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CONCURSO DE

AGENTES
(arts. 53 e 54,
CPM/69)

Art. 53 - Similar ao art. 29 do CP/40.
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas.

Condições ou circunstâncias pessoais (Misto dos arts. 29 e 30 do


CP/40)

§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é


independente da dos outros, determinando-se segundo a sua
própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as
condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
REQUISITOS PARA O CONCURSO DE AGENTES:

a) Pluralidade de agentes e de condutas: deve haver no mínimo


duas ou mais pessoas.

a) Relevância causal das várias condutas com o resultado: a


conduta do agente deve ter uma importância para o
desenvolvimento do resultado.

a) Liame subjetivo entre os agentes: intenção mútua entre os


agentes em realizar o crime, representando em uma adesão que
pode ser anterior ou posterior. (comum acordo)

a) Identidade de fato: Ajuste para a prática do mesmo crime.


CONCURSO DE AGENTES (Art. 53 e 54 CPM)

Crime de menor importância (§3º)


Pode-se atenuar a pena do agente cuja a participação no crime for
de menor importância, conforme o § 3º do Art. 53 CPM, vejamos:

§ 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação


no crime é de somenos importância
CONCURSO DE AGENTES (Art. 53 e 54 CPM)

Cabeças
§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se
cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação.

§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais,


são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que
exercem função de oficial.
        
Casos de impunibilidade
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo
disposição em contrário, não são puníveis se o crime não chega,
pelo menos, a ser tentado.
 AUTOR é aquele que executa o fato delituoso. Em uma visão finalista é quem tem o
domínio final da ação, podendo interrompê-la.

 EXECUTOR é aquele que realiza materialmente a conduta típica, seja


integralmente, seja apenas em parte.
 No crime do art. 298 (Desacato a superior) é o subordinado que desacata o superior;
 No crime do art. 187 (Deserção) é o militar que se ausenta, sem licença, da unidade
em que serve ou do lugar onde devia permanecer.

 AUTOR MEDIATO
 A autoria mediata prevista no CPM, art. 53, § 2º, III pode resultar:
 1 – De ausência de capacidade penal – menores de 18 anos;
 2 – Inimputabilidade por doença mental;
 3 – Coação moral irresistível;
 4 – Erro de fato escusável determinado por terceiro;
 5 – Obediência hierárquica.
Agravação de pena (redação similar ao art. 62 do CP/40)
§ 2° A pena é agravada em relação ao agente que:

I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a


atividade dos demais agentes;
II - coage (e induz no CP/40) outrem à execução material do crime;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua
autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade
pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa
de recompensa.
Art. 53. Similar ao art. 29 do CP/40.
Casos de impunibilidade
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e
o auxílio, salvo disposição em contrário, não são
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser
tentado.
MORAL MATERIAL

Induzimento: Plantio de Instigação: Reforço de


uma ideia inexistente na uma ideia pré-existente na
mente do induzido. mente do indivíduo.

Ajuste: Distribuição de Determinação: Auxílio: Ajuda, apoio,


tarefas Comandamento sem praticar a conduta
descrita no tipo penal
Art. 54 - O ajuste, a determinação ou instigação
e o auxílio, salvo disposição em contrário, não
são puníveis se o crime não chega, pelo menos,
a ser tentado.
Exemplo de disposição em contrário: para os
crimes de concurso necessário cuja tipificação
penal está na preparação. Ex.: Conspiração
(art.152), Concerto para deserção (art.191) e
incitamento (art.155).
PENAS
PRINCIPAIS
(arts. 55 a 68,
CPM/69)
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento.
CF/88 – Art. 5º, inciso XLVII - não haverá pena:
a)de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,
XIX;
Observações:
1. comunicação ao presidente; sete dias; indulto ou comutação da
pena;
2. Possibilidade de execução imediata quando ocorrer no teatro de
operações.
Exemplos no Brasil em 1945 (2ºGuerra) e 1970 (Lei de Seg Nac.)
Art. 55 – Penas Principais:
Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra –
Capital crimes específicos previstos no CPM/69).
PPL Reclusão (01 a 30 anos).
Pena privativa de liberdade

PPL Detenção (30 dias a 10 anos).


