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COMPRESSORES

NÚCLEO DE ENERGIA – ÁREA DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL – SENAI CIMATEC


PROFESSOR: GESSÉ DO SACRAMENTO JÚNIOR
COMPRESSORES

• Objetivos do curso:
Conhecer os conceitos básicos,
princípio de funcionamento,
classificação, detalhes construtivos e
demais aspectos relacionados a
compressores.
COMPRESSORES
Introdução – Demanda de compressão de gases

 A importância do gás natural na matriz energética?

 Com a necessidade de utilizar combustíveis mais limpos, o gás


natural apresenta demanda crescente na matriz energética;

 Neste novo cenário, é necessário escoar o gás natural em todo o


território nacional, exigindo a interligação de toda a malha de
gasodutos;

 Para o escoamento do gás é necessário elevar a sua pressão, daí


a necessidade crescente dos compressores industriais de grande
porte.
COMPRESSORES
• Conceito:
– São máquinas operatrizes que transformam trabalho
mecânico em energia comunicada a um gás,
preponderantemente sob a forma de energia de pressão.
Com a energia adquirida o gás (pressurização)pode:

• Deslocar-se à longas distâncias em tubulações;


• Ser armazenado em reservatórios para ser usado
quando necessário;
• Realizar trabalho mecânico, atuando sobre dispositivos,
equipamentos e máquinas motrizes.
COMPRESSORES – DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO

 O que é um compressor?

 É uma máquina construída com o objetivo de elevar a


pressão de uma substância no estado gasoso, mediante
a conversão de energia mecânica do eixo do acionador
em energia de pressão do gás;

 A forma de conversão da energia mecânica do eixo do


acionador em pressão do gás depende do tipo de
compressor, se dinâmico ou volumétrico, conforme será
visto mais adiante;

 Simbologia. Admissão do
gás
Descarga do
gás
Compressores na indústria – Principais aplicações

 Ar para serviços ordinários;  Transporte de gases industriais;

 Ar para serviços industriais;  Processos químicos e


petroquímicos;
 Gás para refrigeração;
 Superalimentação de motores
 Execução de vácuo; alternativos;

 Serviços odontológicos;  Alimentação de turbinas


estacionárias e aeronáuticas.
 Gás veicular;
Compressores na Petrobrás – Principais aplicações

 Transporte de gás natural para atender mercado consumidor;


 Reinjeção de gás natural para manutenção da pressão do reservatório;
 Injeção de gás natural para produção de óleo pelo método gas lift;

 Injeção de dióxido de carbono (CO2) para produção de petróleo;

 Compressão de nitrogênio (N2) para fabricação de uréia (NH3);

 Compressão de hidrogênio para reações de hidrogenação (HDT).

 Os compressores centrífugos são utilizados pelo E & P para movimentar


gases com grandes vazões, acima de 500.000 Nm³/dia e pressões
moderadas;
 Os compressores volumétricos são utilizados para vazões menores e
pressões mais elevadas.
Aplicação dos compressores industriais
Compressores industriais – Classificação geral

Centrífugos;
Dinâmicos ....................................

Axiais.

Compressores
Palhetas;
Rotativos ....... Parafusos;

Volumétricos ... Lóbulos.


(ou deslocamento
positivo) Diafragma;
Alternativos ...
Pistão.
Compressores – Aplicação na Refrigeração

•CLASSIFICAÇÕES:

•QUANTO À FORMA DE COMPRESSÃO:

•ALTERNATIVO (CONJUNTO EIXO-BIELA-PISTÃO)

•ROTATIVO (CONJUNTO ROLLER-PALHETA)

•SCROLL (ESPIRAIS MACHO E FÊMEA)

•PARAFUSO (FUSO MACHO E FUSO FÊMEA)

•CENTRÍFUGO (ROTOR CENTRÍFUGO)


Compressores – Aplicação na Refrigeração

•CLASSIFICAÇÕES:

•QUANTO À FORMA CONSTRUTIVA (ACOPLAMENTO):

•HERMÉTICO – CARCAÇA LACRADA POR SOLDAGEM, IMPOSSIBILITANDO


REPAROS INTERNOS (MOTOR ELÉTRICO + PARTE MECÂNICA).

•SEMI-HERMÉTICO – BLOCO APARAFUSADO, POSSIBILITANDO REPAROS


INTERNOS (MOTOR ELÉTRICO + PARTE MECÂNICA).

