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Abertura do Ano Lectivo 2021

Mestrado em Contabilidade e Auditoria

PALESTRA: PAPEL DO AUDITOR NA QUALIDADE DAS


DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Prof. Dr. Mario Vicente Sitoe


PLANO DE APRESENTAÇÃO

1
• Introdução
2
• Demonstrações Financeiras
3
• Origem e Evolução Histórica da Contabilidade e Auditoria
4
• Conceito, Origem e Relação da Ética com a Profissão
5
• O Código de Ética na Profissão
Código de Ética
da Profisssão
• Conclusão
•Introdução
1
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstrações financeiras refere-se ao conjunto de documentos, relatórios ou apresentações


preparadas para informar a situação financeira geral ou parcial de uma empresa.
Esses relatórios contábeis são muito úteis para auxiliar uma empresa a organizar o orçamento
e tomar decisões de gestão. Com efeito, é nas Demonstrações financeiras onde é possível
apurar impostos, controlar o fluxo de caixa, realizar investimentos mais rentáveis e gerir
melhor o negócio.
Para conveniência dos Stakeholders (Estado=Impostos, accionistas, Gestores, colaboradores e
porque não a sociedade as empresas são obrigadas a prestar contas anualmente através das
demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

O estudo, avaliação ou acompanhamento da evolução do património liquido das


entidades de qualquer natureza constitui-se no factor mais importante da
evolução da ciência de contabilidade e Auditoria. Reza a história que a
contabilidade é tão eterna quanto a própria humanidade
CONCEITO CONTABILIDADE

Contabilidade: Ciência de natureza económica cujo objecto é a


informação sobre a realidade económica de qualquer entidade
pública ou privada, analisada em termos quantitativos e por
método próprio, com fim de proporcionar informação
potencialmente útil para a racional tomada de decisões com vista
a melhoria do bem-estar económico e social.
CONCEITO CONTABILIDADE

A Contabilidade da era moderna, analisa de forma critica, ajuda nas


previsões de crescimento da renda e é responsável primário no exercício do
relato com objectividade e auxílio ao combate de crimes económicos.
• Verifica a exatidão das informações e relatórios;
• Protege a empresa contra desperdício;
• PrevIne a organização contra erros e fraudes;
• Promove maior agilidade e eficiência do pessoal;
• Conforma as operações com legislação e regulamentos
• Eleva a Eficácia e eficiência das operações
IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Relatórios financeiros de qualidade, preparados em condições de


independência, actualidade, legalidade, isenção, baseados em altos valores
morais e éticos são fundamentais para promover transparência, honestidade,
facilitam a mobilização de investimento, propiciam um ambiente de negócios
favorável, aumentam a confiança dos investidores e promovem a estabilidade
económica, financeira e do mercado (UNCTAD, 2010).
IMPORTÂNCIA DE APRESENTAÇÃO

A contabilização de factos patrimoniais (económicos, financeiros e


monetários) que podem alterar a situação patrimonial, compreende actividades
de compra, venda, produção, ou seja, entrada/saída do stock, constituição de
reservas, distribuição de dividendos, registo de impostos correntes ou
deferidos, retiradas de sócios, fusão de empresas, registo de dissolução ou
falência de empresas, entre outras. Referir Ex. de falência simulada por isso a
importância da verificação.
O PAPEL DA CONTABILIDADE

A contabilidade deve fornecer informação básica de que os


gestores necessitam na tomada de decisão. Assim, quanto
maior for a ligação entre a informação fornecia e as
necessidades dos gestores, potencialmente serão melhores
as decisões tomadas (Mason JR, 1975)
CONTBILISTAS E AUDITORES
ATITUDES/CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

• Capacidade de assimilação rápida • Honestidade


• Espírito independente mas com • Bom senso
sentido de colaboração • Objectividade
• Sentido de formação • Força de Persuasão
permanente • Boa Memória
• Tenacidade
• Espírito de
Sacrifício
CONTRIBUIÇÃO PARA CRESCIMENTO ECONOMICO

Estímulo Ao Crescimento Económico

• Uma cultura de rigor na prestação de


contas e o acompanhamento das
partes interessadas é um factor
estimulante ao crescimento.
• O desenvolvimento de infra
estruturas robustas só é possível com
uma política de investimento assente
na prudência e só possíveis com
informações financeiras fiáveis
providas pela Contabilidade.
• Origem e Evolução
Histórica da Auditoria
2
CONCEITO DE AUDITORIA

• A auditoria é um exame das demonstrações financeiras, sistema financeiro,


registos, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por
um profissional certificado, com a finalidade de avaliar a exactidão e fidelidade
dos registos e proporcionar credibilidade às demonstrações financeiras e outros
relatórios da administração.
• os auditores, no desempenho de suas actividades verificam se os registos da
Contbilidade foram efetuados em conformidade com as políticas e normas
contabilisticas vigentes, devem ter em mente que as demonstrações financeiras
precisam refletir adequadamente a situação econômico-financeira e patrimonial,
da entidade. (Franco; Marra, 2001).

Apresentação Prof. Mário Sitoe


EVOLUÇÃO DA AUDITORIA

• Os primeiros vestígios de actividades relacionados à Auditoria (Sá


2010, p. 21), surgiram na antiga Suméria, comprovados por meio de
provas arqueológicas de inspeções e verificações de registos há mais
de 4.500 anos antes de Cristo. Posteriormente, outros relatos
aconteceram em Roma, Londres, Paris, Veneza, Milão, Bolonha, etc.
• Em Roma, por exemplo, ela surgiu para tornar-se um instrumento de
controle do antigo império. A profissão da auditoria financeira remete
“ao século XIX na Inglaterra, com uma forte influência da revolução
industrial e com a expansão de negócios para os Estados Unidos”
(Hoog e Carlin, 2009, p.51).

