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INSTITUTO DE FILOSOFIA E

TEOLOGIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO
PROFESSOR: LANDES MARINHO
ALUNOS: EDUARDO MENEZES/ FRANCISCO ANACLETO/ QUÉZIA
CRISTINA
PROFETA MALAQUIAS - INTRODUÇÃO

• O livro de MALAQUIAS é o último na lista tradicional dos doze profetas menores; "o selo
dos profetas", como lhe chama a tradição judaica. É possível que, de início, este livro não
referisse o nome do seu profeta-autor. A referência a um "mensageiro da Aliança", em 3,1,
com a expressão hebraica "male'aki = meu enviado", pode ter dado origem a um nome de
pessoa correspondente a essa expressão, conservando o mesmo sentido. MALAQUIAS - que
em 1,1 aparece como nome próprio do profeta enviado por Deus - encontra-se ainda na
forma de "meu mensageiro" em 3,1. A Setenta traduziu também em 1,1 por "meu enviado" e
não pelo nome de Malaquias.
O LIVRO
•  Este livro deve ter sido escrito por volta de 450 a.C., ou seja, pouco
antes do ano de 445, em que Neemias proibiu aos judeus os casamentos
mistos. As suas atitudes enquadram-se no ambiente posterior ao
regresso do Exílio, passados que foram os primeiros entusiasmos de
restauração. O particularismo nota-se na aversão a Esaú por parte de
Deus (1,3) e na recusa dos casamentos mistos (2,11).
Outras considerações seriam que Malaquias menciona um
“governador” no capítulo 1:8 e o povo problemas com o casamento de
estrangeiros que adoravam outros deuses no capítulo 2:11. Além disso,
Malaquias menciona Deus retendo bênçãos de Seu povo devido ao
pecado deles no capítulo 3:10 e segs. Esses fatores nos permite concluir
que a carta foi escrita em algum lugar por volta da época de Neemias
(ou seja, 435 aC ou algo assim)
DIVISÃO E CONTEÚDO

Depois de uma introdução (1,2-5), em que se fala da eleição de Israel, seguem-se alusões


às faltas cometidas contra a aliança de Levi pelos sacerdotes e pelos fiéis (1,6-2,9),
aludindo-se a um culto universal. Vem, depois, uma série de queixas contra os casamentos
mistos e os divórcios (2,10-16). Em seguida, o profeta anuncia "o Dia do Senhor" (2,17-3,5)
com a purificação do sacerdócio. As dificuldades que os israelitas experimentam acabarão
quando estes voltarem a cumprir os seus deveres cultuais (3,6-15). No "Dia do Senhor" os
bons serão recompensados e os maus castigados (3,16-21). Um apêndice (3,22-24) exorta à
observância da Lei de Moisés e refere uma futura vinda do profeta Elias.
PROFECIAS DE MALAQUIAS
1.• Deus favoreceu Israel sobre Edom, embora ambas as nações fossem irmãos iguais (1: 2-5);
2.• O comportamento de Israel é escandaloso em vista do respeito devido a Ele como Pai e Senhor (1: 6); As pessoas trouxeram
seus animais defeituosos para o sacrifício (1: 7-8, 13);
3.• Embora Israel O despreze, Deus receberá honra mesmo entre os gentios (1:11, 14);
4.• Deus tornou os sacerdotes desprezíveis aos olhos do povo, por causa de seus pecados (2: 9) Os sacerdotes eram corruptos (2:
1-2, 8)
5.• O casamento é a “instituição sagrada” do Senhor, uma aliança com o objetivo de produzir uma descendência piedosa. (2:11,
14-16). As pessoas estavam se divorciando de suas esposas judias e se casando com pagãos (2:11, 14-16);
6.• Deus enviará um precursor (Elias) para preparar o povo antes da vinda do Messias (3: 1; 4: 5-6); (o precursor de Iahweh será
identificado com Elias (Ml 3,23). Mt 11,10 aplica esse texto a João Batista, novo Elias (Mt 11,14+; Mc 1,2; Lc 1, 17.76).
7.• O Messias julgará severamente os ímpios e purificará a adoração de Israel (3: 2-5; 4: 1); O povo estava negligenciando o
apoio dos levitas e sacerdotes (3: 8-10)
8.• Naquele tempo de julgamento, o remanescente fiel será salvo (3: 16-18; 4: 2)
TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ
 Imbuído de espírito deuteronomista, o autor coloca o acento no culto. Insurge-se com violência contra os sacerdotes,
que, pelas suas infidelidades, impedem a chegada da era messiânica. O sacerdote é o mensageiro do Deus do universo
(2,7).

O universalismo é outra ideia própria de MALAQUIAS. O culto será transformado, na era messiânica (1,11), na linha da
adoração em espírito e verdade (Jo 4,23). A condenação dos divórcios (2,14-16) prepara igualmente a que será proferida
por Cristo (Mt 5,31-32).

A vinda do dia do Senhor é preparada por um mensageiro (3,1; ver Is 40,3), que, na parte final do livro, é comparado a
Elias, precisando-se aí também a importância da sua missão (3,22-24). Mais tarde, o Evangelho comentará esta
passagem (Mt 17,10-13; Lc 1,17) e reconhecerá na figura de Elias a silhueta de João Batista, o Precursor do Messias (Mt
11,10; Mc 1,2; Lc 7,27).

Algumas características do seu pensamento justificam a tradição bíblica de situar o livro de MALAQUIAS na passagem
do Antigo para o Novo Testamento.
TEMAS ABORDADOS NO LIVRO

• Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e
a vinda do Senhor.
• Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às
famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais". No término do
livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade.
• Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a
12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com
amparo bíblico a contribuição da suas primícias. Provérbios 3,9-10, a primeira parte da renda
dos fiéis de uma organização religiosa.
• Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de
Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os
levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos
órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta (Malaquias) iniciasse
uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: "Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda." (Malaquias 3,9)
• Malaquias, o último dos doze profetas menores, cujo o nome significa enviado do Senhor,
foi contemporâneo de Neemias: profetizou durante a estadia deste em Jerusalém, 32 anos
depois de  Artaxerxes Longimano, cerca do ano 432 A.C. Mostrou-se defensor estremo as
reformas de Neemias, protestando contra o casamento com mulheres pagãs (Esdras 13, 23-
24); contra a oferenda de vítimas, indignas de Deus e contra a negligência no pagamento de
dízimos. O templo já estava terminado e o culto recomeçado. 

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