•ABERTO – BLOCO APARAFUSADO, POSSIBILITANDO REPAROS


INTERNOS (APENAS PARTE MECÂNICA) SENDO NECESSÁRIO
FORNECIMENTO DE FORÇA MOTRIZ EXTERNA.
COMPRESSORES
• Classificação:
– Compressores de deslocamento positivo:
Compressores Alternativos de Pistão
Podem ser de:
- Um cilindro
- Dois cilindros (duplex)
- Três cilindros (triplex)
Conforme a atuação do pistão:
- Simples ação
- Dupla ação
Conforme o número de estágios
- Simples estágio
- Multi-estágios
COMPRESSORES
Compressores Alternativos de Pistão

• Simples ação
COMPRESSORES
Compressores Alternativos de Pistão

• Dupla ação ou duplo efeito


COMPRESSORES

• Compressor Alternativo de dois estágios e de


duplo efeito (ângulo reto).
COMPRESSORES

• Compressor Alternativo de dois estágios e de


duplo efeito (Horizontal)

1- Suporte do cilindro 2-Cilindros para qualquer gás e pressão 3-


Pistões 4- Anéis raspadores de óleo 5- Haste do pistão 6 Sistema
de lubrificação
COMPRESSORES
• Vantagens dos Compressores Alternativos

– São facilmente controlados de acordo com a demanda


de gás comprimido;

– Podem operar a plena, média carga ou à vazio;

– Operação econômica;

– Manutenção simples.
COMPRESSORES

• Funcionamento dos Compressores Alternativos

Admissão Compressão
COMPRESSORES

• Funcionamento dos Compressores Alternativos

Descarga Compressão
COMPRESSORES

• Funcionamento dos Compressores Alternativos


Compressor alternativo - Cilindro de simples
efeito refrigerado a ar
Filtro do gás Pistão de
simples efeito

 Pistão de simples efeito


Cilindro e cabeçote

 Compressão ocorre apenas


aletados

do lado da tampa (LT);


 Do lado da haste atua a
pressão do cárter, pressão
atmosférica.
 Pistão de duplo efeito
 Pressão do lado da tampa e
 Utilizados para baixas razões de compressão;
da haste (LT - LH).
 Baixa capacidade de vazão e potência;
 Cilindro e cabeçote aletados para aumento da capacidade de troca térmica;
 Baixo custo - fabricação em série.
COMPRESSORES
Principais componentes – Cilindro de duplo efeito fundido

Alojamento Bocal de
das válvulas admissão
de admissão
Refrigeração

Alojamento das
válvulas de
descarga

Furos para
lubrificação

Cilindro c/s Bocal de


camisa descarga
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Cilindro de duplo efeito refrigerado a
água Caixa de
engaxetamento
da haste Galerias de
refrigeração

 Elevadas potências de compressão; Gás em compressão


 Elevadas razões de compressão; Gás em admissão
 Velocidade do pistão mais elevada; Água de refrigeração
 Eficiência termodinâmica mais elevada. Óleo de lubrificação
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Eixo de manivelas, características
Mancais 2
fixos

1 2
Contra-pesos de
Mancais balanceamento
Furos de de bielas
lubrificação

 É o componente responsável em transformar o movimento rotativo do acionador


em alternado de translação do pistão.
 Fabricado em aço fundido forjado ou FoFo nodular;
 Manivelas opostas para equilibrar as cargas devido ao gás e a inércia;
 Para rotações mais elevadas, acima de 900 rpm, deve ser balanceado
dinamicamente;
 Mancais de deslizamento com lubrificação forçada.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Eixo de manivelas para 4 cilindros, e
estágios Espaço mínimo de acesso
1°-A

1°-B


Offset Offset

 Eixo de manivelas para um compressor policilíndrico com manivelas opostas na


horizontal;
 A distância maior do centro objetiva acomodar o diâmetro dos cilindros;
 As manivelas opostas são projetadas o mais próximo possível uma da outra para
minimizar o momento formado pelo offset.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Eixo de manivelas, características
Canais de
lubrificaçã
Bujões dos canais de usinagem
o

- Dois furos de lubrificação


- Um furo de lubrificação por munhão e por munhão e moente
moente
 Geometria complexa facilitando a formação de pontos de concentração de
tensões;
 Os furos para a lubrificação forçada causam:
 Redução da secção transversal resistente;
 Aumento da quantidade de pontos de concentração de tensão.
* A furação não é tão crucial porque está na região de linha neutra.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Biela para serviços leves e pesados
 Componente do conjunto biela - manivela
responsável por transformar o movimento
rotativo do acionador em alternado do pistão;

 O pé da biela apresenta movimento rotativo e


a cabeça da biela oscilante de 22° na cabeça da
biela;

 Construída em aço fundido de baixo carbono


Cabeça da biela Pé da biela
para compressores de média pressão e forjado
para pressões extremamente elevadas;

 Possui um furo usinado no corpo para


passagem do lubrificante proveniente do pé para
a cabeça da biela;
R 1  Na maioria dos projetos o pé da biela possui