Pena privativa de liberdade

PPL
Pena privativa de Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).
liberdade
PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,
Pena restritiva de liberdade
CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação


Pena restritiva de direito (praça), cargo ou função (todos).
PRD
Pena restritiva de direito Reforma).
Art. 56 - Fuzilamento.
Art. 57 - Comunicação ao Presidente da República, sendo executada
em sete dias após a comunicação, exceto em zona de guerra.
Art. 58 - O CPM/69 diferencia os termos reclusão, detenção ou
prisão, quando da diferenciação dos limites mínimos e máximos de
pena: 1 ano a 30 anos para reclusão e 30 dias a 10 anos para a
detenção. Pena única.
Art. 81. Penas unificadas no concurso de crimes.
Art. 59 - A prisão é mais benéfica ao réu, resultando da conversão
de penas de reclusão ou detenção, inferiores a dois anos,
permitindo ainda que a mesma seja cumprida em estabelecimento
militar, se oficial, ou em estabelecimento penal militar, se praça.
Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais
de dois anos, aplicada a militar, é cumprida em
penitenciária militar e, na falta dessa, em
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso
ou detento sujeito ao regime conforme a
legislação penal comum, de cujos benefícios e
concessões, também, poderá gozar (LEP).
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela
Justiça Militar, em estabelecimento prisional
civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a
legislação penal comum, de cujos benefícios e
concessões, também, poderá gozar.

Art. 63. A pena de impedimento sujeita o


condenado a permanecer no recinto da unidade,
sem prejuízo da instrução militar.
ATENÇÃO!!!!
 O Superior Tribunal Militar (STM) reafirmou a sua
jurisprudência ao decidir que o cumprimento da pena imposta
pela Justiça Militar da União ao militar das Forças Armadas,
enquanto ostentar essa condição, será efetivado em
penitenciária militar ou organização militar. A base legal para
a concessão está prevista no Estatuto dos Militares (Lei nº
6.880/80).
 A decisão foi tomada no julgamento de um recurso dirigido ao
STM pelo Ministério Público Militar (MPM) contra
determinação de um juiz federal da 2ª Auditoria da 11ª CJM
que declarou a Justiça Militar incompetente para a execução
da pena de um primeiro tenente do Exército.
Art. 64 - PRD. Suspensão do exercício do posto, graduação,
cargo ou função. Consiste na agregação, afastamento,
licenciamento ou na disponibilidade do condenado por tempo
determinado em sentença, sem prejuízo de seu
comparecimento regular à sede do serviço, por tempo e
período determinado também na sentença, já que a lei não
versa a esse respeito.
Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a
sentença, já estiver na reserva, ou reformado ou aposentado,
a pena prevista neste artigo será convertida em pena de
detenção, de três meses a um ano.

Art. 66 - O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser recolhido
a manicômio judiciário ou, na falta deste, a outro estabelecimento
adequado, onde lhe seja assegurada custódia e tratamento.


Art. 67 - Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão
provisória, no Brasil ou no estrangeiro, e o de internação em hospital ou
manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhecido em decisão
judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que
a decisão seja posterior ao crime de que se trata.


Art. 68 - O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona
pode cumprir pena em estabelecimento de outra região, distrito ou zona.
DAS PENAS
ACESSÓRIAS
(arts. 98 a 108,
CPM/69)
Art. 98. São penas acessórias:
I - a perda de pôsto e patente;
II - a indignidade para o oficialato;
III - a incompatibilidade com o oficialato;
IV - a exclusão das fôrças armadas;
V - a perda da função pública, ainda que eletiva;
VI - a inabilitação para o exercício de função
pública;
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou
curatela;
VIII - a suspensão dos direitos políticos.
Art. 98 – Penas Acessórias:

QUEM? Qual? Requisitos

Condenação a Reclusão ou Detenção


superior a dois anos. Importa também na
I – a perda de posto e patente;
perda das condecorações. Automática
de acordo com o art. 107, CPM/69.

