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FC 04 - Pancreas
FC 04 - Pancreas
Farmacologia Clínica II
FARMACOLOGIA
ENDÓCRINA:
PÂNCREAS
Tratamento da diabetes
1
Somatostatina
Insulina
PÂNCREAS Glucagon
↑ Captação de glicose
Insulina ↑ Síntese de glicogênio Elevação aguda da ↓
↓ Gliconeogênese glicemia Glicemia
↓ Glicogenólise
GLICÊMICA ↑ Glicogenólise
Adrenalina Hipoglicemia (< 3mmol/l)
↓Captação de glicose
• Exercício, ↑
• estresse,
• refeições ricas em proteínas, Glicemia
Glicocorticoides ↑ Gliconeogênese • etc.
↓ Captação e utilização
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METABOLISMO
DA GLICOSE
____________
Tolerância a glicose
GIP
GLP-1
4
INSULINA____
síntese
Marcador da secreção
endógena de insulina
5
INSULINA__
secreção
6
INSULINA____
mecanismos
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Metabolismo Tecido hepático Tecido adiposo Músculo
Diabetes
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Relevância clínica:
~8,8% da população mundial entre 20 e 79 anos.
75% dos casos em países em desenvolvimento.
DIABETES Hiperglicemia – 3° fator para morte precoce.
5 milhões de óbitos em 2015.
____MELLITUS
“distúrbio metabólico
caracterizado por
hiperglicemia persistente,
decorrente de deficiência na
produção de insulina ou na
sua ação, ou em ambos os
mecanismos, ocasionando
complicações em longo
prazo.”
(Diretrizes SBD, 2017-18)
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Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das
1 células β comprovada por exames laboratoriais.
(5-10%)
Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática.
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DIABETES
____MELLITUS
Classificação
Fatores de risco para DMG
• Idade materna avançada • Crescimento fetal excessivo, hipertensão ou
• Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de pré-eclâmpsia na gravidez atual
peso na gravidez atual • Antecedentes obstétricos de abortamentos
• Deposição central de gordura corporal de repetição, malformações, morte fetal ou
• História familiar de DM parentes de 1° grau neonatal
• Baixa estatura (inferior a 1,5 m) • Síndrome de ovários policísticos
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DM 4 – OUTROS TIPOS
MODY 1 (defeitos no gene HNF4A) Determinadas toxinas
MODY 2 (defeitos no gene GCK) Pentamidina
MODY 3 (defeitos no gene HNF1A) Ácido nicotínico
MODY 4 (defeitos no gene IPF1) Diabetes induzido Glicocorticoides
Defeitos genéticos na MODY 5 (defeitos no gene HNF1B) por medicamentos Hormônio tireoidiano
função da célula β MODY 6 (defeitos no gene NEUROD1) ou agentes Diazóxido
Diabetes neonatal transitório químicos Agonistas β adrenérgicos
Diabetes neonatal permanente Tiazídicos
DM mitocondrial Interferon α
Outras Outras
Resistência à insulina do tipo A
Leprechaunismo Rubéola congênita
Defeitos genéticos na
Síndrome de Rabson-Mendenhall Infecções Citomegalovírus
ação da insulina
DM lipoatrófco Outras
Outras
Pancreatite
Pancreatectomia ou trauma
Síndrome de Stiff-Man
Doenças do pâncreas Neoplasia Formas incomuns
Anticorpos antirreceptores de insulina
exócrino Fibrose cística de DM autoimune
Outras
Pancreatopatia fbrocalculosa
Outras
Síndrome de Down
Síndrome de Klinefelter
Acromegalia
Síndrome de Turner
Síndrome de Cushing
Síndrome de Wolfram
Glucagonoma Outras síndromes
Ataxia de Friedreich
Endocrinopatias Feocromocitoma genéticas por vezes
Coreia de Huntington
Somatostatinoma associadas ao DM
Síndrome de Laurence-Moon-Biedl
Aldosteronoma
Distrofa miotônica
Outras
Síndrome de Prader-Willi
Outras
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Pré-diabetes
Glicemia acima dos valores de referência, mas ainda
abaixo dos valores diagnósticos de DM.
Paciente assintomático.
DIABETES
___MELLITUS DM
Exames alterados com sintomas inequívocos de
Diagnóstico hiperglicemia.
Na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia
os exames devem ser repetidos com nova amostra de
sangue.
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CRITÉRIOS LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO ADOTADOS PELA SBD.
Normoglicemia < 100 < 140 – < 5,7 - valor de corte da OMS - 110 mg/dL
DIABETES MELLITUS
Diagnóstico
DIABETES Emagrecimento Fadiga Polidipsia Polifagia Poliúria
___MELLITUS
Clínica
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TRATAMENTO
Não-Farmacológico *
Farmacológico *
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Controle metabólico.
