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Madeira, Do Século XV Ao Século XIX - Uma Visão Global Da Sua História
Madeira, Do Século XV Ao Século XIX - Uma Visão Global Da Sua História
Infante D. Henrique
O Infante D. Henrique criou três
capitanias com carácter
hereditário: João Gonçalves
Zarco recebeu metade da ilha
da Madeira (parte ocidental),
Tristão Vaz Teixeira a metade
oriental da ilha e Bartolomeu
Perestrelo a ilha de Porto Santo.
Os primeiros colonos da ilha da Madeira debateram-se com vários problemas, que tiveram de
resolver: a extensa floresta, a que foi preciso deitar fogo (queimadas) para abrir espaço para as
terras de cultivo e habitações; o transporte de água para regar os campos, o que exigiu a abertura
de canais (as levadas); a criação de terrenos para agricultura, o que levou à construção de muros
de pedra para a retenção da terra (os poios ou socalcos).
O povoamento de Porto Santo
não foi fácil. A pouca chuva e
os solos arenosos e salgados
dificultaram a fixação de
colonos e o desenvolvimento
da ilha. Foi um processo lento e
irregular.
No final do século XVI, coincidindo com a crise do açúcar, o arquipélago da Madeira é alvo de saques de bandos de piratas
franceses, ingleses e holandeses. Foi o resultado da perda de independência de Portugal em 1580, a favor de Espanha.
Nos séculos XV e XVI definiu-se a
estrutura social da comunidade
madeirense. Com base na
propriedade da terra distinguiam-se
os mais ricos e poderosos membros
da sociedade local. Era uma
estrutura social hierarquizada, de
acordo com a da Europa dessa
época.
Belos jardins
Barco de navegação (século XIX) A imperatriz austro-húngara, Sissi
No século XIX acentuou-se a presença de estrangeiros na Madeira. Muitos vinham fazer negócios,
outros procuravam o clima ameno para resolver as suas doenças pulmonares e outros vinham,
também, para simplesmente passar os seus tempos de ócio. Grande parte era oriunda da
Grã-Bretanha e outros de França, Itália, Alemanha e Áustria. Os primeiros hotéis da Madeira
são dessa época; em 1891, havia já catorze.
Fim da 1.ª parte