Apresentação Prof. Mário Sitoe


IMPULSO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1848)

• Tranparência

• Accountability
(Responsabilidade)

• Integridade

Apresentação Prof. Mário Sitoe


RESUMO HISTÓRICO DA ORIGEM DE AUDITORIAS

• Para Franco e Marra (2010, p. 39) a grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda,
nos finais do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais
desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como consequência do crescimento das
empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular
nos grandes empreendimentos. Referem que, o primeiro auditor provavelmente tenha sido um
proficiente guarda-livros.
• No Século XIII na Inglaterra – Usa-se pela primeira vez o Termo Auditar. Funções de Auditoria
– Conselhos londrinos, 1310; Tribunal de Contas, 1640 em Paris e a Academia del Ragionieri, 1658
em Milão e Bolonha.
• O reconhecimento da escrituração mercantil, 1581 em Veneza. A Revolução Industrial, na
Inglaterra, quando a demanda de capital e a expansão das actividades, naturalmente criaram
problemas financeiros mais complexos.

Apresentação Prof. Mário Sitoe


RESUMO HISTÓRICO DA ORIGEM DE AUDITORIAS

• Railway Companies Consolidation Act, 1845, que obrigava a verificação anual dos balanços por
auditores.
• Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade de ampliar
suas instalações fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os
controles internos.
• Captação de recursos junto a terceiros e a abertura do capital social para novos acionistas. A
partir de 1900, a profissão do auditor tomou maior impulso por meio do desenvolvimento do
capitalismo.
• Em 1934, com a criação do Security and Exchange Comission – SEC, a profissão de auditor criou
novo estímulo com a obrigação da auditoria pelas empresas.

Apresentação Prof. Mário Sitoe


CONTROLO DE OPERAÇÕES

• Inspeção/Inventário
• Existências
• Imobilizado
• Títulos
• Etc….
• Limitação de acesso físicos
• Bens
• Informação
• documentos

Apresentação Prof. Mário Sitoe


Exatidão = Verificação Detalhada

Apresentação Prof. Mário Sitoe


Corporate Governance • Eficiência
• Performance
• Valores éticos e culturais
• Comparações Internacionais
• Estrutura de Propriedade • Convergência/ divergência
• Remuneração dos Administradores dos modelos
• Guidelines / Códigos / Recomendações
• Sistemas Contabilísticos
• Ética empresarial
• Stakeholders vs shareholders
• Mercado e Controlo de Empresas
• Conselho de Administração / Boards
• Investidores Institucionais
• Modelos de Governação das Empresas
AUDITORIA EM MOÇAMBIQUE

Após a independência em 1975, Moçambique passou por transformações político-económicas que culminaram
com a aprovação da Constituição da República de Moçambique (CRM) de 1990, que introduz o regime de
Estado de Direito Democrático e abertura à Economia do Mercado. Estas mudanças tiveram influência no
desenvolvimento de instrumentos de regulação da atividade económica. Como consequência, em 1990 aprovou-
se o Decreto no 32/90 de 7 de Dezembro do Conselho de Ministros de Moçambique (1990), que regulamenta a
auditoria e certificação de contas, sendo o primeiro instrumento a regulamentar da profissão.

Com efeitos a partir do exercício económico de 1992, estabelece a obrigatoriedade de as sociedades


comerciais constituídas com projetos de investimento direto estrangeiro, as empresas estrangeiras,
relativamente aos resultados do território nacional, e quaisquer outras empresas que operam no país com
regime tributário ou cambial especial, de apresentarem os Balanços e Contas de Resultado anuais certificados
por Auditor independente e profissionalmente idóneo.
AUDITORIA EM MOÇAMBIQUE

Em 1999 a Assembleia da República aprova a Lei no 15/99 de 01 de Novembro que regula o estabelecimento e o
exercício da atividade das instituições de crédito e das sociedades financeiras. Segundo o nº1 do artigo 77º da
mesma lei, as sociedades financeiras e instituições de crédito estão sujeitas a auditoria externa que deverá
ser realizada por um auditor ou sociedade de auditoria reconhecida.
No âmbito da melhoria da prática da Profissão e concernete à conformacao com o quadro normative
internacional, a Assembleia da República de Moçambique aprova a Lei N. 8/2012 de 8 de Fevereiro, que cria a
Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique (OCAM) e aprova o respetivo Estatuto, com o objetivo de
regular o exercício da profissão de contabilista e de auditor.
As Resoluções no 5/GB/2014 e 6/GB/2014 de 16 de Abril, a OCAM, aprova o Código de Ética e Deontologia
Profissional e o Regulamento Disciplinar e declara-se conformar com as práticas e padrões internacionais
plasmados no código de Ética da IFAC.
PRIMEIRO CONTACTO DA OCAM COM O IFAC
NOVA YORK OUTUBRO 2014

 O IFAC foi criado aos 7 de Outubro de 1977, em Munique, na


Alemanha, no 11° Congresso Mundial dos Contabilistas

 Iniciou com 63 membros fundadores de 51 países e atualmente tem


175 membros de 130 países. Importa referir que o Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), o Instituto de
Contabilistas Certificados da Nigéria (ICAN) e o Instituto Sul
Africano de Contabilistas Certificados (SAICA) são membros
fundadores.

 O primeiro encontro da Assembleia do IFAC e do Conselho foi em


Outubro de 1977, no qual um programa de trabalho de 12 pontos foi
desenvolvido para guiar organização nos seus primeiros 5 anos de
actividade.
COMISSÕES TÉCNICAS (BOARDS)

IFAC

PIOB IPSASB

International Public Sector

IAASB IAESB IESBA Accounting Standards Board

CONTABILIDADE
AUDITORIA EDUCAÇÃO ÉTICA SECTOR PÚBLICO
International International International
Auditing and Auditing and Ethics Standards
Assurance Education Board for
Standards Board Standards Board Accountants
INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE AUDITORIA NO PAÍS

Razões Objectivas:

• A introdução do Programa de Ajustamento Estrutural (filiação as instituições de Bretton Wood);

• Filiais e Subsidiárias de firmas estrangeiras;

• Implantação de organizações internacionais de auxilio;

• Financiamento de diversos programas através de entidades internacionais;

• Crescimento das Empresas;