Observar art. 100, CPM – Crimes de


OFICIAIS traição, cobardia ou espionagem (tempo
II – a indignidade para o oficialato;
de guerra) + lista taxativa com 13
crimes.
III – a incompatibilidade com o Se cometidos os crimes previstos nos
oficialato; arts. 141 e 142 do CPM.
PRAÇAS Condenação a Reclusão ou Detenção
IV – a exclusão das forças armadas;
superior a dois anos.
ATENÇÃO SOBRE A
PERDA DO POSTO OU
PATENTE!!!!
ART. 125 DA CONSTITUIÇÃO SOBRE A PERDA DO
POSTO E DA PATENTE.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar
os militares dos Estados, nos crimes militares definidos
em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do júri quando a
vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduação das praças. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 98 - Parágrafo único. Equipara-se à função pública a
que é exercida em empresa pública, autarquia, sociedade
de economia mista, ou sociedade de que participe a
União, o Estado ou o Município como acionista
majoritário.

MACETE: Todas as 8 penas acessórias POSSUEM


mais de TRÊS PALAVRAS, sempre.
Art. 103 - Perda da função pública - civil ou assemelhado.
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício Art. 104 - Incorre
para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até inabilitação vinte
anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime
praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à
função pública.
de função pública começa ao termo da execução da pena privativa de
liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data em
que se extingue a referida pena.

Art. 105 - O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos,
seja qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder,
tutela ou curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida de
segurança imposta em substituição (Art. 113). O CP trata da matéria no art.
92, II, somente quando a conduta é contra filho(a), curatelado(a) ou
tutorado(a).
EXERCÍCIO DO PÁTRIO PODER
Define-se como o "conjunto de direitos e obrigações quanto
a` pessoa e aos bens do filho menor não emancipado, em
igualdade de condições, por ambos os pais, para que
possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhe
impõe, tendo em vista o interesse e a proteção do filho"2.

2 M. H. Diniz. Diciona'rio Juri'dico. vol. 3. Sa~o Paulo: Ed. Saraiva, 1998, p.


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Art. 106 - Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da
medida de segurança imposta em substituição, ou enquanto
perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode
votar, nem ser votado.


Art. 107 - Salvo os casos dos artigos 99, 103, número II, e 106, a
imposição da pena acessória deve constar expressamente da
sentença.


Art. 108 - Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o
tempo de liberdade resultante da suspensão condicional da pena ou
do livramento condicional, se não sobrevém revogação
DOS EFEITOS DA
CONDENAÇÃO
(art. 109, CPM/69)
Art. 109 - São efeitos da condenação:
Efeito civil da condenação:
I - tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do
crime;
Efeito penal da condenação (Confisco):
II - a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito
do lesado ou de terceiro de boa fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas
cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato
ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que
constitua proveito auferido pelo agente com a sua prática.
ATEÑÇÃO!!!!
A LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE PREVER QUE SÃO EFEITOS DA
CONDENAÇÃO:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo
o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por
ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo
período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo
são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de
autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente
na sentença.
DA AÇÃO PENAL
(arts. 121 e 122,
CPM/69)

Art. 121 - Sempre ação penal pública incondicionada
por oferecimento de denúncia do MP da Justiça
Militar.


Art. 122 - Exceções: Nos crimes previstos nos artigos
136 a 141, a ação penal, quando o agente for militar
ou assemelhado, depende da requisição do
Ministério Militar a que aquele estiver subordinado;
no caso do Art. 141, quando o agente for civil e não
houver coautor militar, a requisição será do
Ministério da Justiça.
DA EXTINÇÃO DA
PUNIBILIDADE
(arts. 123 a 135,
CPM/69)
Art. 123 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia (fato, não pessoa) ou indulto (coletivo: grupo de pessoas
determinadas, não fatos); no CP existe ainda a Graça, que pode ser
traduzida como o “indulto indivivual”.
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
(Abolitio criminis).
IV - pela prescrição; No CP ainda temos a perempção e a decadência.
V - pela reabilitação; Apaga-se o passado. Devolução dos direitos e deveres
na sua plenitude. Pode ser pedido 5 anos depois do cumprimento da
sentença ou fim do prazo prescricional. Em caso de negação, novo pedido
em 2 anos após sentença. Diferente do CP (2 anos + 1 dia no caso de
negação, desde que a fundamentação mude);

Art. 124 - A prescrição refere-se à ação penal ou à execução
da pena.


Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo o disposto no §1º
deste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se:
 I - em trinta anos, se a pena é de morte;
 II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
 III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não
excede a doze;
 IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não
excede a oito;

Causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva (o prazo fica
suspenso, não sendo contabilizado no período): questões prejudiciais
obrigatórias ou enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.


Causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva (todo o prazo
começa a correr de novo, do zero, a partir da data da interrupção):
instauração do processo ou prolação da sentença condenatória recorrível.


Causas suspensivas da prescrição da execução da pena: enquanto o
condenado está preso por outro motivo.


Causas interruptivas da prescrição da execução da pena: início ou
continuação de cumprimento da pena (na verdade seria suspensiva) ou pela
reincidência.
]

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 para criminoso


Regra geral habitual), 128 (interrupção), 129 (redução 1/2 por idade
- < 21 > 70) e 133 (declaração de ofício) do CPM/69.

1) Critério temporal: com base na pena. Desertor


capturado. Art. 125, IV, CPM/69.
Deserção
2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, se praça.
Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 do CPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do


Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.
posto, graduação, cargo ou função

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

Prescrição começa a correr no dia em que o insubmisso


Insubmissão completa 30 anos de idade. Insubmisso foragido
(trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.
Da Justiça Militar

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – RIO GRANDE DO NORTE

Art. 70. São órgãos do Poder Judiciário do Estado:


(...)
III - Juízes de Direito e Conselho de Justiça Militar;

Art. 76. O Conselho de Justiça Militar, com participação de Juiz


Auditor, organizado nos termos de lei complementar*, tem sede na
Capital e jurisdição em todo o território do Estado, com competência
para julgar os policiais militares nos crimes militares.

Parágrafo único. O Tribunal de Justiça é a instância recursal da


Justiça Militar Estadual.
Lei complementar estadual 643/2018
Da Justiça Militar

FUNCIONAMENTO DA JUSTIÇA MILITAR


ESTADUAL – ART. 125, § 5º, CF/88

Juízes de Direito do Juízo Militar (singularmente)


- crimes militares cometidos contra civis e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares;

 Conselho de Justiça - processamento e


julgamento dos demais crimes militares, sendo
presidido pelo Juiz de Direito.
Da Justiça Militar

SÚMULA Nº 78 STJ

Compete à Justiça Militar processar e julgar


policial de corporação estadual, ainda que o
delito tenha sido praticado em outra unidade
federativa.
SÚMULA Nº 53 STJ

Compete à Justiça Comum Estadual processar e


julgar civil acusado de prática de crime contra
instituições militares estaduais.
AUDITORIA MILITAR NO RIO GRANDE DO NORTE:
16ª Vara Criminal da comarca de Natal/RN, presidida pelo
Exmo. Sr. Jarbas Antônio da Silva Bezerra, Juiz de Direito.
Trata-se de uma vara híbrida, que recepciona outras
competências que não a penal militar.
Da Justiça Militar

O ART. 125 DA CF/88 E A PERDA DO POSTO

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os


militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e
as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


