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1

ÍNDICE

Unidade 1 3

Unidade 2 23

Unidade 3 43

Unidade 4 67

2
Unidade 1
• Povos indígenas na América: astecas, maias, incas
e tupis.
• Povos e culturas africanas: malineses, bantos e
iorubás.

3
Os astecas
Chegaram ao Vale
Os astecas
Viveram em Aztlán, do México no início
dominaram diversos
no norte da América, do século seguinte
povos da região,
até por volta do e, em 1325,
fundando o Império
século XII. fundaram a cidade
Asteca.
de Tenochtitlán.

Tenochtitlán, Além de pagar


localizada à beira do impostos, os povos
lago Texcoco, foi a dominados eram
capital desse obrigados a cultuar
Império. deuses astecas.
4
Saberes e técnicas astecas
Em Tenochtitlán, destacavam-se as chinampas, ilhas
artificiais feitas sobre estacas fixadas no fundo do lago.

A fertilidade das terras pantanosas garantia a produção de


alimentos.

Nessas ilhas, os astecas cultivavam flores, verduras e


plantas medicinais, entre outros.

Tenochtitlán era também cortada por canais e aquedutos,


ruas largas e retas.

5
Os maias
• Os ancestrais maias viviam nas montanhas da atual Guatemala desde
2500 a.C.

• Domesticaram o milho, a pimenta e o feijão e se estabeleceram na


Península de Yucatán.

• Viviam em cidades-Estado e nunca chegaram a constituir um império.

• Em caso de guerra contra um inimigo comum, as cidades se


organizavam em confederações.

6
Civilização maia
Desenvolveu-se na área que corresponde ao atual sul do México, quase toda a
Guatemala, parte de El Salvador, parte de Honduras e Belize.

Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique


mondial. Paris: Larousse, 2011. p. 236.
7
Sociedade maia
Nobres e sacerdotes ajudavam o governante máximo
de cada cidade a dirigi-la.
Abaixo deles vinham os artesãos e os trabalhadores
livres, agricultores em sua maioria.
Camponeses pagavam impostos entregando parte do
que produziam e com trabalhos gratuitos.

As pirâmides Esteio para os templos


religiosos.
Algumas tinham mais de 60
metros de altura.
Muitas cidades surgiram em
torno de centros religiosos. 8
Os incas
Acredita-se que os incas chegaram à Cordilheira dos Andes por volta do
século XIII.
• Começaram como camponeses e pastores e ergueram a cidade de
Cuzco.

Aos poucos, ampliaram seus domínios, aliando-se aos povos da região ou


submetendo-os.
• Em 1438, fundaram o Império Inca, dividido em várias regiões
administrativas.

9
Sociedade inca
Imperador era visto como semidivino e possuía
enormes poderes.
Inca

Eram provenientes da nobreza.


Sacerdotes e chefes
militares
Viviam em cidades e eram
sustentados pelo governo.
Artesãos, soldados, projetistas e
funcionários públicos

Constituíam a maior
Camponeses parcela da população.

10
Técnica e trabalho incas
Produção agrícola
Sistema de terraços:
• nos degraus mais altos, cultivo de
vegetais resistentes ao frio;
• nos do meio, cultivo de milho, abóbora
e feijão;
• nos mais baixos, plantio de árvores
frutíferas.

Pastoreio
Criação de lhama e alpaca:
• animais usados no transporte;
• dos quais se obtinha o leite e a lã.

11
Os tupis
Entre os tupis que
Calcula-se que, em 1500,
habitavam o litoral
a população tupi era de 1
estavam: os
milhão de pessoas.
tupinambás.

Praticavam a
Origem comum dos
agricultura, com
povos tupis: a atual
destaque para o cultivo
Floresta Amazônica.
da mandioca.

Por volta de 500 a.C., Também obtinham


eles começaram a se alimento por meio da
expandir. caça e da pesca. 12
África: aspectos físicos
• Saara: viviam povos nômades,
chamados berberes.
• Sahel: viviam povos negros
chamados, genericamente, de
sudaneses (bambaras, fulas,
mandingas, hauçás).