L 5 casquilho, semelhante aos utilizados nos
motores de combustão interna, enquanto a
cabeça possui uma bucha de bronze fosforoso.
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Construção dos casquilhos
 Suporte em aço

Suporte em aço  É a estrutura do casquilho e deve


suportar as cargas dinâmicas radiais.
Camada
intermediária  Camadas intermediárias
Camada de  Tem a função de fazer uma barreira
níquel
para impedir a migração do babbitt*.
Camada de babbitt
 Camada de babbitt
 Permitir uma melhor lubrificação nas
condições limítrofes durante as partidas
e paradas do compressor;
 As camadas metálicas superpostas do
casquilho deve resultar num conjunto com
* BABBITT – É uma camada de material
macio construído em chumbo, estanho e elevada capacidade de troca de calor.
cobre.
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Montagem dos casquilhos
 O diâmetro externo do casquilho
deve ser maior do que o interno do
Suporte em aço
mancal para assegurar que:
Camada  Não gire quando em operação;
intermediária
Camada de  Um perfeito contato entre o casquilho
níquel e o mancal assegura uma
eficiente troca de calor;
Camada de babbitt
 O casquilho deve ficar perfeitamente
assentado no mancal
evitando deformações devido
às elevadas cargas.

 A folga é crucial para garantir uma


perfeita lubrificação e redução de
* BABBITT – É uma camada de material
macio construído em chumbo, estanho e choques, elevando a vida útil do
cobre. casquilho.
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Lubrificação dos mancais
 Sem lubrificação
 Com utilização de PTFE, grafite e nylon
Suporte em aço
na construção do casquilho ou bucha;
Camada  Utilizado para mancais com baixa
intermediária geração de calor, onde a remoção não
Camada de se mostra necessária;
níquel  Lubrificação a graxa
Camada de babbitt  Eficiente redução do atrito com redução
significativa do calor gerado;
 Utilizado para sistemas de baixa
rotação onde a remoção de calor não é
necessária;
 Lubrificação forçada - óleo
* BABBITT – É uma camada de material  Elevado fluxo de óleo pressurizado;
macio construído em chumbo, estanho e
cobre.  Formação da lubrificação hidrodinâmica
e elevada capacidade de remoção de
calor.
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Cruzeta, Função e características
Casquilho da cruzeta  Suportar as componentes transversais
das cargas de inércia e do gás;
 Transmitir para a estrutura do
compressor a componente transversal da
força da biela;
 Manter o alinhamento do pistão com o
cilindro;
 Deve ser robusta. Em geral é construída
em aço ou FoFo;

Haste do pistão
 O projeto do conjunto biela-manivela
deve prever o ângulo de inversão do pino;
Fby Fh  A lubrificação das pistas é
Fb essencialmente limítrofe, podendo formar
um filme de lubrificante mais ou menos
contínuo na metade do seu curso, onde a
Fh
velocidade é máxima;
 A lubrificação do pino também é limítrofe
e de difícil realização em função do
movimento basculante de ≈ 22°.
COMPRESSORES
 Lubrificação de Compressores
 Lubrificação do cárter

– Reduzir o atrito;

– Refrigerar;

– Evitar a corrosão;

– Reduzir choques;

– Reduzir ruídos.
COMPRESSORES
Compressores - Tipos de lubrificação
 Lubrificação forçada

 Facilita a formação da lubrificação hidrodinâmica nos mancais de


deslizamento;

 Permite a instalação de filtro para o lubrificante;

 Permite a instalação de trocador de calor.

 Lubrificação por salpico

 Menor custo de aquisição do sistema;

 O lubrificante é utilizado sem filtragem.


COMPRESSORES
Compressores - Mecanismo da lubrificação
 Trecho A - B – Lubrificação parcial
 O filme formado não é consistente,
ocorre contato metal- metal;
– Atrito e geração de calor são
elevados;
Coeficiente de atrito

– Baixa capacidade de troca de calor.

 Ponto B – Lubrificação limítrofe


 É uma região de transição, não se deve
projetar o mancal neste ponto.
Fluxo de  Trecho B - C – Lubrificação
óleo
hidrodinâmica
 Não há contato metal- metal, o filme é
perfeito, o atrito é puramente uma
questão de mecânica dos fluidos.
COMPRESSORES
Lubrificação - Mancais de deslizamento
 Formação da cunha de óleo
Q
 Repouso
– O eixo fica apoiado na parte central inferior do
Repouso mancal, não há a formação de cunha de óleo.
 Partida
Q
– O eixo sobe e se desloca para a esquerda devido
ao atrito com a lubrificação parcial, inicia-se a
formação da cunha de óleo.
Partida
 Operação normal
Q – A cunha de óleo se forma e empurra o eixo para
a direita, centralizando-o. Esta é a condição ideal
- lubrificação hidrodinâmica.
Operação normal
Q – Carga aplicada ao eixo
COMPRESSORES
Lubrificação - Mancais de deslizamento
 Distribuição da pressão hidrodinâmica no mancal
Q Folga correta Q Folga excessiva

