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ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM NOS
DISTÚRBIOS
HEMATOLÓGICOS

Profª MARY R. Q.POLLI ROSA


Anemia

Anemia (do grego, an = privação, haima = sangue)


quando a concentração da hemoglobina sanguínea
diminui a níveis estipulado pela Organização Mundial
de Saúde em 13 g/dL para homens, 12 g/dL para
mulheres, e 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6
meses e 6 anos.
Ou

Uma condição de decréscimo na massa eritrocitária total


corporal.
CLASSIFICAÇÃO

1. Anemia ferropriva pode resultar de:


 Perda sanguínea secundária.
 Ingestão insuficiente de ferro na dieta.
 Absorção gastrointestinal de ferro
comprometida.
 Aumento das exigências de ferro
2. Anemia megaloblástica – classificação:
 A deficiência pela vitamina B12 (anemia
perniciosa)
 A deficiência de ácido fólico
Microcítica

Macrocítica
3. Anemia Falciforme (anemia hemolítica,
crônica e grave, e se caracterizada por
episódios de crises dolorosas), pode
resultar de:
Resulta da herança homozigótica do gene
produtor da hemoglobina.
4. Anemia aplástica – produção insuficiente
dos eritrócitos pela medula, também
reflete na formação dos demais
componentes do sangue (aplasia
medular).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Palidez; queilite.
 Susceptibilidade à fadiga.
 Língua vermelha e dolorida, glossite
 Unhas quebradiças, unhas em colher grav.
 Desejo insaciável ou pica por gelo, barro,
farinha de milho, tinta, argila
 Turgor cutâneo precário com aparência
enrugada/perda da elasticidade
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Manifestações do sistema nervoso central:


cefaléia, tontura, desmaio, processos do
pensamento lento, irritabilidade, inquietação.
 Efeitos da sobrecarga cardíaca aumentada:
taquicardia, palpitações e angina do peito ou
insuficiência cardíaca congestiva nas pessoas
susceptíveis
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Taquicardia e dispnéia progredindo

do esforço a em repouso.
 Queixas de sensação de frio devido

ao sangue ser desviado para áreas de


maior necessidade.
DIAGNÓSTICO

 Exame de laboratório: hemograma; Nível


de ferro sérico; ferritina; transferrina;
reticulócitos; nível de vitamina B12.
 Complementar/diagnóstico: dosagem de
reticulócitos; aspiração da medula óssea.
TRATAMENTO

1. Anemia ferropriva.
 Correção deficiência de ferro (medicações e
alimentação).
2. Anemia megaloblástica
 Vitamina B12 e ácido fólico.
 Terapia com vitamina.
TRATAMENTO

3. Anemia falciforme
- O tratamento visa a prevenir crises
e controlar os sintomas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Avaliar a capacidade do paciente para realizar

as atividades normais.
 Promover o repouso e reduzir a atividade.

 Observar as alterações no equilíbrio/distúrbio

da marcha, fraqueza muscular.


 Ensinar o paciente a evitar movimentos súbitos
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Observar e relatar sinais e sintomas de

retenção hídrica.
 Manter nutrição adequada. Dieta

equilibrada em proteínas, frutas e legumes.


 Evitar bebidas alcoólicas - interfere com a

utilização dos nutrientes essenciais.


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Monitorizando e tratar as complicações.


 Controlar dispnéia, elevar a cabeceira da

cama.
 Monitorar os sinais vitais em repouso e em

atividade.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Na anemia falciforme além dos

cuidados gerais, incluir: Instruir


medidas para prevenir crises (evitar
infecções, desidratação, atividade
física, estresse emocional);
COMPLICAÇÕES

 Aumento do coração (hipertrofia


ventricular)
 Morte por I.C.C.
 Na anemia falciforme: anemia
hemolítica crônica; morte em
crianças, aplasia, hemólise.
TERMINOLOGIA

 TROMBOCITOSE

 TROMBOCITOPENIA
Púrpura trombocitopênica idiopática
(PTI)

