docente caracterizava-se nas teorias pedagógicas com exemplos práticos, que
Internacionais

apresentou em vários congressos, de entre estes, os mais importantes: 


• Congresso Internacional das Ocupações Domésticas em Gand, Bélgica (1913); 
• Congresso Internacional Feminino em Roma, Itália (1923); 
• Congresso do Conselho Internacional das Mulheres em Washington, Estados Unidos (1925);
• Congressos Feministas e da Educação (1921 e 1928)
• Congressos Abolicionistas (1926 e 1929), ambos em Lisboa.

 Em alguns chegou mesmo a representar o governo português no estrangeiro.

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Últimos Anos de Vida

 Adelaide Cabete continuou a escrever e a exercer medicina, envolvendo-se em algumas


polémicas, enquanto lutava pela causa feminista e a defesa dos direitos dos indígenas, assim
como ao livre acesso à saúde pública. Em 1933, tornou-se na primeira e única mulher a
votar em Luanda após a nova Constituição Portuguesa de 1933.
 Adelaide Cabete faleceu a 14 de setembro de 1935, em Lisboa, na casa que possuía na
freguesia de São Sebastião da Pedreira. Encontra-se sepultada no Cemitério do Alto de São
João em Lisboa.

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