Pressã
o

Pressão
Q – Carga aplicada ao eixo
COMPRESSORES
Lubrificação - Mancais de deslizamento
 Mancal com folga excessiva
y
Q  Quando o mancal apresenta uma folga grande, a
cunha de óleo empurra o eixo para a direita,
deixando-o girando com uma excentricidade;

 Nesta condição, o eixo fica estabilizado


x
dinamicamente pela cunha de óleo, qualquer
evento que possa desestabilizar esta posição
resultará em vibração do conjunto rotativo;

 Este fenômeno de flutuação assemelha-se ao


Mancal com
folga excessiva movimento de uma bóia na superfície da água,
sobre as ondas.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Pistão e haste
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Haste do pistão, características

Pistão Cruzeta

 Transmitir a componente axial da força da biela para acionar o pistão;


 Permitir a vedação da câmara de compressão para os cilindros de duplo efeito;
 Está submetida à cargas de tração e compressão, portanto, cargas de fadiga;
 Construída em aço especial, com endurecimento superficial na região de
vedação;
 Deve ser resistente à ação de gases corrosivos;
 A superfície deve possuir dureza elevada e a rugosidade deve ser controlada
em torno de 8 a 12 µm rms para uma boa vedação e vida útil;
 As roscas devem ser roladas para maior resistência do filete (API Standard 618).
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Pistão em tandem

1° estágio
Pistão de simples efeito
em tandem

2° estágio
3° estágio
Pistão duplo
efeito
COMPRESSORES
Compressor alternativo – Pistão, anéis-guia e de compressão

Anéis de
compressã
o

Anéis-guia

 Anéis-guia promovem a suportação do peso do pistão e metade do da haste;


 Anéis de compressão fazem a vedação do diferencial de pressão que atua no
pistão.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Cargas nos anéis
Pp - Peso do pistão

Ph – Peso da haste

Cruzeta
F1 F1 F2
1  Ph 
F1   Pp   
Cilindro n  2 
F1 - força que atua em cada anel guia;
Pistão
Ph - peso da haste do pistão;
120° Ângulo de Pp - peso do pistão;
trabalho n – número de anéis-guia.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Anéis guias e de vedação

 Rasgo de alívio de pressão;


 Anéis de vedação

 Furo para alívio de pressão;

 Rasgo de alívio de pressão;

 Anel mono-partido.

 Anéis-guia
COMPRESSORES
Materiais utilizados - Anéis de vedação do pistão
 Ferro fundido cinzento nodular - Elevadas temperaturas;
 Baquelite - Temperaturas inferiores a 150º C;
 Fibra de vidro e epóx - Temperaturas inferiores a 150º C;
 Compostos de nylon - Temperaturas inferiores a 150º C;
 PEEK (polyetheretherketon) – Temperatura e pressões elevadas, podendo
atingir valores acima de 150º C e pressões maiores que 1.500 psi;
 PTFE (politetrafluoretileno) combinado com fibra de vidro e grafite – Para
temperaturas até 150°C;
 PTFE (politetrafluoretileno) combinado com fibra de carbono e grafite – Para
temperaturas acima de 150°C
 Custo muito elevado.
COMPRESSORES
Mecanismo de vedação do pistão

pr

pc

 A pressão pc é constante, enquanto a pressão pr é decrescente, e


ambas atuam na mesma área, o resultado é um diferencial de pressão
que promove a vedação;
 Este tipo de anel é utilizado para razões de compressão moderadas;
 Nível de desgaste moderado (depende da força radial Fr).
COMPRESSORES
Engaxetamento da haste do pistão
COMPRESSORES
Vedação da haste do pistão
 Impedir o vazamento do gás entre a haste e a tampa do cilindro do lado do
cárter;
 A pressão máxima a ser vedada é a diferença entre a pressão de descarga e a
pressão atmosférica;
 Esta diferença de pressão é crescente em cada estágio subseqüente;
 Sendo uma vedação dinâmica, a geração de calor é sempre elevada;
 A haste é submetida a elevados esforços de compressão, promovendo o
desalinhamento pela flambagem lateral;
 O alinhamento da guia da cruzeta e do cilindro é fundamental para o seu
desempenho, evitando cargas adicionais devido ao momento de flexão;
 A medida que os anéis-guia do pistão se desgastam, os desalinhamentos são
aumentados;
 A caixa que contém o engaxetamento deve permitir uma boa troca de calor
para evitar o superaquecimento dos anéis do pistão.
COMPRESSORES
Caixa de gaxetas da haste do pistão
Gap

