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NATAÇÃO E OS ASPECTOS

FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO

Universidade Federal Fluminense


Instituto de Educação Física
Atividades Aquáticas I
Professor Mackson Luís Fernandes
Grupo 5: Ananda Barcelos, Rafael Rodrigues, Rodrigo Fernandez e Victor Rapozo
IMERSÃO:
 Estudo e compreensão da hipogravidade

Imersão Passiva
(repouso):
 Pressão hidrostática age sobre os
corpos e aumenta o retorno venoso,
ou seja, estimula o retorno do sangue
para a cavidade central

 Aumento no volume plasmático (redistribuição


dos fluidos do espaço intracelular para o
intravascular.)
 Hemodiluição: fluidos advindos das
pernas e da região do abdômen.
AJUSTES
RENAIS:
 Ocorre devido ao aumento do volume
do sangue intracelular e central

Diurese (Volume Urinário aumentado):


 Reduz a liberação do hormônio antidiurético (ADH) Vasopressina - regula água
retida nos rins
 Aumenta a liberação de prostaglandinas endógenas (Exercem efeito
em uma ampla gama de atividades biológicas)
 Reduz a atividade nervosa simpática (um sistema de excitação, que ajusta o
organismo para suportar situações de perigo, esforço intenso, estresse físico e etc.)

Natriurese (Aumento da excreção de sódio na urina):


 Aumenta do peptídeo natriurético (PNA) - hormônio secretado pelos ventrículos em resposta ao
aumento das pressões de enchimento
 Diminui o sistema renina-angiotensina-aldosterona (conjunto de peptídeos, enzimas e receptores
envolvidos em especial no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial.)
 Diminui a atividade nervosa simpática
INFLUÊNCIA NOS
MÚSCULOS
RESPIRATÓRIOS:
 Elevação do diafragma em posição da respiração total
 Diminui a capacidade vital
 Diminui o volume da reserva respiratória e a capacidade
residual funcional
 Aumenta a resistência ao fluxo pulmonar

AJUSTES DECORRENTES
DA PROFUNDIDADE:
 Pressão hidrostática proporcional a profundidade.
 Aumenta 22,4 mmHg a cada 30,5 cm (1 pé)
AJUSTES FISIOLÓGICOS PELA
TEMPERATURA DA ÁGUA:
 A temperatura termoneutra em imersão na água é de 33°C a
35°C
 Quando a temperatura está mais baixa que este referencial,
ocorre uma vasoconstrição periférica
 Em temperaturas mais altas, ocorre a vasodilatação
 Em imersão até o pescoço, tanta a frequência cardíaca quanto
a pressão arterial sistólica e diastólica diminuem, tanto em
temperatura termoneutra(32°c) quanto à 20°c
 Porém, em temperaturas abaixo de 14°c, o exacerbado
aumento do sistema nervoso simpático(250% na dopamina e
530% na noradrenalina) promove o aumento nos valores da fc,
pas e pad. Quanto às funções renais, também aumentam de
maneira mais intensa na condição de frio (14°C)
 Mulheres e homens apresentam mudanças similares no resfriamento corporal e produção de calor durante
90 minutos de imersão em água fria(18°c), sendo estas respostas corrigidas pelo tamanho corporal e
porcentagem de gordura corporal.
 A relação entre gordura corporal e termogênese diferem entre os sexos. Enquanto em homens a queda de
temperatura retal é inversamente relacionada à gordura corporal quando imerso a 20°C, 24°C e 28°C, o fato
das mulheres possuírem maior percentual de gordura corporal parece não beneficiar a resposta
termorregulatória em imersão. Tais características podem ser atribuídas tanto a diferenças de sensitividade à
resposta termogênica como a diferença de massa corporal magra entre os sexos.
MODIFICAÇÕES DOS
AJUSTES FISIOLÓGICOS
EM IMERSÃO
DECORRENTES DA
ATIVIDADE FÍSICA:
 Imersão em níveis de água acima do joelho(15°c) e acima do quadril(25°c) causam depressão da
temperatura interna tanto em repouso como durante exercício físico de baixa
intensidade(cicloergonômico a 35% do vo²max) principalmente em decorrência da produção
insuficiente de calor para compensar a perda(lee et al, 1997.)
 Durante exercício físico de moderada a alta intensidade, a temperatura termoneutra da água pode ser
reduzida para valores menores, em função da produção de calor aumentada.(Mcardle, 1984.)
 Quanto mais alta a intensidade do exercício, mais baixa a temperatura da água para eficiência
fisiológica ótima. Porém, nadadores magros foram incapazes de atingir vo²max quando a temperatura
da água foi 26°C. Similarmente, indivíduos com maior massa gorda foram incapazes de atingir o
vo²max quando a temperatura da água foi menor que 18°C.
 Com essas temperaturas baixas da água, a
temperatura do músculo reduz e,
consequentemente, diminui a atividade
enzimática associada ao exercício de alta
intensidade(reilly, dowzer e cable, 2003.)
 Com base nessas informações, evidencia-se
que as avaliações físicas e a prescrição de
treinamento físico devem ser específicas, uma
vez que as demandas fisiológicas do exercício
físico em água diferem das demandas em
imersão passiva em terra.
 Em função disso, a temperatura da água deve
ser ajustada de acordo com o exercício físico a
ser realizado e a população a ser atendida,
tornando-se insatisfatória, por exemplo, uma
piscina que é aquecida simultaneamente para
aula leve de hidroginástica e treinamento
competitivo de natação.
IMERSÃO COMO ESTRATÉGIA
DE RECUPERAÇÃO DE
ATLETAS:
 Para wilcock, cronin e hing(2006), a imersão na água se apresenta
como uma estratégia para a recuperação de atletas. Para isto, utilizam-
se quatro métodos:

