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Duns Scot - O Ser Unívoco e Transcendental
Duns Scot - O Ser Unívoco e Transcendental
POLÍTICA E
RELAÇÕES
INTERNACIONAI
S
ONTOLOGIA
SUMÁRIO
FRANCISCO SUAREZ E A VIRAGEM
ONTOLÓGICA NAS “DISPUTATIONES
METAPHYSICAE”:
o A possibilidade como conceito
dinamizador do discurso filosófico
moderno.
DUNS SCOT (1265-1308)
ALGUNS ASPECTOS BIOGRÁFICOS:
Teólogo Escocês vinculado ao pensamento escolástico
Conhecido como um pensador inovador e original por ter discernido o
Ser além do entrecruzamento do universal e do singular.
Considerado um dos Doutores da Igreja à semelhança de Santo
Agostinho, S. Tomás de Aquino…
A possibilidade de se conhecer os seres imateriais e,
consequentemente Deus, é a grande discussão da sua obra
Metafísica.
Segundo ele o entendimento do Ser em si e da natureza da abstração
são fundamentais para se chegar à solução do problema.
O Ser em Duns Scot
Para Scot, em primeiro lugar está o Ser.
Mas, o Ser na sua concepção pura, independentemente de
qualquer distinção categorial.
Ou seja, o Ser não como efeito ou resultado, mas sim o ser em
estado anterior, apriori ao acto de existir que segundo S. Tomás de
Aquino é o núcleo central de todo o ser.
Trata-se de um Ser que é objeto primeiro da inteligência e que
equivale a entidade pura e diz-se de tudo o que é inteligível em si
mesmo.
Absolutamente indiferente à natureza das coisas, constitui uma
verdadeira noção transcendental.
Univocidade e Transcendentalidade
O Ser em Duns Scot é transcendental e unívoco entendido como
aquele que possui um único significado que se aplica da mesma
maneira a tudo o que se refere.
o Ser é pensado como unívoco, mas o Ser unívoco é pensado como
neutro, “neuter”, indiferente ao infinito e ao finito, ao singular e ao
universal, ao criado e ao incriado.
Não existe contradição/diferença entre aquilo que é (o ser, Deus,
criaturas). Trata-se de um só e do mesmo conceito.
A univocidade do ser é a própria condição da possibilidade de uma
ciência transcendente à física e o ponto de partida da metafísica.
Avicena: noção abstrata e a primeira de todas.
O Ser é o primeiro que cai em poder do intelecto.
Univocidade e Transcendentalidade
Duns Scot definiu dois tipos de distinção deste ser neutro e indiferente:
A distinção formal, é uma distinção real, pois é fundada no ser ou na
coisa, mas não é necessariamente uma distinção numérica, porque se
estabelece entre essências ou sentidos.
Assim, não só a univocidade do ser (em relação a Deus e às criaturas) se
prolonga na univocidade dos "atributos", mas, sob a condição de sua
infinitude, Deus pode possuir estes atributos unívocos formalmente
distintos sem nada perder de sua unidade.
A distinção modal, estabelece-se entre o ser ou os atributos, de um lado,
e, por outro lado, as variações intensivas de que eles são capazes.
Estas variações, como os graus do branco, são modalidades individuantes
das quais o infinito e o finito constituem precisamente as intensidades
singulares.