Junta de
fundo Folga para aperto do
conjunto

 Medir a largura de cada copo, pois a lapidação durante o reparo reduz o


comprimento da caixa de gaxetas;
 Isto pode fazer com que a junta de fundo não seja apertada, permitindo
vazamento;
 Verificar a folga mínima recomendada pelo fabricante para garantir o aperto
correto do conjunto.
COMPRESSORES
Tipo de refrigeração das gaxetas – Fluxo circular
Anéis de gaxetas

Refrigeração

Fluxo circular
 Nem todos os anéis de gaxetas recebem o canal de refrigeração;
 Boa capacidade de troca térmica em função da menor distância dos pontos de
elevada temperatura;
 Boa confiabilidade.
COMPRESSORES
Refrigeração das gaxetas – Fluxo axial de refrigerante
Vedação

 Todos os anéis de gaxetas recebem a mesma refrigeração;


 Maximiza a capacidade de trocada térmica, apesar da maior distância dos canais
ao ponto de atrito dos anéis;
 Possível maior quantidade de anéis de vedação para o mesmo comprimento da
caixa;
 Boa confiabilidade.
COMPRESSORES
Caixa de gaxetas com lavagem

 Utilizada na compressão de gases de elevada toxicidade.


COMPRESSORES
Válvulas de admissão e descarga
Válvulas de
admissão

Válvulas de descarga
COMPRESSORES
Válvulas de admissão e descarga
 Sua função é fazer o fechamento e abertura da passagem de gás pela admissão e
descarga;
 Abrem e fecham automaticamente, por isto, são consideradas check-válvulas;
 As válvulas de admissão e descarga abrem e fecham uma vez por ciclo e estão
expostas à corrente de gás, portanto estão submetidas a:
 Intensos e freqüentes choques mecânicos,
 Elevadas pressões de compressão;
 Elevadas temperatura do gás na descarga;
 Partículas sólidas e líquidos;
 Corrosividade do gás;
 Abrasão devido à carbonização;
 Vibração mecânica.
COMPRESSORES
Principais componentes de uma válvula

Sede
Elementos
de vedação
Pino
Limitador de
guia
curso

Mola

Guarda
Câmara de
amortecimento
Parafuso
de
fixação
COMPRESSORES
Efeito aerodinâmico – Elemento de vedação em ângulo

Fig. I – Fluxo normal Fig. II - Alto fluxo


 Reduz a perda de pressão por causar menor turbulência no fluxo de
gás;

 Dificulta o acúmulo de partículas sólidas nas superfícies de vedação;

 Reduz a área de colagem do elemento de vedação, através de um


projeto adequado para o ângulo de contato com a sede.
COMPRESSORES
Elementos de vedação – Disco inteiriço em elastômero
 Quando falha deve ser trocado inteiro;

 Necessidade de maior inventário em


estoque;

 Aerodinâmica de baixa eficiência;

 Área de colagem elevada, elevando a


resistência à abertura;

 Menor pressão específica no local de


contato para vedação (maior área de contato);

 Efeito “moeda” elevado, com elevação do


nível de desgaste por abrasão;

 Menor resistência para operar em elevadas


freqüências;

 Exige pouca lubrificação.


COMPRESSORES
Elementos de vedação – Anéis concêntricos em elastômero
Sentido do  Possibilidade de trocar apenas o anel
fluxo danificado;

 Menor inventário em estoque, anéis podem ser


utilizados em válvulas de tamanho diferentes;

 Elemento de vedação com projeto


aerodinâmico aperfeiçoado;

 Menor área de colagem – superfície de


vedação curva;

 Maior pressão específica no local de contato


para vedação;
Sede  Melhor para altas freqüências – Altas rotações;

Guarda  Permite operar sem lubrificação;

 Custo mais elevado.


COMPRESSORES
Efeito aerodinâmico – Elemento de vedação tipo poppet

Parafuso de
montagem

Poppet

Elastômero

Válvulas de alta vazão - Hi-Flow


COMPRESSORES
Características técnicas desejadas das válvulas

Fluxo elevado

Baixa
turbulência

PEEK
 Grande área de passagem e boa aerodinâmica;
 Abertura rápida com o menor diferencial de pressão possível;
 Elemento de vedação com a menor massa possível;
 Perfeita estanqueidade quando fechada;
 Menor diâmetro externo possível para reduzir o clearance;
 Suportar às elevadas temperaturas da operação;
 Resistência à partículas sólidas e a líquidos presente no gás.
COMPRESSORES
Elementos de vedação – Anéis concêntricos em elastômero
 Elemento de vedação de termoplástico composto;
 Elementos de vedação do mesmo tamanho,
independente da dimensão da válvula;
 Baixa área de colagem, portanto, maior capacidade de
suportar presença de líquido;
 Bom coeficiente de escoamento;

Válvula MagnumTM (Dresser-Rand)  Menor nível de ruído.