• Reforma do quadro jurídico sobre o investimento e das sociedades


•Conceito da
2 Ética
TRÊS DIMENSÕES DISTINTIVAS DA ÉTICA

• Dimensão HUMANA

• Dimensão MORAL

• Dimensão ECONÓMICA

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ÉTICA GERAL

INFLUÊNCIAS DIVERSAS
ÉTICA GERAL

Conjunto de crenças e valores

País Família
Cultura Classe Econ.
Leis Raça
Costumes Religião
1ªs referências

.
ÉTICA GERAL

Piaget: “As noções de tempo, espaço e a lógica de raciocínio são construídas pelo indivíduo
através da acção em trocas dialécticas com o meio”

ÉTICA GERAL
 Sociedades
– Civil
– Empresarial
– Profissional Razão para existir
– Religiosa Procura de objetivos
– Lazer
– Social
– Militar
– Filantrópica

28-03-2022
TEORIAS SOBRE ÉTICA

A ética procura encontrar formas de conduta geral para


os indivíduos inseridas em um determinado grupo
(sociedades), respeitando sempre o meio na qual esse
indivíduo está e as suas peculiaridades: localização
geográfica, cultura, crenças, valores, hábitos e costumes.
ÉTICA GERAL

 Pessoas e sociedades diferentes Vs objetivos


e interesses diferentes = CONFLITOS

– Pessoais, inter-pessoais e inter-sociais


– Qual o comportamento adotar?
– O que atender em primeiro lugar?
– Justo ou injusto?
– Certo e errado?
– Bom ou ruim?
ÉTICA NOS NEGÓCIOS

 Ultrapassar os conflitos de interesse


 Manter o convívio em sociedade

ESTABELECER UM TIPO DE
COMPORTAMENTO QUE PERMITA
A CONVIVÊNCIA EM SOCIEDADE
COMPLEXIDADE DE RELAÇÕES

OBJETIVO DO
ESTUDO DA ÉTICA
TEORIAS SOBRE ÉTICA

“A ética é mutante, ou
seja, adapta -se às
mudanças de opinião
que são trazidas pela
evolução do homem”.
A GESTÃO ÉTICA E A GESTÃO DA ÉTICA

• Gestão ética
• Agindo eticamente como um gerente, fazendo a coisa certa

• Gestão da ética
• Agir eficazmente em situações que têm um aspecto ético

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A ÉTICA E O PAPEL DO GESTOR

• Os dilemas éticos para os gestores são devido a conflitos entre três


papéis

• Gestor como agente económico

• Gestor como líder da empresa

• Gestor como líder comunitário


TOMADA DE DECISÃO INDIVIDUAL

• Heurísticas são métodos chamados “regra de ouro” empregues no


raciocínio humano.

• As Heurísticas mais usadas são


• Ancoragem e ajustamento heurística
(Correlação entre o ajustamento da posição inicial com possivel modificação)

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HEURISTICA

Heurística da Representatividade

Considera semelhanças entre dois objectos e infere que uma possui as


características daquele com que se assemelha.

Heurística de Disponibilidade Prediz a frequência de um evento, ou a


proporção de uma população, baseando-se no quão fácil consegue lembrar de um
evento anterior ou exemplo

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ÉTICA DA PROFISSÃO DE CONTABILIDADE

Bittar (2007), ensina que a ética geral se refere a todos os conceitos de ética compreendidos pela sociedade. A ética
profissional surgiu como uma categoria de ética geral, e se apoia nas ideias de utilidade, ou seja, contribui para a formação
profissional, sendo que quanto mais a sociedade exigir do profissional, maior será a sua responsabilidade.

É importante que o profissional entenda o propósito da sua profissão, para compreender a sua conduta profissional. Para Sá
(2001, p. 138) “Quando só existe a competência técnica e científica e não existe uma conduta virtuosa, a tendência é de que o
conceito, no campo do trabalho, possa abalar-se, notadamente em profissões que lidam com maiores riscos”, enfatizando que
a profissão é capaz de enobrecer por agir pela conduta correta, ética e competente, mas também pode desmoralizar, pela
conduta incorreta que infringe os princípios éticos.

Segundo Araújo e Arruda (2012), a Auditoria Independente deve ser exercida de acordo com as normas profissionais e
exigências técnicas, que assegurem a honestidade e defesa do interesse público para que o resultado da sua acção tenha
relevância.
ÉTICA PROFISSIONAL

• Os princípios éticos devem fundar-se na Independência, integridade, eficiência e confidencialidade.


• Independência: considerando que o trabalho de auditoria deve ser exercido com absoluta clareza, a independência é
primordial para proporcionar a interpretação fiel da situação das demonstrações financeiras, e apresentar relatórios
que transmitam a verdade. O auditor pode e deve usar sua técnica de forma independente.
• Integridade: considerando a confiança ao auditor destinada, ele deve agir de forma íntegra, em relação à empresa
que é auditada, ao trabalho executado, às informações prestadas e relatórios elaborados. Assim como em qualquer
profissão o auditor também pertence a uma classe, à qual deve manter o respeito, evitando conflitos por questões de
concorrência ou prejudicando o outro na realização dos objetivos profissionais.
• Eficiência: o auditor independente deve assumir todas as responsabilidades ao desempenhar sua função, executando
todos os serviços de forma a manter a clareza e a ordem em relação aos prazos e objetivos dos serviços. Sua opinião
deve ser expressa de acordo com as condições que dispõe, considerando as técnicas adquiridas através de sua
formação, que deve ser atualizada periodicamente.
• Confidencialidade: ao executar seu trabalho o auditor conta com ferramentas internas da empresa, por isso é
essencial que somente sejam usadas informações da empresa para a execução dos serviços, e em hipótese alguma
essas informações devem ser divulgadas para terceiros, salvo se houver alguma ordem judicial para isso.
ÉTICA PROFISSIONAL

• O capítulo II do Código de Ética do Contador (2011) cita os deveres e proibições profissionais, e


apresenta no art. 5 os deveres do contador como perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, sendo
esses deveres:
• Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização
requerida;
• Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia,
mantendo-se absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
• Abster-se de expressar argumentos ou dar a reconhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de
quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo-se o
seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
• Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação;
• Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre
peça financeiras objeto de seu trabalho;
• Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de
documentos;
ÉTICA E MORAL

Segundo Attie (2010, p. 78), “O auditor tem uma função de relevância pois, ele actua na defesa dos
interesses colectivos e da sociedade de forma igual [...]”. Sendo assim, é necessário que o auditor tenha
um compromisso ético e moral, na realização de seus trabalhos, pois, “Suas atitudes devem justificar a
Ética do profissional de auditoria confiança nele depositada, qualquer sanção em contrário de ordem
moral ou ética, virá a abalar esse patrimônio em seu alicerce.