Fonte: SOUZA,
Marina de Mello
e. África e Brasil
africano. São
Paulo: Ática,
2006. p. 13. 13
Império do Mali
Fundado por
Localizado no
O que se sabe Sundiata Keita,
Sudão
sobre esse que venceu os
Ocidental, entre
Império provém sossos em
os rios Senegal
dos griôs. 1235 e outros
e Níger.
povos vizinhos.

No Mali, o
Sundiata Keita imperador era a
converteu-se ao maior
islamismo. autoridade, mas
ele ouvia seus
auxiliares. 14
Tombuctu

Situada às
margens do rio
Níger.

Ponto de chegada No século XIV,


e de partida das tornou-se
caravanas também um
comerciais queimportante centro
atravessavam o intelectual do
deserto. mundo.
15
A força e o declínio do Império do Mali
O Império do Mali Entrou em declínio
chegou a ter cerca de devido a conflitos entre
45 milhões de seus líderes e ao
habitantes e durou 230 surgimento de novos
anos. centros de poder.

Poderoso exército.
Motivos que podem Controle de áreas de extração do ouro.
explicar a longa duração Estrutura administrativa eficiente.
do Império do Mali Consulta aos povos dominados e respeito às suas
tradições e religiões.
16
Os bantos
Possuíam uma
Viviam e vivem ao sul origem comum e
do deserto do Saara. falavam línguas
aparentadas (línguas
bantas).

Deslocaram-se de Os bantos eram


onde hoje é a povos agricultores e
República dos tinham domínio
Camarões para o sobre a produção de
centro, o leste e o sul ferro.
da África.
17
Reino do Congo
A bacia do rio Zaire era habitada por grupos bantos, como o bacongo, o luba, o
lunda e o quicongo.

Segundo uma tradição, no final do século XIII, os bacongos dominaram


grupos menores falantes do umbundo e do quicongo.

Nimi-a-Lukeni recebeu o título de manicongo e passou a ser considerado o


herói fundador do Reino do Congo.

O Reino do Congo passou a controlar um amplo território, sendo intenso o


comércio nesse reino.
18
Bantos no Brasil
Palavras de origem banta
 Maioria dos africanos que
entraram como escravos no
Brasil, entre os séculos XVI e Berimbau
XIX, era falante de línguas
bantas.
 Influência das línguas bantas no
português brasileiro. Moleque

Quiabo

19
Os iorubás
Construíram uma civilização marcadamente urbana.

Cidades de ruas e avenidas retas e mercados movimentados.

Principais cidades: Ifé, Keto e Oió (capital política).

Os iorubás não chegaram a compor um Estado centralizado.

Ifé era considerada a cidade sagrada dos iorubás.


20
Política e economia
 Economia baseada no comércio.
 Comerciantes circulavam por terra e pelos rios em canoas
carregadas de produtos.

• Capital política.

Cidade de Oió Nela havia bairros especializados em curtume,
serralheria e fundição.

• Esplendor entre os séculos XII e XV.


• Cidade sagrada dos iorubás.
Ifé
• Em Ifé, o poder político era exercido pelo oni.

21
Iorubás no Brasil
 Trazidos ao Brasil principalmente após a destruição da cidade de Oió
em 1830.
 Grande número entrou pelo porto de Salvador.
Herdeiros da influência iorubá

Música Artes plásticas

Olodum Emanoel Araújo


Ilê Aiyê Mestre Didi
Margareth Menezes Carybé
Menelaw Sete
22
Unidade 2
• O revigoramento do comércio e das cidades.
• As Cruzadas.
• Renascimento.
• Humanismo.
• Reforma e contrarreforma.

23
Mudanças na Europa feudal
Mudanças significativas pelas quais passou a Europa feudal a partir do
século XI

Expansão da área de cultivo Inovações técnicas

Inovações técnicas

Sistema de Novo modo


Difusão de
Charrua rotação de atrelar o
moinhos
trienal cavalo

24
Ilustração atual de uma charrua feita com base
em pesquisa

Sistema de rotação trienal

25
O revigoramento do comércio e das
cidades

Os moradores do
Com o aumento da
campo passaram
oferta de alimentos, Muitos camponeses Isso estimulou o
a trocar o que
menos pessoas deixaram o campo artesanato, o
produziam por
precisavam em busca de outro comércio local e
artigos
trabalhar na meio de vida. a vida urbana.
produzidos nas
agricultura.
cidades.