 Fabricado em elastômero de alta resistência mecânica


e a elevadas temperaturas;
 Permite a utilização do mesmo elemento vedação para
qualquer tamanho de válvula;
 Coeficiente de escoamento razoável;
 Reduzido efeito de colagem, dependendo da
geometria da superfícies de contato para vedação.
COMPRESSORES E MOTOCOMPRESSORES

PLACAS DE VÁLVULAS
COMPRESSORES E MOTOCOMPRESSORES

PLACAS DE VÁLVULAS

SUCÇÃO DESCARGA

Maneurop Outros Outros


COMPRESSORES E MOTOCOMPRESSORES

PLACAS DE VÁLVULAS
COMPRESSORES E MOTOCOMPRESSORES

PLACAS DE VÁLVULAS
COMPRESSORES
Vedação em válvulas – Materiais utilizados
 Os materiais utilizados para construção das válvulas sempre pertencerão a
duas categorias fundamentais:

 Aços de elevada resistência mecânica para a sede e guarda;

 Termoplásticos de engenharia para os elementos de vedação.

 Principais materiais metálicos utilizados para o elemento de vedação:

 Aço inoxidável 410 ou 316 com alívio de tensão;

 Iconel 17-4-PH com 55% de nióbio;

 Em casos especiais o titânio.

 A temperatura adiabática de compressão deve ser de no máximo 150°C (API


Standard 618).
COMPRESSORES
Compressores alternativos – Base de concreto armado
COMPRESSORES
Compressores alternativos – Cargas na estrutura e na base
 Forças devido à inércia
 São forças de inércia não balanceadas que não confinadas na estrutura do
compressor, portanto, são transmitidas para a base;

 As forças de inércia balanceadas são suportadas pelo bloco (frame) de


compressor, não passando para a base;

 Os critérios de projeto e manutenção da base devem considerar as


características das forças de inércia.

 Forças devido à pressão do gás


 São forças confinadas na estrutura do compressor, não são transmitidas
para a base (estrutura rígida);

 Estas forças devem ser suportadas pela estrutura do compressor (frame),


guias de cruzetas e peças intermediárias.
COMPRESSORES
Compressores alternativos – Funções e características
 Funções da base de concreto armado
 Suportar as cargas estática devido ao peso do
próprio compressor e acessórios;
 Assegurar que o compressor seja mantido
alinhado com o acionador e as flanges dos vasos
com as das tubulações;
 Assegurar um elevado nível de rigidez do bloco do
compressor, minimizando a flexão do eixo de
manivelas.
 Características da base de concreto armado
 Possuir uma grande área de contato com o solo da
fundação resultando numa frequência de vibração
elevada;
 Proporcionar ao conjunto formado pelo
compressor e sua base um elevado momento de
inércia, minimizando as amplitudes de vibração;
 Apresentar superfície externa superior
impermeável, permitindo que óleo, água e graxa
penetrem no bloco de concreto armado.
COMPRESSORES

CAPÍTULO IIIa
 Compressores alternativos
 Controle de capacidade.
COMPRESSORES
Métodos de controle de capacidade

 Parada e partida do acionador;

 Recirculação;

 Variação de rotação;

 Estrangulamento da admissão;

 Alívio das válvulas de admissão;

 Variação do volume morto (clearance).


COMPRESSORES
Controle de capacidade – Partida e parada do acionador
COOLER

PSH – Parada por pressão


máxima
Acionador Compressor
Vaso

PLC PT
PSL – Parada por pressão
mínima
Admissão Reservatório Demanda

 Utilizado para pequenas máquinas e em processo que permitam grande


variação de pressão;
 O reservatório deve ser grande com relação à demanda de vazão para que as
partidas não sejam muito freqüentes;
 O acionador deve, de preferência, ter um sistema de partida automatizado.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Recirculação

 Sistema pouco utilizado devido a baixíssima eficiência, pois é necessário a


recompressão da vazão desviada;
 A vazão do compressor é mantida a mesma, mas o excesso em relação ao
consumo deve ser resfriada para ser devolvida ao compressor;
 Permite a regulagem contínua da vazão;
 O trocador de calor deve ser dimensionado considerando esta condição.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação de rotação – Motor a
combustão CLP
Central lógica

