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Sociologia e Trabalho: Conceito e

Evolução do termo

Prof. Árife Amaral


• Sabe-se que o trabalho é um conceito
genérico, pois não se refere somente à
humanidade, haja vista que os animais, como
as abelhas e formigas também trabalham.
Contudo, o ser humano é único que faz com
que o trabalho tenha sentido para sua vida.
• Assim sendo, esse mesmo conceito mudou de
sentido no decorrer da história humana.
• Para o filósofo francês André Gorz, existem
dois tipo s de trabalho: o trabalho autônomo
e o trabalho heterônomo.
• TRABALHO AUTÔNOMO – O trabalho
autônomo é aquele em que o homem executa
uma tarefa plenamente consciente.
• TRABALHO HETERÔNIMO – O trabalho
heterônimo é aquele em que o homem
executa o trabalho em troca de salário, ou
melhor dizendo é o trabalho alienado, onde o
fruto de sua atividade é alheio a ele.
• Tendo como base o trabalho heterônimo,
podemos perceber que este possuiu
diferentes significados no decorrer da história.
• Na Antiguidade, (Grécia e Roma) trabalhar
era sinônimo de ser escravo, haja vista que os
homens livres eram livres não somente no
nome, mas sim livres de qualquer atividade
física laboral. Isso ocorria devido ao fato de o
trabalho ser considerado algo degradante.
• Na Idade Média, o trabalho passou a ser
considerado um castigo de Deus, onde Adão e
Eva foram punidos por Deus por
desobediência a conseguir aquilo que
necessitavam somente com o suor de seu
trabalho. Além disso, no livro de Sto.
Agostinho, A Cidade de Deus, cabia ao clero
estabelecer a ligação entre os homens e Deus,
aos nobres a segurança contra as invasões
estrangeiras e aos camponeses, o trabalho.
• Com o desenvolvimento do capitalismo, a
Igreja perde o seu poder e sua ideologia passa
a ser substituída pela ideologia da nova classe
dominante: a Burguesia.
• Protagonista da Revolução Industrial, a
burguesia necessitava fazer do trabalho algo
que não fosse ruim, mas sim algo positivo.
Nesse sentido, o trabalho passou a ser tratado
como algo formador de caráter.
• Weber também já diz sobre esse aspecto,
onde boa parte da burguesia compõe aquilo
que chamará de ética protestante.
• Assim, o conceito de trabalho no capitalismo
moderno passou a ser um negócio (negação
do ócio) e a ideologia do trabalho como algo
necessária á boa conduta do indivíduo passou
a predominar na sociedade capitalista
moderna.
• Para ampliarmos a abordagem sobre os impactos
que essa mudança no conceito do trabalho
causou, podemos destacar algumas correntes
teóricas a favor e contra esse processo.
• O liberalismo econômico, tendo na figura de
Adam Smith (1723-1790) seu principal teórico,
defendia que o trabalho era o principal fator que
movimentava a economia de um país, ao
contrário do que defendiam os fisiocratas (que
acreditavam que a riqueza era oriunda dos
metais preciosos ou da agricultura) e os
mercantilistas (que acreditavam no comércio).
• Contrariando esse tipo de visão, surgiram os:
• SOCIALISTAS UTÓPICOS – acreditavam na
possibilidade de acabar com as mazelas do
capitalismo a partir de mudanças que não
afetavam o sistema.
• SOCIALISTAS CIENTÍFICOS – liderados por
Marx acreditavam na transformação da
sociedade através do fim do sistema
capitalista.
• ANARQUISTAS – acreditavam que as
sociedades poderiam se auto-gerir, destruindo
não só o sistema mas também o Estado.

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