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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

SÍFILIS CONGÊNITA: UM INDICADOR DE


QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL

SÃO CRISTÓVÃO
2021
AMANDA CAMILO SILVA LEMOS

- Enfermeira pela Universidade Tiradentes;


- Residente em Enfermagem Obstétrica, pelo
Programa de Residência Multiprofissional da
Universidade Federal de Sergipe.
INTRODUÇÃO
 A sífilis é uma doença infecciosa, de fácil diagnóstico e tratamento;

 A sífilis congênita é um agravo evitável;

 Gestantes não tratadas ou tratadas inadequadamente, concepto


exposto a 70% de chance de desenvolver a sífilis congênita;

 Em 2016, Sergipe apresentou taxas de sífilis congênita mais elevadas


do que sífilis em gestante.

(BRASIL, 2017)
INTRODUÇÃO
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência
de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico. Brasil, 2010 a 2020.

(Sistema de Agravos de Notificação - SINAN, 2021).


INTRODUÇÃO
Taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos, segundo Unidade da Federação e capitais. Brasil,
2020.

(Sistema de Agravos de Notificação - SINAN, 2021).


INTRODUÇÃO
Coeficiente de mortalidade infantil por sífilis congênita ( por 100.000 nascidos vivos) segundo Unidade da Federação. Brasil,
2020.

(Sistema de Agravos de Notificação - SINAN, 2021).


RELEVÂNCIA DO ESTUDO
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
 Magnitude da problemática

 Dificuldades, barreiras, perfil sociodemográfico?

 Diagnóstico precoce, tratamento adequado, pré-natal do parceiro?


REVISÃO DE LITERATURA
 ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL

 UBS

 Início oportuno

 Consulta de enfermagem

 Testes rápidos

 Pré-natal do parceiro

 Estudo entre 2015 e 2016 em Sergipe, evidenciou pré-natal de início


tardio, quantidade insuficiente de consultas e falta de orientações
(MENDES, 2020).
(SEHNEM, 2020)
REVISÃO DE LITERATURA
 SÍFILIS ADQUIRIDA

 Bactéria Treponema pallidum

 Via principal de transmissão é por contato sexual desprotegido

 SÍFILIS CONGÊNITA

 Transmissão vertical

 Gestante não tratada ou tradada inadequadamente

(BRASIL, 2017)
DIAGNÓSTICO

SÍFILIS GESTACIONAL

- Teste rápido
- VDRL

SÍFILIS CONGÊNITA

- VDRL, amostra coletada no momento do parto

(TelessaúdeRS-UFRGS, adaptado de Nota informativa nº 02-SEI/2017 -


DIAHV/SVS/MS, 2020)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

SÍFILIS GESTACIONAL

- Recente

- Tardia

SÍFILIS CONGÊNITA

- Precoce

- Tardia

(Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2020), adaptado de Nota informativa nº 02-SEI/2017 - DIAHV/SVS/MS.)


TRATAMENTO

SÍFILIS GESTACIONAL

- Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular, semanal, por 3 semanas.

SÍFILIS CONGÊNITA

- Benzilpenicilina benzatina, potássica ou procaína.

- Benzilpenicilina cristalina.

(BRASIL, 2020)
SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO

SÍFILIS GESTACIONAL

- VDRL mensal.

- VDRL trimestral no primeiro ano e semestral no segundo ano (pós parto).

SÍFILIS CONGÊNITA

- Semestralmente VDRL, consulta odontológica, oftalmológica e auditiva, por dois anos.

(TelessaúdeRS-UFRGS, adaptado de Nota informativa nº 02-SEI/2017 - DIAHV/SVS/MS, 2020)


PARCERIA SEXUAL

- TESTE NÃO REAGENTE: tratar como sífilis recente.

- TESTE REAGENTE: tratar de acordo com o estadiamento da doença.

- Pesquisa realizada em Fortaleza de 2008 a 2010, 62,8% dos parceiros sexuais não foram tratados.