Pickup
programável COOLER

Regulador Moto Compressor PT Pressão


r
de
velocidade descarga
Demanda
PT
Admissão

 A vazão do compressor é proporcional à rotação do seu eixo de manivelas;


 Assegurar que o torque disponível do acionador seja suficiente em toda a faixa
de variação da rotação requerida.
 A variação de capacidade ficará limitada a esta condição.
Cont.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação de rotação – Motor
Central Lógica
assíncrono
Programável

Fonte Hz1 Cooler


CLP

Hz2
Motor
Inversor Compressor
elétric Pressão
Inversor
o
PT descarga
Freqüência
Demanda
PT
Admissão

 Necessidade de utilização de inversor de freqüência – É utilizado para pequenas


máquinas;
 Para potência acima de 500 HP o preço do inversor de freqüência é bastante elevado,
podendo inviabilizar o projeto.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Estrangulamento da admissão
Central
CLP
Lógica Cooler
programável
Válvula
de
controle Pressão
Acionador Compressor
PSH de descarga

Demanda
Admissão
PSL
 Reduz a pressão efetiva de admissão do compressor, com conseqüente redução
da eficiência volumétrica;
 O trabalho de compressão será maior em função do aumento da razão de
compressão;
 Aumento da carga na haste e temperatura devido à maior razão de compressão.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação do volume morto
 A variação do volume morto é feito
através de um pistão que pode variar sua
Volante de posição continuamente;
acionament
o
 Este dispositivo é montado diretamente no
cilindro do lado da tampa;

 O acionamento do volante é manual. A


variação não pode ser feita com muita
freqüência;
Pistão
 É comum a utilização de uma escala para
indicar o percentual de variação do volume
morto;

Espaço morto  Ocorre uma certa perda de eficiência, pois


adicional o processo de compressão não é reversível.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Alívio das válvulas de admissão
 O controle da capacidade é feito através da
manutenção da válvula de admissão aberta;

Atuador  O acionamento dos descarregadores, em geral é


pneumático, com utilização do próprio gás ou de ar
comprimido;

 O controle por efeito é contínuo e varia de 0 a


100% da vazão;

 Os descarregadores podem ser instalados nos


dois efeitos, permitindo três níveis de vazão;

Válvula de  Uma central lógica é utilizada para ativar ou


admissão desativar as válvulas da admissão quando a
pressão atingir os pontos ajustados pelo processo.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação do curso efetivo do pistão
• Válvula
de
 Controle contínuo da vazão através do
controle; ajuste do curso efetivo do pistão;
•  A válvula de admissão é mantida
Solenóide
de atuação aberta, só sendo fechada após comando
do Hydrocom, reduzindo o curso efetivo
• Circuito
com controle e
do pistão;
supervisão
integrados  Enquanto a válvula não fecha, o gás
admitido retorna para a admissão;
• Válvula com
elemento de  Só após o fechamento da válvula de
vedação
metálico ou não- admissão, o gás que ainda permanece no
metálico; interior do cilindro é comprimido;
• Aplicação com  O atuador Hydrocom controla o curso
lubrificação ou
sem lubrificação de fechamento da válvula de admissão.
Unloader
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação do curso efetivo do pistão
 O descarregador é acionado pela
força gerada pela unidade hidráulica;
PI

 O atuador consiste de um cilindro


acionado por alta pressão hidráulica;

 O fluxo de óleo pressurizado é


controlado por uma válvula solenóide de 3
Unidade vias;
hidráulica

Amortecedor  Devido à check válvula a pressão


permanece baixa;
Válvula
solenóide
 Um amortecedor hidráulico é utilizado
“Unloader” para reduzir o impacto de fechamento da
válvula.
COMPRESSORES
Controle de capacidade – Variação do curso efetivo do pistão
 A vazão é regulada através do
controle do fechamento das válvulas de
Pd 3 admissão;
2
 O controle da vazão pode variar de 0
a 100% da vazão do compressor;
 O controle da vazão é realizado
1 através da redução controlada do curso
Ps
4 efetivo do pistão;
Vo ΔS1  O controle não implica em maior
ΔS2
consumo de energia – não há
ΔS3
ΔS0 recompressão;
S -curso  Manutenção do ângulo de inversão
0
mesmo com 0% de carga.
COMPRESSORES

CAPÍTULO IIIb
 Compressores alternativos
 Lubrificação do cárter
 Lubrificação dos cilindros
COMPRESSORES
Compressores alternativos - Sistema de lubrificação do bloco
Descarga final
SD 550 psi g
Resfriador gás/ar Resfriador gás/ar Resfriador gás/ar Cooler de água/ar

SD
SD

VA VA
VA
VA VA
1° Estágio Power end 2° Estágio 3° Estágio
Duplo EF Simples EF Simples EF