26
Comércio de longa distância
A partir do século XI, o comércio europeu de longa distância também
se intensificou.
Algumas rotas

- Cidades italianas ao Feiras


Oriente. - Surgidas com o
Novas cidades
aumento do comércio. - Surgem com o aumento
- Sul ao norte da do comércio e do
Europa por terra. - Duravam de 15 a 60
dias. artesanato.
- Cidade do norte da - Algumas cidades
Europa. - Nelas, surgem os
cambistas, que faziam a nascem ao redor das
troca de moedas. feiras, outras próximas de
rios ou de castelos.

27
As Cruzadas
Em 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, a fim de
reconquistar a Terra Santa, conquistada pelos turcos em 1071. Assim, iniciaram-se as
Cruzadas.

Fonte: DUBY,
Georges. Atlas
historique
mondial. Paris:
Larousse,
2001. p. 66-68. 28
Motivos das Cruzadas
- Os dirigentes da Igreja queriam deslocar os
combates para fora da Europa.
- Mercadores ambicionavam aumentar o
comércio com o Oriente.
- Nobres esperavam obter terras.
- Pessoas esperavam obter a salvação eterna.

Primeira Cruzada Segunda Cruzada Terceira Cruzada


Quarta Cruzada
(1189-1192)
(1096-1099) (1147-1149) (1201-1204)

29
Fome e epidemia
Crise prolongada na Europa, marcada por fome, doenças, guerra e revoltas
sociais, nas primeiras décadas do século XIV.

Fome: crise ocorrida entre Epidemia: crise ocorrida


1315 e 1317 entre 1347 e 1350

Oferta de alimento Péssimas condições


insuficiente. de higiene.
Ausência de esgoto e
Chuvas torrenciais.
de coleta de lixo.
Doença transmitida
Más colheitas.
pela pulga dos ratos.
Áreas agrícolas usadas
para criação de animais. 30
Revoltas e guerras
Guerra dos Cem Anos
Revoltas
(1337-1453)

• Aumento do controle da nobreza


• Contribuiu para a crise do século
sobre os camponeses.
XIV. • Elevação de impostos cobrados
• Envolveu a França e a Inglaterra.
pelos reis.
• Motivo: disputa pela rica região de
• Na França: Jacquerie (1358). Na
Flandres e o rei inglês queria se
Inglaterra, Revolta de Wat Tyler
tornar rei da França.
(1381).

31
Renascimento
Renascimento foi um movimento cultural intenso que começou no século
XIV nas cidades italianas, propagando-se pela Europa.

Valorização do passado greco-


romano.

Antropocentrismo.
Algumas características
Individualismo.

Uma nova visão de tempo.


32
O humanismo
Movimento intelectual que propunha o estudo dos autores antigos
(gregos e romanos) para construir um novo conhecimento do ser
humano e do mundo.

Humanistas Eram cristãos que queriam reinterpretar a Bíblia.

Traduziram e divulgaram textos dos antigos.

Aprofundaram o conhecimento de línguas, literatura,


filosofia, história e matemática.
Opuseram-se às verdades da Igreja.

Propuseram o uso da razão e da experiência para se chegar


à verdade. 33
Técnicas do Renascimento
Os artistas do Renascimento introduziram inovações técnicas que marcaram
a história da arte.

O realismo
nas
representação

A iniciativa de
O domínio da o artista pintar
perspectiva a si próprio

34
Fases do Renascimento
O Renascimento italiano pode ser dividido em três fases:

Trecento (século • Período de transição para a arte renascentista.


XIV) • Dante Alighieri e Giotto di Bondone.

• Florença tornou-se o principal centro da arte


Quattrocento
renascentista.
(século XV)
• Brunelleschi, Donatello e Botticelli.

• Roma passou a ser o principal polo cultural do


Cinquecento Renascimento.
(século XVI) • Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e
Rafael Sanzio. 35
A expansão do Renascimento
Grandes nomes do Renascimento se destacaram em outros países europeus.

