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Síntese da

unidade 2
Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

Crónica de D. João I

Apresenta características inovadoras próprias


de Fernão Lopes:
•Narra os acontecimentos com bastante
Apresenta características comuns detalhe, conferindo-lhe maior visualismo e
com outras crónicas medievais, veracidade.
pois regista acontecimentos •Inclui várias perspetivas, nomeadamente a

históricos por ordem do Povo.


•Tem uma dimensão interpretativa e estética.
cronológica.
•Apresenta comentários pessoais do autor.
Características da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

Estrutura Ator(es) Afirmação da consciência coletiva


• Duas partes divididas em • Individuais • Crise de 1383-1385 (época em
capítulos. - Mestre de Avis. que o país estava sem rei).
- Álvaro Pais.
• 1.ª Parte - Narração dos - Personagens
acontecimentos desde a históricas (Ex.: D. • Consciencialização de
morte do rei D. Fernando Leonor Teles, D. responsabilidades e liberdade,
até à subida ao trono de João I de Castela, por parte do Povo.
D. João I. ...).

• 2.ª Parte - Narração dos • Coletivo • O povo assume um papel


acontecimentos - Povo decisivo na nomeação do
ocorridos durante o (afirmação da Mestre de Avis, como futuro
reinado de D. João I. consciência rei.
coletiva). • Momentos-chave da revolução:
- Preparação do cerco de Lisboa.
- Miséria provocada pela falta de
mantimentos durante o cerco.
Características da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

D. João I, Mestre de Avis.


Possível retrato de Fernão Lopes nos D. Fernando.
Painéis de São Vicente de Fora,
atribuídos a Nuno Gonçalves, século
XV (Museu Nacional de Arte Antiga).
Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

• A Crónica de D. João I foi escrita por Fernão Lopes, por volta de 1443.

• É no prólogo da Crónica de D. João I que o cronista expõe o seu objetivo e método de


historiar inovador. 

• O desejo do autor é «em esta obra escrever verdade sem outra mistura».

• A primeira parte da crónica descreve a insurreição de Lisboa na narração célere de


episódios quase simultâneos: o assassinato do conde Andeiro e o alvoroço da
multidão que acorre a defender o Mestre de Avis. 
Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

José de Sousa Azevedo, A morte do Conde Andeiro, 1860.


Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

• Ao longo dos capítulos da Crónica de D. João I (1.ª parte),


fundamenta-se a legitimidade da eleição do Mestre,
consumada nas cortes de Coimbra, na sequência da
argumentação do doutor João das Regras, enquanto desfecho
inevitável imposto pela vontade da população. 
João das Regras

• Na primeira parte, o talento do cronista na animação de


retratos individuais, como os de D. Leonor Teles ou D. João I,
excede-se na composição de uma personagem coletiva, o
povo, verdadeiro protagonista que influi sobre o devir dos
acontecimentos históricos.
Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

• Na Crónica de D. João I (2.ª parte), o ritmo narrativo diminui, tratando-se agora de


reconhecer o rei saído das cortes.

• É de novo pela ação do povo que a glorificação do monarca é transmitida, por


exemplo, no modo como é acolhido na cidade do Porto. 

• Na narrativa da Batalha de Aljubarrota não ecoa o mesmo tom de exaltação que, na


primeira parte da crónica, tinha sido colocado no movimento da massa popular de
apoio ao Mestre.
Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

Iluminura da Batalha de Aljubarrota, Jean de Wavrin,


Anciennes et nouvelles chroniques d' Angleterre, c. 1470 – c. 1480.

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