VISÃO GERAL DO CRIME
MILITAR
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em
tempo de paz:
I - os crimes de que trata este Código, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente,
salvo disposição especial
II os crimes previstos neste Código e os previstos
na legislação penal, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado,
contra militar na mesma situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado,
em lugar sujeito à administração militar, contra militar
da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da
função, em comissão de natureza militar, ou em
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras ou
exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado,
contra o patrimônio sob a administração militar, ou a
ordem administrativa militar
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
reformado, ou por civil, contra as instituições
militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
seguintes casos:
        a) contra o patrimônio sob a administração
militar, ou contra a ordem administrativa militar;
        b) em lugar sujeito à administração militar contra
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;
        c) contra militar em formatura, ou durante o
período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento, acantonamento
ou manobras;
        d) ainda que fora do lugar sujeito à administração
militar, contra militar em função de natureza militar,
ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e
FORMA ESQUEMATIZADA
INCISO II
ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

por militar (da ativa) em


contra militar na mesma
a) situação de atividade ou -
situação ou assemelhado.
assemelhado

contra militar da reserva, ou


b) por militar (da ativa) em situação Lugar sujeito à
reformado, ou assemelhado,
de atividade ou assemelhado) administração militar.
ou civil.

Serviço / Razão de Função /


Por militar (da ativa) em
Comissão / Formatura. contra militar da reserva, ou
c) situação de atividade ou
 ainda que fora do lugar sujeito reformado, ou civil
assemelhado)
à administração militar

Por militar (da ativa) em contra militar da reserva, ou


Períodos de manobras ou
d) situação de atividade ou reformado, ou assemelhado,
exercícios.
assemelhado) ou civil.

Por militar (da ativa) em


contra o patrimônio sob a
situação de atividade ou
e) - administração militar, ou a
assemelhado)
ordem administrativa militar;
INCISO III

ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

Civil / Militar da
Patrimônio sob administração militar /
a) Reserva / Militar -
Ordem administrativa militar.
Reformado.

Civil / Militar da Lugar sujeito à Contra funcionário de Ministério militar


b) Reserva / Militar administração ou da Justiça Militar, no exercício de
Reformado. militar. função inerente ao seu cargo.

Militar em Formatura / Prontidão /


Civil / Militar da
Vigilância / Observação / Exploração /
c) Reserva / Militar -
Acampamento / Acantonamento /
Reformado.
Manobras

contra militar em função de natureza militar,


ou no desempenho de serviço de vigilância,
Civil / Militar da garantia e preservação da ordem pública,
d) Reserva / Militar - administrativa ou judiciária, quando
Reformado. legalmente requisitado para aquêle fim, ou
em obediência a determinação legal
superior.        
§ 1o Os crimes de que trata este artigo,
quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares contra civil,
serão da competência do Tribunal do
Júri.    (
Redação dada pela Lei nº 13.491, de 201
7)
§ 2o Os crimes de que trata este artigo,
quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares das Forças
CRITÉRIOS LEGAIS DETERMINANTES DO CRIME MILITAR
NO BRASIL
1. RATIONE LEGIS - Em razão da lei: é crime militar todo aquele
elencado no CPM/69.
2. RATIONE PERSONAE - Em razão da pessoa: é crime militar aquele
cujo sujeito ativo é militar.
3. RATIONE LOCI - Em razão do lugar: é crime militar aquele que
ocorre em local sujeito à administração militar.
4. RATIONE MATERIAE - Em razão da matéria: exige dupla qualidade
de militar (no ato e no sujeito).
5. RATIONE TEMPORIS - Em razão do tempo: é crime militar aquele
cometido em determinada época (tempo de guerra, por exemplo).
IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

AS CARACTERÍSTICAS
O FATO PRATICADO DO CRIME (SUJEITOS
O SUJEITO ATIVO PODE
ESTÁ PREVISTO NA ATIVO E PASSIVO,
SER PROCESSADO E
PARTE ESPECIAL DO LUGAR E TEMPO)
JULGADO PELA
CÓDIGO PENAL MILITAR ESTÃO PREVISTAS NAS
JUSTIÇA MILITAR?
DE 1969? HIPÓTESES DO ART. 9º
DO CPM/69?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma
matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará
diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da
ANTIJURIDICIDADE (as excludentes de ilicitudes) e da CULPABILIDADE e
excludentes da culpabilidades.

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