Portugal Espanha Inglaterra


• Luís Vaz de Camões (1524- • Miguel de Cervantes (1547- • Thomas Morus (1478-
1580). 1616). 1535).
• Obra: Os Lusíadas. • Obra: Dom Quixote de La • Obra: Utopia.
Mancha. • William Shakespeare (1564-
1616).
• Obra: Hamlet, Romeu e
Julieta e outras.

36
Reforma
A Reforma foi a maior divisão já verificada no interior do cristianismo.

Motivos da
Reforma

Corrupção e A venda de
O poder universal
despreparo do indulgências e
do papa.
clero. falsas relíquias.

Primeiros - Wycliffe (1320-1384)


reformadores - Jan Huss (1369-1415)
37
A Reforma de Lutero
Em 1517, o papa prometeu indulgência plena para quem
contribuísse para construir a nova Basílica de São Pedro.

Indignado, Martinho Lutero pregou na porta de sua


paróquia as 95 teses.

Por insistir nas suas ideias, Lutero foi expulso da Igreja


pelo papa.

Refugiado no castelo de um nobre, traduziu a Bíblia para


o alemão.

Lutero fundou uma nova Igreja e criou uma nova doutrina.


38
João Calvino
A Salvação pela fé.

Com Lutero, Calvino


defendia:

Apenas dois
O fim do culto às
sacramentos: o Batismo e
imagens.
a Eucaristia.

Diferente de Lutero, Calvino acreditava na predestinação absoluta.


39
A Reforma na Inglaterra
Conduzida pelo rei Henrique VIII, que desejava o fim da interferência do papa
e dos impostos cobrados pela Igreja Católica.

• O rei pediu a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.


• O papa não concedeu a anulação.
• Henrique VIII rompeu com a Igreja e casou-se com Ana Bolena.
• O papa anulou o casamento e excomungou o rei.
Estopim • O Parlamento reagiu apoiando o rei e aprovou o Ato de Supremacia
(1534).

40
A Reforma Católica
Realizada para conter o avanço do protestantismo e fortalecer o catolicismo.

Reforma impulsionada pelos jesuítas e pelo Concílio de Trento.

Fez uso do Tribunal do Santo Ofício, também chamado de Inquisição, para


reprimir e punir seus adversários.

• Fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola.


Ordem dos • Dedicaram-se a divulgar o catolicismo na Europa e a evangelizar os
Jesuítas povos da Ásia, da África e da América.
• Também atuaram na educação.
41
Concílio de Trento
Ocorreu de 1545 a 1563,
tendo sido interrompido Rejeitou as doutrinas de
diversas vezes devido a Lutero e de Calvino.
guerras e a uma peste.

Considerou crime a
Conservou os sete
venda de indulgências e
sacramentos e o culto à
reafirmou o poder do
Virgem e aos santos.
papa.

Propôs a criação de
seminários e reeditou o
Index.
42
Unidade 3
• O fortalecimento do poder dos reis
• O absolutismo
• Característica do mercantilismo
• As monarquias ibéricas
• O comércio de especiarias
• As Grandes Navegações
• A conquista das terras astecas
• A conquista das terras incas
• Novo olhar sobre as razões da conquista espanhola
• América portuguesa: colonização
• As disputas pela nova terra
• O Governo-Geral
• A economia colonial
43
O fortalecimento do poder real
A burguesia passa a Nobreza se aproxima do
Os camponeses passam a
apoiar o rei por meio de rei, visando manter
ver o rei como protetor.
doações e empréstimos. privilégios.

O rei protegeu o Aos poucos, o rei obteve


Os reis pagam pensões e
comércio e concedeu recursos para montar um
oferecem altos postos no
aos burgueses cargos exército e pagar
exército real à nobreza.
públicos. funcionários reais.

44
A monarquia inglesa
- Instituiu que os senhores feudais deveriam prestar juramento apenas
Guilherme I ao rei.
(século XI) - Dividiu as terras inglesas em condados e nomeou funcionários para
administrá-las.
- Proibiu guerras particulares entre a nobreza.

Henrique II (1154- - Acelerou o processo de fortalecimento do poder real.


