meteorológicas na ocorrência dos incêndios florestais no distrito de Lichinga, norte de Moçambique
Discentes:
Lazaro Ocomana Nelsa Rafael Tiago Celestino Toni Zito Mussa Introdução
• O presente trabalho da cadeira de Incêndios Florestais, nas
Florestas Tropicais, aborda aspectos relacionados a Influência das condições meteorológicas na ocorrência dos incêndios florestais no distrito de Lichinga, norte de Moçambique. o presente estudo teve como o seu principal objetivo, avaliar a influência das variáveis meteorológicas na ocorrência de incêndios em povoamentos florestais no distrito de Lichinga, no período de 2010 a 2012. Contextualização
• O conhecimento e a interpretação dos fenômenos
meteorológicos sempre suscitaram a curiosidade humana devido à influência do clima nas mais diversas atividades antrópicas (Soares; Batista, 2004). No campo de proteção florestal, por exemplo, variáveis meteorológicas desempenham um papel destacado nas ocorrências de incêndios (Zumbrunnen et al., 2011). Os elementos do clima têm grande influência no comportamento do fogo, desde ignição para propagação e grau de dificuldade durante a supressão (Heikkilä et al., 2007). Cont.
• Neumann (1996) destaca que um dos graves problemas que
técnicos de empresas florestais ainda enfrentam hoje está relacionado a medidas de prevenção, pré-supressão e supressão que devem ser contra incêndios florestais. O processo começa convencendo o proprietário, particularmente aquele que pensa que isso acontece apenas com outras empresas, para a instalação final da proteção física e financeira estruturas. Citado em Heikkilä et al. (2007). Caracterização da área de estudo
• O estudo foi realizado no distrito de Lichinga, província de
Niassa, localizado no norte de Moçambique, A área faz parte de um extenso cultivo de Pinus sp e Eucalyptus sp que começou a ser estabelecida em 2005. Citado em Heikkilä et al. (2007). • A maioria das plantações foi estabelecida em áreas marginais, onde as comunidades locais praticaram agricultura de subsistência abandonada devido ao baixo nível de produtividade Citado em Heikkilä et al. (2007). Cont.
• Segundo a classificação de Köppen, o clima da região é
temperado húmido (CWB), com duas estações bem distintas (verões temperados e chuvosos e invernos frios e secos). A região apresenta precipitação média anual variando entre 1000 e 1500mm enquanto a temperatura média anual é entre 20 e 23 ° C (MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL (MAE), 2005; Soares; Batista, 2004). Citado em Heikkilä et al. (2007). Figura 1. Localização da área de estudo. Fonte: Heikkilä et al. (2007). Coleção de dados • Dados sobre ocorrências de incêndios florestais nos distritos de Lichinga, Lago e Sanga, referentes a anos a partir de 2010 2012, foram fornecidos pelo Centro de Monitoramento e Controle de Incêndios Florestais (CCMIF) da Companhia Chikweti do Niassa. Este centro foi criado em 2010 com a intenção de monitorar incêndios florestais por rádio, durante todas as etapas do combate a incêndios (ignição, detecção, deslocamento de bombeiros, até o momento da avaliação dos danos após o incêndio), atuando 24 horas por dia durante toda a semana. Todos os dados são registrados, incluindo dados adicionais sobre a avaliação após incêndio Citado em Heikkilä et al. (2007). Análise de dados
• Determinar a influência de variáveis meteorológicas e estações
do ano em incêndios florestais ocorrências, os dados foram tratados considerando as duas principais estações do ano (verão e inverno), que determinam o comportamento das variáveis meteorológicas, influenciando diretamente a disponibilidade e disposição de combustíveis florestais e, consequentemente, ocorrência de incêndios Citado em Heikkilä et al. (2007). Resultados e discussão • Quando os dados de ocorrência de incêndios distribuídos durante os meses do ano foram sobrepostos aos estudados nas variáveis meteorológicas, determinou-se que em 2010 as primeiras ocorrências de incêndios florestais foram registadas em Junho, um pouco depois das primeiras ocorrências em 2011 e 2012. Início tardio da estação seca em 2010 (01 / Maio / 2010) é provavelmente um dos fatores determinantes da ocorrência dos primeiros incêndios naquele ano. Segundo Machado et al. (1996), início precoce do PC indicam uma duração mais longa do PC e, consequentemente, um atraso do PS, determinando um PC menos grave e longo, Citado em Heikkilä et al. (2007). • E contudo de acordo com o estudo feito, constatamos de igual que em todos os anos, as ocorrências tendem a aumentar a partir de Agosto e atingem seus picos em Setembro e Outubro. Conclusão • A determinação do IPC e do FPC é uma ferramenta importante para prever o comportamento dos incêndios florestais, porque início tardio do PC e finais do PC indicam estações secas prolongadas durante o ano, e consequentemente, aumento do índice de risco de incêndio, favorecendo as ocorrências de incêndios florestais Citado em Heikkilä et al. (2007). Referências Bibliográficas
• Mbanze, A. A.; Batista, A. C .; Tetto, A.F .; Koehler, H. S .;
Manteiga, J. B. Influência das condições meteorológicas nas ocorrências de incêndios florestais no Distrito de Lichinga, norte de Moçambique. Floresta, [s. l.], v. 45, n. 3, p. 577-586, 2015.