 A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI),

trombocitopênica imunonológica, autoimune,


é uma doença adquirida e geralmente
benigna, de causa desconhecida, que se
caracteriza por trombocitopenia (baixas
contagens de plaquetas).
ETIOLOGIA

 Anticorpos auto-reativos que se fixam aos


receptores na membrana das plaquetas,
encurtando assim a sua sobrevivência.
 O complexo plaqueta-anticorpo é reconhecido
por umas células especiais chamadas
macrófagos tecidulares (sistema
reticuloendotelial- baço).
CLASSIFICAÇÃO

 Quanto a idade: criança ou adulto.

 Quanto a evolução: aguda e crônica.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Petéquias (< 3 mm)

 Equimoses

 Epistaxe

 Hemorragia na gengiva

 Hemorragia interna: hematúria, hematêmese,


melena, hemartrose, menorragia
Púrpura
Púrpura
PETÉQUIA
DIAGNÓSTICO

Na PTI, exames de laboratórios:


 anormalidades no tamanho da plaqueta; níveis
aumentados de IgG; biópsia da medula.
 O paciente deve ser questionado sobre uso de
medicamentos,como heparina, aspirina e
anticonvulsivantes.
TRATAMENTO

1. Na PTI
 Corticosteróides ( sangramento cessa em 1 ou

2 dias) e a contagem de plaquetas aumentam


em uma semana.
 Outras: imunogobulina e outras medicações.

 Esplenectomia
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Observar a localização de petéquias e


equimoses.
 Observar a cor das equimoses (roxas ou azul-
arroxeadas, matizando para o verde, amarelo e
marrom com o tempo).
 Observar franco sangramento de qualquer
orifício (boca, nariz, vagina, reto, uretra).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Pesquisar sinais de sangue oculto (fezes, urina,


êmese, secreção gástrica).
 Avaliar as articulações quanto o edema,
limitação da mobilidade e dor.
 Avaliar coloração e temperatura da pele.

 Medir perda de sangue.

 Monitorar sinais vitais.


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Promover cuidados para evitar a dispnéia

como, por exemplo, manter a cabeceira da


cama elevada e fornecer oxigenioterapia;
 Referir a importância do repouso quando a

contagem plaquetária encontra-se inferior a


50.000 plaquetas/mm3;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Restringir os procedimentos invasivos


 Alertar o paciente para que evite álcool e
medicação contendo aspirina.
= Instruir medidas gerais de prevenção:
 utilizar barbeador elétrico.

 Utilizar escova de dentes macia


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 Manter rigorosa higiene oral

 Evitar esportes de contato.

 Evitar uso de termômetro retal,


supositórios, enemas e tampões vaginais.
 Promover o conforto com analgésicos.

 Proporcionar apoio psicológico.


TERMINOLOGIA

 LEUCOCITOSE

 LEUCOPENIA
LEUCEMIA

 São um grupo de doenças causadas por

proliferação maligna das células


brancas do sangue.
 Linfocítica

 Mielocítica
CURSO DA LEUCEMIA

 AGUDA: grande número de leucócitos

imaturos; início e progressão rápidos.


 CRÔNICA: crônica progride lentamente e

permite o crescimento de um maior número de


células diferenciadas; início e progressão
lentos.
ETIOLOGIA (causa)

 Possíveis fatores de risco:


1. Predisposição genética;
2. Fatores imunológicos
3. Exposição ambiental;
LEUCEMIA AGUDA

 É caracterizada pela proliferação maligna


de precursores (blastos) das células brancas
na medula óssea e nos tecidos linfóides, e
seu acúmulo no sangue periférico, medula
óssea.
 Inibem a produção de eritrócitos, plaquetas
e função imunológica.
LEUCEMIA AGUDA
Classificação