A ética encontra na mais robusta fonte de inquietações humanas o alento para sua existência. É na
balança ética que se devem pesar as diferenças de comportamentos, para medir-lhes a utilidade, a
finalidade, o direcionamento, as consequências, os mecanismos, os frutos. Se há que se especular em
ética sobre alguma coisa, essa “alguma coisa” é a ação humana. O fino equilíbrio sobre a modulação e a
dosagem dos comportamentos no plano da ação importa à ética. (BITTAR, 2007, p.5)

Segundo Bernardo (2012), existe um conflito entre ética e moral, sendo que a moral é o conjunto de
regras estabelecidas pela sociedade, e a ética estuda e reflete o que é considerado como uma conduta
moral. Estabelece assim, que o fato de existir uma determinada lei ou regra é algo moral, como se fosse
algo mecânico, porém a forma como devem agir as pessoas diante da moral depende do estudo ético, e a
ética é um estado de inteligência e raciocínio.
ÉTICA E MORAL

Hoog e Carlin (2009, p. 73) apresentam princípios balizadores da profissão de auditoria com o fim de dar
credibilidade à profissão:
• Integridade: qualidade de quem é honesto e imparcial;
• Ação: agir de forma escrupulosamente clara e precisa;
• Posicionamento: manter-se nos limites de seu labor;
• Objetividade: facilidade de transmitir somente aquilo que interessa;
• Independência: liberdade para emitir uma opinião imparcial sobre assunto que envolve dois ou mais
interessados;
• Confidencialidade: sigilo das informações dos clientes auditados;
• Competência profissional: elevado grau de conhecimento técnico;
• Atendimento às normas técnicas, tanto aquelas que regulam a profissão, quanto as que regulam
determinados tipos de clientes, conforme sua atividade;
• Zelo: dedicação e cuidados especiais no trabalho;
• Orientação e assistência: prestar todos os esclarecimentos no tocante ao resultado de seus trabalhos,
em qualquer época;
• Comportamento ético: forma de se conduzir e agir, procurando por princípio sempre servir de exemplo
profissional.
ÉTICA E MORAL

Sá (2010, p. 12) ainda afirma que a pessoa do auditor, quer seja independente ou não, deve ser alguém
com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua opinião influenciará outras pessoas, principalmente
em relação a interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas, proprietários, clientes e
fornecedores, dentre outros, possam ter.
Santos e Pagliato (2007, p. 17) destacam alguns atributos pessoais no que diz respeito ao comportamento
do auditor para que o mesmo exerça sua função o mais imparcial possível, como segue abaixo:
• Tato: É a capacidade de se evitar situações embaraçosas e de manter um clima de mútuo respeito e
simpatia para com aqueles que estão sendo auditados.
• Discrição: O auditor deve restringir comentários e observações sobre dados coletados e avaliações
formuladas àqueles que, por força de cargo ou função exercida, têm a necessidade de conhecer
resultados ou acompanhar os trabalhos de auditoria em curso.
• Expressão escrita e verbal: É de fundamental importância que o auditor saiba se comunicar de
forma clara, concisa e correta. Uma apresentação mal feita, seja verbal ou escrita, pode por a
perder um excelente trabalho de auditoria.
ÉTICA E MORAL

Alberton (2002 p. 230), expõe alguns aspectos comportamentais que cinco empresas de auditoria, dentre elas
quatro na lista das big five, exigem que seus auditores possuam.
• Capacidade de trabalhar em equipe, boa comunicação verbal e não-verbal, capacidade de lidar com
pressão e situações tensas.
• Outro aspecto que merece destaque está relacionado aos fatores psicológicos das pessoas.

Estes fatores são explicados de as pessoas, ao saberem que há um controlador, inibem qualquer iniciativa de
cometer irregularidades, ou seja, diante de um profissional com o objetivo de verificar as operações da
empresa auditor ou de um superior, procura exercer suas funções com maior zelo. (Crepaldi, 2004, p. 30)
Assim, verifica-se que são exigidas do auditor, no exercício profissional, habilidades comportamentais que
envolvem tanto aspectos individuais quanto coletivos. Além disto, destaca-se ainda que o auditor deve manter
uma postura ética para que sua atividade seja elaborada de forma mais eficiente possível.
CONFLITO DE INTERESSES

Dentre os procedimentos realizados estão as entrevistas, o que exige do auditor certas habilidades comportamentais
envolvidas no relacionamento interpessoal e que influenciam na forma como o entrevistado percebe o trabalho do
auditor e consequentemente afetará seu trabalho, uma vez que para desempenhar seu trabalho com eficiência, tal
profissional necessitada da colaboração dos funcionários da entidade auditada. Neste sentido, esta pesquisa tem
como tema a relação entre auditores independentes e auditados, respondendo, para tanto, a seguinte questão: Qual a
percepção dos colaboradores de empresas auditadas em relação ao auditor independente?