- Exigiu que todas as questões fossem julgadas por tribunais reais.
1189)

João Sem- - Determinou sucessivos aumentos de impostos para custear gastos


militares.
-Terra
- Foi obrigado pela nobreza a assinar a Magna Carta (1215), limitando seu
(1199-1216) poder.

- Impôs novos impostos.


Henrique III (1216- - Burguesia ganhou o direito de participar do Grande Conselho, que passou a se
1272) chamar Parlamento em 1265.
45
A monarquia francesa
Felipe Augusto - Conquistou feudos imensos casando-se por interesse.
(1180-1223) - Comprou terras dos nobres e usou o exército para fortalecer seu poder.

- Permitiu a todos que fossem condenados por um tribunal da nobreza


Luís IX (1226- recorrerem a um tribunal do rei.
1270) - Impôs uma moeda única para toda a França.

- Exigiu que o clero também pagasse impostos.


Felipe IV (1285-
- O papa se negou e o rei convocou os Estados Gerais, que, em 1302,
1314) aprovaram sua decisão.

46
O absolutismo
Regime caracterizado por uma grande concentração de poder nas mãos do
rei.

Rei Limites do poder do rei Fatores que contribuíram ao


• Podia convocar o • Costumes da época. absolutismo
exército. • Tradição. • Evolução da imprensa.
• Criar e cobrar • Existência de ministros • A Reforma Protestante.
impostos. fortes. • Política de caça às bruxas.
• Fazer leis.

47
Mercantilismo
As monarquias absolutistas europeias adotaram um conjunto de ideias e práticas
econômicas, chamadas mercantilismo.

Metalismo

Principais Balança
Exclusivismo características comercial
colonial favorável

Protecionismo
48
A formação das monarquias ibéricas

Tanto a monarquia portuguesa


quanto a monarquia espanhola
se formaram durante as lutas
dos cristãos para expulsar os
árabes muçulmanos da
Península Ibérica.

Fonte: HILGEMANN, W.; KINDER,


H. Atlas historique. Paris: Perrin,
1992. p. 182.
49
Reino de Portugal
No século XI, o Condado Portucalense passa a pertencer ao nobre
Henrique de Borgonha.
• Em 1139, Afonso Henriques rompeu com o reino de Leão e Castela e
proclamou a independência do condado, fundando o Reino de Portugal.

Afonso Henriques sagrou-se rei e deu início à dinastia de Borgonha.

• Em 1249, foram incorporadas as terras de Algarve, na região sul,


completando a formação do Reino de Portugal.

50
A formação da Espanha

Luta dos cristãos contra os árabes era liderada pelos reis de Aragão e Castela.

• Em 1469, os reis cristãos Fernando de Aragão e Isabel de Castela se


casaram e uniram suas terras.

Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel reconquistaram Granada, último


reduto árabe na Península Ibérica.

• Anos depois, com a conquista de Navarra, completou-se a formação do


Reino da Espanha.

51
O comércio de especiarias
As especiarias passaram a ser cada vez mais consumidas na Europa no século
XIV. Além delas, os europeus também passaram a usar artigos de luxo orientais.

Especiarias Uso das especiarias

- Conservar a carne.
- Pimenta-do-reino.
- Tonar o sabor dos
- Cravo. alimentos mais
- Canela. agradável.
- Gengibre. - Preparar remédios e
perfumes.
- Noz-moscada.
52
Portugal e as Grandes Navegações
A centralização do poder.

A Revolução de Avis.
Motivos de Portugal ter
sido o pioneiro:
A experiência na navegação no mar aberto.

O desenvolvimento de técnicas e
conhecimentos necessários.
53
As navegações espanholas
 Colombo, a serviço dos reis espanhóis Fernando e Isabel, saiu do porto
de Palos com três caravelas.
 Depois de viajar por cerca de dois meses, ele chegou à América em 12 de
outubro de 1492.

Fonte: ATLAS
da história do
mundo. São
Paulo: Folha
de S.Paulo/Times
Books, 1995.
p. 154-155. 54
Cabral toma Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa em 9 de março de
posse das terras 1500.
brasileiras
Ele comandava uma esquadra formada por 13 navios e
cerca de 1 500 pessoas.