 CRIOTERAPIA:
 Caracterizada pela imersão em água gelada, normalmente abaixo de
15°C

 TERMOTERAPIA:
 Caracterizada pela imersão em água quente, acima de 36°C

 TERAPIA POR CONTRASTE:


 Caracterizada pela alternação entre água fria e quente, e vice-versa.
IMERSÃO PER SE:
 Caracterizada pela imersão em temperatura termoneutra.
 De maneira geral, a termoterapia e a terapia por contraste oferecem menores benefícios para a
recuperação do atleta, por aumentarem o edema e necessitarem de aumento da demanda
energética em razão do aumento da taxa metabólica, enquanto a temperatura fria a
termoneutra(crioterapia e imersão per se) é considerada mais eficiente e segura, uma vez que
temperaturas extremas são contraindicadas.
 Durante a imersão enquanto estratégia de recuperação, existe um aumento do fluxo sanguíneo
através do corpo, possibilitando maior velocidade na remoção de produtos finais do metabolismo
acumulador pelo exercício físico. Além disso, a hipogravidade proporcionada pela imersão
diminui a sensação de fadiga.(Aumento do débito cardíaco, diminuição da resistência vascular
periférica)
EXERCÍCIO FÍSICO EM IMERSÃO PARA
POPULAÇÕES COM CARDIOPATIA:
 A imersão e natação são absolutamente contra
indicadas para indivíduos com insuficiência
cardíaca descompensada. Isto se deve à
sensitividade prejudicada dos baroreceptores de
pacientes com infarto do miocárdio, o que impede
os ajustes adequados em resposta ao aumento da
pressão arterial em imersão, enquanto os pacientes
com insuficiência cardíaca severa apresentam uma
redução do volume de ejeção, reação oposta à
normalidade.
 Por sua vez, por razões ortopédicas, exercícios
físicos podem ser permitidos a indivíduos com
infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca severa
desde que a imersão seja feita na postura
ortostática em profundidades inferiores ao processo
xifóide.
CONCLUSÃO:
 A imersão em repouso promove
significativos ajustes fisiológicos,
influenciados principalmente por
profundidade de imersão, temperatura da
água, realização de exercício físico,
diferenças antropométricas e quadros
patológicos.
BIBLIOGRAFIA:

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