Aliviar os sintomas relacionados com a hiperglicemia (fadiga,
poliúria, etc.);
Prevenir ou reduzir as complicações agudas e crônicas de
diabetes;
TRATAMENTO
Objetivos
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• Dieta/Estilo de vida • Dislipidemia
• Atividade física • Hipertensão
• Medicação • Obesidade
• Doenças CV
Controle Comorbidades
glicêmico
TRATAMENTO
Objetivos TRATAMENTO
DO DIABETES Complicações
• Retinopatia
• Neuropatia
• Nefropatia
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Parâmetro Meta
A1C <7.0%
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TRATAMENTO
Metas
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TRATAMENTO
Não-farmacológico
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Macronutrientes Ingestão diária recomendada
Carboidratos Carboidratos totais: 45 a 60%
Não inferior a 130 g/dia
Sacarose 5%
Frutose Não se recomenda sua adição aos alimentos
Fibra alimentar Mínimo de 14 g/1.000 kcal
DM2: 30 a 50 g/dia
Gordura total 20 a 35% do VET Composição
Ácidos graxos saturados
Ácidos graxos poli-insaturados
< 6% do VET
Completar de forma individualizada
nutricional do
Ácidos graxos 5 a 15% do VET plano alimentar
monoinsaturados
Colesterol < 300 mg/dia para indivíduos
Proteína 15 a 20% do VET com DM
Micronutrientes Ingestão diária recomendada
Sódio Até 2.000 mg
Vitaminas e minerais As mesmas recomendações da população sem
diabetes
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TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
Insulinoterapia
Base do tratamento da DM-1 e muitos caso de DM-2.
Múltiplas doses ou infusão contínua:
Redução das complicações
Retinopatia – 76%;
INSULINOTERAPIA Neuropatia – 60%;
Nefropatia – 39%.
Terapia individualizada* Esquemas terapêuticos:
Insulina basal – evitar lipólise e liberação hepática de GL.
Bolus de refeição – regular o aproveitamento da glicose.
Bolus de correção – ajustar glicemia pré-prandial ou
interalimentar.
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Administração
intravenosa, intramuscular ou subcutânea:
seringa, caneta ou SICI.
INSULINOTERAPIA Limitações:
Cinética não reproduz o processo natural.
Ordem de distribuição inversa.
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INSULINOTERAPIA
análogos de insulina
Curta duração
• Asparto,
• Glulisina
• Lispro
Longa duração
• Detemir
• Glargina
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Classificadas a partir da duração da ação.
INSULINOTERAPIA
tipos de insulina
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INSULINOTERAPIA
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ESQUEMAS TERAPÊUTICOS
INSULINOTERAPIA
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fase do DM
estágio
Alimentação
puberal
INSULINOTERAPIA
posologia
peso HbA1c
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INSULINOTERAPIA
manifestações
agudas
INSULINOTERAPIA
manifestações
agudas
Redução do efeito Aumento do efeito
• Acetazolamida • Álcool
• Anticoncepcionais • Hipoglicemiantes
• Corticoides • B-bloqueadores
INSULINOTERAPIA • Diuréticos • Clonidina
interferentes • Adrenalina • IMAOs
• Fenitoína • Sulfonamidas
• T4 • Salicilatos
• Lítio • tetraciclinas
• morfina
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TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO___
Hipoglicemiantes orais
Agentes secretagogos da insulina
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
classificação
De acordo com o mecanismo de • De acordo com os efeitos sobre a
ação: insulina:
Moduladores do canais KATP; • Os que aumentam a secreção de insulina
Ativadores da AMPK e do PPAR; (hipoglicemiantes);
• Os que não a aumentam (anti-
Agentes baseados no GLP1;
hiperglicemiantes);
Inibidores da alfa glicosidase; • Os que aumentam a secreção de insulina de
Resinas de ligação de ácidos maneira dependente da glicose, além de
biliares. promover a supressão do glucagon;
• Os que promovem glicosúria (sem relação
com a secreção de insulina).
HIPOGLICEMIANTES
_____________ORAIS
moduladores de
canais de KATP
#sulfonilureias
Medicamento Posologia Observação
Gliclazida (Diamicron) 40-320 mg/dia Menor risco de hipoglicemia
Glibenclamida (Daonil) 2,5-20 mg/dia (1 a 2 doses) Maior risco de hipoglicemia
Glipizida (Minidiab) 2,5 a 20 mg/dia (1 a 2 doses) + segura em nefropatas
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Características clínicas: Efeitos adversos:
Hipoglicemia e ganho
Cinética:
ponderal (Clorpropamida)
HIPOGLICEMIANTES T1/2 – 3 a 5h idosos principalmente);
Efeito – 12 a 24h;
_____________ORAI 90-99% ligação a PP; Náusea, vômito;
S Excreção renal; Anemia hemolítica;
moduladores de Atravessa facilmente a Hipersensibilidade;
canais de KATP placenta.
Efeito dissulfiram;
Benefícios clínicos:
#sulfonilureias Extensa experiência clínica; Hiponatremia;
Reduz riscos microvasculares; Contraindicados da IR ou IHep.