O rei encarregou Cabral de tomar posse das terras que


encontrasse pelo caminho.

Depois de 43 dias no mar, os tripulantes avistaram pássaros


e algas marinhas.

Em 22 de abril de 1500, avistaram um monte, que recebeu o


nome Monte Pascoal.

Cabral tomou posse da terra e celebrou a primeira missa no


território. 55
Outros europeus
Ingleses, franceses e holandeses também cobiçavam as especiarias
orientais. Para chegar a elas, navegaram em direção ao Oriente por
diversos caminhos.

Mudanças provocadas pelas Grandes Navegações


• Extraordinário crescimento do volume e do valor do comércio mundial.
• O Atlântico passou a ser mais importante do que o Mediterrâneo.
• Declínio das cidades italianas e ascensão dos países banhados pelo Atlântico.
• Construção de vastos impérios coloniais pelos europeus.
• Consciência da diversidade de povos e culturas.

56
A conquista das terras astecas
Espanhóis iniciaram a conquista das terras astecas pelo Caribe.

Esgotado o ouro das ilhas, eles partiram para a conquista do


continente.

Em 1519, Hernán Cortez desembarcou onde hoje está o México


com 508 soldados.

Ajudados pelos tlaxcaltecas e por outros aliados indígenas,


Cortez e seus soldados conquistaram Tenochtitlán em 1521.
57
A conquista das terras incas
Acompanhado de apenas 180 homens, Pizarro partiu do
Panamá e chegou à cidade inca de Tumbez.

Depois, em 1532, conquistou a cidade de Cajamarca.

Então, instalou-se nessa cidade e convidou o inca


Atahualpa para um encontro reservado.

Pizarro mandou prender Atahualpa e atirar nos incas de


surpresa.

Depois de tomar Cuzco, em 1533, Pizarro fundou a Ciudad


de los Reyes, atual Lima. 58
Razões da conquista espanhola
Segundo o historiador Matthew Restall, a conquista espanhola da
América deveu-se a quatro fatores principais.

Primeiro • O mais determinante: as doenças.

Segundo • Os espanhóis aproveitaram a rivalidade entre os


ameríndios.

Terceiro • As armas dos conquistadores.

Quarto • O conhecimento dos conquistadores sobre os


astecas e incas. 59
Economia colonial

Mineração Agropecuária

O rei distribuiu lotes


A agropecuária ocorria em
auríferos àqueles que
grandes propriedades,
tivessem dinheiro para
denominadas plantations.
iniciar sua exploração.

A extração da prata deveria


ser feita pelos indígenas, A mão de obra utilizada era
por meio da mita e da africanos escravizados.
encomienda.
60
A administração espanhola
 Inicialmente, o governo da Espanha transferiu a particulares o direito
de explorar e de administrar as terras americanas.
 Mais tarde, o governo cancelou essas concessões e criou os vice-
reinados.

Criação dos Vice- Classes sociais na


-Reinados América hispânica

Chapetones
Vice-Reinado de Nova Espanha (1535)
Criollos
Vice-Reinado do Peru (1542)
Mestiços
Vice-Reinado de Nova Granada (séc. XVIII)
Vice-Reinado do Rio da Prata (séc. XVIII)

61
Expedições, feitorias e pau-brasil
Os portugueses não encontraram ouro ou prata, mas o pau-brasil.

Essa árvore era usada na Europa para tingir tecidos e construir


móveis e casas.

O rei de Portugal autorizou a construção de feitorias para


armazenar e comercializar a valiosa madeira.

Para a extração do pau-brasil, os portugueses e indígenas realizaram o


escambo.
62
As capitanias hereditárias
 Para dar continuidade à colonização da América,
D. João III dividiu o território em quinze capitanias hereditárias.
 Doze donatários receberam essas terras.

Obrigação dos donatários


• Desenvolver o cultivo da cana-de-açúcar.
• Expandir a fé cristã.
• Organizar a defesa militar.
• Estimular a ocupação portuguesa da terra.
• Retirar para si a vintena.
• Cobrar impostos em rios e portos.
• Conceder sesmaria.
• Ter uma grande sesmaria.
63
O Governo-Geral
Diante do fracasso das capitanias hereditárias, o rei criou o Governo-
Geral em 1548.

