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ELEMENTOS DOS

CONTRATOS
Definição

• Os contratos são acordos feitos com base na vontade das


partes e na autorização jurídica, capazes de criar,
regular, modificar ou extinguir relações jurídicas de
conteúdo patrimonial.
• Não basta existir o pacto, o consenso ou a convenção
para que o direito reconheça eficácia jurídica.

• Além dos elementos de existência do acordo, estes


elementos devem apresentar certos predicados para que
estejamos diante de um contrato.
Além de estarem presentes as partes, o objeto e o
consenso, como exteriorização da vontade das partes, se
faz necessário:
• que os sujeitos sejam capazes e legitimados;
• que o objeto seja lícito, possível, determinável e
econômico;
• e que a forma de exteriorização das vontades seja a
prescrita ou não proibida em lei.
• São os requisitos de validade de todo negócio jurídico
(art. 104 e seguintes).
Capacidade das partes

• Dizer que as partes sejam capazes significa exigir que


elas não se enquadrem nas hipóteses previstas nos
artigos 3º e 4º do CC/2002(alterados pela lei
13.146/2015, de 6 de julho de 2015).

• Esta é a capacidade genérica.


A capacidade das partes é o primeiro elemento (art.
104, I).
O contrato celebrado pelo incapaz é nulo (166, I) e pelo
relativamente incapaz é anulável (171, I).

O menor, embora incapaz, pode adquirir direitos e


celebrar contratos, desde que devidamente
representado. (116).
• A capacidade específica, ou legitimação decorre da
ausência de impedimento específico de realizar certo
contrato com certa pessoa.

• Ex: Marcos, legitimamente casado, não pode doar uma


casa para sua concubina.
Legitimidade

• A legitimidade é o interesse ou autorização para agir em


certos contratos previstos em lei.
• A pessoa pode ser capaz, mas pode não ter legitimidade
para agir naquele caso específico. Ex: o tutor não pode
comprar bens do órfão (497, I), o cônjuge não pode vender
uma casa sem autorização do outro (1647, I), a amante do
testador casado não pode ser sua herdeira (1801, III), o pai
não pode vender um terreno a um filho sem a autorização
dos outros filhos (496).
• Falta legitimidade e não capacidade às partes
Objeto

• O objeto corresponde a uma prestação lícita, possível,


determinada e de valoração econômica.
• O objeto do contrato deve ser lícito.
• Os requisitos da licitude são amplos, não se restringindo
à ideia de legalidade.
• O contrato deve primar, também, pela moral, pela
ordem pública e pelos bons costumes.
• O objeto do contrato deve ser também possível, física e
juridicamente.
• O objeto do contrato deve também ser determinado ou,
no mínimo, determinável, se indicado pelo gênero,
quantidade e qualidade.
• As partes precisam saber a respeito do quê estão se
obrigando.
• É admitida a validade de contrato cujo objeto ainda não
exista, desde que haja potencialidade de vir a existir,
como nos contratos sobre coisa futura, na forma
condicional ou aleatória.
• O objeto deve ser um bem ou uma prestação
patrimonial.

• Fala-se também de idoneidade do objeto, ou seja, sua


adequação ao contrato escolhido, sendo inidôneo.
• Ex: Um bem consumível ser objeto de comodato.
Prestação

• É uma conduta humana, é um ato ou omissão das partes:


dar, fazer ou não-fazer.
• O contrato é uma fonte de obrigação, e toda obrigação
tem por objeto uma prestação que corresponde a um
dar, fazer ou não-fazer.
• O objeto da prestação de dar será uma coisa, o objeto da
prestação de fazer será um serviço e o objeto da
prestação de não-fazer será uma omissão.
Forma

A forma é a maneira pela qual a vontade das partes se


exterioriza.
O princípio é o da liberdade da forma, ou princípio do
consensualismo, em oposição ao princípio romano do
formalismo.
Salvo expressa previsão legal, os contratos tem forma
livre, é a autonomia da vontade que prevalece.
• O consenso e o acordo de vontades entre os
contratantes, podendo ser expresso (escrito ou verbal)
ou tácito, decorrendo de palavras ou do silêncio da
parte, de um gesto, como o lance feito em leilão, ou de
uma atitude pela qual o contratante da início a execução
do contrato, provando assim a sua intenção de cumpri-lo.
• Artigos 110 e 111 do CC.
Sendo a forma prescrita por lei, se esta não for
obedecida, o contrato padece de nulidade.

Não havendo forma prescrita, o contrato pode ser feito


por qualquer forma lícita.
• Princípio da forma livre (art. 104 , 107 , 109 CC/2002).

• O contrato pode ser verbal ou escrito.

• Quando escrito pode ser por instrumento particular ou


escritura pública. Ex: a doação de coisas valiosas (541 e §
ú) e a compra e venda de imóvel (108).

• Via de regra, para vender uma cada é necessário uma


escritura pública. Já para um contrato de locação a
forma é livre (pode ser verbal, público ou particular).
• Segundo o art. 109  CC/2002 se as partes
convencionarem que, para a eficácia do contrato é
essencial o instrumento público (registro no cartório),
este se faz necessário para que aquele tenha validade.
Elementos do Contrato

• Subjetivo
Capacidade
Legitimidade
• Objetivo
Prestação
Objeto
• Forma

• Vontade

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