De acordo com Attie (1998, p. 25), a “Auditoria é uma especialização da contabilidade voltada a testar a eficiência e
eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado. ” O
autor ainda considera que a auditoria é a área especializada da contabilidade que tem por objetivo além de verificar a
veracidade das informações divulgadas nas demonstrações financeiras, verificar se o sistema de controle interno da
empresa funciona de forma eficiente, visando criar um ambiente mais seguro na prevenção de fraudes e erros
contabilísticos.
CONFLITO DE INTERESSES

De acordo com Wells (2009), o conflito de interesses pode ocorrer através do favorecimento pessoal ou de terceiros,
desenvolvendo esquemas, em detrimento dos interesses da organização.
Para Câmara (2010), o conflito de interesses delimita a oposição de ações em sentidos divergentes e manifesta-se na tensão
entre a motivação de uma das partes de prosseguir o seu próprio interesse ou do grupo onde está inserido, em detrimento do
interesse alheio de que foi encarregado de gerir.
Segundo o CEOROC, existe um conflito de interesses quando uma decisão é influenciada pelos interesses de uma das partes
envolvidas, prejudicando as demais. Ou seja, há conflito de interesses quando é praticada qualquer ação para obtenção de
vantagens pessoais.
O código de ética da OROC refere que auditor deve adotar medidas para identificar quais as circunstâncias que possam levar
à origem de um conflito de interesses. Estas circunstâncias podem ameaçar o cumprimento dos princípios fundamentais da
auditoria acima referidos.
Lopez e Lopez (2014) afirmam que, de modo a salvaguardar a sua independência, o auditor deve evitar qualquer circunstância
que possa criar conflitos de interesses e que, no caso de tal situação poder vir a verificar-se, deve comunicar à
Administração, por escrito, a existência de tais conflitos.
O auditor antes de aceitar qualquer relação profissional é desafiado pelo CEOROC a avaliar a importância de quaisquer
ameaças que possam existir devido a conflito de interesses e ponderar a aceitação ou não do trabalho.
CONFLITO DE INTERESSES

Para Taborda (2015, p. 71), o auditor deverá reunir informações que lhe permitam tomar de forma responsável a
decisão de aceitar o trabalho. Quando os princípios fundamentais estiverem a ser ameaçados devido a conflitos
de interesses, e esta ameaça não possa ser reduzida ou eliminada, o auditor não deve aceitar o trabalho.
Segundo o artigo 41º do EOROC existe sempre um conflito de interesses se o auditor exercer funções de
interesse público e simultaneamente mantiver vínculo laboral com organismos ou entidades públicas em que
exerça funções de inspeção, fiscalização tributária ou de supervisão pública. Neste caso, o auditor deve
suspender junto da Ordem o exercício das funções de interesse público.
As empresas necessitam cada vez mais de informações para servir de alicerce na sua tomada de decisão. No
entanto se aquelas não são fidedignas e confiáveis, as decisões ficam comprometidas. A fim de aumentar a
credibilidade e resguardar a veracidade das informações divulgadas, surge o papel do profissional da
contabilidade encarregado de emitir um parecer com sua opinião sobre a adequação com os princípios de
contabilidade geralmente aceitos e a legislação em vigor: o auditor dentre as diversas classificações da
auditoria, há uma que divide o profissional quanto à relação com a empresa auditada, ou seja, aquele que possui
vínculo empregatício com a empresa, denominado de auditor interno e aquele que não tem vínculo com a empresa,
denominado de auditor independente. Este último, por meio de técnicas peculiares, elabora uma série de
planeamentos, testes, análises, pesquisas, entrevistas e avaliações relacionadas ao controle interno da própria
entidade para verificar a autenticidade e veracidade dos dados apresentados, bem como adequação às normas
contabilísticas e legislação vigente. A partir destes procedimentos, o profissional emite uma opinião, por meio de
um parecer, sobre a situação patrimonial e financeira da empresa.
JANELAS DE COMPROMISSO ÉTICO

 Respeito pelos outros  Ajudar os outros


HUMANIDADE  Evitar o dano social  Contribuir para a melhoria social
 Praticar a responsabilidade social  Desenvolver o pontecial pessoal
IDEAIS

 Evitar fazer injustiças  Fazer as coisas bem (Fazer Justiça)


 Respeitar os compromissos  Ser limpo, ser honesto
 Evitar a fraude  Obdecer à letra e ao espírito da lei
JUSTICA
 Obdecer à letra da lei

OBRIGAÇÃO ASPIRAÇÃO
NÍVEIS

Concebido Pela OCAM


AMEAÇAS A ÉTICA PROFISSIONAL

Ameaças de interesse próprio – ocorre quando um interesse financeiro ou outro,


possam influenciar de forma inadequada o julgamento profissional ou o comportamento
do Contabilista Profissional; (Ex: Receber presentes ou hospitalidades de elevados
valores).

Ameaças de auto-revisão – acontece quando um Contabilista Profissional não avalie de


forma adequada os resultados de um julgamento realizado ou de uma actividade ou
serviço prestado anteriormente pelo Contabilista Profissional ou por outra pessoa da
firma a que pertence ou da entidade para que trabalha, que o Contabilista Profissional
possa usar como base para chegar a uma conclusão como parte de uma actividade ou de
Concebido Pela OCAM
um serviço actual;
51
AMEAÇAS A ÉTICA PROFISSIONAL

 Ameaças de advocacia – é aquela que um Contabilista Profissional promova a


posição de um cliente ou da entidade que trabalha até ao ponto de por em causa a
sua objectividade;

 Ameaças de familiaridade – resulta da relação prolongada e próxima com um


cliente ou com a entidade para a qual trabalha, o Contabilista Profissional se
mostre demasiado simpático aos seus interesses e aceite com demasiada
facilidade o trabalho;

Ameaças de intimidação – a ameaça de que, pressões reais ou veladas, incluído os


objectivos de exercer uma influencia indevida sobre o Contabilista Profissional, o
Concebido Pela OCAM
mesmo pode ser dissuadido a actuar com objectividade;
52
ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

O que a sociedade espera do Contabilista


 CREDIBILIDADE – Proporcionar informação e demonstrações financeiras fidedignas

 PROFISSIONALISMO – Merecer a responsabilidade que a profissão exige. O espírito amador


está em desuso

 QUALIDADE DE SERVIÇOS – Garantir padrões elevados de desempenho

 CONFIANÇA – Exercer a atividade com estrutura profissional, ética e dignidade


28-03-2022
ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Princípios Fundamentais
 INTEGRIDADE – Procurar enveredar por princípios de objetividade,
competência e honestidade