HbA1c (1,5 a 2%).
Grande incidência de falha
glicemia em 60-70mg/dL. secundária.
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HIPOGLICEMIANTES
_____________ORAIS
moduladores de
canais de KATP
#não-sulfonilureias
#metiglinidas
Medicamento Posologia Observação
Repaglinida (Novonorm) 0,5-16 mg (3x/dia) Menor risco de hipoglicemia
Nateglinida (Starlix) 120 a 360 mg (3x/dia) Maior risco de hipoglicemia
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Características clínicas: Efeitos adversos:
Cinética: Hipoglicemia;
HIPOGLICEMIANTES T1/2 – 1h (uso pré-prandial)
Ganho ponderal discreto;
Metabolismo hepático (90%)
_____________ORAI e renal (10%); Incidência de falha
S secundária.
moduladores de Benefícios clínicos:
Indução rápida de curta
canais de KATP duração;
Reduz riscos microvasculares;
#não-sulfonilureias HbA1c (1 a 1,5%);
glicemia em 20 a 30 mg/dL;
#metiglinidas
Não necessita de ajuste na IR.
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Mecanismo:
atividade da AMPK;
oxidação de ác. graxos, captação de glicose e metabolismo não
oxidativo;
armazenamento de glicogênio no músculo;
HIPOGLICEMIANTES produção hepática de glicose;
_____________ORAIS sensibilidade a insulina.
ativadores da AMPK e Indicação:
do PPAR Primeira linha para DM2 – 1 a 2,5 g (2 a 3 doses/dia);
*Pacientes obesos – redução do peso;
#biguanidas *Síndrome do ovário policístico;
#metiformina Desvantagens:
Palatação metálica
Risco de acidose lática (raro)
Contraindicado em casos de acidose;
Transtornos GI (diarreia, náuseas, desconforto, flatulência)
Causa deficiência de vit. B12
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HIPOGLICEMIANTES
_____________ORAIS
ativadores da AMPK e
do PPAR
#biguanidas
#metiformina
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Mecanismo:
Ativação do PPAR (Receptor de ativação de proliferação de
peroxissomos).
HIPOGLICEMIANTES Receptores nucleares – regulação do metabolismo lipídico.
_____________ORAI Melhora a sensibilidade à insulina.
S Fármacos
ativadores da AMPK e Rosiglitazona
do PPAR Pioglitazona
#glitazonas
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HIPOGLICEMIANTES
_____________ORAI
S
ativadores da AMPK e
do PPAR
#glitazonas
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Agonistas de receptores de GLP-1:
GLP-1:
Induz secreção de insulina;
Inibe a libertação de glucagon;
Retarda o esvaziamento gástrico;
Reduz a ingestão de alimentos;
Hipoglicemian Normaliza a secreção de insulina em jejum e pós-prandial.
tes orais Exedina-4:
Proteína (39 aa) reptil;
Redução da Hb glicosilada;
Perda de peso (2,5-4kg).
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Inibidores da DPP-4 (Dipepitidil pepitidase IV):
Sitagliptina, Saxaglipitina e Vidagliptina.
Outros hipoglicemiantes:
Hipoglicemian Arcabose
tes orais
Inibidor da Alfa-glicosidase intestinal;
Retarda a absorção de glicose;
Estimula a liberação de GLP-1;
RA – Flatulência.
Útil em pacientes obesos.
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Pramlintida
Análogo da amilina; Resinas
Reduz a liberação de Sequestro de ácidos
glucagon; biliares;
Tratamento Retarda o esvaziamento
gástrico;
Mecanismo
hipoglicemiante
Gera sensação de desconhecido.
saciedade prolongada.
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Algoritmos
DM2
49
Algoritmo
DM2
50
Fármacos anti-obesidade
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de
gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo.
ABESO, 2020
Classes farmacológicas
No Brasil, atualmente, há cinco medicamentos
registrados para o tratamento da obesidade:
Anfepramona
Os principais efeitos colaterais da anfepramona estão
relacionados à ação noradrenérgica.
década de 70.
Femproporex
Existem poucos estudos controlados publicados sobre o seu uso, com
peso.
É CONTRAINDICADO PARA
É CONTRAINDICADO EM PACIENTES COM DISTÚRBIOS PACIENTES COM HIPERTENSÃO NÃO EXISTEM ESTUDOS EM
PSIQUIÁTRICOS E ANTECEDENTES DE ADIÇÃO, PODENDO ARTERIAL NÃO CONTROLADA, GESTANTES OU LACTANTES
NESTES CASOS LEVAR À DEPENDÊNCIA QUÍMICA. HISTÓRIA DE DOENÇA
CARDIOVASCULAR, INCLUINDO
DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA, ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL,
ARRITMIAS CARDÍACAS E
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CONGESTIVA.
A maioria dos estudos mostra que a razão benefício/ risco é positiva
nas doses entre 25mg e 50mg.