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Universidade Federal da Paraíba

Especialização em Serviço de Atendimento


Educacional Especializado: ampliando a pesquisa, fortalecendo a prática

MÓDULO 03: Processos de ensino e aprendizagem de educandos tendo como público alvo: alunos com deficiência

Professora: Drª. Alessandra Miranda Mendes Soares

Grupo 07:
- Luciana Trajano da Silva
- Maria Elizabete Costa de Souza
- Vanderleia dos Santos
- Vilma Lúcia Urquiza
Novas trilhas no modo de fazer pesquisa em
Educação Especial
Por: Leila Regina O. de Paula Nunes (organização)

Capítulo 07: CONSIDERAÇÕES SOBRE


ELEABORAÇÃO DE ROTEIROS PARA GRUPO
FOCAL
Por: Eduardo José Manzini

João Pessoa, 18/03/2023


Grupo Focal: Definição, Composição e Condução
 Definição: Trata-se de um procedimento cujos dados emergem do processo de
interação dos participantes do grupo, que tem como mediador um pesquisador que
tenta provocar a discussão, a reflexão e a produção de insights sobre os temas que
estão sendo apresentados para o grupo (MORGAN, 1977).

 Qual a diferença entre entrevista grupal para Grupo Focal? Na entrevista em grupo,
os pesquisadores estão preocupados em ouvir a opinião individualizada dos
entrevistados e a análise recai sobre o indivíduo dentro do grupo, enquanto que, no
grupo focal, a unidade de análise recai sobre o grupo; e essa informação pode ser
compartilhada, corroborada ou apresentar discordância entre os participantes
(GONDIM, 2003).

 Atenção: O foco da discussão do grupo Focal é definido pelo pesquisador, enquanto


que os dados advêm da interação do grupo (MORGAN, 1977)
Como pode ser usada a técnica do Grupo Focal?
 Para Morgan (1977), o grupo focal pode ser utilizado
em três situações distintas em se tratando de coleta
de dados:
1- como um procedimento único;

2- pode ser usado como procedimento suplementar para


coletar dados que dependem de um procedimento principal;

3- pode ser utilizado, em conjunto, como multimeio, para


coletar informações por intermédio de dois ou mais
procedimentos de coleta;
“Portanto, o papel ou peso que o grupo focal possui como procedimento,
único ou não, para a coleta de dados, vai depender do design que o
pesquisador elaborou para a sua pesquisa, para quais objetivos a pesquisa se
dirige e qual pergunta se deseja responder.” ( MANZINI, 2012)
COMPOSIÇÃO DO GRUPO FOCAL:
 O número de participantes de um
grupo pode estar no intervalo entre
seis e 12 membros, e essa escolha
dependerá dos objetivos do projeto e
dos recursos disponíveis
(KITZINGER, 1995; GATTI, 2005).
Grupos grandes podem não oferecer
oportunidade de fala a todas as
pessoas.
 O que é importante na composição
do grupo é que os objetivos da
pesquisa possam ser alcançados por
essa composição, e que haja a
saturação do tema (KIND, 2004).
Grupo Focal: Pesquisador X Observador
 A literatura nomeia também esses
assistentes como observadores (KIND,
2004). O papel do assistente pode ser o de
registrar a sequenciação das falas ou
mesmo atuar para manter a discussão. A
experiência na condução de grupos focais
tem indicado a necessidade de dois
assistentes de pesquisa, que tem papeis
diferenciados: ajudar na marcação da
sequenciação e atuar como observador-
participante. Esses assistentes também
poderão, depois de finalizada a discussão,
avaliar a consecução dos objetivos
pretendidos nas últimas fases de coleta (a
serem mencionadas, posteriormente, no
presente texto).
Grupo Focal: Condução
 A literatura indica que a condução do
grupo focal perpassa por cinco etapas
(KIND, 2004):

1- PREPARAÇÃO;

2- DEBATE EM GRUPO;

3- ENCERRAMENTO DO GRUPO E
SÍNTESE DA DISCUSSÃO;

4- QUESTÕES POSTERIORES À
AVALIAÇÃO DO GRUPO;

5- AÇÃO POSTERIOR À COLETA;


Elaboração de roteiro para instigar a discussão no grupo focal
 Uma forma de elaborar roteiros que tem
resultado em interações que geram produção
de discurso é iniciar a intervenção verbal como
uma afirmação e, posteriormente, apresentar
um questionamento que tem relação com essa
afirmação.
Referências:
MANZINI, E. J. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semiestruturada. In: MARQUEZINE: M. C.;
ALMEIDA, M. A.; OMOTE; S. (Org.). Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Eduel, 2003. p.11-25.
MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE
PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2., A pesquisa qualitativa em debate, Bauru, 2004. Anais..., Bauru: SIPEQ, 2004.
1 CD.
MANZINI, E. J. Uso da entrevista em dissertações e teses produzidas em um programa de pós-graduação em educação.
Revista Percurso (Online), Maringá, v.4, p.149-171, 2012.
MANZINI, E. J.; SILVA, M. O.; CORRÊA, P. M. Avaliação de um curso de pedagogia segundo a ótica do estudante. Projeto
em desenvolvimento, Marília: Unesp, 2013.
MANZINI, E. J.; CORRÊA, P. M; SILVA, M. O. Organização do serviço e das atividades desenvolvidas nas salas de
recursos multifuncionais em um município do interior de São Paulo. ENCONTRO DO ONEESP, 4., 2013. Anais..., UFSCar,
2013. p.1-13.
MORGAN, D. L. Focus groups as qualitative research. 6. ed. London: Sage Publications, 1977. (Qualitative Research
Methods Series - v.16).
Fim

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