 COMPETÊNCIA – Manter sempre um espírito de investigação que eleve o


desempenho profissional, Cuidado e diligência. Abster -se de executar tarefas
sem preparação adequada

 OBJETIVIDADE – garantir o julgamento das operações


Seja baseado em elementos verificáveis e
Sem influência de terceiros

28-03-2022
ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Princípios Fundamentais
 CONFIDENCIALIDADE – divulgar informação
• sem autorização específica (Salvo dever legal)

 CONDUTA PROFISSIONAL – Evitar conduta pouco coerente que possa resultar em descrédito
da profissão ou de si como indivíduo e profissional íntegro

 NORMAS TÉCNICAS – Cumprir com as normas éticas e profissionais


• Código de Ética Profissional
• RESOLUÇÃO Nº 5/GB/2014
3
ÉTICA E DEONTOLÓGIA PROFISSIONAL – Resolução nº 5/GB/2014

 Os Padrões de Ética da Federação Internacional dos


Contabilistas (IESBA)/IFAC estabelecem um Código de Ética que
é um quadro conceptual que fornece orientações sobre os
princípios fundamentais.

Os profissionais de contabilidade devem aplicar a estrutura


conceptual para identificar ameaças ao cumprimento dos
princípios éticos, de modo a avaliar o seu significado, e tais
ameaças são claramente insignificantes, aplicar salvaguardas para
eliminá-las ou reduzi-las a um nível aceitável.

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CÓDIGO DE ÉTICA DE CONTABILISTAS E AUDITORES

• Código de ética de Contabilistas e Auditores

• I. Deve exercer as suas funções e responsabilidades com objectividade e honestidade;

II. Deve manter lealdade em todos os aspectos relacionados com a actividade da organização em que
trabalha ou para quem presta este serviço não devendo tomar parte em quaisquer actividades ilegais ou
indevidas;

III. Não deve participar em actos ou actividades que desacreditem a profissão ou a organização para quem
trabalha;

IV. Não deve participar em actividades que esteja em conflito com os interesses da organização que possam
prejudicar a capacidade de exercer as suas funções e responsabilidades;
CÓDIGO DE ÉTICA (Continuação)

• Contabilistas e auditores

V. Deverá revelar todos os factos significativos que vieram ao seu conhecimento que, se não
comunicados poderão distorcer relatórios de operações revistas ou esconder práticas ilegais oo
reportar os resultados do trabalho efectuado;

VI. Deve ter sempre um espírito aberto a inovações procurando desenvolver a eficiência e qualidade
do seu próprio trabalho e da profissão na generalidade;

VII. Deve ter sempre em mente a obrigação de manter altos níveis de competência, moralidade e
dignidade .

Apresentação Prof. Mário Sitoe


CÓDIGO DE ÉTICA DO IFAC – Edição 2016

• Este código compreende três partes:

PARTE A – ESTABELECE OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA

PROFISSIONAL PARA CONTABILISTAS PROFISSIONAIS

PARTE B –APLICAVÉL A CONTABILISTAS CERTIFICADOS EM PRÁTICA LIBERAL

PARTE C – APLICAVÉL A CONTABILISTAS PROFISSIONAIS EM EMPRESAS


ESTATUTO DA ORDEM DOS CONTABILISTAS E AUDITORES DE MOÇAMBIQUE – LEI nº 8/2012 de 8 de Fevereiro.

De entre as atribuição da OCAM, encontra-se: “Definir, difundir, promover e fazer cumprir os
princípios e as normas de ética e deontologia profissional de contabilidade e de auditoria” .

6
Artigo nº

 Constitui dever dos membros da OCAM: - “observar e respeitar todos os princípios e normas
existentes do Código de Ética e Deontologia Profissional da OCAM”.
Artigo
nº 10
ESTATUTO DA ORDEM DOS CONTABILISTAS E AUDITORES DE MOÇAMBIQUE – LEI nº 8/2012 de 8 de Fevereiro.

 Compete ao Conselho Jurisdicional : - “Averiguar, inquirir e instruir os


processos disciplinares pelas infracções disciplinares cometidas por
membros da OCAM para decisão dos Conselhos Directivos do Colégio,
relativamente aos seus membros ou do Conselho Geral quanto aos
restantes membros”.

 Compete ainda ao Conselho Jurisdicional elaborar o projecto de Código de


Ética e Deontologia Profissional, o qual sujeita – se apreciação dos
Conselhos Directivos dos Colégios e aprovação do Conselho Geral.

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EXEMPLOS DE AMEAÇAS DIVERSAS

Ser ameaçado de rescisão


Um membro da equipa de garantia de fiabilidade
contratual com o cliente;
ser, ou ter sido recentemente, um director ou
(Intimidação)
quadro superior desse cliente. (Auto – revisão)

Dependência indevida de um Um membro da equipa de garantia de fiabilidade ter


cliente nos honorários totais; um relacionamento de familiaridade próximo ou
(Interesse Próprio - IP) imediato com um director ou um quadro superior do
cliente; (Familiaridade)

Ter um relacionamento próximo O Contabilista Profissional age como advogado a


de negócios com um cliente; (IP) favor de um cliente de garantia de fiabilidade em
litígios ou disputas com terceiros. ( Advocacia)

Concebido Pela OCAM


SALVAGUARDAS A ÉTICA PROFISSIONAL

1. Criadas pela profissão, legislação ou


regulamento

TIPOS DE
SALVAGUARDAS:

2. No ambiente de Trabalho
EXEMPLOS DE SALVAGUARDAS NOS SISTEMAS E PROCEDIMENTOS DO CLIENTE

* O cliente implementou
* Quando um cliente designa uma
procedimentos internos que
firma em prática liberal para
asseguram escolhas objectivas no
executar um trabalho, pessoas que
comissionamento de trabalhos de
não sejam a gestão ratifiquem ou
não-garantia de fiabilidade;
aprovem a designação;

* O cliente tem uma estrutura de


* O cliente tem empregados governação empresarial que
competentes com experiência e proporciona supervisão e
seniores para tomar decisões de comunicações apropriadas com
gestão; respeito aos serviços da firma.
ACEITAÇÃO DE CLIENTE

1. Considerar se existem 2. Desonestidade ou


ameaças (seus práticas questionáveis de
proprietários e actividades) relato financeiro

Salvaguarda Salvaguarda
: :

* Obter conhecimento sobre o * Assegurar que o trabalho do


cliente, os seus proprietários, os cliente visa a melhoria das práticas
gestores e os encarregados pela de governação corporativa e os
governação da entidade e as suas controles internos.
actividades empresariais;
ACEITAÇÃO DO TRABALHO

Ameaça: Equipa de trabalho não possuir, ou não possa adquirir, a competência


necessária para devidamente levar a cabo o trabalho.