Bomba d’água
VA

Bomba de óleo
Duplo
Filtro
de gás
Filtro

Principal e auxiliar Óleo - água


Cárter
COMPRESSORES
Compressores alternativos - Lubrificação do bloco (power end)
COMPRESSORES

 Compressores alternativos
 Lubrificação dos cilindros
– Cilindros lubrificados;
– Cilindros não lubrificados ou isento.
COMPRESSORES

 Cilindros lubrificados
 Anéis guias e de compressão
 Válvulas;
 Engaxetamento da haste.
COMPRESSORES
Compressores alternativos - Lubrificação dos cilindros

 O óleo é injetado no interior dos cilindros em altas pressões


e baixíssimas vazões, da ordem de gotas por minutos;

 O lubrificante entra em contato com o gás comprimido;

 A lubrificação é um dos fatores mais importantes na seleção


dos materiais da vedação;

 Uma boa lubrificação requer a seleção correta da quantidade


e qualidade do lubrificante.
COMPRESSORES
Compressor alternativos - Lubrificação do cilindro
 Mecanismo de lubrificação dos anéis-guia e de vedação do pistão, do engaxetamento
da haste e das válvulas, com injeção de lubrificante na corrente de gás comprimido.

Injeção do
Região de
lubrificante
intensos choques

Fluxo de gás

Gás sobre Lubrificante


compressão aspergido no gás
COMPRESSORES
Compressores alternativos - Componentes lubrificáveis do cilindro

 Canaletas do pistão;

 Superfície interna do cilindro;

 Anéis de compressão do pistão;

 Anéis-guia do pistão;

Lubrificador mecânico
 Vedação da haste;
Motor elétrico

Pontos lubrificados  Válvulas de admissão e descarga.


COMPRESSORES
Compressor alternativo - Lubrificador mecânico

Vista lateral I Vista lateral II Vista frontal Injetor

1 – Visor de óleo lubrificante; 5 – Visor do redutor;

2 – Visor do gotejador; 6 – Bocal de enchimento;

3 – Saída de alta pressão 7 – Injetor.

4 – Eixo de acionamento;
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Lubrificação do cilindro

Lubrificador mecânico

Válvulas de retenção
Cilindro

 O lubrificador deve ter um visor individual para cada ponto de lubrificação;


 Cada ponto deve ser ajustado independentemente durante a operação;
 A capacidade do reservatório deve ser de 30 horas de operação;
 A tubulação de lubrificação deve ter duas válvulas de retorno para alta pressão.
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Quantidade lubrificante para o cilindro e haste
 A quantidade de lubrificante deve ser especificada pelo fabricante do
compressor e varia com:
- Pressão do estágio; - Diâmetro do cilindro e haste;
- Razão de compressão; - Tipo de material utilizado.

Exemplo: Típico
COMPRESSORES
Compressor alternativo - Impregnação do PTFE no cilindro isento
 Durante o período de amaciamento há uma rápido
desgaste dos anéis do pistão em função do atrito
sem lubrificação;

 O PTFE removido é ancorado na rugosidade,


formando um fino filme, conforme mostra a figura ao
lado (superfícies enegrecidas);

 Para que está ancoragem ocorra, não pode haver


a presença de lubrificação, caso contrário, a camada
de PTFE será removida;

 Com lubrificação parcial o desgaste dos anéis de


PTFE será excessivo, pois, a deposição e remoção
de PTFE será cíclica;

 Para uma perfeita ancoragem a rugosidade da


superfície controlado em torno de 8 rms.
COMPRESSORES

CAPÍTULO III
 Compressores volumétricos
 De parafusos.
COMPRESSORES PARAFUSO

Compressor Rotativo de Parafuso

Contém dois rotores helicoidais, um com lóbulo convexo e o


outro com lóbulos côncavos ou sulcos.
- Isento de óleo (engrenagens sincronizadoras);
- Parafuso lubrificado.
Vantagens
- Fornece ar (ou gás) isento de óleo;
- Tem um mínimo de peças sujeitas ao desgaste;
- Requer fundações simples e pequena sala de compressores;
- É ideal para unidades portáteis devido ao seu baixo peso;
- Baixo nível de ruído (lubrificados à óleo)
COMPRESSORES PARAFUSO

• Rotativo de Parafusos
COMPRESSORES PARAFUSO

• Rotativo de Parafusos
COMPRESSORES PARAFUSO
• Funcionamento dos Compressores Parafusos

Admissão Compressão Descarga


COMPRESSORES PARAFUSO
• Funcionamento dos Compressores Parafusos
COMPRESSORES PARAFUSO

RAIO-X
COMPRESSORES PARAFUSO

Compressor parafuso tipo aberto


OS53

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