Primeiro governador-geral • Tomé de Souza, que chegou ao Brasil em 1549.

Segundo governador-geral • Duarte da Costa (1553-1558).

Terceiro governador-geral • Mem de Sá (1558-1572).

Auxiliares do
governador-geral

Provedor-
Capitão-mor Ouvidor-mor -mor 64
Economia colonial
Para dar início à exploração da América portuguesa, o rei de Portugal escolheu o
açúcar de cana.

• A monarquia autorizou o Governo-Geral a promover guerras justas contra os


indígenas a fim de escravizá-los.

Na passagem do século XVI para o XVII, no Nordeste, os senhores de engenho


começaram a comprar africanos escravizados para substituir os indígenas.

• Além do açúcar, no Brasil eram produzidos muitos outros gêneros. Além disso,
também se praticava a pecuária.

65
A sociedade colonial
Além dos senhores de engenho, na sociedade colonial havia comerciantes,
lavradores de cana, roceiros, vaqueiros, trabalhadores assalariados e
escravizados.

Senhor de engenho

“Lavradores de cana”

Comerciantes de escravo

Trabalhadores assalariados

Escravizados

66
Unidade 4
• Havia escravos na África antes dos europeus?
• Guerra e tráfico atlântico
• A travessia
• O trabalho
• Alimentação e violência
• Resistências
• Remanescentes de quilombos
• União Ibérica
• A invasão da Bahia e de Pernambuco
• Nassau no Brasil holandês
• A Restauração
• Os bandeirantes
• Os jesuítas
• As novas fronteiras da América portuguesa
67
Havia escravidão na África antes dos
europeus?
Na África, antes da chegada dos europeus (século XV), também havia
escravos.

Aspecto da escravidão na
Causas da escravização África
- A guerra. - Os escravos eram
- A fome. minorias.
- A punição judicial. - Posteriormente, eles eram
integrados à sociedade
- A penhora humana. como pessoas livres.
- O filho de homem livre com
mulher escrava era
considerado livre. 68
Guerra e tráfico atlântico
Com a chegada dos
portugueses ao Na África começaram a
continente africano, a acontecer guerras com o
escravidão se avolumou e objetivo de conseguir
as guerras se prisioneiros.
multiplicaram.

O comércio de escravos Mais de dez milhões de


envolveu pessoas e africanos foram trazidos
produtos de diversos da África para a América.
continentes, sendo Desses, quase cinco
chamado de tráfico milhões foram destinados
atlântico. ao Brasil.
69
A travessia
- Homens, mulheres e crianças
eram forçados a embarcar em
navios conhecidos como navios
negreiros.
- A viagem da África Ocidental
para o Brasil durava de 30 a 45
dias.
- Os negreiros iam superlotados.
- O lucro dos traficantes era
grande.

70
O trabalho
Os africanos vieram ao Brasil à força para realizar diversos
trabalhos.

No Brasil, eles trabalhavam de doze a quinze horas por dia.

Por vezes, as manhãs de domingos e feriados eram usadas


para conserto de cercas, estradas e outros serviços.

Os homens trabalhavam como agricultores, carpinteiros, ferreiros,


pescadores etc. As mulheres cultivavam a terra, lavavam,
passavam etc.
71
Alimentação e violência
Alimentação dos
Castigos
escravizados

Recebiam uma cuia de


Os escravizados recebiam
feijão e uma porção de
castigo por qualquer falta.
farinha.

Era comum o uso de


Eventualmente recebiam
instrumentos para castigar
rapadura e carne-seca.
os escravizados.

De modo geral, a Entre os instrumentos,


alimentação era usavam-se a palmatória e a
insuficiente. máscara de flandres. 72
Resistências
No Brasil, os escravizados se rebelaram de diversas formas.

• A prática de religiões de origem africana.


• O jogo de capoeira, a realização de festejos e a fundação de
irmandades.
• O boicote ao trabalho e a destruição de ferramentas.
• A queima de plantações.
Entre as formas de • O suicídio.
resistência, estavam: • Os ataques a feitores e senhores.
• A negociação por melhores condições de vida e de trabalho.
• A fuga e a formação de quilombos.