SALVAGUARDAS:

* Adquirir um conhecimento apropriado da natureza * Possuir ou obter experiência dos relevantes


do negócio do cliente, da complexidade das suas requisitos reguladores e de relato;
operações, dos requisitos específicos do trabalho e
da finalidade, natureza e âmbito do trabalho a ser * Aceitar uma base realística de prazo para o
executado; desempenho do trabalho;

* Adquirir o conhecimento dos sectores ou dos


* Atribuir pessoal suficiente com a necessária
assuntos relevantes;
competência;

* Cumprir políticas e procedimentos de controlo de


* Utilizar peritos quando necessário;
qualidade concebidos para proporcionar segurança
razoável de execução do trabalho.

Concebido Pela OCAM


ÉTICA E DEONTOLÓGIA PROFISSIONAL – Resolução nº 5/GB/2014

 Este código de Ética e Deontologia aplica–se a todos os membro da


OCAM

Os contabilistas e os auditores certificados obrigam– se a respeitar as


normas legais e os princípios contabilísticos geralmente aceites,
adaptando a sua aplicação à situação concreta das entidades a quem
prestam serviços, evitando qualquer diminuição da sua independência em
razão de interesses pessoais ou pressões exteriores, pugnando pela
verdade contabilística e fiscal.

Artigos 1 e 2
ÉTICA E DEONTOLÓGIA PROFISSIONAL – Resolução nº 5/GB/2014

Princípios Deontológicos Gerais Artigo


nº 3

Integridade Independência Competência Equidade

Idoneidade Responsabilidade Confidencialidade Lealdade


INDEPENDÊNCIA E CONFLITO DE DEVERES – Resolução nº 5/GB/2014

 O contrato de trabalho celebrado pelo contabilista ou auditor


certificado não pode afectar a sua isenção, nem a sua
independência técnica perante a entidade patronal, nem violar o
Estatuto ou o presente Código Deontológico.
Artigo nº 4

 Se a prevalência das regras deontológicas provocar um conflito


que possa ter em causa a subsistência da relação laboral, deve o
contabilista ou auditor certificado procurar uma solução
concertada conforme as regras deontológicas e, se não for
possível, solicitar um parecer ao conselho directivo da OCAM
sobre o procedimento a adoptar.
RESPONSABILIDADE E COMPETÊNCIA PROFISSIONAL - Resolução nº 5/GB/2014

O contabilista ou auditor certificado é responsável por todos os actos


que pratique no exercício das suas funções, incluindo os seus
colaboradores.

Para garantir a sua competência profissional e o exercício adequado das


suas funções os contabilistas e auditores certificados devem por forma
continuada e actualizada desenvolver os seus conhecimentos e
qualificações técnicas e as dos seus colaboradores;

Artigos nº 5 e 6
CONTRATO ESCRITO – Resolução nº 5/GB/2014

O contrato de prestação de serviços dos contabilistas assim como


dos auditores certificados, e a entidade a quem prestam serviços
deve ser sempre reduzido a escrita.

 Quando os contabilistas e auditores certificados exerçam as


suas funções em regime de trabalho independente, o contrato de
prestação de serviço deve ter a duração mínima de um exercício
económico, salvo rescisão por justa causa ou mútuo acordo.

Artigo nº 9
CONFIDENCIALIDADE – Resolução nº 5/GB/2014

Os contabilistas assim como os auditores certificados estão obrigados ao


sigilo profissional sobre os factos e documentos de que tomem
conhecimento no exercício das suas funções, devendo adoptar as medidas
adequadas para sua salvaguarda.

 A obrigação de sigilo profissional não está limitada no tempo, mantendo-


se mesmo após a cessação de funções.
Artigo nº 10

 Os membros da OCAM não devem revelar nem utilizar informação


confidencial de que tenham conhecimento no exercício das suas
responsabilidades, excepto nos caso previstos na lei.
DEVERES DE INFORMAÇÃO – Resolução nº 5/GB/2014

 Os contabilistas e auditores certificados devem prestar a


informação necessária às entidades onde exercem funções,
sempre que tal seja solicitada, nomeadamente:

 Informar das obrigações contabilísticas, fiscais e legais


relacionadas exclusivamente com o exercício das suas funções;
Artigo nº 11

 Fornecer esclarecimentos necessários à compreensão dos


relatórios e documentos de análise contabilística.
DIREITOS DOS MEMBROS PERANTE AS EMPRESAS – Resolução nº 5/GB/2014

 Têm direito a obter das entidades a quem prestam contas toda informação e
colaboração necessárias à prossecução das suas funções com elevado rigor
técnico e profissional.

A negação das referidas informações ou colaboração, pontual ou reiterada,


desresponsabilizada os contabilistas e auditores certificados pelas
consequências que daí possam advir e confere-lhes o direito à recusa de
assinatura das declarações fiscais, sem prejuízo das normas previstas no
Código de Ética do IFAC (2016).
DIREITOS DOS MEMBROS PERANTE AS EMPRESAS – Resolução nº 5/GB/2014

Considera-se falta de colaboração a ocultação, omissão, viciação ou


destruição de documentos de suporte contabilísticos ou a sonegação
de informação que tenha influência directa na situação contabilística
e fiscal da entidade a quem presta serviços.

