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NR-35 TRABALHO EM

ALTURA

Arquiteta e Engª de Segurança do Trabalho Andréia


Mariano Alves
Objetivo

Proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos realizados em altura nos


aspectos da prevenção dos riscos de queda.

Estabelecer uma gestão de segurança e saúde nos trabalhos em altura,


adotando ações seguras que garantam um trabalho seguro para o
trabalhador através de planejamento, organização e a execução das tarefas.
O que é Trabalho em Altura?

Toda atividade executada acima de 2 metros do nível inferior, onde exista risco de queda.
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais envolve quedas de diferentes níveis.
Ramos do trabalho das atividades em altura.
Atividades de telefonia; Transporte de cargas por veículos;

Transmissão e distribuição de energia elétrica;

Da montagem e desmontagem de estruturas;

Espaço confinado; Armazenamento de materiais;

Plantas industriais.
Responsabilidades.

Do Empregador:
Além de garantir que todos os procedimentos de segurança sejam obedecidos, o
empregador deve garantir que o trabalho em altura só se inicie depois de que
todas as medidas de proteção exigidas pela norma sejam implementadas. Caso
apareça um risco não previsto, ele deve suspender imediatamente a atividade.

Do Trabalhador:
Zelar pela própria segurança e de outras pessoas que estejam no estabelecimento,
que realizam trabalho em altura ou não.
Responsabilidades.

❖ A partir de 2 metros, o cinto de segurança


(paraquedista) é obrigatório;

❖ O cinto de segurança deve possuir talabarte duplo, sem


emendas, cumprimento superior a 1,5 metros e em
perfeito estado de conservação; Conectado acima da
cabeça e nunca abaixo da cintura.

❖ Antes de usar os equipamentos devemos inspecioná-los;

❖ Providenciar um sistema que elimine o risco de queda


de objetos e ferramentas de trabalho;

❖ Nenhum trabalho deve iniciar sem a prévia emissão da


Permissão de Trabalho (PT).
É necessária a PT, quando a atividade a ser executada não está no procedimento operacional.

A PT não é obrigatória.
A APR é obrigatória e está vinculada ao procedimento operacional rotineiro, ou a
(PT), onde são discriminadas todas as atividades de rotina do trabalhador.
Detalha-se de forma mais enfática e relevante como será executada a atividade.
Planejamento, Organização e Execução

A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração


da atividade, restrita ao turno do trabalho, podendo ser
revalidada pelo responsável da aprovação nas situações em que
não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na
equipe de trabalho.
Capacitação
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 8 horas, cujo conteúdo programático deve, no
mínimo, incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;


b) análise de risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) equipamentos de proteção individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.
Treinamento

O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no


assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no
trabalho.

Além dessa capacitação, também é exigido treinamento periódico, que deve ser realizado
a cada 2 anos, com carga horária mínima de 8 horas.

O supervisor de trabalho em altura é o profissional que fiscaliza e observa as


instalações da empresa e dos equipamentos utilizados para a execução do
serviço, identificando e eliminando os riscos no serviço dos trabalhadores,
tornando assim o trabalho em altura mais seguro e produtivo.
Planejamento, Organização e Execução

O estado de saúde dos trabalhadores que exercem


atividades em altura devem ser avaliados:

O Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional (PCMSO) deve considerar os riscos
envolvidos para cada situação e os exames
direcionar as patologias que podem originar mal
súbito e queda de altura.
Estes exames devem ser parte integrante do PCMSO e devem considerar
também os fatores psicossociais.
Planejamento, Organização e Execução

A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde


ocupacional do trabalhador (ASO). Os exames complementares podem ser solicitados
pelo médico coordenador do PCMSO.

A empresa deve manter o cadastro atualizado que permita reconhecer a abrangência da


autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

NR-35 x PCMSO

Outro ponto importante da norma é a relação que ela cria com o PCMSO que orienta o
empregador a avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem trabalho em
altura.
Medidas de Proteção
Procedimentos para Trabalho em Altura

No planejamento do trabalho devem

ser adotadas medidas para evitar o

trabalho em altura, sempre que existir

meio alternativo de execução:


Procedimentos para Trabalho em Altura

Iniciar com planejamento adequado:

com medidas que eliminem o risco de

queda x ambiente de trabalho.


