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CINESIOTERAPIA I

PROF. MARISTELA RIBEIRO DA SILVA

Aula 1: Exercício Fisioterapêutico:


Fundamentação Conceitual.

Capítulo 1 (KISNER; COLBY, 2005).


• “A fisioterapia compreende o diagnóstico e
o tratamento da disfunção do movimento
e o aprimoramento das capacidades físicas
e funcionais; restauração, manutenção e
promoção de uma função física ótima, de
aptidão e bem estar ótimos e de uma
qualidade de vida ótima no que se
relaciona ao movimento e à saúde; e
prevenção do início dos sintomas e da
progressão das deficiências, das limitações
funcionais e das incapacidades que podem
resultar das doenças, distúrbios, afecções
ou lesões e traumatismos.”
• Guia para o Exercício do
Fisioterapeuta)HALL & BRODY, 2007
Mas afinal... O que é
CINESIOTERAPIA?
DEFINIÇÃO
Exercício terapêutico,
conceito também
expressado pelo termo
cinesioterapia, é o
treinamento planejado
e sistemático de
movimentos corporais,
posturas ou atividades
físicas, com finalidades
preventivas e curativas.
OBJETIVOS DA CINESIOTERAPIA
• Tratar ou prevenir comprometimentos;
• Melhorar, restaurar ou aumentar a função física;
• Evitar ou reduzir fatores de risco relacionados à saúde;
• Otimizar o estado de saúde geral, o preparo físico ou a sensação de
bem-estar.
ASPÉCTOS DA FUNÇÃO FÍSICA
• A habilidade de executar atividades físicas de forma
independente em casa, no trabalho, na comunidade ou durante
atividades de lazer e recreação dependem das funções físicas,
psicológicas e sociais.
ASPÉCTOS
DA FUNÇÃO Desempenho
FÍSICA Muscular
Mobilidade/
Estabilidade Flexibilidade

FUNÇÃO
Equilíbrio/
reajuste Cardiopulmo-
postural nar

Controle
neuromuscular
• Equilíbrio (habilidade de alinhar os segmentos do corpo contra a gravidade para manter ou
mover o corpo dentro da base de suporte sem cair);
• Condicionamento cardiopulmonar (habilidade em realizar movimentos repetitivos de baixa
intensidade, utilizando o corpo todo);
• Mobilida/Flexibilidade (habilidade das estruturas ou do segmento do corpo de se movimentar
ou serem movidos, de modo a permitir a ocorrência de ADM);
• Desempenho muscular (capacidade do musculo de produzir tensão e realizar trabalho físico);
• Elasticidade (habilidade do sistema neuromuscular por meio de ações musculares, cinérgicos
em manter um seguimento corporal, proximal ou distal, em uma ação estacionaria ou para
controlar uma base estável durante um movimento);
• Coordenação (cadência e sequenciamento correto, recrutamento de fibras musculares
combinadas com a unidade apropriada de contração muscular, propiciando o inicio, a condução
e a graduação efetiva do movimento);
• Controle neuromuscular (interação dos sistemas sensorial e motor, que possibilita aos músculos
sinergistas, agonistas e antagonistas, bem como aos estabilizadores anteciparem ou
responderem a informação proprioceptiva e cinéstica, e em seguida, trabalharem na sequencia
correta para criar movimento coordenado);
• Controle postural, reajuste postural e equilíbrio (sinônimos de equilíbrio estático ou dinâmico).
TIPOS DE
INTERVENÇÕES COM
CINESIOTERAPIA
• CONDICIONAMENTO AERÓBICO
• DESEMPENHO MUSCULAR
• ALONGAMENTO E MOBILIZAÇÃO ARTICULAR
• CONTROLE NEUROMUSCULAR
• CONTROLE POSTURAL E ESTABILIZAÇÃO
SEGMENTAR
• EQUILÍBRIO E AGILIDADE
• RELAXAMENTO
• EXERCICIOS RESPIRATÓRIOS
• TREINAMENTO FUNCIONAL
MODELO DE
INCAPACITAÇÃO
PATOLOGIA/FISIOPATOLOGIA
• Perturbações decorrentes de quadros agudos ou crônicos e
distúrbios ou condições caracterizadas por um conjunto de
achados anormais.
COMPROMETIMENTO
• São consequências das condições patológicas, ou seja,
apresentam-se na forma de sinais e sintomas que refletem as
anormalidades do sistema corporal, órgão ou tecido.

TIPOS:
• Musculoesquelético;
• Neuromuscular;
• Cardiovascular/pulmonar;
• Tegumentar.
COMPROMETIMENTO
MUSCULOESQUELÉTICO NEUROMUSCULARES
• Dor; • Dor;
• Fraqueza muscular; • Desequilíbrio e instabilidade
• Limitação da AMD; postural;
• Hipermobilidade articular; • Descoordenação;
• Deformidade postural; • Atraso no desenvolvimento
motor;
• Desarranjos musculares.
• Tônus anormal.
COMPROMETIMENTO
CARDIOVASCULAR/
PULMONAR TEGUMENTAR

• Capacidade anaeróbica • Hipomobilidade da pele;


diminuída; • Cicatriz;
• Circulação comprometida; • Queimadura;
• Comprometimento • Deformidade.
respiratório.
LIMITAÇÕES FUNCIONAIS
• Ocorre na pessoa como um todo;
• Se desenvolvem através da redução da habilidade de um individuo
em desempenhar ações ou atividades de forma eficiente ou
tipicamente esperada.