 LLA – (linfoblastos)
 Leucemia mielóides agudas ou LNLA
(infância, adolescência, entre adultos e
idosos):
1. Mieloblástica (mielógena) – percursor
mieloblasto
2. Monoblástica (monocítica) - percursor
monócito
LEUCEMIA CRÔNICA
Classificação

 Leucemia mielóide crônica (LMC- adultos)


ocorre em duas fases:
1. Fase crônica insidiosa – anemia e distúrbios de
sangramento;
2. Crise blástica ou fase aguda – rapidamente há
proliferação de mieloblastos;
 Leucemia linfocítica crônica (LLC) – linfócitos
pequenos anormais (50 anos )
LEUCEMIA AGUDA
Manifestações

 Febre alta súbita, trombocitopenia,


sangramento anormal, fraqueza, palidez;
 Dispnéia, anemia, fadiga, taquicardia;

 Calafrios e infecções;

 Dor óssea por infiltração;

 Aumento do fígado, baço, linfonodos.


LEUCEMIA CRÔNICA
Manifestações

 Esplenomegalia, hepatomegalia, e

adenomegalia por infiltração;


 Tendência hemorrágica;

 Infecções.
DIAGNÓSTICO

 Hemograma

 Aspirado e biópsia de medula óssea;


TRATAMENTO

 Quimioterapia.

 Transplante de Célula-Tronco

Hematopoética (TCTH)
 Controle com as manifestações

clínicas
CUIDADO DE
ENFERMAGEM

 Colocar o paciente em um quarto

privativo. Avaliar/limitar os visitantes,


conforme indicado. Proibir o uso de
plantas vivas/flores. Restringir as frutas e
os vegetais frescos.
CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Monitorizar a temperatura. Observar a


correlação entre as elevações de temperatura
e os tratamentos quimioterápicos. Observar
quanto à febre associada com taquicardia,
hipotensão, alterações mentais.
 Prevenir calafrios. Forçar líquidos
CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Encorajar a mudança freqüente de decúbito e a


respiração profunda.
 Auscultar os sons respiratórios; inspecionar
secreções quanto às alterações nas
características, por exemplo, produção
aumentada de escarro ou urina turva, com odor
fétido, com urgência ou queimação à micção.
CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Inspecionar a pele quanto a áreas de sensibilidade,


eritema
 Inspecionar a membrana mucosa oral. Utilizar
escova de dente macia, esponja ou cotonetes para
o cuidado oral freqüente.
 Promover higiene perianal. Evitar verificar
temperatura retal e o uso de supositórios.
CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Proporcionar períodos de repouso sem


interrupção.
 Encorajar ingestão aumentada de alimentos ricos
em proteínas e líquidos com fibras adequada.
 Evitar/limitar procedimentos invasivos.

 Monitorizar exames laboratoriais.


CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Avaliar o turgor da pele, enchimento capilar e a


condição geral das mucosas.
 Observar a presença de náusea, febre.

 Inspecionar pele/membrana mucosas quanto a


petéquias, áreas de equimose; observar
sangramentos nas gengivas, sangue oculto nas fezes
e urina.
CUIDADO DE ENFERMAGEM

 Informar febre/alteração nas condições


respiratórias ou mental;
 Promover mecanismos positivos de
enfrentamento do estresse para ajudar o
paciente e a família a lidar com os fatores
relacionados à doença e seu tratamento.
 Investigar relatos de dor.
REFERÊNCIA

 ABRAMO, Lee. et al. Exames diagnósticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2007. 534 p.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.
Púrpura Trombocitopênica Idiopática. Portaria SAS/MS nº 715, de dezembro de
2010. Acesso em 07 de abril de 2011. Disponível em
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_purpura_trombocitop_idiop.pdf
 GOMES, Ivan Lourenço.(tradutor). Enfermagem Médico-cirugica. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabarra Koogan, 2008
 SMELTZER, Suzanne C. O'Connell; BARE, Brenda G.; BRUNNER, Lillian
Sholtis; SUDDARTH, Doris Smith. Brunner & Suddarth tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

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