(CARDOSO, 2018).
OBJETIVOS

Objetivo geral
Avaliar a ocorrência de sífilis congênita como um indicador de assistência ao pré-
natal, em Sergipe.
OBJETIVOS

Objetivos específicos
• Caracterizar o perfil sociodemográfico das puérperas com ocorrência de sífilis
gestacional;

• Descrever a percepção da puérpera sobre a sífilis;

• Identificar os fatores que dificultaram a assistência ao diagnóstico e/ou tratamento da


sífilis durante o pré-natal.
MATERIAIS E MÉTODO

TIPO DE ESTUDO LOCAL DO ESTUDO


• Estudo transversal, com • Maternidade pública de referência
abordagens qualitativa e estadual à gestação de alto risco.
quantitativa.

AMOSTRAGEM E INSTRUMENTO DE
RECRUTAMENTO COLETA DE DADOS
• 46 questões objetivas e 8 questões
• Amostragem probabilística por
subjetivas relacionadas às
conveniência.
condições sociodemográficas e à
assistência pré-natal;
• Dados do prontuário e cartão da
gestante.
MATERIAIS E MÉTODO

SISTEMÁTICA DE COLETA DOS


DADOS
- A coleta será realizada por um único
pesquisador, por um período de 5 meses,
duas vezes por semana, após as 10 horas
da manhã.

- Será concedido um tempo mínimo de 90


minutos para a entrevista.

- O questionário será depositado em


envelopes identificados através de letras,
números e caracteres, para preservar o
anonimato e sigilo.
MATERIAIS E MÉTODO

RISCOS BENEFÍCIOS

• Mínimos; • Analisar a assistência ao pré-


• Probabilidade de constrangimento; natal;
• Medo de não saber responder ou de ser • Identificar as possíveis causas
identificado; que dificultam o tratamento e/ou
• Estresse; diagnóstico da sífilis;
• Quebra de sigilo;
• Cansaço ou vergonha.
RESULTADOS ESPERADOS

• Maior entendimento • Conhecer os fatores • Criação e atualização


sobre os motivos associados à de protocolos clínicos,
pelos quais o manejo dificuldade do • Educação continuada
da sífilis ainda é um diagnóstico precoce à equipe
desafio; multiprofissional.
ORÇAMENTO
Especificação do item Quantidade Valor unitário Total

Luva de procedimento 100 R$ 0,70 R$ 70,00

Touca 100 R$ 0,40 R$ 40,00

Máscara cirúrgica 100 R$ 1,10 R$ 110,00

Avental descartável 50 R$ 6,00 R$ 300,00

Protetor facial 1 R$ 25,00 R$ 25,00

Prancheta 1 R$ 15,00 R$ 15,00

Envelopes de papel kraft 60 R$ 0,20 R$ 12,00

Caneta esferográfica 3 R$ 2,00 R$ 6,00

Resmas de papel A4 3 R$ 18,00 R$ 54,00

Cartuchos para impressora 4 R$ 30,00 R$ 120,00

Encadernação 10 R$ 4,00 R$ 40,00

Publicação em revista científica 1 R$ 1500,00 R$ 1500,00

Estatístico 1 R$ 700,00 R$ 700,00


CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e
diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde; 1ªed, p 248, 2020. Disponível em: pcdt_ist_final_revisado_020420 (1).pdf Acesso em: 15 out. 2021.

CARDOSO, Ana Rita Paulo et al. Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos de 2008 a 2010 em Fortaleza, Ceará,
Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 563-574, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.01772016.
Acesso em: 18 set. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Medicina. Programa de PósGraduação em Epidemiologia.
TeleCondutas: Sífilis: versão digital 2020. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_sifilis.pdf. Acesso em: 29 ago. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e
diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde; 1ªed, p 248, 2020. Disponível em: pcdt_ist_final_revisado_020420 (1).pdf. Acesso em: 15 out. 2021.

MENDES, Rosemar Barbosa et al. Avaliação da qualidade do pré-natal a partir das recomendações do Programa de Humanização no
Pré-natal e Nascimento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 793-804, 2020. Disponível em: 
https://doi.org/10.1590/1413-81232020253.13182018. Acesso em: 13 set. 2021.
 
SEHNEM, Graciela Dutra et al. Consulta de pré-natal na atenção primária à saúde: fragilidades e potencialidades da intervenção de
enfermeiros brasileiros. Revista de Enfermagem Referência, n. 1, p. e19050, 2020. Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo
/3882/388263105017/388263105017.pdf. Acesso em: 02 set. 2021.
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