TIPOS
• Físicas;
• Sociais;
• Psicológicas.
LIMITAÇÕES FUNCIONAIS
As limitações podem aparecer em diversas situações, tais como:

• Alcançar ou segurar objetos;


• Erguer e carregar objetos;
• Empurrar e puxar;
• Inclinar-se ou curvar-se;
• Arremessar ou pegar algo;
• Rolar;
• Levantar e sentar;
• Subir e descer escadas;
• Saltar e pular;
• Chutar;
• Deitar e levantar...
INCAPACIDADE
• É a inabilidade do individuo
de realizar ou participar de
atividades ou tarefas
cotidianas.
• Engloba as disfunções do
indivíduo nos aspectos
ambientais, sociais e
econômicos.
INCAPACIDADE
• A incapacidade por ser evidenciada em
atividades básicas de vida diária e
instrumentais, tais como:
• Cuidados pessoais;
• Mobilidade na comunidade;
• Tarefas ocupacionais;
• Tarefas escolares;
• Cuidados com a casa;
• Cuidados com os dependentes;
• Atividades recreativas e de lazer;
• Responsabilidade com os próprios gastos.
FATORES DE RISCO
• A modificação dos fatores de risco é de sua importância para
determinar a incapacidade de um individuo na sociedade.
• Eles estão diretamente relacionados à predisposição da
incapacidade.

TIPOS
• Biológicos;
• Comportamentais/ psicológicos;
• Ambiente físico;
• Socioeconômicos.
FATORES DE RISCO
COMPORTAMENTAIS/
BIOLÓGICOS PSICOLÓGICOS

• Idade; • Sedentarismo;
• Sexo; • Tabagismo;
• Biotipo; • Alcoolismo;
• Raça; • Desnutrição;
• Anormalidades ou distúrbios; • Depressão, ansiedade;
• Histórico familiar de doenças
ou disfunções.
FATORES DE RISCO
AMBIENTE FÍSICO SOCIOECONÔMICO

• Barreiras arquitetônicas; • Baixo status econômico;


• Características ergonômicas; • Baixo nível de escolaridade;
• Condições de moradia; • Acesso inadequado à saúde;
• Saneamento básico. • Apoio social e familiar
deficiente
RESUMINDO...
• Incapacidade Pessoal ou Social: *Necessidades, *Desejos e
*Expectativas.
• Limitações Funcionais: *Físicas, *Psicológicas e *Sociais.
• Comprometimentos: Cardiovasculares /Pulmonares,
*Tegumentares, *Musculoesqueléticos e *Neuromusculares.
• Patologia/ Fisiopatologia: *Doença, *Distúrbio, *Condição e
*Anormalidade.
• Fatores de Risco: *Prevenção/Redução de Riscos.
EXEMPLO
Paciente sofreu um entorse

Gerou uma fratura

Uma trombose foi ocasionada

A trombose evoluiu para gangrena

A perna teve de ser amputada


ATIVIDADE

Levando em consideração o exemplo anterior, crie uma situação


baseada no modelo de incapacitação

Tenha como base uma patologia ou disfunção, e desenvolva um


situação mostrando os comprometimentos, limitações e
incapacidades proporcionadas por ela.
MODELO DE
TRATAMENTO
MODELO DE TRATAMENTO
O processo de tratamento do paciente é dividido em 6 componentes
básicos:

• Coleta de dados;
• Avaliação funcional;
• Diagnóstico fisioterapêutico;
• Plano de tratamento e prognóstico;
• Intervenção;
• Reavaliação.
• Coleta de dados: Nome, endereço, idade, telefone, faz uso de
medicamentos, etilista, tabagista, qual a religião.

• Avaliação funcional: testes específicos que identificarão a patologia a ser


tratada. Proporciona um denominador comum.

• Diagnóstico Fisioterapêutico: resultado da avaliação funcional.

• Plano de tratamento e prognóstico: o que será feito, em quantas sessões,


um estimativa do tempo do tratamento (NUNCA DAR PRAZOS E
CERTEZAS).

• Intervenção: ocorre em qualquer fase do tratamento, no momento em


que o paciente apresente sinais que estejam afetando sua saúde.

• Reavaliação: ocorre após termino de tratamento, para constatar o que foi


eficaz e aquilo que não foi tão bom para ele.
ATIVIDADE
Analise de forma crítica, baseado nos itens do MODELO DE
TRATAMENTO, sua própria história de exercícios, de um amigo ou
de alguém de sua família.

Após isso, identifique como um programa de exercícios pode


melhorar a qualidade de vida.

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