A não entrega atempada, nos termos contratuais, dos documentos de


suporte contabilístico da prestação de contas desonera os
contabilistas e auditores certificados de qualquer responsabilidade
pelo incumprimento dos prazos legalmente estabelecidos.
INCOMPATIBILIDADE E CONFLITO DE INTERESSES ENTRE AS ENTIDADES A QUE PRESTAM SERVIÇOS -
Resolução nº 5/GB/2014

 Existe incompatibilidade no exercício de funções dos contabilistas e


auditores certificados sempre que a sua independência possa ser, directa ou
indirectamente, afectada por interesses conflituantes no que se refere a
confidencialidade e da igualdade de tratamento entre as instituições.

Sujeito a Interpretação pelo


Conselho Directo da Ocam em Caso
de Dúvidas.

 Há conflito de interesses quando o contabilista ou auditor certificado exerça


qualquer função em instituições onde haja prestado serviços nos dois anos
anteriores, desde que faça parte do organismo fiscalizador.

Artigo
nº 14
CONFLITO DE INTERESSES ENTRE AS ENTIDADES A QUE PRESTAM SERVIÇOS - Resolução nº 5/GB/2014

 Na existência de conflito entre as instituições a quem o profissional presta serviços,


no que respeitam aos princípios da confidencialidade e da equidade de tratamento,
devem os membros da OCAM, adoptar entre as seguintes medidas de Salvaguarda:

 Disponibilizar colaboradores diferentes para o tratamento contabilístico das


entidades potencialmente conflituantes;

 Reforçar as precauções de controlo e procedimentos internos, para evitar fugas de


informação confidencial, entre colaboradores das entidades conflituantes;

Artigo nº
13
CONFLITO DE INTERESSES ENTRE AS ENTIDADES A QUE PRESTAM SERVIÇOS - Resolução nº 5/GB/2014

Artigo nº 13
 Se apesar das medidas das salvaguardas adoptadas, subsistir a possibilidade de
haver prejuízo para uma das entidades, devem os membros certificados da OCAM
recusar ou cessar a prestação de serviços.

Artigo nº
15

 A falta de pagamento dos honorários ou remunerações acordados com as


entidades a que prestam serviços constitui justa causa para a rescisão do
contrato, a qual se torna eficaz através do envio de carta registada.

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HONORÁRIOS – Resolução nº 5/GB/2014

Os contabilistas e auditores certificados em regime de trabalho


independente, não podem cobrar ou aceitar honorários cujo
montante dependa directamente, no todo ou em parte, dos lucros
conexos com o serviço prestado.

Artigo nº 15

 Os salários a pagar aos contabilistas e auditores certificados que


exerçam as suas funções em regime de trabalho dependente
regem-se pelo disposto nas convenções colectivas aplicáveis ao
sector.
81
DEVOLUÇÃO DE DOCUMENTOS – Resolução nº 5/GB/2014

 No caso de rescisão do contrato, o contabilista ou auditor certificado entrega à


entidade a quem prestou serviços, ou a quem aquela indicar por escrito, os livros e
documentos que tenha em seu poder, no prazo máximo de 60 dias, devendo ser
emitido e assinado documento de recepção no qual se descriminem todos os livros
assim como os documentos entregues.

 Efectuada a devolução de documentos nos termos desde código, fica desobrigado de


prestar qualquer informação respeitante aos livros e documentos devolvidos, salvo
se lhe for novamente facultada a sua consulta.

Artigo nº 16
LEALDADE ENTRE OS CONTABILÍSTAS E AUDITORES CERTIFICADOS –
Resolução nº 5/GB/2014

Sempre que um contabilista ou auditor certificado seja


solicitado a substituir a um outro profissional da sua área deve,
previamente à aceitação do serviço, solicitar-lhe
esclarecimentos sobre a existência de quantias em dívida, não
devendo aceitar as funções enquanto não estiverem pagos os
créditos a que aquele tenha direito, desde que líquidos e
exigíveis. Artigo nº 17

 Os contabilistas e auditores certificados não devem


pronunciar-se publicamente sobre os serviços prestados por
colegas de profissão, excepto quando disponham do seu
consentimento prévio.
LEALDADE ENTRE OS CONTABILÍSTAS E AUDITORES CERTIFICADOS – Resolução nº 5/GB/2014

 Sempre que um contabilista ou auditor certificado seja solicitado a apreciar o


trabalho de um outro profissional de sua área obrigatoriamente, comunica-lhe os seus
pontos de divergência, sem prejuízo do respeito pela obrigação de sigilo profissional.

 Em caso de conflito entre os profissionais, estes devem, antes de mais, procurar


entre si formas de conciliação e só em última instância recorrer a arbitragem do
conselho directivo da OCAM.

Artigo nº 17
INFRACÇÃO DEONTOLÓGICA – Resolução nº 5/GB/2014

Qualquer conduta dos contabilistas ou


auditores certificados, contrária às regras
deontológicas constitui infracção
disciplinar, nos termos e para efeitos do
disposto no Estatuto e no Regulamento da
OCAM.
Artigo nº 18
REMISSÃO – Resolução nº 5/GB/2014

Em tudo que não estiver previsto no presente


Código são aplicáveis as normas do Código de
Ética do IFAC – Edição 2016.

Artigo nº
22
CÓDIGO DE ÉTICA DO IFAC – Edição 2016

 A missão da International Federation of Accountants (IFAC), como


estabelecido nos seus estatutos, é ―”o desenvolvimento e
engrandecimento mundial da profissão da contabilidade com normas
harmonizadas, capaz de proporcionar serviços de qualidade altamente
consistente no interesse público”.

 Ao levar a cabo a sua missão, o Conselho da IFAC criou a Comissão de


Normas Internacionais de Ética para Contabilistas (International Ethics
Standards Board for Accountants – IESBA) para desenvolver e emitir,
sob a sua própria autoridade, normas éticas e outra tomadas de posição de
alta qualidade para os contabilistas/revisores profissionais para uso em
todo o mundo.
Muito Obrigado

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