73
Remanescentes de quilombos
No Brasil, hoje existem povoações habitadas pelos descendentes dos
antigos quilombolas.
• Espalhadas por todo o território nacional, essas comunidades são
chamadas de remanescentes de quilombos.

São mais de oitenta mil pessoas vivendo de um jeito parecido com o de


seus antepassados.
• Em algumas comunidades, a língua falada conserva termos africanos.

A Constituição brasileira reconheceu a propriedade definitiva das terras


ocupadas por comunidades quilombolas.
74
União Ibérica
No século XVI, o Império espanhol era imenso e possuía
diversas colônias, entre elas os Países Baixos Espanhóis.

Em 1580, o rei de Portugal D. Henrique morreu sem deixar


herdeiros.

O rei da Espanha Felipe II, parente do rei morto, tornou-se


também rei de Portugal.

O domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias ficou


conhecido como União Ibérica.

Nesse período, os adversários da Espanha tornaram-se


também inimigos de Portugal. 75
A invasão da Bahia e de Pernambuco
Em 1581, os Países Baixos declararam sua independência em
relação à Espanha.

O rei espanhol Felipe II proibiu Portugal e suas colônias de


comercializarem com os holandeses.

Depois disso, em 1621, os holandeses criaram a Companhia das


Índias Ocidentais para invadir as colônias portuguesas na
América e na África.

Primeiro os holandeses tentaram invadir a Bahia em 1624, mas


foram derrotados.

Em 1630, os holandeses conquistaram Olinda e Recife.


76
Nassau no Brasil holandês
A Companhia das Índias Ocidentais enviou João Maurício de Nassau para
governar o Brasil Holandês.

Pontos da política de Nassau

- Empréstimos aos senhores de engenho.


- Melhoramentos em Recife.
- Tolerância religiosa.
- Conquista de pontos de fornecimento de escravos na
África.
- Dominação holandesa de Sergipe ao Maranhão.
- Trouxe consigo para o Nordeste cientistas e pintores.
77
A Restauração Em 1640, Portugal conseguiu libertar-se do domínio
espanhol.
O rei D. João IV assumiu o trono português e firmou
com a Holanda um acordo de paz.

Exigências da Companhia das Índias Ocidentais fizeram


Nassau deixar o Brasil em 1644.

Os holandeses confiscaram as terras dos senhores de


engenho, que reagiram juntando-se à resistência luso-
brasileira.

Após muitas lutas, os holandeses deixaram o Brasil em


1654. 78
Os bandeirantes
As bandeiras eram expedições particulares que geralmente partiam
de São Paulo.

Quem formava as bandeiras


Objetivos das bandeiras
- Um ou dois bandeirantes
experientes. - Caça ao índio.
- Alguns jovens de origem - A busca de ouro e de
portuguesa. diamante.
- Vários mestiços. - Sertanismo de contrato.
- Centenas de indígenas.

79
Os jesuítas
Os jesuítas vieram para o Brasil em 1549 e dedicaram-se
ao ensino da religião cristã e à formação de crianças.

Para isso, fundaram colégios nas principais vilas e


cidades do litoral brasileiro.

Os jesuítas também foram para o interior e lá criaram as


missões (grandes aldeamentos indígenas).

80
A criação de gado
A criação de gado foi a atividade mais importante para o povoamento dos sertões do
Nordeste e das campinas do Sul.

Introduzido no Nordeste Com o crescimento


por Tomé de Souza, o dos rebanhos, os
gado era usado para animais passaram a
mover moendas e ser vistos como
transportar cana. estorvos.

Em 1701, o rei de
Isso contribuiu para o
Portugal proibiu a
avanço do gado pelo
criação de gado no
sertão.
litoral.
81
As novas fronteiras da América
portuguesa
O governo português buscou legalizar os territórios conquistados por meio
de uma série de acordos internacionais.

Tratado de Madri
(1750)

Tratado de Santo
Principais tratados
Ildefonso (1777)

Tratado de Badajós
(1801)
82

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