Procedimentos para Trabalho em Altura

Possíveis soluções:
EPIs e EPCs adequados;
Garantir que o trabalho em
altura tenha condições mínimas
de segurança.
Utilizar medidas que minimizem
as consequências da queda,
quando o risco de queda não
pode ser eliminado.
EPCs

São equipamentos de proteção


coletiva - EPC são instalados pela
empresa para garantir a segurança
dos trabalhadores enquanto realizam
suas atividades.
Esses equipamentos podem ser fixos
ou móveis variam conforme a
necessidade de cada ambiente.
EPIs
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e Acessórios de Sistema de Ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, conforto e a carga aplicada aos mesmos
e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

1. Cinto de Segurança tipo


paraquedista.
2. Talabartes simples.
3. Talabarte Y.
4. Talabarte ajustável (de
posicionamento)
Todos os EPIs devem
5. Trava-quedas. possuir o CA
6. Capacete com jugular.
7. Botinas de Segurança.
(Certificado de
8. Óculos de segurança. Aprovação).
Sistema Pessoal de proteção à queda

O talabarte deve estar


fixado acima do nível da talabarte simples
cintura do trabalhador,
ajustados de modo a
restringir a queda.

Caso isso ocorra, que


talabarte duplo
diminua as chances de
colisão entre o trabalhador
e a estrutura inferior.
Sistema Pessoal de proteção à queda
O Trava-Quedas Deslizante se trata de um acessório
de segurança, que pode ser fixado tanto em cordas
como em cabos de aço.
Deve ser acoplado a uma linha de vida e sempre que
sofre um impacto, é acionado travando
automaticamente o movimento e/ou a queda do
usuário.
Os movimentos de deslocamento do trabalhador serão
feitos em uma linha de ancoragem.

O Trava quedas retrátil é composto por um cabo de aço


ou poliéster. Esse dispositivo é retraído ou estendido
através de uma mola, que irá ser acionada quando
necessário, dependendo dos movimentos verticais do
colaborador, que deve ser inspecionado a cada 12
meses.
ABC do Trabalho em Altura

A: Pontos de ancoragem em estruturas


seguras: vigas, cabos de aços, tubos
metálicos…
(A ancoragem deve suportar o impacto
causado pelo peso do trabalhador).
B: Ligação entre o trabalhador no
sistema de ancoragem: talabartes
duplos, trava quedas e as linhas de vida.
C: O uso de EPIs como: Cinto de segurança
paraquedista;
Acessórios e Sistema de Ancoragem

linha de ancoragem/linha de vida: dispositivos de ancoragem:


Acesso por cordas

Técnica que utiliza cordas para subir, descer ou se


deslocar horizontalmente.

Normalmente incorporando 2 sistemas de


segurança fixados de forma independente, um
como forma de acesso e o outro como segurança.

Com o cinturão de segurança tipo paraquedista.


Risco de Acidentes
REFLEXÃO

Evitar a realização do Evitar o risco de


trabalho em altura queda em altura

É POSSÍVEL?

Instalar uma plataforma perto


Executar o trabalho no solo da área de trabalho para
minimizar a diferença de nível
Emergência e Salvamento

Boa descrição do possível cenário do acidente e/ou vítima à partir da Análise de


Risco;

Acionar equipe responsável pela execução das medidas de resgate e primeiros


socorros;

As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem


possuir:

Aptidão física e mental compatível com a atividade desempenhada de forma a não


se tornar outra vítima.
Emergência e Salvamento

Ter conhecimento de primeiros socorros, conhecer os meios de salvamento;

Recolher o máximo de informação acerca do local onde vai ser realizado o salvamento;

Verificar todas as condições e natureza do ambiente;

Verificar todos os requisitos de segurança e também as condições atmosféricas (do ar).

190 - Militar

191 - Polícia Rodoviária Federal

192- Samu

193- Bombeiros
Por mais detalhada que as medidas de proteção estejam estabelecidas na NR,
não compreenderá as particularidades existentes em cada setor.

Por isso, a presente norma regulamentadora foi elaborada pensando nos


aspectos da gestão de segurança e saúde do trabalho para todas as atividades
desenvolvidas em altura e risco de queda.

Com segurança, há progresso!!

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